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História Traga-me para a vida (HIATUS) - Capítulo 3 - A consulta ou uma agradável surpresa


Escrita por: AlimacSeug

Notas do Autor


Boa noite, amores meus! <3
Me segurem que eu to no chão. Supostamente - me imponho umas regras - eu deveria estar publicando amanhã, porém, não to me aguentando, então, cá estou eu, com esse capítulo bem antes do que o imaginado. rsrsrs
Mais uma vez agradeço a todos que leem, favoritam, comentam, enfim, agradeço a todos por tudo. <3
Boa leitura e não deixam de ler as notas finais, ok? ;*

Capítulo 4 - Capítulo 3 - A consulta ou uma agradável surpresa


Capítulo 3 – A consulta ou uma agradável surpresa

Por:AlimacSeug

 

As pequenas mãos seguravam a barra do vestido com força. Os olhos se limitavam apenas a fitar o chão onde repousava seus pés. Seu estômago embrulhava-se devido as várias sensações que sentia ao mesmo tempo. Não tinha noção de tempo e espaço, mas estar ali estava sendo torturante para si, ainda que não entendesse bem o porquê daquilo tudo... talvez fosse devido ao medo juntamente com a ansiedade que sentia, afinal, como seria passar por um psicólogo? Não tinha ideia, mas aparentemente, não poderia ser ruim, correto?

- Hinata-sama, a senhora está sendo chamada. – A voz firme de Shino recobrou a atenção dela. Suas mãos suaram de imediato, apenas sorriu em agradecimento e levantou engolindo em seco. O momento enfim chegou.

Encaminhara-se para a sala onde a loira a aguardava em frente a porta, permitiu-se dar um outro sorriso para a secretária que abriu a porta para si, entrou e logo esta fechou-se atrás de si. Respirou fundo. Estava nervosa demais até mesmo para andar e desconfiava que no menor passo, poderia ir a chão.

- Boa tarde, Hinata. Posso chama-la assim? – Questionou e esta apenas assentiu positivamente. – Sente-se, por favor. – Fora apontada a cadeira diante de si. A cerca de 5 passos de distância. Titubeou um pouco, mas acabou o fazendo, pois não poderia ficar o tempo todo em pé.

Estavam frente a frente, com apenas a mesa os separando, e pela primeira vez, recuperou a coragem de antes e olhou para o homem. Arrependeu-se amargamente da decisão que fez. Lembrava-se dele, era o homem que havia encontrado naquela noite. Tentou manter firme diante dele e evitaria olhá-lo o máximo que pudesse. Bom, seria realmente ele? Se sim, provavelmente a reconhecerá...

- Certo, vamos começar tudo bem? – Sorriu para ela, o que parecia ter passado despercebido. – Normalmente os pacientes preenchem uma ficha com informações básicas, a qual, já tenho em mãos, pois seu pai já fez esta parte. Entretanto, tenho uma nova que será preenchida por mim, conforme fomos conversando. No final, – podendo ser hoje, ou em uma próxima consulta – mostrarei ela para você e pedirei sua opinião ou se concorda com as informações. Pode ser assim? – Novamente recebeu um assentimento como resposta. – Pois bem, quero que se sinta relaxada aqui. Saiba que em nenhum momento irei pressioná-la para obter informações mais rapidamente. Seguirei o ritmo que você der, e respeitarei quando não quiser responder. – Conforme ia falando, analisava a jovem diante de si. Ainda não vira mais do que a franja dela, pois mantinha a cabeça abaixada por todo o tempo. Sua postura simbolizava timidez excessiva e até mesmo uma certa inclinação a submissão e fragilidade.  Não podia ver, mas o som que os pés faziam também o informavam que ela estava nervosa. Tentaria a deixar mais confortável e deixa-la mais aberta à conversação, todavia, o espaço que lhe era dado não parecia ser muito e ele não iria quebrá-lo; a respeitaria acima de tudo.

Reconhecia para si mesma que a presença dele não estava sendo tão desconfortável como julgara que seria. Saber que ele deixaria que ela conduzisse a situação foi uma surpresa. Não pensou que ele faria isso, na verdade, estava esperando que fosse como ela e seu pai, com ele dizendo o que fariam e ela estando apenas fadada a aceitar o que lhe fosse imposto. Sorriu minimamente por ele está se comportando diferente disto, contudo, mão tornava a situação mais confortável. Estava acostumada a se comportar assim. A envolver-se neste escudo para se defender de uma possível ameaça. Talvez fosse possível abrir-se com ele, mas estaria realmente a levando a sério? Tinha plena certeza que muitas informações foram passadas por seu pai. Mas quanto de informações?

- O-obrigada... – A voz saiu fina, quase inaudível.

- Não tem de me agradecer, Hinata, é assim que trabalho, e quis elucidar a você, para que se sinta mais à vontade. Tanto para falar quanto para não o fazer também. A escolha é sua.

- Pensei que eu deitaria no divã... – olhou rapidamente para ele e viu que estava sorrindo para ela, e, por um momento pensou estar sendo mal-educada em não olhar para ele, que evidentemente esforçava-se para aproximar, mas ela parecia não estar facilitando. Uma risada soou em seus ouvidos, e sorriu junto a ele.

- Não, Hinata. Não necessariamente. Espero não ter que recorrer a isso. Vamos conversar, simplesmente. De igual para igual, conforme sua permissão. – Manteve o sorriso para ela, mas novamente ela olhava para baixo. – Mais alguma dúvida? – Ela negou rapidamente. – Sendo assim, podemos conversar. Nesta ficha, há informações básica de identificação. Mas eu não sou um computador, e sim uma pessoa, e como tal, não quero saber sobre você enquanto um registro a se fazer no sistema. Peço que me diga um pouco sobre você. O que gosta de fazer, comer, ouvir... enfim, quem é você por você mesma. – Disse por fim, arrumando-se na cadeira, aproximando esta da mesa, repousando suas mãos a observando atentamente. – Não precisa ter pressa, se necessário, posso estender o nosso horário, só peço que pense bem e que seja sincera acima de tudo, consigo mesma.

A Hyuuga encolheu-se na cadeira. Ela poderia optar simplesmente por não o responder, mas tinha o desejo de saber disso também. Sua promessa envolvia justamente isto. Ser quem queria ser, mas não sabia dizer quem era e se essa pessoa era quem realmente gostaria de ser. Endireitou sua postura e olhou para ele. O olhar sereno que repousava em si a reconfortou. Não era um olhar de quem estava julgando, mas simplesmente de empatia. Se soubesse disso, talvez devesse ter tomado essa postura antes. Se ele a reconhecesse, que diferença iria fazer, sendo que muito provavelmente iria contar sobre aquela noite? Suspirou profundamente como isso fosse tirar toda a sua inquietação interior. Ao menos, psicologicamente teria esse efeito. Já estava demorando muito nessa divagação, então simplesmente pôs-se a dizer:

- Sinceramente? Eu não sou quem eu sou... – Fez uma pausa, enquanto tentava pensar, mais uma vez, no que poderia ser dito. Era no mínimo frustrante não ter essa resposta inclusive para si mesma. – Acredito que, provavelmente, gostaria de ser alguém diferente do que sou agora, ainda que não sei informar quem sou... isso é terrível, não? – Olhou diretamente em seus olhos. Não havia reparado antes no quão azuis eram; tão intensos quanto o céu em um dia de intenso calor. Sorriu com tal comparação, a considerando um tanto quanto infantil, mas era essa a verdade. Estava mais segura agora, isso era fato.

- A sua sinceridade é o que torna tudo mais fácil. Não mentir e dizer que realmente não sabe é o melhor que você pode fazer. Ao dizer “eu não sei”, reconhece verdadeiramente isto e creio que isso a motiva a descobrir quem realmente é. – Sorriu mais uma vez, também olhando para os pares de olhos a sua frente. – Diga-me se estou errado. – Sua voz foi mais grave, dando ênfase ao que foi perguntado, causando um arrepio na morena. Negou veementemente. De fato, ele estava certo. – Triste seria mentir para si mesma, se iludir e envolver-se em um manto protetor, não sendo obrigado a sair de sua zona de conforto. Permanecer na zona de conforto, faz da vida um tédio. – Finalizou por fim, sentindo-se aliviado ao perceber que enfim parecia estar conseguindo um pouco mais de abertura, era nítido que não estava mais tão nervosa assim. – Se você pudesse escolher, estaria aqui ou não? – A pergunta deixou-a confusa, e percebendo isso, explicou: - Digo, foi seu pai que veio falar comigo e não você, portanto, presumi que fora ele quem decidiu que você viria ao psicólogo, sendo assim, se pudesse escolher, estaria aqui agora? – Agora sim a pergunta fez mais sentido. Seu semblante parecia dizer estar pensando. Realmente, se tudo o que ele julgara fosse correto, para ela a resposta não deveria ser fácil. Simplesmente parecia que coube a ela o simples fato de acatar uma ordem e se ela dissesse que não tinha interesse de estar ali, não levaria a diante a vontade do progenitor. Arfou. A situação não poderia ser simplesmente aquela; a de ser uma jovem rebelde por conta da idade, mas ainda era cedo para afirmar com toda a certeza.

- Se eu pudesse escolher... – parecia estar pensando em voz alta.  Remexeu-se na cadeira como se estivesse incomodada com algo. Que escolha teria feito por ela mesma? – Não. Eu não escolheria estar aqui. Ao menos, não a princípio. Está certo em dizer que não fui eu que fiz essa escolha, mas ela realmente não me desagrada. Talvez, no fim, eu viesse a procurar por um psicólogo... – comentou, analisando a sala na qual se encontrava, ainda não tinha feito isso. – Mesmo com dificuldades... eu g-gosto de estar aqui, você tem sido gentil... o-obrigada – Sorriu timidamente, curvando-se para ele e sentindo suas bochechas esquentarem. Aquela fala fez com que o Uzumaki relaxasse, uma vez que era o indicativo que precisava para saber que não estava sendo rápido demais ou simplesmente a incomodando.

- Fico mais calmo em saber disto. Não tem o que agradecer, me empenharei sempre para o melhor. – Sorriu, esperando que ela voltasse a o olhar, mas não o fez. – Tranquilizo-me ao saber que não te incomoda o fato de estar aqui mesmo não sendo uma escolha sua. Se isso vir a mudar, avise-me, pois quem decide o que acontecerá aqui somos nós dois, e primordialmente, você. Aqui, o seu pai não tem poder. – Arriscou dizer e percebeu que acertou em sua finalização ao ver a jovem sorrir abertamente, como se um enorme peso saísse de suas costas. Era isso! Encontrara um dos pontos que lhe era um problema. Os outros, pareciam mais profundos, porém, a relação com o pai parecia ser a chave para os demais.

Ouvir isso era o que precisava para realmente se sentir mais confiante com ele. Tinha que admitir, agora, que toda a teoria que passou em sua cabeça sobre o loiro sobre ele ter sido escolhido por Hiashi lhe parecesse um tanto quanto cômica agora. Simplesmente achara que era amigo de seu pai e que muito provavelmente passaria as informações para este, uma vez que estava sendo pago por ele. Embora, parecia ser algo completamente antiético, pensou nesta possibilidade também. Sorriu para ele; era sua forma de agradecer sem que ele falasse novamente que não se fazia necessário. O observou atentamente. Não parecia ser japonês e aparentava ter sua idade, mas não era possível, parecia ter um bom tempo que exercia a profissão, ou simplesmente era muito bom no que fazia.

- Bom, tem um pouco mais de uma hora que estamos aqui. Não parece, não é mesmo? O tempo passou realmente rápido... se tiver algo a mais que queira dizer, sinta-se à vontade. Sei que, aparentemente, não falamos sobre nada, no entanto, pude obter mais informações a seu respeito do que possa imaginar, até porque, não é só a fala que nos informa sobre quem somos. Irei passar tudo o que obtive e mostrarei a você, assim como foi dito. E pedirei para dizer se concorda ou não. Tem alguma dúvida?

- Qual é o seu nome? – Pensou ser uma boba ao perguntar, mas ninguém tinha a informado, sequer sabia o endereço e onde estavam exatamente. – D-desculpa...

- Uzumaki. Uzumaki Naruto. – Estendeu a mão para ele, que segurou.

- Muito prazer, Uzumaki-san... Hyuuga Hinata. – Sentiu sua mão ser apertada com mais força que o esperado, e sentiu as bochechas arderem mais uma vez.

- Me chame apenas de Naruto, por favor, não precisamos dessas formalidades. – Sorriu simpático, soltando a mão da perolada, pegando um dos vários cartões e entregando um para ela. – Fique com este. Tem meu nome, endereço e formas de contato. Se precisar entrar em contato comigo, não hesite. Eu tenho seu número particular, quando precisar entrar em tanto eu como minha secretária, a Shion, o faremos diretamente com você não se preocupe. – Recebeu outro sorriso e prosseguiu: – Deixarei a próxima consulta para a semana que vem, tudo bem? – Ela assentiu. – Ótimo, nos vemos lá, então. Pode ser na sexta-feira, na parte da manhã? – Ela apenas concordou novamente. – Pois bem, nos veremos então, semana que vem, na sexta-feira as 10:00 e se antes disso, quiser conversar sobre algo que lhe incomodar, sinta-se livre para isto. – Sorriu abertamente e viu ela anuir na cadeira.

- Obrigada, Naruto-san... – Disse se levantando e ele a acompanhou. Quando ela estava abrindo a porta, ele ainda a questionou:

- Hinata, eu já te encontrei em algum lugar? – Olhou de soslaio e viu-o coçar a nuca um tanto envergonhado. Sentiu seu corpo enrijecer-se automaticamente. O que responderia para ele?

- Deve estar me confundindo com alguém. – Simplesmente saiu, sem se despedir e nem nada. Ainda por cima, fechou a porta na cara dele. Seu rosto simplesmente queimava de vergonha por sua atitude, mas agiu por impulso. Fez uma nota mental para se desculpar com ele depois. Analisou o cartão que estava em sua mão e sorriu. Mandaria uma mensagem depois. Respirando fundo, andou até Shino, para que pudessem ir para casa novamente.

Fora uma tarde agitada para si, mas acima de tudo, admitia para si mesma que o sr. Uzumaki fora uma agradável surpresa. Sorriu com tal pensamento.


Notas Finais


Gente, eu nem jantei e acho que nem vou jantar, porque essa internet que vai e vem tem me deixado num tédio monstruoso. Eu poderia dizer que já tenho um pouco do outro capítulo feito, mas na verdade, é apenas uma frase. kkkkkkkkkkk
Enfim, espero que tenham gostado, eu particularmente gostei muito desse capítulo, foi divertido escrever ele, sabe quando você começa e as coisas simplesmente fluem? Isso é maravilhoso! hahaha
Sobre a consulta, parece pouco, né? Maaaas, calma, é apenas um primeiro contato, insiram aquele nome de quando vamos a um lugar - nessa caso, em busca de tratamento - e fazemos uma avaliação geral, sabe? Aquela pra avaliarmos melhor a situação futuramente. Pois então, foi o que eu fiz.
Só digo uma coisa: espero que gostem de verdade, eu gostei muito. kkkkkkk
Eu tenho certeza que deveria falar mais alguma coisa aqui.... AAAAAH! Será que ele lembra daquele encontro com ela ou não? Aguardemos... :3
Por fim, creio que seja tudo... até o próximo, e não tenho data para postar, mas já digo que estou um pouco sem inspiração no momento.
Fiquem bem amores, até mais! o/ ;* <3
PS: qualquer erro, me avisem, ok?


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