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História Traída ( Kim Taehyung ) - Dez


Escrita por: birdgirl

Notas do Autor


Espero que Gostem!

Capítulo 11 - Dez


Fanfic / Fanfiction Traída ( Kim Taehyung ) - Dez

- Ele está em uma reunião agora, Aily!

- Olhe, Chae-rin, pelo amor de tudo que é mais sagrado. – Suspirei, tentando falar da mineira mais normal possível. - Me dê o telefone daquele satanás.

- Minha nossa. – Ela bufou e rolou a tela do celular. – Eu não entendo vocês dois. Desaparecem da festa da Wendy e depois reaparecem com você com ódio dele.

- Não te interessa. – Revirei os olhos. – É pra hoje o número.

- Tome. – Ela me jogou o aparelho, suspirando. – Eu queria tanto te ajudar, mas você não me diz o que aconteceu.

- Depois eu digo. – Anotei o número e me levantei. – Até mais.

Sai da sala e desci até a portaria, em busca de um café para acalmar meus nervos. Consegui pensar um pouco enquanto bebericava a bebida ainda quente. Como diabos a filha dele sabia de nos dois na festa da Wendy? Aquilo não deveria me incomodar, então por que eu me incomodava tanto?

Pode ser que eu o tenha xingado de todos os nomes possíveis, afinal, que tipo de pai falaria um negocio daqueles para sua filha de quatro anos? Óbvio que eu iria querer tirar satisfações.

Apertei meus olhos para tentar me concentrar em algo sem ser aquilo. Hoje seria o dia em que o presidente da central iria eleger duas pessoas para representar a Policia Investigativa de Daegu em um congresso de três dias em Seul. Obviamente não seria eu a escolhida, mas eu teria que marcar presença, assim como todos que possuíam o distintivo mais avançado do que o de perito.

- Aily? – Senti alguém tocar meus ombros, me virei rapidamente quase cuspindo o café. Felizmente era Baekhyun.

- Bae! – Eu joguei o copo na lixeira e o abracei forte. – Quanto tempo.

- Desculpe a demora. – Ele me soltou e sorriu, com o mesmo formato de sorriso que o irmão tinha. – A viagem demorou mais que o previsto.

- Como está a senhora Kim? – Eu perguntei.

- Ela está bem. – Baekhyun deu um meio sorriso e suspirou – Só está meio cansada, você sabe... a velhice. – Ele me fitou por um tempo, mas desviou o olhar e abriu sua bolsa. – A propósito, ela pediu para eu te entregar isso.

- O que é? – Peguei cuidadosamente a embalagem e logo um sorriso tomou de conta de meu rosto.

- Abra e veja. – Ele também sorriu.

Desembalei com cuidado e lagrimas ameaçaram sair por minhas pálpebras. Era um porta-retratos com uma foto e minha e dela, segurando meu cachorro. Foi o dia em que nos duas o encontramos na rua enquanto caminhávamos. Abracei o objeto e fitei Baekhyun.

- Ela ainda gosta muito de você. – Baekhyun abaixou o olhar. – Mesmo não estando mais casada com o Tae.

- E eu ainda a considero a melhor sogra do mundo. – Eu disse orgulhosa. – Logo, eu iriei visita-la.

- Sim, sim. – Seu semblante melhorou. – Ela quer muito te ver também.

- Baekhyun! – Nós dois viramos para uma terceira voz e eu fiz uma cara azeda.

Taehyung.

Baekhyun deve ter notado minha revirada de olhos quando deu um sorriso torto e saiu para abraça-lo.

- Quanto tempo, irmãozinho. – Taehyung disse. – Como foi aviagem?

- Foi boa. – Respondeu o menor. – E eu sou mais velho, não me chame de irmãozinho.

Aproveitei a chance de que o sujeito não havia me visto e fui em direção ao elevador para voltar ao meu escritório. No caminho fui parada por Wendy e tive que dar umas pequenas, e mentirosas, explicações sobre meu desaparecimento de sua festa e ainda negando qualquer envolvimento com Taehyung.

Ainda para minha má sorte, quando fui pegar o elevador, meu adorável ex-marido estava lá dentro. E adivinhem? Estava apenas ele. Tive que me forçar a subir uns belos andares ao seu lado e ainda escutando aquela música horrorosa de elevador de bônus.

E aquela droga ainda parava em todo andar, fazendo a espera ser ainda mais demorada. Pelo reflexo dos espelhos da cabine eu poderia o ver me fitando e rindo descaradamente de minha vergonha alheia.

- Está com algum problema, Aily? – Ele esbarrou propositalmente em meu corpo.

- Nenhum. – Me virei para ele, franzindo o cenho. – E você? Está com algum?

- É que minha filha chegou em casa dizendo que me viu te beijando. - Ele sorriu casualmente e pegou em minha mão com delicadeza. – Olhe, não precisava ter dito para ela. 

- Baixe sua bola. – Estapeei sua palma e ri sarcasticamente. – Ela que chegou para mim hoje de manhã perguntando isso.

- Ahm? Não foi você quem disse? – Taehyung pareceu confuso. – Então quem foi?

- Você não sabe? Caramba. - Retruquei. – Deve ter passado no desenho da Peppa.

- Agora me confundiu. – Ele riu.

Eu apostaria cem reais com qualquer um que ele não estava nem aí para o fato de sua filha saber daquilo, mas tinha usado a situação como uma desculpa para falar comigo.

- Então, como anda minha Ailyzinha no trabalho? – Voltou a me olhar novamente.

- Vire sua boca com “minha Ailyzinha”.

- Ah, qual é, não me entenda mal. – Aproximou sua boca de meu ouvido, sussurrando as palavras. – Eu sei que você gosta desse apelido.

- Gosto tanto quanto você com uma tapa na cara.

- Ai, Aily. – Ele tocou seu rosto dramaticamente. – Não estapeie meu rosto tão lindo.

- Palhaço.

- Eu sou. – Fitou a porta do elevador, não perdendo o sorriso.  – A melhor coisa é fazer você dar um sorriso para mim.

Eu simplesmente não consegui responder para aquela frase. Posso até dizer que um pequeno sorriso quase se formou em meus lábios, rebelde e eu o controlei talvez um pouco rápido demais. Escutamos a porta do elevador se abrir novamente.

- Meu andar. – Ele se distanciou e ao passar pela porta, piscou para mim. – Até mais.

 Fui para meu escritório e a Chae-rin deve ter notado meu semblante nas nuvens.

- O que foi? – Ela perguntou. – Conseguiu ligar pra ele?

- Hein? Não. – Voltei ao meu estado normal. – É que tinha meu sabor de café preferido lá em baixo.

Sua expressão tediosa me fez rir.

- Então, Chae. – Me sentei ao seu lado, pegando os papeis. – O que temos para hoje?

- O Yoongi pediu para você dar uma olhada em uma ficha de uns dados encontrados pelos peritos. – Ela colocou os óculos e leu um papel. – Sim, sim. Isso mesmo.

- E cadê essa ficha?

- Na sala dele. – Chae-rin abriu uma das gavetas e retirou de lá uma chave prateada. – “Não mexa em nada. Pegue a ficha na segunda gaveta da mesa e saia.” – Disse com o sotaque do Yoongi, me fazendo rir.

- As ordens. – Peguei a chave.

- Ah! Mais uma coisa. – Ela pegou um envelope com uma caligrafia caprichada e estendeu para mim. – Ele também pediu para você entregar isso ao Tae.

- Uhum. – Peguei o envelope dourado e perguntei. – Mais alguma coisa?

- Só isso mesmo. – Chae juntou as mãos para trás e sorriu cética. – Nada mais.

- Hum – Cerrei os olhos para ela, fazendo um bico. – Isso tem seu dedo, senhorita Chae-rin?

- Hein? – Disse ela, com uma voz desconversante. – Claro que não, Aily! Não é como se eu quisesse que vocês continuassem a se falar depois da festa, né? - Chae riu. - Você é tão bobinha.

 ● 

Dei duas batidas na porta de madeira e esperei um “entra”. Entrei e tentei ser o mais rápida possível.  Eu sempre me admirava quando entrava no escritório do Taehyung. Paredes azuis marinho com decoração em preto além de que era um dos mais organizados e limpos da central.

Ele estava mexendo em umas gavetas quando eu entrei. Estava sem o blazer preto, apenas com a blusa azul social, gravata e calca preta.

- Envelope para você. – Eu disse. – Do Yoongi.

- Deixa aí em cima. – Apontou para a mesa, única coisa não organizada. – Obrigado.

Coloquei um grampeador em cima do envelope para evitar que voasse com o vento do vigésimo quinto andar. Aproveitei para dar uma olhada em sua bancada. Era como todas as outras: Uma imensidade de papeis, pastas coloridas e canetas. Dentro daquilo tudo, uma pequena escultura de borboleta azul ao lado de um relógio de mesa me chamou a atenção. Não era muito profissional, mas de fato, era uma decoração delicada. O inseto com as asas abertas em cima de uma pedra. Pelo o que tinha embaixo fora um trabalho de artes da escolinha da Taegeuk.

Notei que já tinha um tempo que eu estava parada observando sua mesa então decidi ir embora, com o rosto vermelho. Quando me virei Taehyung estava na minha frente, então dei de cara com seu peito.

- A-Ai. – Toquei meu nariz. – Não fica atrás das pessoas assim.

- Desculpe. – Ele riu e levantou meu rosto. – Não quebrou nada, não se preocupe.

-  É... – Desviei o olhar, mas ao notar que ele continuava me olhando, eu disse. – Para de me encarar.

- Você se incomoda? – Taehyung arregalou os olhos de uma maneira engraçada, acabei rindo sem querer.

- Você é estranho. – Empurrei seu corpo de leve.

Ele não disse nada e me puxou para junto de seu corpo. Foi tão aleatório que não me toquei na hora o que tinha acontecido. Era aquilo mesmo? Estávamos nos abraçando? De alguma forma, a maneira com qual ele me segurava era parecida com a da ultima vez, com força e com seu coração batendo forte.

De começo eu não soube muito bem se retribuía, mas acabei cedendo, enlaçando meus braços em seu pescoço, acariciando sua nuca. Passamos um tempo daquele jeito, sem falar nada. Sua respiração que estava tão rápida passou a ficar mais devagar, sendo totalmente perceptível. Mil coisas se passaram em minha cabeça e ao mesmo tempo eu não pensava em nada.

- Ei! A reunião já vai começar! – Alguém que eu não lembrava o nome abriu a porta do escritório dele. 

Afastamo-nos rápidos como um raio. Taehyung começou a falar umas coisas nada a ver sobre papeis e eu concordei como se estivéssemos conversando sobre o trabalho.

- Já estamos indo. – Ele se virou para o funcionário que eu nem lembrava o nome. 

● 

Éramos sempre divididos por sexo. Mulheres do lado direito e homens do lado esquerdo. Como sempre, fiquei do lado de Chae-rin e Wendy que pareciam um tanto nervosas.

- Por que estão nervosas? – Sussurrei para Wendy.

- Eu tenho medo do Yoongi.

- Ele não te assusta um pouco? – Chae-rin disse para mim.

- Não. – Olhei para as duas. – Ele parece bem normal para mim, é apenas rígido.

- É porque você nunca levou uma reclamação dele. – Wendy suspirou. – Gente, ele quase me engole.

- Psiu! Ele está vindo. – Chae-rin chiou.

Nosso chefe era um nanico de 1,76. Pele pálida e cabelos pretos. Ao passar por mim deu um sorriso de lado e continuou seguindo sério.  A reunião foi tranquila em todos os aspectos para mim, para outros não, foram despedidos na frente do pessoal. Felizmente nenhum amigo meu foi demitido.

- Acredito que vocês estão sabendo do congresso que acontecera em Seul daqui a alguns dias. – Todos acenaram que sim. – Hoje eu irei escolher quem ira representar a Policia Investigativa de Daegu, nossa central.

Olhares suspeitos.  Ele continuou.

- Não ira ser um sorteio, longe disso, mas sim, aqueles que mais destacaram esse ano e que pelo meu olhar e pelos olhares dos outros chefes de outras policias, merecem esse reconhecimento.

Ele se levantou e pegou um envelope dourado. Tirou de lá um papel de mesma cor.

- Eu gostaria de mencionar. – Deu um tempo. – Kim Taehyung e Kim Alysson. Parabéns.

Minha mente travou por um tempo. Era aquilo mesmo? Era mesmo meu nome? Eu era reconhecida o suficiente para ir a um dos congressos mais importantes em Seul? O que estava acontecendo?

Chae-rin e Wendy praticamente me enforcaram com um abraço triplo. Elas ficaram me parabenizando enquanto eu só conseguia pensar em uma coisa.

Eu iria para um congresso de três dias que é mais importante que minha vida ao lado de Kim Taehyung?

ʚĭɞ

 


Notas Finais


E olhem só quem demorou mais do que o normal para postar
Euzinha, Ayka <3

AAAAA ME DESCULPEM PESSOAL ;-;
Era para eu ter postado isso terça feira, mas algumas coisas aconteceram e eu acho que nunca chorei tanto em uma semana consecutiva HASUDHUA
Então podem esperar um longo prazo para o outro capitulo, ja que eu não estou com cabeça para escrever AARGH

Mas enfim, espero que vocês tenham gostado!
Um Xero Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ


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