1. Spirit Fanfics >
  2. Traída ( Kim Taehyung ) >
  3. Seis

História Traída ( Kim Taehyung ) - Seis


Escrita por: birdgirl

Notas do Autor


Espero que Gostem!

Capítulo 7 - Seis


Por que eu tinha feito aquilo?

Por que eu não empurrei Min-Ki?

Agora todo aquele dia parecia ter sido uma armadilha feita pelo destino e eu cai direitinho. Tudo se encaixou para dar errado.  

- Porra. – Esmurrei o chão de madeira, agora eu tinha uma dor no pulso para casar com a de minha mente. – Imbecil, Imbecil.

Não adiantava.

Ela não iria voltar.

E o que eu iria fazer?

Eu não me via mais sem Aily, sem levar no mínimo duas reclamações por ser tão carente, sem rir de coisas imbecis, sem tomar antidepressivos.

E as velhas saídas para os problemas que minha mente encontrava regressaram há ela pouco a pouco, me cegando do mundo real. Direcionei-me a varanda, uma queda do vigésimo quarto andar deveria matar sem dor.

Observei o azul oceano deitado ali, a poucos passos de minha varanda, tudo uniforme, sem nenhuma deformidade até que um pedaço dele se depreendeu e pousou ao meu lado. Aquela borboleta continuava ali, batendo de leve suas asas da cor do mar.

Passei um tempo a admirando, ela de alguma maneira era diferente dos outros insetos que eu já vira, era curiosa de alguma maneira.

Olhar para ela também me trazia outra dor, Irene. Minha falecida namorada que era apaixonada por borboletas. Talvez fosse por ela o motivo de eu ter tomado depressivos por uns bons anos, mas tudo isso mudou quando conheci Aily.

Eu queria por aquela borboleta no dedo, como ela me ensinara. Um método único quase infalível. Peculiarmente aquela veio sem nenhum esforço. A levantei na altura de meu rosto e orei por Irene.

• 

- Espere eu terminar. Eu tenho que terminar isso. – Sua voz estava tão fraca. – Por favor, Tae, me deixe terminar.

Já sem forças para negar, concordei com a cabeça a fazendo continuar.

- Meu estado não é bom.. Eu.. Eu irei morrer logo. – A ouvir repetindo aquela droga de frase só piorava o meu estado. – O câncer esta me consumindo por completa. Eu não irei durar muito tempo. Os médicos não me dão nem mais um dia direito.

- Então você concorda com eles.. – Foi à única coisa que consegui dizer.

- Eu bem que queria discordar. – Sorriu gentil. – Mas eu não posso, eu sinto isso Tae.

- Não se preocupe.

- Quer mesmo que eu não me preocupe? – Aquela frase me destruiu.

Deitei-me em seu peito, soluçando naqueles lençóis brancos de hospital que eu tanto odiava. Eu não queria perde-la.

- Viver sem você. Eu não consigo imaginar isso.

- Você consegue. – Passou a mão por meus cabelos. – Eu tenho certeza.

- Irene.. Eu não irei conseguir.. Irei sentir muita falta.

- Então faça o seguinte. – Pareceu pensar um pouco. – Quando você ver uma borboleta, ore por mim. Eu estarei lá, te ouvindo, não importa onde estiver, quando orar por mim, eu irei te escutar.

Ela faleceu algumas horas depois.

- Pelo menos.. Eu irei-te ver mais cedo.

Enxuguei uma lagrima que pendia em meu olho. A borboleta saiu de meu dedo e pousou nas rosas brancas da varanda, que eram cuidadas pela Aily, fazendo-me lembrar de mais uma lembrança.

• 

- Taehy, o que são essas coisas? – Me virei para ela que remexia na minha mochila

- Remédio para dor de cabeça. – Disfarcei e voltei a mexer no celular.

- Rivotril? – Ela retirou as caixas e me mostrou. Sua expressão era séria. – Meu pai já teve depressão, Taehyung.

- Deixe essas coisas lá, Aily. – Tomei de suas mãos e guardei na bolsa. – Não é da sua conta.

Senti uma mão apertando meu ombro levemente.

- Por que não me disse? – Seu semblante suavizou. Sua mão passou para minha nuca.

- Está tudo bem, não precisa se preocupar. – Desviei o olhar, envergonhado.

Ela suspirou e tomou meu rosto em suas mãos me fazendo encara-la novamente. Eu me sentia estranho por alguém saber, além de meus pais, que eu tinha depressão e tomava remédio diariamente. Mesmo confiando muito na Aily, não acho que deveria ser uma coisa que ela deveria saber.

- Eu já disse que não precisa se preocupar, Alysson. – Repeti.

- Quer mesmo que eu não me preocupe? - Aquela frase novamente. Senti um choque em meu corpo, parecia que eu estava falando com Irene. Ela franziu o cenho, pois deve ter notado meu rosto pálido - Você está bem? 

A envolvi em meus braços. Eu não queria que ela me visse chorando, não por aquele motivo. Minha mente precisava superar aquilo logo, eu não poderia viver minha vida pensando na Irene.

Mesmo com o barulho do campus universitário, eu consegui escuta-la murmurando.

- Eu irei tirar essa dor de seu coração.

Acho que nunca passei tanto tempo abraçado a uma pessoa.

• 

- Eu irei tirar essa dor de seu coração. – Repeti suas palavras, terminando por sorrir triste. – No final você tirou de mim e eu coloquei em você.

Observei novamente a borboleta pousada nas rosas brancas. Eu já havia parado de chorar, agora a brisa gelava os restos de lagrimas em meu rosto. Passei minha mão, as enxugando.

- Eu não posso morrer. – Eu disse. – Não sem falar com ela antes.

Peguei meu celular em cima da mesa e pensei para quem ligar. Eu precisava encontra-la não importa o quão puta ela deveria estar, mas eu só... precisava.

- Ela não vai me atender se eu ligar. – Disquei o número do Baekhyun. – Quem sabe.

- Diga – Por seu tom de voz, ele já sabia.

- Bae?

- Belo papel hein, Taehyung. – O escutei bufando do outro lado, provavelmente estava com tanta raiva quanto. – Não tem vergonha não?

- Você sabe onde ela está?

- Como seu eu fosse te dizer. – Ele sabia.  – Seu escroto.

- Irmão... Eu realmente preciso falar com ela. – Eu disse calmamente. – Por favor.

Ele pareceu pensar um pouco, mas negou da mesma forma.

- Vá atrás da empregada. – E Baekhyun desligou na minha cara.

Pensei um pouco. Ela não teria para onde ir e se o Baekhyun já está sabendo provavelmente ela ligou para ele e ele disse para ela ir para a casa dele.  Peguei as chaves e desci apressadamente.

Fui até sua residência. No começo ele não me deixou entrar.

- Olhe aqui, não ouse ferir meu orgulho entrando na minha casa com essa sua cara.

- Ela está aí, não é?

- Mesmo se estivesse, eu não o deixaria entrar. – Ele suspirou se encostando ao portão. – Ela ligou para mim e disse que iria sair da cidade por um tempo.

Bufei amargurado. Agora complicou de vez.

- Por que fez isso? – Ele perguntou. – Vocês dois pareciam tão... perfeitos um pro outro.

Entendi essa frase com duplo sentido, já que eles dois já haviam namorado por um bom tempo antes de ela me conhecer, mas deixei para lá, não era hora de sentir ciúmes do meu irmão. Expliquei o que havia acontecido do começo ao fim sem excluir nada.

Baekhyun levantou uma sobrancelha e cruzou os braços.  

- Não foi por vingança. Você sabe que eu não sou assim.

- Falando assim é difícil de acreditar. Tem certeza de que foi a empregada quem te puxou?

- Você não acredita em mim?

Ele negou levemente a cabeça, franzindo os lábios.

- Eu sempre fui o mais sincero da família, Taehyung.

 ʚĭɞ

 


Notas Finais


PELO AMOR DA SANTA SEHUNA
ME DESCULPEM PELA DEMORA

Na verdade eu escrevi esse capitulo todo em uma aula vaga que tive hoje a tarde.
gente, o ensino médio é muito puxado ;-;
Daqui pro final do ano eu morro de cansaço.

Enfim, espero que gostem desse capitulo escrito em menos de cinquenta minutos ( geralmente eu demoro dois dias para escrever um com 1000 palavras ) mas eu estava com muita criatividade então :3

Enfim, espero que tenham gostado!
Até a próxima borboletinhas! ʚĭɞ

Minha continha no twitter :3 > @jinageladeira


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...