História Traçando Minha Própria História (ShikaTema) - O Quarto

 

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Ponto De Vista Temari:

 

Nos separamos com falta de ar e lembramos que não estávamos em casa e sim em uma rua, não tão movimentada, mas continua sendo um local público. Ele me olhou sorrindo envergonhado e eu também estava. Esse era o efeito dele em mim, parecia uma droga que quando usava perdia minha forma grossa e complicada.

 

— Vamos? – disse pegando minha mão. Eu ia ao encontro da mão dele mas parei

 

 — Acho melhor não.

 

  —Vamos! Andar de mãos dadas com seu namorado — ele segura minha mão e anda, entrelaço nossos dedos e ele olha pra mim sorrindo, olhei para frente com um sorriso que insistiu em sair. Ele deu um sorriso de lado e eu presumi que eu teria de acostumar aquilo e em relação a nossa proximidade, eu gostava disso

 

Fomos andando e as pessoas nos observava algumas mandando sorrisos discretos. Apenas olhava me sentindo um pouco exposta. Shikamaru apenas sorria e apertava minha mão me provocando e eu sorria por automático. Quando chegamos em casa dei um soco fraco no braço dele que apenas riu

 

— Você fica bonita envergonhada, sabia? —Ele sabia mexer comigo, Kami-sama como eu fui acabar em um relacionamento assim? Será que com todo mundo é assim? Tirei os sapatos e coloquei no canto da porta.

 

— Vou tomar banho e já volto, Shikamaru — disse saindo andando na frente. Peguei meu celular e fui para o banheiro

 

— Diga — fala suspirando

 

— Ino, é eu.

 

— COMO VAI, LOIRA?

 

— Você também é loira, mulher

 

— Eu ia ligar pra você mesmo, bora sair. Faz tempos que não saímos juntas e eu tenho de aproveitar que Sai está voltando de uma missão da elite. Quando ele fala que está voltando já consigo dormir ou respirar.

 

— Que bom, amiga. Meu dia foi bem normal, meio que o Shikamaru me pediu em namoro, mas fora isso tudo bem e o seu?

 

— Eu tava na elit-— a linha ficou em silêncio por contados vinte segundos

 

— Ino?

 

— Não acredito... —Ouvi ela um barulho de choro do outro lado

 

— Ino, você está bem?

 

— Temari, de repente te considero mais do que uma irmã, agora somos sisters. Não me corrige puta. Meu Kami,você aceitou?

 

— Sim, e-– um grito tomou conta da rede de telefone e quase deixei meu celular cair na banheira

 

— EU SOU A MENINA MAIS FELIZ DO KONOHA. Amanhã meio dia na porta da sua casa! Temos que conversar. Beijo, meu amor

 

— Mas Ino-— não podia acreditar, ela desligou o telefone na minha cara. Eu disquei denovo e ela atendeu antes que dissesse algo, eu disse — OLHA SUA VAGABUNDA, NÃO DESLIGA NA MINHA CARA NUNCA MAIS, SUA RIDÍCULA.– e desliguei me afundando na banheira. Ouvi meu celular vibrar e o peguei e era uma mensagem da Ino

 

Deusa Loira                     9:30 PM

 

Esteja preparada para amanhã. Vamos encher sua cabeça, de putaria

 

                       Beijos

~~

                

 

Mergulhei minha boca na água. Eu tinha me esquecido do lance sexual e eu era virgem, nunca senti vontade de passar de um toque em uma ficada. Senti uma agonia dentro de mim, talvez medo ou desejo, eu não sei. Levei minha mão as têmporas e senti meus dedos enrugados então levantei esvaziei a banheira e sai para o quarto para colocar uma roupa. Sai do quarto e não achei Shikamaru na sala ou na cozinha e não sei porquê caralhos fui ver no quarto dele. Chegando lá ele estava terminado de colocar a calça e olhou para mim é sorriu malicioso :

 

— Já estava com saudades?

 

— Idiota... Só queria alguém para ver um anime comigo? —Disse passando pela porta e me encostando na parede.

 

 — Sobre o que?

 

— Anime, comédia meio romântica e suspense. Tipo uma coisa de "deuses e demônios". É legal, Isabela me indicou e eu queria assistir...  Com alguém.

 

— Eu estou com sono , Temari... — disse manhoso e preguiçoso. Apenas sorri

 

— E isso é novidade? O que preciso fazer para você vir?

 

— Quer mesmo saber? - Disse me olhando malicioso, fiquei envergonhada

 

— Shikamaru, respeito por favor — ele gargalhou e veio andando em minha direção. Levantou a minha cabeça e me deu um selinho.

 

— Fica tranquila eu te espero. Vamos — Disse me puxando pelo braço e eu me senti envergonhada, porém tranquila. Chegando no sofá puxamos para deixar mais espaçoso e mal sentei no sofá ele já deitou no meu colo e se acomodou. Apenas ri comigo mesmo. Onde eu que eu estava com a cabeça de gostar de alguém assim? Era tão diferente de mim. Liguei a televisão e começamos a assistir, os sete primeiros episódios e logo senti sua respiração mais pausada e presumi que tivesse dormido. Acabei assistindo só a primeira temporada e fiquei com sono. Me ajeitei para levantar do sofá mas ele me puxou me abraçando forte pela cintura. Eu sempre soube que se um homem me agarra-se e ele soubesse lutar, eu teria dificuldade para sair, ele já que faz luta e conhece técnica de mobilização então eu nem tentava sair mais

 

— Fica mais um pouco –Disse sonolento, disse apertando minha cintura.

 

— Shikamaru, vai pra cama é melhor.

 

— Só mais um pouco. Não é de hoje que eu queria dormir assim com você... – disse de olhos fechados ainda sonolento

 

— Como assim? — Não é possível que ele se imaginou dormindo comigo. Não é impossível, eu acho, mas... a sei lá, estranho?

 

— Ignora o que eu falei e fica aqui, mulher. – disse ele me puxando pra baixo pela cintura e logo me fazendo deitar na frente dele me abraçando. No início tentei sair mas cedi, logo cedi e acabei dormindo.

 

Acordo de madrugada ouvindo um barulho vindo do meu quarto, como um estalo da porta de correr da varanda que estava trancada. Logo vejo que Shikamaru também estava acordado e ele faz um sinal para que eu pegasse algo debaixo da mesa de centro. Não entendi de primeira então devagar me estiquei até a mesa de centro e passei a mão debaixo da mesma e senti algo. Logo puxei e vi que era uma pistola com um silenciador e do lado tinha uma caixa com balas, e eu confesso que não esperava mas que eu gostei disso, entreguei a ele que logo desceu do sofá de forma silenciosa. Eu levantei um pouco a cabeça e vi como se fosse um vulto passando do meu quarto para o de Shikamaru então ele logo levantou e foi andando até o meu quarto com a arma do lado do corpo de forma descontraída eu o segui de longe e logo ouço um "Protegendo a mulher de outro? Impressionante" que o suposto mercenário falou eu cheguei devagar na greta da porta e vejo a cena dele com uma arma para a cabeça do Shikamaru e o mesmo com a arma para a cabeça dele. Voltei da mesma forma que fui e passei a mão debaixo da mesinha de centro e acho facas para lançar e senti um pingo de felicidade por ter pedido Ino para me ensinar a usar e do lado tinha uma caixinha com um líquido escrito "paralisação"  então pensei "Foda-se o que é. Se fizer mal no cara é bom." passei na lâmina e voltei para a greta do quarto e eles estavam um com a arma na cabeça do outro mas em posições diferentes, mas em um diálogo, o que parecia filme quando as pessoas ficam falando o que vão fazer.

 

— Então você que anda sendo o segurança dela?

 

—Como se precisasse—disse baixo

 

— Ela é noiva sabia? — Disse rindo

 

— Agora que você disse acho que vou abaixar a arma e deixar você ir — falou com sarcasmo

 

— Saiba que eles vão levá-la então, por que não facilitar as coisas ?

 

— Ah, não quero. É chato negociar durante a madrugada. —Disse de forma irônica. Nesse momento joguei a faca que pegou no ombro dele próximo ao o pescoço e ele gritou de dor disparando o tiro  acertando no ombro do Shikamaru que gemeu baixo de dor abaixando a guarda por um segundo mas logo atirando no sujeito

 

— Agora... Eu... Entendo... O por que...  De... Ela... Não...Precis... - O cara parou de falar e Shikamaru logo relaxou encostando na parede me permitindo relaxar. Fui perto do cara é "verifiquei"se ele estava consciente ou vivo. Estava vivo o que pra mim tanto faz e inconsciente o que me deixou mais tranquila.

 

— Pelo visto Ino te treinou bem —Disse levantando e pegando o celular no criado mudo e discando alguns número apenas com a mão esquerda.

 

 — Mas é claro. O que ele ficou falando pra você? E eu sei que se você quisesse você saiu daquela situação fácil.

 

Ele fez um sinal como se fosse para eu esperar e foi aí que vi o sangue escorre do na blusa dele. Logo me preocupei e fui pegar alguma coisa para fazer um curativo.

 

— Boa madrugada Haku? Eu queria estar dormindo. Não ri não.Tá, tá.

Zetsu tá aí? Não, não precisa avisar meu pai agora, eu mesmo faço isso amanhã. É amanhã porque ainda não amanheceu e eu não dormi por completo. FOCO HAKU. – ouvi de longe logo voltado com as coisas para fazer o curativo — Pode ser Kakuzo, pede pra ele vir agora. Hm. Tá, só pede para ele vir. Obrigado— disse desligando.

 

— Haku é o garoto do Zabuza que você me disse?— ele apenas afirmou — Tira a blusa

 

— Não precisa eu faço isso depois.— apenas olhei sério para ele que começou a tirar a blusa e eu ficaria mais impressionada com o físico dele se não tivesse uma bala cravada no ombro dele que estava sangrando. Tirei a bala com uma pinça e fiz o melhor que tinha aprendido na elite – eu apertei com força o curativo e ele gritou — Pra que isso?

 

— Você não me respondeu, por que não saiu daquela situação? Eu sei que você consiguiria, afinal você é estrategista. Por que não o fez?

 

— Não queria matar ninguém na sua frente. – disse olhando para o outro lado – eu geralmente não mato eles mas, quando a situação é complicada eu risco o "não posso matá-lo" e coloco o "Foda-se se morrer, menos um"

 

— Eles? Isso já aconteceu antes? De eles virem no meio da noite? — pergunto e ele se faz de paisagem, aperto o machucado e ele solta um gemido de dor

 

— AI MEU SANTO CARALHO, JÁ UMA DUAS OU TRÊS VEZES. AI, TEMARI, DOEU.

 

— E o que você fez com eles? — disse me apoiando na parede e o encarando

 

 — Geralmente uso paralisante até o Zetsu chegar. Só uma vez que quase matei um deles, mas ele tá vivo — disse suspirando e sussurrando um "Eu acho" disse deitando. Logo vejo a porta para a varanda sendo aberta e me levanto como reflexo jogando uma faca que acerta no ser que grita.

 

— Porra, Shikamaru, sua puta, pra que isso? — Disse entrando e tirando a faca.

 

— Foi ela "mi amigo" — disse apontando pra mim.

 

— Ah, Temari — Disse levantando a mão, tirando a faca e jogando no chão. – Paralisante, Hm? Já foi mais em, Shikamaru? – ele se abaixou e começou a olhar o corpo do cara. – A mesma frase — disse quando abriu a blusa do homem deitado no chão — Vou levar pra elite.

 

— Eles são todos do mesmo lugar?  Então por que não atacam juntos? - Perguntou se sentando e fazendo uma careta de dor e eu estava boiando

 

— Você é o estrategista aqui. Meu negócio é assassinato nacional e contabilidade, o resto que se foda. – ele levantou colocando o corpo nas costas –Temari, você me deve um encontro – disse piscando pra mim. Eu tinha disputado um jogo de lançar faca e perdi por 59,8 para 60 pontos e como eu perdi  ele tinha direito a um pedido que não fosse desrespeitoso e o pedido foi um encontro. Ele quem ensinou Ino. Shikamaru apenas me olhou com uma interrogação.

 

— Depois te explico

 

— Bom, até mais e eu vou dar uma analisada nas mensagens vê se tem algo com duplo sentido. Até mais coisa, e Temari — Ele piscou pra mim novamente  e saiu pela varanda.

 

— Shikamaru, o que seus amigos tem contra a porta?

 

— Sempre me pergunto isso. Podemos dormir agora?

 

— Não, não podemos. Agora você vai me explicar como assim outros mercenários já vieram e você não falou comigo?

 

— Por quê você tá devendo um encontro pra ele? — Perguntou olhando nos meus olhos.

 

— Perguntei primeiro. Você anda colocando sua vida em risco de madrugada, por mim, e eu não sei de nada?

 

— Foram só quatro caras e fáceis de derrubar. Como disse só "quase matei" um que foi o antes desse.

 

— Que frases são essas? – Perguntei sem dar chances para ele perguntar algo mais.

 

— Que problemático,em? Todos vieram com um tipo de "Tatuagem"  no peito. Escrito "He's coming". Como uma ameaça. Nada de mais.

 

— Nada de mais? Você é doente? Quando eles vieram? Como eu nunca descobri ou ouvi?

 

— Tema, são 4:00AM, amanhã conversamos sobre isso tá bem? - Disse levantando e vindo em minha direção.

 

— Shikamaru, nunca, NUNCA MAIS esconda alguma coisa de mim. Eu odeio mentira, de qualquer tipo. NUNCA MAIS ESCONDA ALGO DE MIM — Falei dando bastante ênfase aos "Nuncas" e ele apenas concordou indo na direção do armário pegando uma blusa e colocando.

 

— Desculpa por não ter falado antes.

 

 — Não vou falar que desculpo porque não minto estar muito mal por não saber disso.

 

— Agora diga porque deve um encontro a ele.

 

— Você é tão possessivo assim?

 

— Sou.

 

— Perdi uma competição de lançar facas e ele pediu isso como prêmio — Ele apenas concordou com a cabeça—Eu vou comer alguma coisa, não vou conseguir dormir mesmo — Disse em direção a porta.

 

— Vou com você, só preciso de um minuto. — Sai andando na frente e procurando qualquer coisa doce que tinha para comer. Fiz um achocolatado e sentei na frente da televisão com um a assistir a segunda temporada do anime. Alguns tempo depois Shikamaru se juntou a mim e logo já estava deitado no meu colo abraçado em minhas pernas com os olhos fechados. Quando deu nove da manhã, terminei de ver tudo

 

— Shikamaru, faz café pra mim?

 

— Hmn... Agora? — Disse se acolhendo mais afundando seu rosto na minha barriga.

 

— Eu pedi com carinho, por favor não me faça fazer chantagem. — Ele levantou e me olhou nos olhos levantando a sobrancelha

 

— Você faria um homem com o ombro machucado ir fazer café para você?

 

— Sim faria, vai lá. — Disse dando um selinho e logo me estendendo para pegar o celular. Ele apenas suspirou um "Mulheres são problemáticas" e saiu andando. Apenas ri comigo mesma.

 

— Temari, as vezes você me dá medo — Falou da cozinha

 

— Ah, eu sei. Taco o terror de todas as formas possíveis.

Ele voltou com a caneca de café e ficamos no sofá juntos, em um piscar de olhos eu tava em seu colo o beijando e ele apertando minha coxa. Me senti bem por ele ter feito isso, ele geralmente não me tocava e me deixava receosa, ficamos daquela forma por um bom tempo, até Ino me mandar uma mensagem me lembrando que íamos nos encontrar. Avisei a Shikamaru que iria almoçar com elas e ele apenas falou que era pra eu levar chave por que ele iria para a Elite. Me arrumei e me despedi dele com um beijo, que por pouco não me faz ficar em casa. Estava saindo do prédio quando vejo uma loira, dentro dentro de um carro branco, toda sorridente e logo me chamou, apenas fui ao seu encontro