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História Traída ( Kim Taehyung ) - Treze


Escrita por: birdgirl

Notas do Autor


Espero que Gostem!

Capítulo 14 - Treze


Fanfic / Fanfiction Traída ( Kim Taehyung ) - Treze

• Anos antes ●

❝ Gente, o Tae neste capítulo estará exatamente igual ao Tae do clipe Beautiful. O local onde se passará também. Deixarei o link nas notas ʕ•̫͡•ʔ  ❞

Eu realmente não deveria ter saído de casa hoje. O clima esteve ruim desde o amanhecer, mas minha mente teimosa queria por que queria comprar os presentes hoje. Acontece que daqui a uns dias seria o aniversário de casamento de meus pais e logo o aniversário das minhas duas irmãs gêmeas. Eu tinha cinco presentes para comprar e um dia terrivelmente chuvoso pela frente.

Antes de sair de casa verifiquei o clima na tela brilhante do meu celular. Marcava exatamente 16°C e avisava de uma frente ainda mais fria no final do dia.

- Eu irei voltar antes das cinco. Não irá ter problema. – Eram dez da manhã quando saí de casa. Eu teria quase oito horas para vasculhar o centro de Daegu e enviar os presentes pelo correio, era tempo suficiente.

Caminhei quase congelando até uma espécie de shopping aberto bem no centro da cidade. Não haviam muitas pessoas lá, o que me alegrou por um momento. Eu odiava multidões e preferia muito mais ficar em lugares com pouca movimentação.

O local era grande possuía várias lojinhas com plaquinhas indicando vários tipos de descontos e promoções. Senti um sorriso se formar em meus lábios e decidi tomar um café em uma das filiais da Holly’s que possuía lá, apenas para comemorar o quanto tenho sorte.

Diferente da cafeteria perto da conveniência, aquele lugar era menor e mais apertadinho. Sabor a Mi tocava ao fundo e eu conseguia ver várias Maid’s correndo de um lado para o outro com vários tipos de cafés quentes e donuts. Sentei-me ao balcão e pedi o de sempre: Caramelo Médio com Dupla Canela e Duplo Chantilly.

Enquanto esquentava minhas entranhas praticamente congeladas avistei uma figura familiar passando em frente à Holly’s. Era o mesmo garoto de cabelos roxos que conheci semana passada, apesar do frio ele usava apenas um moletom preto com uns detalhes em branco. Ele parecia ser bem legal, infelizmente não consegui conversar por mais de quinze minutos já que tive que sair às pressas para voltar para a Universidade.

Engoli o resto do café, paguei e corri até a rua. Olhei para todas as direções, mas não o vi. Dei um meio sorriso triste, eu queria pelo menos saber seu nome e agradecer melhor pelo café que me pagou semana passada.

De repente o vejo saindo de uma loja de bijuterias, não há nada em suas mãos, nem uma sacolinha sequer. Ando até ele sentindo meio tímida, não sou assim, mas acredito que uma garota toda descabelada chegar em você do nada seja bem estranho. Ignorei minha vergonhasse e cutuquei suas costas.

- Oh. – Ele pareceu surpreso, mas sorriu para mim. – Você é a garota daquele dia... Alysson! – Ele disse meu nome com orgulho. – Eu me lembrei de seu nome.

- É. Acertou. – Mexi no cabelo, envergonhada. - Eu gostaria de te agradecer melhor pelo café da semana passada. – Sorri para ele e o entreguei um cupom que valia um minicafé com donut da Holly’s.

- Nah. – Ele não quis aceitar meu presente. – Não precisa me pagar por aquilo.

- Aceite como um presente então. – Com isso, ele acabou aceitando com um sorriso bobo.

- Obrigado, Aily. – Tae mexeu nos fios arroxeados e guardou o cupom no bolso.

- De nada. – Sorri para ele.

- Então, o que faz aqui neste dia chuvoso?

- Eu preciso comprar uns presentes para minha família.

- Para a família toda? – Ele arqueou uma sobrancelha.

- Não. – Eu ri. – Para meus pais e minhas irmãs.

- E isso não é família toda? – Perguntou, parecendo confuso. 

- No meu caso, é só uma parte dela. – Nessa hora um vento frio passou por mim, me fazendo enterrar ainda mais meu pescoço no cachecol. – No meu país, a família é mais do que pais e irmãos.

- Ah, verdade. Você é do Brasil, lembrei. – Ele de repente ficou animado. – Sempre quis conhecer alguém de lá.

- Bom, conhece agora. – Ele não ouviu minha resposta, pois já estava repetindo a palavra ‘Samba’ e tentando dançar.

- Dizem que lá é muito quente. - Acrescentou.

- É sim. – Dei uma olhada nas horas e vi que já passavam do meio dia. – Tae, eu preciso ir. Tenho que comprar as coisas e ir ao correio antes que feche.

- Tudo bem, até mais tarde então! – Ele sorriu sem mostrar os dentes.

- Mais tarde? Você vai ficar aqui?

- Minha mãe meio que está me obrigando há passar um tempo fora de casa. – Ao dizer isso, notei algo que não tinha percebido antes. Apesar do sorriso, ele tinha uma expressão cansada e olheiras nos olhos. – Então eu fico por aqui, rodando sem ter nada para fazer.

- Hm.. – Coloquei os dedos nos lábios. – Você não quer me acompanhar? É meio entediante ficar sozinho, não acha?

Ele arqueou uma sobrancelha e começou e me olhar como se eu tivesse falado grego. Uma pequena crise de pânico atingiu minha mente, e se convidar as pessoas para acompanhar as outras fosse visto como algo inadequado na Coreia? E se ele pensou que eu estou dando em cima dele? Será que ele pensa que eu sou uma assassina que quer esquartejar seu corpo?

- Claro. – Ele disse, por fim. – Desculpe, eu estava me lembrando de uma pessoa. – Seu olhar então ficou perdido, ele encarou os céus nublados. - Você disse algo que ela sempre dizia.

- Ela? É sua namorada?

- Era. – Seu rosto se fechou totalmente, e um clima pesado caiu sobre nós.

- A-Ah.. – Senti meu rosto avermelhar como nunca antes. – Desculpe por perguntar isso.

- Tudo bem, não foi por querer. – Taehyung voltou a sorrir, o que amenizou a tensão. – Pra onde que ir primeiro?

- O que você acha que duas gêmeas de dezesseis anos iriam gostar de ganhar no aniversário? – Dei uma olhada pelas lojas coloridas.

- O que você iria gostar de ganhar quando estava com dezesseis anos? – Voltei a olhar para ele. – Quando eu vou comprar presentes, eu sempre me faço essa pergunta. Me ajuda a escolher.

- Eu iria gostar de ganhar bichinhos de pelúcia, ou bijuterias. – Ele riu e passou a mão por meu cabelo.

- Você é fofa. – Ele olhou em volta e apontou para uma loja de aparência rustica. – Ali vende ursinhos.

Ao entrar lá, eu quase caí para trás com tanta fofura. Casacos, meias, pelúcias, mangás, mochilas, materiais escolares e até canecas. Taehyung não pareceu tão impressionado quanto eu, afinal, ele já deveria ser acostumado. Acabei comprando uma pelúcia de 60 cm do Rilakkuma para uma das minhas irmãs.

- Ela vai adorar. – Notei que ele também trazia algo nas mãos. Ao perceber que eu estava olhando, ele retirou da sacola um par de meias de lã com gatinhos estampadas e me mostrou. – É pra minha mãe, no inverno os pés dela ficam dormentes com o frio.

- Ela vai adorar. – Sorri para ele que retribuiu o sorriso.

O dia passou em um instante. Consegui comprar os presentes, e mais umas coisinhas fofas para mim, tudo por um preço ótimo. Taehyung era muito simpático e sempre fazia piadinhas, apesar de que algumas vezes ele fechava a cara e parecia triste. Fomos juntos até o correio e tivemos que correr para dar tempo.

- Com licença. – Tentei recuperar o folego ao falar com a atendente atrás do balcão. – Me desculpe pelo atraso, mas eu preciso enviar esses presentes para o Brasil.  

- Teve sorte senhorita, estávamos quase fechando. – Apesar de sua expressão rígida, a mulher sorriu para mim e pegou as sacolas. – Pode me passar o endereço?

 Entreguei o endereço e o dinheiro. Antes de sair, perguntei.

- Em quanto tempo eles chegam?

Enquanto ela cadastrava os objetos, respondeu.

- Como a senhorita pagou por uma entrega a jato, chegará em menos de dez dias.

Agradeci me curvando e sai do correio. Taehyung estava encostado na parede da loja, mexendo no celular.

 - Deu tempo? – Ele guardou o celular e olhou para mim.

- Deu, e vão chegar antes da data. – Suspirei e uma fumaça ainda mais grossa se formou. – Caramba, esfriou muito.

- Não soube da frente fria que vai chegar?

- Soube sim, mas não achei que fosse tão fria assim. – Olhei para as horas, eram 4:58. – Bom, parece que está na hora de ir.

- Sim. – Ele ajeitou as mangas do casaco e voltou a olhar para mim. – Hoje foi divertido, obrigado por passar o dia comigo.

 - Hein? Eu que agradeço, Tae. – Sorri para ele. – Espero que possamos nos encontrar mais vezes.

- Claro. – Ele bagunçou o cabelo, e foi ai que notei, ele fazia isso quando estava envergonhado. – Você mora muito longe?

- Não... Moro a apenas um quarteirão. Por quê? – Ele não respondeu minha pergunta, mas pareceu muito surpreso.

- Espere, na rua Gushyama?

- Um pouco mais a frente.

- Eu moro lá. – Ele começou a andar. – Vamos, eu te acompanho.

No caminho conversamos ainda mais. Acabei descobrindo que ele estudava na mesma universidade que a minha e que não estava comparecendo por uns motivos pessoais que não decidi perguntar quais eram, por educação. Ele também pegou meu telefone e salvou como: Garota do nariz de morango.

- Por que morango?

- Porque ele está vermelho como um. – Ele gargalhou. – Vou pintar umas bolinhas pretas e um caule verde, aí sim vai ser um morango.

- Poxa. – Acabei rindo também. – Como você está aguentando só com esse moletom?

- Ele é grosso, e sei lá, não está me parecendo tão frio. – Taehyung olhou para o céu, que agora ganhava tonalidades de violeta. – Já teve épocas mais frias.

Só de ouvir aquilo, meu corpo deu uma tremida e eu afundei ainda mais no cachecol. Ele percebeu e riu, bagunçando meu cabelo.

- Você ainda terá que se acostumar.

- É, eu acho que sim. – Passei minha mão por meus fios para ajeita-los. – Ei, aquela é sua mãe?

Ele voltou a olhar para frente e concordou com a cabeça. Uma mulher estava sentada na varanda tricotando alguma coisa e acenou para a gente. Ela era bonita, apesar da expressão cansada.

- Mãe! O que a senhora está fazendo fora de casa? Está muito frio. – Ele pareceu aborrecido, mas abraçou a mulher.

- Ora Taehyung, eu não estou tão velha a ponto de não poder ficar nem fora de casa por causa do frio. – Ela o reprendeu, ficou envergonhada a me ver e o filho a reclamar. – Quem é essa, filho? – Seu rosto era gentil e ela sorriu para mim.

- É uma amiga minha, a Alysson. – Me curvei para ela e sorri.

- Eu nunca a vi. – Ela se aproximou de mim e fitou meu rosto. – Seus traços não são coreanos, querida. De onde você é?

- Brasil, senhora.

- Wow. – Ela teve a mesma reação do Tae, ficou surpresa e sorriu. – País do samba.

- Isso mesmo. – Eu ri. Ela era fofa.

- Não quer entrar para tomar um chá? – Ela apontou para  a porta. – Você parece estar com frio.

- Eu agradeço, mas eu realmente preciso ir, antes que escureça de vez. – Eu disse meio triste, eu realmente gostaria de uma xicara de chá.

- Eu te levo em casa, não se preocupe. 

 Taehyung passou pela porta e sua mãe o seguiu. Eu não sabia se poderia confiar tanto neles a ponto de entrar para sua casa quase de noite, mas eles realmente não se pareciam com assassinos e eu também não estava no Brasil. Acabei entrando.

Sua casa era extremamente aconchegante, a lareira estava acesa e havia carpete por tudo lugar. A decoração e o cheiro lembravam muito casa de vó.  Um gatinho branco estava adormecido em um dos sofás. Em cima da lareira estavam alguns porta-retratos, um deles me chamou atenção. O Tae estava com uma garota e ambos pareciam bem felizes enquanto ela acariciava o mesmo gato branco que estava em seu colo.

“Talvez essa seja a ex namorada dele” Já que ele me contou que possuía apenas um irmão mais velho.

Os segui até a cozinha que era tão adorável quanto à sala. A senhora Kim me serviu um chá com biscoitos caseiros. Estavam deliciosos e meu estomago quase congelado agradeceu. Conversamos um pouco e eles me encheram de perguntas sobre como era o Brasil e de que como eu vim parar aqui.

Descobri que a mãe do Tae gostou muito de mim e que eu gostei muito dela, era realmente uma senhora simpática.

Como prometido, Tae me levou até minha casa já que já estava escuro lá fora e o clima não tinha dado uma trégua. Meu espaço não era nem um pouco confortável comparado ao deles, mas eu gostava daquela casinha, era pequena e também quente.

Retirei a roupa e tomei um banho quente. Antes de ligar a TV para assistir The Walking Dead meu celular vibrou e quando fui ver, senti um enorme sorriso se formando em meus lábios dormentes.

TaeTae: Oi, Aily! É o Tae.

TaeTae: Eu cheguei bem em casa, não disse que não precisava se preocupar?

TaeTae: Minha mãe gostou muito de você, ela me parabenizou por encontrar uma garota tão legal e educada.

TaeTae: Isso foi engraçado, já que foi você quem me encontrou, não foi? Kk

TaeTae: De qualquer forma, o dia hoje foi muito, muito legal mesmo.

TaeTae: Espero que possamos sair de novo.

TaeTae: Tae. ʕू•̫͡•ूʔ

ʚĭɞ

 


Notas Finais


Tae e Cenário: https://www.youtube.com/watch?v=aMDRToMc77w

Hey Pessoal!
Primeiramente eu quero agradecer de todo o meu coração e alma os mais de 10K de visualização. Sério, vocês não sabem o quanto isso me anima, principalmente nesses momentos que eu estou passando atualmente.

Segundamente, quero me desculpar com vocês pela demora imensa para postar o Fourteen. Como eu já expliquei para alguns de vocês por meio privado ( Obrigada, meninas, por me perguntarem como eu estou e até oferecerem ajudar. Vocês são realmente especiais <3 ) eu estou passando por uma época muito ruim na minha vida.
Não sei como, mas pareceu que tudo que eu amava começou a desaparecer gradativamente e eu perdi muitas pessoas.. Estou melhorando, nunca perdi a esperança de que as coisas iriam melhorar e peço para vocês que nunca percam também! Escutem Tomorrow do BTS, essa música esta me ajudando bastante atualmente.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=OMx9jRGzJno

Enfim, é isso.
Um pouquinho de como eles se conheceram melhor. ajidadjausd
EU AMO VOCÊS TABOM
VOCÊS TÃO NO MEU CORAÇÃO
CADA UMA QUE LÊ MINHA FIC ❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤

Um xero ʚĭɞ


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