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História Traída ( Kim Taehyung ) - Sete


Escrita por: birdgirl

Notas do Autor


Espero que Gostem!

Capítulo 8 - Sete


Fanfic / Fanfiction Traída ( Kim Taehyung ) - Sete

Os dias estão passando estranhamente devagar. A sensação era parecida da de que eu estivesse esperando uma coisa fantástica acontecer e estivesse demorando muito. A verdade era que eu estava me sentido ansioso e para tudo parecia impaciente. Eu também estava dormindo em um hotel, por não aguentar mais entrar naquela casa e lembrar-me do que aconteceu há uma semana. 

Desisti de procurar a Aily na casa do Baekhyun, mas algo ainda me fazia pensar que ela estava alojada ali, principalmente pelo fato de todas às vezes de que eu iria para a casa de meu irmão ele do nada começava a falar bem alto e me mandava esperar antes de me deixar entrar. 

Agora eu estava jogado em cima, nu, da cama do hotel, pelo simples fato de que eu estava com muita preguiça de vestir uma roupa e com preguiça de viver também. Olhar para o teto e pensar o quanto eu era idiota havia se tornado meu passatempo favorito.

Naquela altura eu já não chorava mais, mas o arrependimento ainda esmagava minhas costas toda vez que eu acordava de manhã. 

Eu estava quase dormindo quando escutei meu celular tocando. Acho que nunca fui tão rápido em minha vida para atendê-lo. 

- Alô?

- Tae? 

- Ah, é você. – Já fui retirando o telefone do ouvido para desligar quando ela falou mais alto.

- Não, desliga! - Min-Ki pareceu desesperada. - Por favor, Tae? 

- O que você quer, Min-Ki?

- Eu queria saber como você está. – Respondeu, com a voz arrastada.

- Estou horrível. – Revirei os olhos e xinguei sileciosamente. – Mais alguma coisa?

- Você não parecia ser tão grosso assim quando eu trabalhava na sua casa. 

- Me ligou para isso?

- Na verdade, eu soube que você está meio depressivo, então iria te chamar para sair. - Disse Min-Ki.

- Você está me chamando para sair? – Franzi o cenho. – Por quê?

- Por que eu gosto de você. – A escutei suspirando. – E também porque você não pode passar sua vida pensando na Alysson. Já acabou. Você tem que sair desse hotel. 

Ela não tinha nenhum direito de dizer que tudo entre mim e a Aily havia acabado, mas por uma parte estava certa, eu precisava sair daquele hotel. De tanto tempo que eu estou aqui acho que os recepcionistas estão pensando que eu morri dentro do quarto. Suspirei e continuei.

- Quer ir para onde? 

- Oh, para onde você quiser. – Deu para sentir a felicidade dela por sua voz. E eu sentia nojo de sua voz. – Eu vou para qualquer lugar.

 - Então, que tal aquele restaurante italiano perto do parque? 

- Parece-me ótimo. – Ela riu, provavelmente estava envergonhada. 

- Te pego as sete? - Dei um sorriso cínico por trás da linha.

- Está perfeito, então, até mais tarde.

Desliguei o telefone e me deitei novamente na cama. 

- Mas que porra, eu estou fazendo? – Tampei meu rosto com os travesseiros, amargurado. – Pelo menos eu vou jantar algo sem ser bebida. 

Pulei da cama e vesti qualquer roupa. Eu e Aily nunca tivemos problemas financeiros, sempre andamos com as melhores roupas e nos melhores carros então com “qualquer roupa”, eu já ficava devidamente chique.

Busquei a Min-Ki em sua casa. Ela estava absurdamente bonita usando um vestido preto e saltos brilhantes.

- Está bonita. – Disse eu, fingindo da minha melhor forma uma voz agradável.

- O-Obrigada. – Colocou uma mecha de cabelo para trás da orelha. – Você também. 

Eu nunca havia ido naquele restaurante, só sabia que era de qualidade pelo Baekhyun que adorava pedir pizza ou strogonoff para jantar. Por dentro era mais chique do que por fora, quadros e abajures decoravam o local bem iluminado e com um cheiro maravilhoso.

- Parece que o Baekhyun acertou no local. – Eu disse para mim mesmo.

- Quem? 

- Meu irmão, ele que me recomendou aqui. – Um garçom veio até nos dois. 

- Reserva? 

- Kim Taehyung – Respondi. Ainda olhando para a decoração.

- Senhor Kim Taehyung. – Ele pareceu honrado e estendeu a mão. – Você ajudou na captura do bandido que me assaltou mês passado, seria uma honra apertar sua mão. 

Ele nos direcionou para uma mesa e disse que a bebida era por conta da casa. Passou se um tempo até que eu decidi puxar um assunto com Min-Ki que até agora apenas se admirava com o local. 

- E então? 

- Eu nunca vim em um restaurante tão bom assim. – Ela olhou em meus olhos. – Obrigada por me trazer aqui, Tae.

- Que nada. – Dei de ombros e sorri falsamente. – Fico feliz que esteja gostando. 

Por minha visão periférica vi um vulto familiar, mas deixei para lá, provavelmente seria apenas um conhecido. Peguei o cardápio e comecei a ler.

- Então... O que você quer comer?

- Eu como de tudo. – Sorriu. – O Que você quiser. 

- Bom. – Sorri de lado. – Então que tal... 

Antes de terminar a frase escutei duas vozes extremamente familiares vindos da do outro lado do restaurante. Virei-me de leve, ainda tampando o rosto com o cardápio até observar os donos das vozes: Aily e Baekhyun.

- Santo Cristo. – Repeti baixinho tentando não entrar em pânico por medo de que a Aily me visse e armasse um barraco ali mesmo. 

Rapidamente estudei as maneiras mais rápidas e práticas que eu poderia cair fora daquele restaurante, fugir para o hotel e mofar lá para sempre. Infelizmente por qualquer jeito que eu encontrasse para sair, eles iriam me ver. 

O problema não era ela me ver, mas sim me ver com a Min-Ki. Eu já sentia o ódio vindos dos olhos da Aily quando ela me avistasse jantando em um lugar chique com a mulher que eu, supostamente, a traí.

- Ei. – Min-Ki tocou em minha mão me fazendo acordar. – O que está havendo? – Ela não tinha percebido eles dois. 

- Eu preciso ir ao banheiro. – Me levantei rápido. – Eu volto já. 

Quando fui sair da mesa percebi que a Aily também havia se levantado e parecia também estar indo para a droga do banheiro que ficava exatamente do lado do meu, então eu fiquei parado lá igual a um idiota. Felizmente ela não me viu.

Quando o Baekhyun me notou ele simplesmente ficou de boca aberta como se previsse a bela confusão que estava para acontecer. Calculei o tempo que a Aily levaria para voltar e fui até ele. 

- Isso vai dar uma confusão... – Ele olhou nos meus olhos. – Você precisa cair fora agora. 

- Mas eu quero falar com ela. – Sussurrei para ele. – Eu preciso. 

- Ela vai se descontrolar. – Baekhyun suspirou pesadamente deixando escapar um riso. 

- Do que está rindo? 

- Da sua situação. 

- Ótimo irmão você é.

- Ei! Ela está vindo. – Ele olhou rapidamente para trás e me mandou voltar para a minha mesa, mas estava muito longe e se eu fosse agora, ela iria me ver. – Taehyung vai para debaixo da mesa. 

- O que? – Franzi o cenho. 

- Vai logo! – Ele parecia tão aflito quanto eu. – A mesa é larga, dá para você ficar embaixo dela. – Fiz o que ele disse por bem próprio. Fui para debaixo da mesa deles que graças à toalha ninguém no restaurante pode ver. 

- Só me faltava essa. – Apertei as laterais de minha cabeça. Aily se sentou e eu percebi da pior maneira de que ela estava usando vestido e seu salto quase arrancou meu dedo mindinho. – Calcinha branca, ótima cor. 

Parecia que eles dois não iriam sair dali nunca mais. Eu já estava me acostumando a ficar agachado tentando não tocar nos pés da Aily quando a droga do meu celular começou a tocar. Estapeei minha testa ao me lembrar de que já havia se passado um bom tempo desde que eu havia ido ao banheiro e que provavelmente a Min-Ki estava preocupada. 

Finalmente os dois saíram da mesa, provavelmente estavam indo embora. Esperei mais uns segundos até voltar para Min-Ki que, como eu pensava, estava preocupada.

- Que demora para ir ao banheiro. – Ela arqueou uma sobrancelha. 

- Desculpe, meu chefe ligou para mim e eu tive que resolver umas coisas do trabalho. – Inventei qualquer coisa, na verdade, eu estava bem triste por não ter conseguido falar com a Aily. – Você já comeu?

- Não, estava esperando você chegar. 

Dei um sorriso triste para ela e passei o resto da noite melancólico. 

E depois disso eu nunca mais a vi. 

 •

Eu havia decidido quebrar a cara de Min-Ki, em uma forma de me vingar com a desgraça que ela trouxe para minha vida. E por causa disso, agora eu estava morando com ela e estava de volta aos depressivos.

Eu odiava ela, mais do que tudo na minha vida, mas a comodidade daquela situação me deixou estagnado. Minha depressão se alastrou preocupadamente e eu só conseguia pensar em uma coisa: desaparecer daquela vida.

As lembranças da Aily me perturbavam mais do que tudo, principalmente pela noite, e eu não contei todas as vezes que eu acordava de madrugada chorando, com saudades dela. 

E o sentimento de culpa foi silenciosamente tomando de conta de minha mente e eu não aguentava mais quando juntei todos os meus comprimidos e quando os ia engolir, recebi uma mensagem de Min-Ki,

Min-Ki: Adivinha, Tae.

Min-Ki: Estou grávida. 

Sua dissimulação me fez chorar de ódio. Literalmente. Lágrimas desceram por meu rosto, naquele momento e eu as enxerguei através de meu reflexo doente pelo espelho do banheiro.

Eu nunca havia transado com Min-Ki. E ela sabia disso.

Ela só queria uma desculpa para continuar me segundo como um parasita. Retirando de mim toda a força que nunca se repostava novamente.

E eu continuei naquela situação. Sem saber para onde ir.

Um dia tive que voltar ao apartamento para pegar uns documentos do trabalho que eu havia esquecido de levar comigo quando sai. Voltar lá parecia um pesadelo para mim, pois me lembrava de tudo que eu passara com ela, mas eu precisava ir. 

Minha velha casa ainda estava como eu deixei. Roupas na máquina, os brinquedos do cachorro espalhados pelo piso branco, casacos no armador do lado da porta, até os pacotes de biscoito estavam no armário. No meu quarto, as roupas da Aily ainda estavam lá, intactas. Retirei um vestido que eu considerava especial, um azul marinho que chegava ao chão e senti o tecido em minhas mãos.

Eu o considerava especial, pois ela estava usando quando eu a pedi em casamento. 

Guardei a peça  rapidamente quando comecei a ter vontade de chorar. Continuei procurando pelo documento nas gavetas da escrivaninha até notar um brilho anormal no meu carpete. Minha aliança. Me abaixei e peguei a joia. Logo me lembrei das palavras da Aily.

“Por que não tira a sua? Ah, verdade, você já tirou.’’

Minha aliança havia sido retirada quando Min-Ki pegou em minha mão e me puxou para cima dela. Na hora, eu nem percebi.

- Isso parece até que foi combinado. – Passei o aro por meus dedos e uma raiva cresceu de Min-Ki. – Foi bolado perfeitamente para aumentar ainda mais o ódio da Aily. 

Quando finalmente consegui encontrar os documentos e estava me preparando para sair do quarto, escutei a porta da sala se abrindo. No começo, minha barriga gelou, por pensar que era um ladrão que estava invadindo; mas logo depois, esse sentimento piorou, quando escutei duas vozes familiares adentrarem dentro do apartamento.

Aily e Baekhyun.

Me tranquei no closet, fechando por dentro a porta e com o coração parecendo que iria sair pela boca. Eu não conseguiria olhar para ela, não ali e principalmente com meu irmão do lado.

- Eu realmente não queria vir aqui novamente. – Ouvi sua voz e as lágrimas foram para a borda dos meus olhos. – Vamos logo com isso, Bae.

- Tenha calma. – Respondeu. – Você só precisa tirar suas coisas. 

- É muita coisa, você sabe. – Aily retrucou. Pela altura das vozes, eles estavam parados na sala. 

- Então, por hora, pegue apenas sua roupa. Você não pode ficar comprando roupa diariamente Aily.

- Certo, senhor mandão. – Escutei os dois entrarem no quarto e pressionei ainda mais o ouvido na porta. 

Conversa vai conversa vem, por uns cinco minutos. Pelo o que pude escutar, Aily estava retirando suas roupas do armário junto com sapatos e acessórios até ouvir um barulho de algo pesado caindo no chão.

Me aproximei mais do buraco da chave para conseguir ver e percebi que o Baekhyun estava fazendo cosquinha em Aily enquanto ela se esticava para pegar as caixas de sapato em cima do armário que acabaram caindo no chão.

- Para com isso! – Ela bateu com uma pantufa na cabeça do meu irmão que apenas continuou a fazer cocegas em sua barriga. – Para, Baekhyun.

- Para, Baekhyun. – Ele repetiu sua frase, mas com uma voz engraçada. 

- Você é tão idiota. – Ela continuou pegando as caixas e quando ele foi tocar em suas costelas novamente ela ameaçou bater com um salto na sua cabeça. – Olhe, você pare. 

- Ok, ok. Irei parar. – Baekhyun disse por fim, sentando na cama. 

- Tch, que droga. – Ela desistiu de pegar uma última caixa que tinha ficado mais afastada. – Eu não alcanço. 

- Espere. – Ele se levantou. – Suba em minhas costas que você alcança.

- Não é mais fácil pegar uma cadeira? 

- Não. – Disse convencido. – Você duvidou ontem que eu poderia te levantar. Agora vamos senhorita, Alysson. 

- Tudo bem então. – Rapidamente ela subiu nas costas dele e conseguiu pegar a caixa. – Pronto, agora me desça. 

- Descendo. – Ele segurou em suas pernas e começou a pender para trás. 

- O-O quê? – Aily começou a se desesperar e bateu em suas costas. – Você vai me derrubar, idiota! Baekhyun! 

Ajeitei-me melhor para ver que ele tinha derrubado ela em cima da cama e a pobre Aily achava que iria cair no chão. 

- Você quer me matar de susto?

- Claro que não, estava tudo planejado. – Ele sorriu para ela. – Gostou do frio na barriga? 

- Adorei. – Aily pareceu revirar os olhos.

- Eu sei. – Ele estendeu a mão para ela, que continuava deitada na cama. – Temos que terminar isso logo.

- Eu quero ficar deitada aqui. – Disse com uma voz manhosa. – Estou cansada de tirar roupa e essa cama é tão confortável. 

- Acontece mocinha. – Ele puxou seus braços, a fazendo ficar sentada de frente para ele. – Que nós temos coisas para fazer.

- Você é tão chato. – Cantarolou, se levantando. 

- Você que é chata e não coopera comigo. – Baekhyun cruzou os braços.

- Você que é – Ela empurrou seu peito de leve. – Idiota

- Como é, Alysson? – Ele se aproximou dela e começou a fazer cócegas. Aily com sua fraqueza acabou caindo na cama e ele por cima dela. – Tome isso.

- Para. – Ela não conseguia falar direito por conta das risadas.

Mudei de posição novamente para observar melhor, me arrependi de imediato quando vi a cena. Aily estava deitada por baixo do Baekhyun que fazia cócegas em sua barriga.

- Quer que eu pare? – Sua voz foi ficando mais baixa, com um tom mais delicado. 

- Quero... – Sua voz foi acompanhando o ritmo da dele. 

E lá estavam, os dois se beijando.

Aquilo doeu como se ele tivesse transando com ele. Deu para perceber o quanto ela não se importava de ter deitado na nossa cama, de estar no mesmo apartamento ou de qualquer coisa do tipo. Ela estava feliz com o meu irmão, já tinha encontrado outro. 

- Nós realmente estamos atrasados – Eles se soltaram. – Agora vamos, a gente ainda tem que chegar à sessão do cinema. 

- Verdade. – Ela se levantou e pegou as caixas. – Você pode pegar aquelas pra mim?

- Uhum. – Ele pegou o resto das coisas. – Tudo aqui? 

- Sim, eu acho. – Ela de uma última olhada pelo quarto. – Qualquer coisa a gente volta. 

E saíram do apartamento.

Finalmente fechei os olhos, deixando as lágrimas finalmente caírem junto com os restos da esperança que eu ainda guardava. 

ʚĭɞ

 

 


Notas Finais


Nada a Declarar.
HISHSJEHJRKFLSNSNAKJWKEKE
TE AMO VOCÊS ❤️


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