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História Toy 》 KaiSoo - Friends


Escrita por: whyminseokii

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 9 - Friends


Kai Pov

Era sempre assim que acabávamos, nós começávamos algo, mas nunca terminava. Não podíamos deixar aquilo acontecer, pelo menos eu tinha consciência disso. Para ele provavelmente seria mais um, mas para mim provavelmente não seria só isso. Minha cabeça estava doendo e vários pensamentos rodeavam. Os problemas eram deles, porém também me afetavam de alguma forma.

Estava com medo de Lee estar com raiva de mim por ter ido ajudar Soo, porém naquele momento ele era o que estava mais machucado e pelo pouco que eu conheço, já sabia que se KyungSoo fosse embora sozinho arranjaria mais brigas. Sinto meu celular vibrar em meu bolso e logo pego o mesmo, vejo na tela o nome de KyungLee, porém não atendo, afinal já estava chegando em casa.

Olho para meu reflexo na tela do celular e em seguida para meu pescoço, ele estava totalmente roxo. KyungSoo havia se encarregado disso. As marcas estavam bem notáveis, então subo a gola da blusa que usava para tampar isso. Não queria perguntas sobre da onde haviam surgidos essas marcas.

Subo as escadas rapidamente e solto um suspiro antes de bater na porta de KyungLee. Minha mão deu três toques e logo a porta foi aberta. Olho para o garoto a minha frente sorrindo fraco, os machucados dele eram menos profundos do que os do irmão dele. Pretendia ajudá-lo, mas pelo visto ele já havia feito isso sozinho.

— Posso entrar? — Pergunto baixinho e coloco minhas mãos em meu bolso.

— Pode. — Ele me dá espaço então eu entro. Eu queria que ele não ficasse agindo estranho, mas pelo visto meus pedidos não foram atendidos.

Logo KyungLee fecha a porta e eu olhava para ele sem saber muito o que fazer ou como agir. A situação entre nós dois estava um tanto constrangedora e eu apenas queria que isso acabasse de uma vez. Cenas do momento da briga de Lee e Soo repassavam em minha mente, logo em seguida o selinho que o garoto dos olhos azuis me deu. Não havia compreendido sua ação, porém não questionei. Talvez ele apenas fez isso por intuição momentânea.

— Quando você iria me contar que conhecia meu irmão? — KyungLee se senta no sofá e eu faço o mesmo, ficando de frente para ele, mantendo apenas contato visual.

— Eu não sei, me desculpe. Eu apenas não queria criar mais motivos de brigas entre vocês dois. — Digo de uma vez, afinal essa era a verdade.

Tudo bem que mentir não era à maneira de tratar as coisas, porém na realidade não havia mentido para ele, pois o mesmo não havia perguntado sobre eu já conhecer seu irmão ou algo do tipo.

— Então se não fosse por hoje, você iria esconder isso para sempre de mim? — Os olhos de KyungLee pareciam possuir todo meu ser. Era como se apenas pelo olhar dele todos seus sentimentos fossem transmitidos.

— Eu creio que não, não gosto de mentir. — Mordo meu lábio por puro nervosismo. — Você não vai acabar com nossa amizade porque disso né?

Amizade. É, não vou não. Eu não posso deixar com que meu irmão faça com que eu me afaste das pessoas que eu gosto por puro egoísmo dele. — O garoto abre um pequeno sorriso e eu faço o mesmo. Solto um suspiro de alívio, afinal achei que ele iria ficar com raiva de mim.

— Lee, por que você é disse que seu irmão estragou sua vida? — Pergunto franzindo o cenho e o sorriso que estava no rosto do garoto a minha frente sumiu.

— Eu realmente quero te contar isso um dia, mas não sei se agora é o momento certo.

— Tudo bem, quando você se sentir a vontade com tudo isso você me conta. — Fecho meus olhos por alguns instantes.

— Kai? E-eu posso te dar um abraço? — Ele diz meio desajeitado.

Eu não respondo sua pergunta, apenas abro meus braços, e logo em seguida o mesmo se envolve ali. Deito meu pescoço no ombro do garoto e sinto o perfume dele me invadir. Essa situação era um tanto estranha, mas para ele parecia ser reconfortante de alguma maneira. Depois de alguns segundos o abraço é desfeito e eu me levanto.

— Acho melhor nós dois descansarmos, o dia de hoje foi muito cansativo. — Digo enquanto caminhava até a porta e ele me acompanhava.

— Boa noite, JongIn. — Ele acena com sua mão assim que eu saio de sua casa.

— Boa noite, KyungLee. — Digo acenando de volta então ele fecha a porta e eu sigo rumo à minha casa.

Um dia confuso e problemas novos, as coisas não haviam se endireitado como eu pensei, mas espero que em um momento finalmente essa bagunça toda suma de minha vida.

Antes que eu entrasse em minha casa sinto uma mão em meu ombro, apesar de ter levado um susto momentâneo, me viro para ver quem era.

Sehun estava em minha frente, ele estava diferente, ou melhor seu cabelo estava diferente. O castanho de antes agora era tomado por loiro.

— Podemos conversar? — A voz rouca dele soa sobre meus ouvidos e eu me estremeço.

— Pode dizer. — Não queria parecer frio, mas não queria que a situação da casa dele se repetisse.

— Eu apenas queria me desculpar por aquele dia, estava bêbado e não tinha consciência de meus atos. — Ele parecia nervoso com isso.

— Mas por que não veio falar comigo antes? Digo, no dia seguinte você já tinha consciência de seus atos e não fez nada. — Digo calmamente.

— Porque eu não tive coragem, eu ia todos os dias na loja de meu tio fazer isso, mas sempre acabava desistindo. — Sehun coloca suas mãos em seu bolso e eu solto um suspiro alto em seguida.

— Tudo bem, a culpa disso também foi minha, se eu não tivesse cedido o beijo nada disso teria se iniciado. — Essa era a pura verdade, eu estava sendo duro com ele, mas a culpa disso tudo por partes também era minha.

— Sobre o beijo, eu não me arrependo dele, por outro lado, eu faria de novo. Agora eu tenho que ir, a gente se vê amanhã Kai. — Eu iria respondê-lo mas Sehun já havia sumido de minha vista.

Ele faria de novo... Mas será que eu faria de novo também? Provavelmente não, afinal o receio da situação anterior que tivemos estaria sobre mim.

Abro a porta e entro em minha casa, finalmente me sentia bem, pelo menos aqui dentro teria uma certa paz, poderia descansar e tentar ao menos consertar esse quebra cabeça dentro de mim. Me jogo no sofá e olho para o teto, mantendo meu olhar fixado ali.

 

— Eu te amo filho, guarde essas palavras aqui. — Mamãe batia em meu peito, indicando para meu coração.

— Eu também te amo. Vamos continuar brincando? — Digo sorrindo e ele pega o carrinho de minha mão.

Eu não fazia a mínima idéia de que aquele "eu te amo" seria o último que iria ouvir sair da boca dela, eu não sabia que naquela noite ela iria morrer, eu não sabia que depois daquele dia minha vida se transformaria num inferno.


Notas Finais


Kisses ❤


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