Narração ON
Os meses se passaram em uma monotomia para Kellin. Recebia visitas de Victor uma vez na semana.
Quando o via, seu coração transbordava alegria. A única pessoa que queria vê-lo verdadeiramente bem.
Isso fazia com que o mais novo notasse todo o amor que estava sentindo pelo mais velho.
Victor se arriscava para vê-lo e cuidar dele.
Essa era uma prova de afeto.
Mas na mente de Kellin, era uma linda demonstração de amor e se Victor o visitasse naquele dia, poderia ouvir saindo pelos lábios do mais novo em uma voz doce e delicada dizendo: Eu te amo.
Quando a porta de seu quarto foi aberta, platou-se um sorriso imediáto em seus rosto, esperando um certo mexicano gentil. Mas ao que viu quem ele menos queria ver na vida entrar no quarto, seu sorriso se conteve e foi substituído por um amargor e ódio.
-Kellin! -O'Conor exclamou feliz. -Ah, meu querido, você precisa ver como o bar ficou.
-Eu não quero voltar para esse lugar, não importa que você faça duzentas reformas, eu ainda vou sentir nojo de entrar em um lugar com pessoas tão desprezíveis.
-O bar, não é mais um bar. -Disse sorrindo.-Agora se chama Boate Bermuda Triangle. Fiz isso para o evento que sei que você ama, o nosso Carnaval. -Kellin engoliu em seco, não queria se lembrar de todas as lembranças daquele momento de sua vida.
Era terrível. Sem nem mesmo notar, lágrimas corriam silenciosas pela sua face.
-E olhe para você, está chorando de emoção! -Exclamou.
-Eu não posso participar no turno da festa, estou doente.
-Se levante. -Disse com sua voz firme.
Kellin fez o que foi pedido, mesmo relutante.
-Minha tia tem te dado o que se alimento? Seja sincero. -Disse analizando as coxas antes finas mas agora se encontravam fartas, assim como o seu corpo.
-Principalmente carne. -Respondeu. -Ela começou à cozinhar comida brasileira.
-Está comendo a comida de um povo e já está com o corpo semelhante ao das mulheres de lá. -Disse ainda olhando fixamente os quadris do garoto a sua frente. -Não vejo a hora de poder foder essa sua bunda... -Comentou enquanto rodeava o garoto. Acertou um pequeno tapa na citada, assustando o mais novo. -Porque esperar? -Disse para si mesmo e jogou Kellin na cama, sem preocupação alguma.
Kellin aprendeu com o tempo à ficar calado, não demonstrar nada, mas algo que Victor estava subitamente ensinando ao mais novo era expresar seus sentimentos.
O menor ficou paralisado pensando em tudo que Victor sempre dizia.
"Você é um ser humano incrível, não a puta que O'Conor acha que você é."
"Você merece alguém que te ame, mostre respeito e preocupação com a sua pessoa."
"Não importa o que ele diga sobre você, eu sei que você é muito mais do que todos aqueles comentários desmerecidos."
-Sai de cima de mim! -Exclamou acertando um tapa no rosto do mais velho que já estava em cima de si.
-Ah, meu Deus! -Exclamou sorrindo. -O que você acha que está fazendo? -Perguntou com a voz baixa, colocou uma de suas mãos no pescoço de Kellin, apertando seus dedos alí. -Ficou solto e já criou asas... -Disse em seu típico tom sarcástico. -Está na hora de alguém arranca-las de uma vez por todas... -Disse enquanto conseguia sufocar o menor, que tentava a todo custo respirar a se soltar, se mechendo constantemente, mas Conor era mais forte e encistente.
Ele iria mata-lo...
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