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História Traída ( Kim Taehyung ) - Três


Escrita por: birdgirl

Capítulo 4 - Três


Eu realmente não esperava que estivesse sendo daquele jeito. Por que tudo estava voltando ao começo? Agora, era como se aquela cena em minha cama tivesse acontecido há poucas horas e a mesma dor agoniante estivesse destruindo meu coração novamente.

Já tinha algum tempo desde que eu fitava, imóvel, o para-brisa de meu carro, porque meu corpo simplesmente estava se recusando a ligar o automóvel, dirigir para casa, inventar qualquer desculpa e não sair da cama pelo resto do dia.

Como se aquilo fosse melhorar meu estado.

- E eu achei que eu fosse forte. – Suspirei, abrindo um sorriso sarcástico para mim mesma. - Bela ilusão.

Aquele momento na escola não saia de minha cabeça. Involuntariamente, minha mente o estudava criteriosamente, tentando encontrar algo a mais entre cada palavra dita ou cada gesto feito. A fala da Taegeuk e o pingente que Taehyung ainda usava, eram os que mais me deixava intrigada com aquilo tudo.

Com isso, abri o porta-luvas e retirei de lá a minha metade de pingente. Eu o guardava ali como se fosse uma espécie de amuleto da sorte. Admito que eu me sentia trouxa por pensar daquele jeito, mas ao saber de que Taehyung também carregava a sua metade consigo, acabou me fazendo soltar um sorriso aliviado.

Minha mente pedia para outra conversa com ele. Eu precisava saber os motivos reais de ele ainda usar o pingente e daquela frase de sua filha. Minha mente não sentia essa sensação há muito tempo, e era horrível, igual a um sentimento insaciável de dúvida permanente; já que não era apenas chegar a um computador e digitar no Google: Por que o meu ex-marido continua usando um pingente que serviu para ele me pedir em namoro e sua filha disse que ele frequentemente fala sobre mim?

E mesmo se tivesse uma pesquisa para isso, provavelmente os resultados seriam algo bem desestimulante como: “Por que ele acha bonito.” e “A pirralha apenas te confundiu com alguma atriz pornô.”

Passei o pingente por meus dedos. A safira brilhava maravilhosamente bem com a luz do sol que invadia a frente do carro e banhava meu corpo com uma sensação quente de primavera. A brisa fria entrava pelas brechas nos vidros e as árvores balançavam ao som baixo do meu CD antigo do 5SOS.

E foi aí que eu me dei conta de como o dia estava ótimo.

Pena que aquilo não bastava para melhorar meu humor.

ʚĭɞ

Depois de uma meia hora, consegui reunir coragem para mover meus músculos e dirigir até meu último compromisso: Fazer as compras.

- Só isso e eu poderei ir para casa. – Murmurei para mim mesma, enquanto revisava o pdf com a lista de compras que minha Chae-rin enviara.  – Pelo menos são poucas coisas.

Adentrei no estabelecimento e logo me arrependi por não ter cobertos meus braços, eu havia me esquecido de que o clima dentro daquela loja parecia ser alguns graus abaixo da estaca zero.

Pouco tempo depois, consegui reunir todos os pedidos até notar que faltava apenas um.

- E um sabonete íntimo – Eu disse enquanto procurava entre as sessões do supermercado. – Hm... Talvez na sessão íntima?

Dirigi-me para o local e comecei minha procura pelo sabonete até minha visão perceber um ser conhecido, porém não amigável, remexendo na prateleira de camisinhas. Ele me notou também, e não parecia mais simpático do que eu.

A figura deve ter percebido minha cara de paisagem, pois catou uma camisinha escrita “ Com espermicida ” e passou pelos dedos, fazendo uma estúpida expressão de: Eu que transarei com ele, não você.

- O que está olhando, querida? – Min-Ki sorriu inocentemente, fazendo seu rosto parecer o de uma cobra. – Está com inveja?

- Estou olhando sua estupidez.  – Eu respondi, dando de ombros.

- Ai! – Ela fechou um dos olhos em uma expressão ridícula de dor, mas logo voltou a sorrir. - Depois ainda se pergunta por que foi corna.

- Na verdade, eu me pergunto por que ele foi resolver me trair justo com você. Tem tantas mulheres melhores. – Eu não poupei aquela frase, apesar de não gostar de ficar comparando mulheres com outras, mas Min-Ki havia tocado em uma ferida e eu não deixaria aquilo passar reto. – Abaixa a bola.

- Ui, vem abaixar, Alysson – Min-Ki cantarolou em uma voz enjoada, ignorando tudo que eu falei anteriormente. – Admita, está com inveja.

- Então, você continua a mesma. – Eu suspirei, fechando rapidamente os olhos. – Ainda não sei o motivo de não ter te mandando embora na primeira vez em que te peguei paquerando o Taehyung.

- Foi porque você acreditou que ele não corresponderia.

Toda vez que eu pensava naquela frase, meu coração apertava. E mesmo eu não deixando aquilo transparecer, por dentro, meus nervos pediam para que eu saísse daquele lugar agora mesmo.  

- Você está certa. – Eu dei de ombros, tentando ao máximo não desviar o olhar da mulher. - Lerdo erro.

- Então, você admite? – Min-Ki colocou um dedo no queixo e tombou a cabeça para o lado, fazendo os cabelos curtos caírem um pouco por seu rosto. - Curioso, achei que você fosse uma daquelas mulheres que ficam revoltadas com a traição.

- Me revoltar para quê? – Eu perguntei, com a expressão indiferente grudada no meu rosto moreno. - Não mudaria em nada.

- Verdade. – Min-Ki respondeu e se aproximou levemente de mim. – E só mais uma coisinha. – Ela de uma pausa e abaixou o tom de sua voz. – Eu percebi seu olhar para ele no dia da cafeteria. – Ouvir aquilo fez meu estômago dar duas piruetas. - Continua apaixonada por ele, não é? – Ela riu. – Se toca, Alysson. Ele não te ama, nunca te amou.

- Cala a boca. – Eu disse, cerrando os punhos em uma maneira de controlar inconscientemente o tom da minha voz. – Você não sabe de nada.

- Se ele te amasse não teria te traído. – Min-Ki começou a se afastar e depois riu que nem uma bruxa.

- Cala a boca, Min-Ki. – Agora lágrimas brotavam em meus olhos e controla-las exigia uma força que agora, me faltava.

É incrível como palavras, que nem podem ser tocadas, tem um poder de machucar gigantesco.

- E você só é muito orgulhosa para admitir isso. – Ela acrescentou. - Não é, Alysson?

Eu abaixei minha cabeça, não em concordância, mas porque eu não queria deixar Min-Ki ver o poder que sua lábia tinha em meu psicológico. Senti as lágrimas começarem lentamente sua descida.

- E você ainda tem a pachorra de ser caída por ele. – Como se não bastasse toda aquela ladainha, a mulher ainda falou novamente. - Você não tem vergonha não, sua puta?

Foi à gota d'água.

Contra os meus princípios da paz, usei minhas aulas de Muay Thai para lhe dar um soco doloroso no rosto a fazendo ir ao chão. Ela deu um berro enquanto caia, mas logo se levantou vindo em minha direção. 

E eu não sabia que eu brigava tão bem. 

ʚĭɞ

 


Notas Finais


GENTE PELO AMOR DE G-DEUS
ME PERDOEM PELA DEMORA
EU TAVA MUITO OCUPADA SOCORRO ;-;

~e ainda estou
~por isso o cap minusculo
~só isso, xau
~amo vocês


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