História Tragedies - Save Me

Narração ON

Kellin andava pelas ruas ainda repletas de neve, a noite caia aos poucos, as horas naquele dia pareciam não passar. Isso o deixava feliz de certa forma.

Havia passado o dia com Victor, andando pela cidade e conversando sobre coisas aleatórias, rindo até mesmo de suas desgraças.

Ele pensou no que havia acontecido ao acordar, sentiu seu corpo estremecer, sentiu o que poderia ser chamado de medo, mas não era como sempre, era de uma forma diferente, mais amedrontador, não conseguia entender como uma pessoa poderia ser assim.

Uma falta de confiança, algo que parecia não mudar de forma alguma. Alguém que era inconstante, que uma hora está aqui e outra parece se perder em um mundo diferente, repleto de caos e terror.

Ao chegar em seu "lar", Kellin percebeu que mesmo a casa estando vazia, o lado de fora nunca ficava da mesma forma.

-O bom filho a casa torna! -Um dos desgraçados disse alto ao ver Kellin se aproximar.

-É melhor: A boa vadia a casa torna. -Outro disse.

-Vocês não tem nada melhor para fazer? Ah é... me esqueci... vocês são só vagabundos com armas, não tem nada o que fazer. -Kellin disse rindo sendo um pouco sarcástico.

-Como? -Um perguntou. -Acho que mais vagabundo aqui não somos nós. -O que parecia o líder se aproximou e empurrou Kellin de forma mais agressiva.

-Você teve escolha e preferiu essa vida de merda, até por que merdinhas como você não tem muitas escolhas, não acha? -Kellin perguntou.

Desta vez, o "líder" sacou sua arma, Kellin fez o mesmo, apoiando a arma no meio da testa do mesmo, os outros ao redor apontaram suas armas em direção a Kellin.

-Diferente de vocês, eu não estou blefando. -Kellin disse sendo um pouco superior. -É simples, apenas aperto esse gatilho e você não vê mais nada nessa sua podre vida, esses idiotas disparam e acabam com minha, mas em compensação o inferno vem à Terra quando O'Conor voltar. -Todos abaixaram suas armas. -Até que não são tão burros.

-O que está acontecendo aqui? -Brian apareceu como se estivesse surgindo do nada.

Ele era o encarregado de manter a ordem por O'Conor, impedindo que tudo se tornasse uma guerra. Alto e forte, do tipo durão, coberto por tatuagens de cadeia, todas feitas em seu pequeno período passado por lá. Cabelos loiros escuros, curtos dos lados e grande no topo. Agrecivo, arrogante, curto e grosso.

-Kellin, venha. -Mandou. Com ele não havia como ser teimoso ou simplesmente apontar uma arma em sua cabeça, ela tinha mil argumentos para que não tocassem nele.

-Todos vocês, em seus lugares, e se eu ouvir mais alguma coisa, eu mesmo mando todos vocês ao inferno. -Disse entrando na casa, logo atrás de Kellin.

-Me dê isso. -Ele disse apontando para a arma que ainda estava nas mãos de Kellin.

-Porque eu faria isso? -Perguntou mostrando sua expressão de nojo.

Brian apenas ergueu uma de suas sombrancelhas e Kellin entregou a arma nas mãos do mesmo.

-Desde quando passa a noite toda fora? -Perguntou arrogante enquanto Kellin ia em direção a sala, tirando seu casaco junto de sua touca.

-Me deu vontade, eu fiz. -Kellin respondeu. -Dormir com um cara bom de foda as vezes é bom.

-Nem sei porque ainda tento te defender. -Ele disse desanimado se aproximando do menor. 

Colocou sua mão sobre os cabelos do mesmo, em um tipo de carinho do qual Kellin não gostava de receber.

-Não me toque. -Kellin disse se levantando de forma brusca.

-Você nunca reclamou... -Brian disse rindo.

-Não sou seu, você ainda não entendeu? -Kellin disse claramente irritado.

-Você não é de ninguém, esse é seu problema. -Ele disse rindo enquanto se sentava no sofá.

Brian via Kellin como qualquer coisa, menos como uma prostituta quebrada. Ele sabia que o mesmo gostava de ter um pouco de liberdade, que Kellin nunca seria comparado a qualquer puta, por que ele era melhor que isso.

-Ainda bem que sabe disso. -Kellin disse enquanto saia da sala e ia para o outro cômodo, um tipo de bar com mesas de sinuca.

O único problema dessa forma de visão era um.  Brian achava que por dar tudo o que Kellin precisava, poderia te-lô quando quisesse.

Brian seguiu o mesmo caminho que  Kellin, quando entrou na sala fechou a porta logo atrás de si. Kellin estava preparando dois drinques de tequila. 

Ergueu um dos pequenos copos em direção a Brian que o pegou a bebeu rapidamente.

Kellin apenas pegou seu copo e o bebeu, parou por alguns segundos como se estivesse pensando em algo e pegou a garrafa de tequila, seguindo até perto da mesa, pegando o taco e empurrando uma das bolas abandonadas na mesa. Tomou um grande gole em sua bebida e olhou para Brian.

-Quer jogar? -Perguntou.

-De que? -Perguntou.

-Estou perto de uma mesa de sinuca, o que você acha que eu quero? -Kellin perguntou.

-Da última vez que você me fez essa pergunta, transamos por um bom tempo em cima dessa mesa. -Ele disse pegando o taco da mão do mesmo e empurrando outra bola.

-Eu estava completamente bêbado. -Kellin disse enquanto bebia um pouco do líquido amargo.

-E pelo jeito vai ficar da mesma forma em pouco tempo.

-Eu tenho o meu orgulho. -Kellin disse. -Mereço mais que isso.

Brian aproveitou o momento, vendo que Kellin estava levemente sentado sobre a mesa. Colocou sua mão livre sobre uma de suas coxas, a alisando de forma mínima e lenta.

-Merece horas do melhor orgasmo da sua vida, e como você diz, de uma boa foda. -Ele disse rente ao seu ouvido.

-É só isso que você tem a oferecer.

-É tudo o que quero de você. -Ele disse deixando sua mão subir um pouco mais, alcançando sua virilha e tocando na mesma sem nenhuma vergonha.

Kellin apenas bebeu mais de sua tequila e colocou a garrafa apoiada sobre a mesa. O menor virou sua face para o olhar do mais velho.

Brian soltou o taco no chão e pôs suas mãos sobre Kellin, o beijando de forma agressiva. Kellin correspondeu ao beijo, agindo da forma que o outro queria.

Em partes, fazia aquilo porque sabia que o mesmo não gostava de ter um não como resposta. Em outras, gostava da ideia de ficar em baixo daquele idiota.

Brian tocava em seu corpo sem algum cuidado, ele apenas queria o momento, mais nada. Puxava Kellin para mais perto, afim de sentir melhor o corpo do mesmo. Kellin pois suas mãos sobre o peito do mesmo, o puxando pela blusa, foi rápido em tirar a jaqueta e joga-la no chão.

Em alguns segundos, a garrafa que estava ao lado de Kellin já havia sido arremessada ao chão. No mesmo momento, Brian já puxava o corpo de Kellin, de forma desajeitada. Levou uma de suas mãos ao cabelo do mais velho, puxando e emaranhando seu corpo no outro, que destribuia beijos e mordidas em seu pescoço e mandíbula. 

Kellin o empurrou com uma das mãos, o que irritou ao mais velho. Puxou sua blusa e o fez entender o que queria. Brian terminou de arrancar sua blusa e a jogou no chão.

Era difícil negar a beleza física que o mais velho possuia. Os aspectos de um verdadeiro deus grego, a pele em um meio termo junto de músculos bem definidos e grandes combinados com seus olhos que pareciam se intercalar entre um verde ardente e um azul brilhante.

Ele se aproximou rapidamente, o puxando novamente e voltando a marcar seu corpo, mordendo e sugando um ponto perto de sua clavícula. Kellin fechou os olhos e jogou sua cabeça para trás, sentindo os toques por seu corpo, foi quando não conseguiu evitar que um gemido sôfrego escapasse por sua garganta.

Mordeu seu lábio enquanto tentava se conter enquanto o mais velho levantava sua blusa e arranhava sua cintura enquanto o puxava, abriu as pernas de Kellin e levou suas mãos para entre as mesmas, se apressando em despir o garoto em sua frente, arrancou a blusa do garoto e o deitou de forma rude na mesa.

Kellin viu o mesmo abaixar as calças rapidamente e logo segurar seu quadril. Ergueu uma das pernas de Kellin e a colocou repousando em seu ombro enquanto a outra perna ficava pendurada em cima da mesa. Brian segurou seu membro e sem mais delongas se colocou dentro de Kellin, que gemeu quase como um animal.

Posicionou uma de suas mãos na cintura de Kellin e a outra na coxa erguida do mesmo e assim começou e estocar o interior do mesmo, apertando o corpo de Kellin. Foi rápido e forte, fazendo o corpo do mais novo se arrastar na mesa, machucando o mesmo, não só as costas como também sua entrada.

-Brian... -Kellin chamou, sendo completamente iginorado pelo o que o estocava. -Brian... -Chamou novamente, percebeu que sua voz saia como um gemido. Brian percebeu e olhou para o rosto do pequeno.

-O que é? -Perguntou ríspido, sem parar de se mover.

-Para, por favor, está doendo... -Kellin pediu. -Talvez outra hora eu... -Disse enquanto se levantava e tentava sair.

Foi empurrado fortemente contra a mesa, Brian levou sua mão ao pescoço do mesmo e o apertou enquanto aproximava seus rostos.

-Agora não... -Ele disse rindo. -Não acha que seria sem graça se acabasse por aqui? -Perguntou agrssivo.

Abriu as pernas de Kellin novamente e para impedir que o mesmo tentasse se soltar, segurou seus pulsos acima da cabeça do mesmo, apertando e o deixando imóvel. Kellin ainda se mexia tentando se soltar a praticamente suplicando para que o mais velho não prosseguisse.

Brian cortou as palavras de Kellin no mesmo momento, entrando novamente com toda a sua força e o fazendo gritar.

-Por favor... -Pediu com sua voz baixa.
As estocadas continuaram por um longo tempo junto as súplicas e gemidos chorosos de Kellin.

Brian não mostrava nenhuma emoção enquanto fodia o menor, apenas era agressivo, se empurrando cada vez mais fundo dentro do mesmo.

-Não! -Kellin gritava enquanto choramingava, sentia seu sangue saindo de si e formando uma poça ao seu redor, Brian continuava com as penetrações em Kellin, olhando em seus olhos, vendo a dor e a agonia que o pequeno sentia, não fazia nada para diminui-la. -Pare com isso, por favor!

E cada vez mais rápidas e fortes, escorregando pelo interior de Kellin devido ao sangue que lumbrificava sua entrada.

Aquilo estranhamente o satisfazia, sentia vontade de virar o corpo Kellin e continuar com as penetrações, amarrar as mãos do mesmo e rasgar todo o corpo do menor com os dentes. Ele queria ver seu sofrimento.

Suas estocadas já estavam rápidas demais, indicando o início de seu clímax. Brian gozou dentro de Kellin e sujou entre as pernas do mesmo.

Kellin já não estava lúcido, havia desmaiado, Brian deu alguns tapinhas no rosto de Kellin enquanto vestia suas calças novamente. Viu que o garoto ainda não acordara. 

Com cuidado pegou o corpo do garoto e caminhou com cuidado até a sala, onde havia um armário, abriu a porta do mesmo e jogou o corpo dentro do armário com apenas um casaco para cobrir o mesmo. Nem sequer havia verificado se o garoto ainda estava vivo, apenas o colocou ali. Trancou a porta e guardou a chave em seu bolso.

Ideias e mais ideias passaram por sua mente naquele momento, mas apenas pegou seu celular e abriu novamente a porta, tirou uma foto do corpo de Kellin e voltou a fecha-la.

Discou alguns números e posicionou seu celular na orelha.

-Alô? O'Conor? ...bem, acho que já fiz o que me pediu, ninguém nunca mais encostará um dedo no Kellin.