História Traçando Minha Própria História (ShikaTema) - Amigos

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Naruto era um garoto bonito, certo, muito bonito. Um cara pouco próximo ao meu padrão físico com os cabelos loiros como os meus e olhos coloridos como os meus também. Bastante diferente com os homens japoneses que estava acostumada a ver. Ele tinha uma sorriso tão aberto e acolhedor que parecia ser quente, e entendo o por que do meu irmão o admirar tanto e gostar tanto dele. 

Ele parece ser um tipo de cara, que uma garota gostaria de ter pelo menos um chance com ele.

 Saky era a mesma pessoa, mas agora tinha uma tatuagem na testa após um retiro espiritual e eu nunca tinha visto alguém fazer tatuagem na testa, mas ficou muito bonito nela e ela curtiu fazer algo relacionado a energia vital. 

Me buscaram no aeroporto com sorrisos gigantes. Sakura me acolhe em um abraço apertado, com Naruto pensei em apenas um cumprimento padrão ocidental, mas ele me surpreende com um abraço também apertado me esmagando os ossos e desejando boas vinda

Chegamos na casa dele, onde eu ia ficar, já que me recusei a ficar na casa da Sakura já que ela estava começando a morar com o noivo e não queria atrapalhar o relacionamento deles.

Antes que eu falasse que ficaria em algum hotel, Naruto disse a Gaara que eu ficaria na casa dele e que seria mais protegido do que ficar em um lugar qualquer. 

Chegando lá, vi que era uma casa branca de dois andares, um gramado de frente e janelas grandes de vidro. Uma casa gigante, bem clara e aberta bastante luxuosa. Quando entrei pela porta, Sakura saiu correndo correndo gritando um nome que não reconheci de imediato. Na vinda de carro, eu descobri que Naruto e Sakura são primos distantes e foram criados juntos, ou seja nível de intimidade máximo e sempre estavam juntos.

Comecei a olhar o que estava a minha volta, vendo as parede claras em uma arquitetura pouco rústica, bastante branca quando vejo o loiro entrando com a minha mala na mão e minha mochila nas costas. Céus, havia esquecido minha própria mala.

— Eu esqueci de pegar, não queria incomodar – falo me curvando levemente pouco sem graça.

— Pode ficar tranquila, Temari, estou aqui como amigo, você pode confiar em mim – fala me encarando de forma descontraída, logo ele bufou – Meu Kami! São cinco da madrugada e a doente da Sakura sai gritando pela casa, minha mãe vai ficar uma fera-

Antes que ele pudesse terminar, uma mulher ruiva aparece com uma grande veia saltando na testa e um olhar de sono, como quem acabou de acordar. Ela parecia matar Naruto com os olhos. Quando olhou para mim, a áurea maligna diminuiu e ela abri ume encarou com curiosidade e com carinho. Ela veio e me abraçou fortemente, e com isso vi que ela era levemente menor que eu.

— Você é como ela — ela fala com os olhos brilhantes e a voz um pouco chocada. Minha boca se abre em choque , e ela sorri mais ainda — suas expressões, seu rosto — falou levando a mão em meu rosto. Me afasto minimamente e ela parece acordar do transe, logo dando um sorriso sem graça, mas ainda feliz — sei que é estranho, mas pode me considerar uma amiga, está bem? Eu não moro aqui, eu não moro com o Naruto, mas vim para cá assim que soube que a filha da Karura viria. Aquela mulher era — sorri ofegando, me fazendo sentir uma curiosidades tomar conta de mim.

Nunca ouvi falarem muito da minha mãe para mim; ela morreu no parto do Gaara e acabou se tornando um tabu falar sobre isso em casa. Não tenho muitas lembranças por ser muito nova na época, mas as que tenho são de uma mulher gentil e feliz.

— Kushina— digo e um tom baixo e com vergonha, a ruiva olha para mim de modo sereno — me conte mais, me conte mais sobre minha mãe — A ruiva abre um sorriso mostrando todos seus dentes:

— Ela era a única garota que me entendia — começa em um tom animado — Eu era o tipo de garota moleca e sua mãe era assim, porém responsável. Então sempre estivemos juntas fazendo algumas bagunças por onde passávamos, mas ela sempre me colocava na linha de novo. Quando eu fiz dezesseis anos eu fugi de casa pra ir num festival de música, eu arrastei ela para o Rock In'Kaze, que foi quando ela conheceu o seu pai — comenta sorrindo e eu concorda, me lembrando vagamente sobre essa história —  Eles se conheceram brigando por um copo de mexicana que ele derrubou dela. Eu relembro desse dia, e sempre rio disso — continua gesticulando com as mãos e prendendo os olhos na parede, provavelmente se lembrando do que falava — Daí nos fomos parar na delegacia por algum motivo que não sei até hoje, porque não estava lúcida. Acabamos nos separando. Eu fui levada pelos policiais, acabei numa cela com um garoto, no caso era bonzinho e estava ajudando os policias, que por acaso é meu marido hoje. A sua mãe escapou da polícia antes de chegar na delegacia e eu consegui fugir da delegacia junto com o garoto — ela deu um suspiro e olhou para mim, eu estava de queixo caído. E ela riu disso — ela fez essa cara quando eu comecei a namorar com o Minato — disse gargalhando. O sol começou a nascer, e o céu que antes eram tons de azul escuro, já demonstrava raios amarelos e vermelhos.

— MÃE?! — Naruto chama e eu nem observei ele saindo de perto.

— QUE FOI ENCOSTO? — ela berrou de volta e seguro um riso

— Ah, a senhora tá aí — diz indo em direção a ela — O pai quer falar com você, ele tá bravo por que você não atende o celular.

— Aí meu Kami, nem sei aonde tá essa coisa — diz passando a mão nos bolsos.

— Vai lá, ele ligou pro fixo.

A ruiva se levantou e se despediu de mim com um beijo na testa e saiu de perto. Me senti na poltrona de maneira formal com a coluna ereta por puro desconforto.

— Bom te conhecer, Temari Sabaku, bom conhecer você finalmente.

— Obrigada —  Ele me olhou com um sorriso maior ainda é estendeu a mão para eu levantar da poltrona. Eu encaro a mão dele e me levanto a encarando. Ele ri fraco e me encara

— Você é igual seu irmão — fala — mas mesmo assim, genética excelente, você é linda — falou me deixando desconcertada, mas encarei ela sem abaixar os olhos – Calma, Temari, eu sou comprometido — disse apontando a aliança no dedo — foi só um elogio — explica e concorda sem desviar os olhos dos dele.

— Obrigada —

— Você não namora né? — ele pergunta e nego — há muito tempo não namora?  — Pergunta de maneira direta me deixando chocada com a cara de pau dele.

— Não, eu já tive alguns pequenos e passageiros casos, uns dois no máximo? — Disse olhando com raiva do comentário evasivo.

– Ahh, perdão ser evasivo –ele disse coçando a nuca. Fiquei envergonhada, mas Naruto mudou de assunto rápido.

— Quer dormir ou tá afim de jogar alguma coisa?

— Jogar o que? — Ele sorriu para mim é fez um sinal com a cabeça para eu segui-lo, fomos até o quarto dele onde tinha um console e dois computadores. Passamos o resto da manhã jogando.

Na hora do almoço, Kushina despediu-se de mim disse que voltaria para casa dela mais cedo, mas que logo estaria de volta. Naruto foi comigo até a faculdade fazer minha inscrição eu teria de fazer uma prova, o que seria moleza já que estudava por conta própria em casa e fazia provas que eu mesma imprimia, eu adorava pesquisar sobre o assunto.

A próxima aplicação para alunos de ensino mais avançado, o que por acaso era meu caso, seria no dia seguinte durante a tarde, o que me dá um tempo de ler alguma coisa antes, para recordar. Pedi Naruto que me levasse em alguma academia de artes marciais próximo a casa dele.

 O primeiro lugar que fui, foi na academia do mestre Gay, na qual me interessei muito pela técnica, mas o mestre é irritante. Naruto passou na casa da Hinata, para me apresentar e ela é muito fofa mesmo. Apesar de eu achar que tem algo na personalidade dela que ainda vou descobrir. Voltamos para casa e alguns amigos do Naruto foram lá visitar ele. Ele me apresentou alguns amigos e foi para cozinha e eu fiquei no chão do quarto dele jogando. Um dos amigos dele parecia me analisar :

— Perdeu algo? —Disse pausando o jogo e olhando para a cara de um moreno do cabelo bagunçado que parecia ter presas, como um lobo.

— Você é bonita – disse sorrindo de lado e vejo que estava com os olhos caídos, bêbado?

— O que você quer? É amigo do Naruto? — falo me levantando, pra se precisar de algo eu ter tempo de ter uma reação. Mas não foi necessário, já que Naruto chegou antes que algo acontecesse

— Que tá acontecendo aqui? –Naruto comenta entrando no quarto

– Ele está flertando comigo? – falo apontando para o moreno.

– Eu tô flertando com ela – afirma e Naruto revira os olhos pouco sério.

— Kiba você tá louco cara? Ela que é a irmã do Gaara! Ela é faixa preta em luta, te desmaiaria fácil — fala o caçoando e ele me encara com mais cuidado — A partir de hoje, ela é como minha irmã, então seja respeitoso pois tomarei para mim o desrespeito —  olhou para o Kiba, mas logo sorriu — Agora enfia debaixo do chuveiro pra ver se melhora, está caindo de bêbado. Shikamaru vai com a Temari na cozinha buscar o resto da comida, que eu vou colocar esse cara de baixo do chuveiro — Olho para a porta e em observei que tinha uma pessoa lá. Ele era alto como Naruto, seu cabelo era preso em um rabo de cavalo baixo e ele tinha brincos, mas algo nele me atraiu. Ele me olhou, mas não analisando, parecia perguntar se ele podia ir comigo. 

Apenas concordei com a cabeça e fomos nós dois para a cozinha.

— Ele teve uma noite ruim, estava bebendo desde ontem de noite, e já é quase noite de novo.

— Aconteceu algo com ele? – pergunto com delicadeza, e ele sorri pegando as coisas na geladeira

— Ele anda meio estranho, não falou nada comigo ainda. Espero que não seja nada muito ruim, ele geralmente é mais alegre e educado — fala rindo baixo — Você é a irmã do Gaara, quem diria — fala sorrindo de lado e vejo como seu sorriso é bonito, mas logo desviou apenas concordando. Tempo demais observando, tempo demais observado, Temari — Pretende ficar por muito tempo?

– Espero que não – falo da forma mais imparcial que consigo –mas vai ser um prazer estar aqui. Falo sorrindo fraco e pegando os tira gostos e entregando a ele os salgadinhos.

Subimos as escadas, quando cheguei lá, ele abriu a porta do quarto, eu deixei os petiscos na mesa de centro e me virei para o Shikamaru que estava olhando para a porta do banheiro, eu me virei para ver do que se tratava. Ele me puxou gentilmente para fora do quarto quando abro e vejo por milésimos de segundos a figura do garoto anterior com a toalha no ombro e completamente nu.