1. Spirit Fanfics >
  2. The Lady In My Life >
  3. No Rancho com Emma Swan.

História The Lady In My Life - No Rancho com Emma Swan.


Escrita por: LeD_Fanfics

Notas do Autor


Imaginem Jamie Houston como Mulan, porque fica estranho usar o nome da guerreira asiática aqui. rs

Boa leitura!!!

Capítulo 6 - No Rancho com Emma Swan.


Fanfic / Fanfiction The Lady In My Life - No Rancho com Emma Swan.

Pov Regina

No outro dia, pela manhã, David e eu descemos a escadaria para encontrar os outros ocupantes da casa, que já estão sentados à mesa tomando o café.

Quando entro na sala, sorrindo, desejo um bom dia simpático e tomamos assento para fazermos nosso desjejum.

Margaret, como sempre, ocupa a cabeceira da mesa, ladeada por Jefferson e Emma, que está calada, meio cabisbaixa, sendo a única que não respondeu ao meu cumprimento.

Logo, tenho a impressão que ela não deve ter dormido bem, porque o seu semblante também está fechado.

Mal começamos a nos servir, a anfitriã, que já terminou sua refeição, comunica que irá cuidar dos preparativos para a viagem que faremos ao rancho do Sr. Swan.

Com o dia cheio de atividades de ontem, esqueci completamente que o motivo principal da nossa visita a Boston é conhecer o "Éden", o local que, segundo o meu sogro, é o último paraíso na terra.

Assim que Margaret sai, Tina, que está sentada ao lado do marido, reporta-se a Emma: — Já ia esquecendo de dizer, cunhada... Convidei uma amiga que trabalha comigo no abrigo para passar o dia conosco no rancho. Ela terminou um relacionamento longo com uma advogada e está se sentindo muito sozinha, precisando de novas amigas… Falei com ela sobre você, e parece ter ficado bem interessada em te conhecer — pisca o olho para a loira.

Emma olha-a com o cenho franzido.

— E o que você andou dizendo sobre mim para ela me achar tão interessante? — pergunta, esboçando seu primeiro sorriso desde que cheguei à mesa.

— Ela disse que você era uma rica herdeira, alta, loira, bonita, olhos verdes… Uma carreira sólida e feita para casar! — Jefferson responde, no lugar da esposa, em tom brincalhão.

Tina e Emma acham graça, mas a primeira esclarece: — Embora nada disso seja mentira, na realidade, eu falei sobre como você é uma pessoa gentil, bondosa, inteligente... Mas o que mais chamou a atenção dela foi o fato de você ter adotado Snow e Ravenna, tirando-as do abrigo de animais. Ela achou uma atitude muito fofa...

Fico imaginando se esse abrigo no qual Emma encontrou suas gatas é o mesmo em que Tina trabalha, pois lembro de David ter comentado que ela é veterinária em um desses locais.

— Hum... E essa moça que me acha tão interessante, tem nome? — Emma continua, ainda sorridente.

— Desculpa, falei tanto sobre ela e não disse o principal... O nome dela é Jamie Houston! — Tina esclarece.

— E como ela vai chegar ao rancho? — Emma quer saber. — Virá para cá? Vocês irão buscá-la? — faz uma pequena pausa e vejo um brilho diferente nos seus olhos, deixando-me a impressão de um leve traço de malícia — Ou eu preciso ir pegá-la? — olha significativamente para a cunhada.

— Calma, maninha, com essa pressa você acaba assustando a moça... Nós vamos buscá-la e a levaremos até você — Jefferson sugere com ar divertido.

Normalmente, eu riria com esse comentário dele, todavia, algo na visita dessa tal de Jamie e na euforia que isso pareceu causar em Emma, deixou-me sem reação.

Terminamos a refeição praticamente todos ao mesmo tempo. Ao final, dei-me conta que durante o momento em que estivemos na mesa, Emma nem me dirigiu o olhar. O que é muito estranho, principalmente porque não entendo o motivo.

Quando estamos subindo as escadas, ficamos uma ao lado da outra. Então, resolvo puxar o primeiro assunto que me vem à cabeça com intenção de sondar a sua reação e saber se a minha impressão é verdadeira: — Fiquei surpresa em vê-la à mesa hoje pela manhã. Achava que você não comia nada antes do meio-dia — comento, sorrindo.

— Realmente não como... Mas hoje é um dia atípico. Logo estaremos na estrada e não acho prudente sair sem comer nada — esclarece, séria, e nem de longe parece aquela mulher doce e afetuosa do dia anterior.

Sua resposta evasiva, incita-me a continuar, porque estou ficando cada vez mais intrigada com o seu comportamento e preciso entendê-lo.

— Vocês costumam visitar o rancho do seu pai com frequência? — escolho um assunto neutro.

— Na realidade, eu não vou lá há alguns meses... — explica, lacônica — Mas... Regina, se você não se importar, preciso ir para o quarto me arrumar. Levarei mamãe de carona e ela não suporta atrasos — corta o assunto, direcionando-me um olhar frio.

Seu subterfúgio deixa-me sem ação e respondo um "tudo bem" sem jeito, vendo-a entrar no quarto, fechando a porta.

Decididamente, esta pessoa com quem acabei de conversar, não é a mesma com a qual estive interagindo até ontem.

Com esses pensamentos dominando minha mente, abro a porta do quarto que divido com David e que fica ao lado do de Emma.

...

Faz meia hora que chegamos no rancho e fomos calorosamente recepcionados por Ruby e James, que já nos aguardavam com certa ansiedade. Chegamos por último, pois o nosso pneu furou na estrada e a troca acabou por nos atrasar.

Assim que entramos na casa, observo Emma conversando com uma morena de traços asiáticos e deduzo que se trata da tal de Jamie. Percebo que essa também é a primeira coisa que David repara quando o ouço comentar:

— Hum... Tina arranjou uma bela mulher para Emma! — estranho o fato dele parecer até feliz ao ver sua irmã acompanhada e, parecendo que lê meus pensamentos, completa: — E para que você não diga mais que sou uma pessoa preconceituosa, vou até torcer para que elas deem certo. — essa atitude inesperada dele deixa-me ainda mais espantada.

Ruby nos acompanha até um dormitório para que possamos nos acomodar e guardar nossas bagagens, avisando que dali a pouco o almoço será servido na varanda.

Dirijo-me até lá para esperar, encontrando Jefferson e Tina sentados em um pequeno sofá, no maior clima de romance.

Margaret também já está aqui, conversando com James e Ruby e elogiando a atual esposa do seu ex pelas modificações que projetou no rancho. Pelo que consigo captar da conversa deles, Ruby, assim como Emma, é arquiteta.

Do lado oposto, noto que Emma ainda está acompanhada da srta. Houston, com quem parece ter uma conversa bem agradável.

Sinto uma imensa vontade de me aproximar das duas para saber sobre o que estão falando, mas, neste momento, James, ao me ver deslocada, chama-me para junto de si.

— Regina, estamos falando sobre as reformas que fizemos no rancho. Embora você não tenha conhecido antes, está muito diferente agora — comenta, simpático — Minha adorável esposa e minha filha estiveram à frente do projeto.

Ao ouvi-lo falar, fico feliz em constatar que ele, diferente de Margaret, respeita a transexualidade da filha.

— Vocês fizeram um belo trabalho aqui! — faço o elogio, dirigindo-me a Ruby.

— Obrigada! Emma e eu fomos colegas de faculdade. De vez em quando nos aventuramos a fazer algo juntas. Eu cuido dos detalhes arquitetônicos em si e ela projeta os ambientes. Em geral, dá muito certo — fala com um sorriso caloroso e contagiante.

A conversa fica bastante animada dali para a frente, mas não demora muito para que o almoço comece a ser servido.

Quando sentamos à mesa, tenho o desprazer de ficar de frente para Emma e Jamie, que parecem cada vez mais próximas. Mas como foi David quem escolheu nossos lugares, evito questionar, até porque não poderia confessar o meu desconforto com a interação entre a loira e sua nova "amiga".

Sinto-me magoada e perplexa com o jeito indiferente de Emma. Nunca imaginei que ela me trataria assim depois de toda a afinidade que parecíamos ter alcançado. Isso é inexplicável.

Apesar disso, o almoço transcorre bem e, pouco tempo após, os homens decidem ir para o salão de jogos, disputar partidas de bilhar.

Ruby, empolgada, convida as mulheres para uma cavalgada e a única que recusa o convite é Margaret, que prefere continuar na casa, lendo um livro.

Já nos estábulos, fico mais perto de Ruby e Tina, decidindo com elas o cavalo que montarei. No entanto, minha atenção está voltada para a conversa que acontece entre Emma e a srta. Houston, enquanto elas também escolhem suas montarias.

— Então, essa linda égua caramelo é sua? — a srta. Houston indaga, acariciando a crina dourada do animal.

— Sim, é. Eu a tenho desde os quinze anos. Meu pai me deu — Emma responde olhando para a outra.

— Qual o nome dela?

— Xena!

— Não acredito... Você também é fã da série? — questiona, parecendo muito satisfeita com a descoberta.

— Claro! Xena e Gabrielle são duas das minhas personagens favoritas da TV até hoje.

— Eu também as adoro. Mas, voltando aos cavalos... Preciso confessar uma coisa — Jamie parece um pouco constrangida — Fiquei com vergonha de dizer, até porque Tina sabe que já trabalhei cuidando desses animais em grandes fazendas... Mas, eu não sei montar.

— Ah... que bobagem! Nunca é tarde para aprender isso... Se você quiser, está convidada a vir aqui mais vezes, e eu até posso te ensinar. Tenho certeza que vai adorar, é algo muito prazeroso. Podemos usar essa moça aqui — Emma diz passando sua mão sobre o pelo de Xena — Ela é muito mansa... Ideal para iniciantes.

Por mais que eu agora tente evitar, essa sua atitude gentil com a Srta. Houston e a frieza que vem me dedicando desde hoje cedo dão lugar a um nível de irritação que não posso mais suportar e resolvo sair dali para não deixar transparecer minhas emoções.

Já escolhi minha montaria: um corcel negro que Ruby disse chamar-se Rocinante. Subo nele com a intenção de cavalgar para longe, mas quando estou passando junto das novas amigas, Emma agarra as rédeas do cavalo para me alertar: — Se não tiver bastante experiência em montaria, aconselho a não sair neste animal... Ele é arrisco e você pode sofrer um acidente — parece que ela percebe minha presença, pela primeira vez, desde que chegamos ao "Éden" e sua expressão mostra preocupação.

No entanto, como já estou muito chateada, sua apreensão não me comove.

— Não se preocupe, srta. Swan, eu sei me cuidar! — respondo, seca, e puxo de volta as rédeas de sua mão, dando o comando para que o cavalo comece a galopar.

...

Saí dos estábulos há cerca de meia hora e como estou galopando a esmo, não faço ideia em que parte do rancho me encontro agora. Para piorar, as nuvens começaram a ficar rapidamente mais densas e uma tempestade se anuncia, com relâmpagos cortando o céu e o estrondo dos trovões está deixando o corcel nervoso e agitado.

De repente, um raio atinge a copa de uma árvore meio distante de nós e Rocinante, assustado, levanta as patas dianteiras, derrubando-me. Ele sai em disparada, no sentido contrário, por onde já havíamos passado.

Levanto-me, alisando as partes do meu corpo que ficaram doloridas, mas, felizmente, nada de mais grave aconteceu comigo.

A chuva cai torrencialmente e procuro algum lugar para me abrigar que não seja uma árvore. Todavia, não consigo avistar nenhum lugar seguro.

Ouço, ainda um pouco longe, patas de um cavalo se aproximando e rezo para que "meu" alazão tenha voltado, embora ache isso muito pouco provável.

Mesmo com a neblina intensa dificultando a minha visão, consigo reconhecer a égua "Xena" com sua dona na sela.

A última coisa que preciso no momento é que Emma tripudie sobre o fato de eu ter perdido minha montaria, uma vez que tinha dado o seu aviso, então continuo caminhando no sentido oposto, porém certa que ela logo me alcançará.

Como imaginava, chega até mim, diminuindo o trote do cavalo para acompanhar minhas passadas.

— O que aconteceu? Estava galopando por aqui e vi quando Rocinante passou disparado, indo em direção aos estábulos. Achei que você poderia ter se machucado — fala, parecendo realmente preocupada.

— Mas, como pode ver, estou bem! — enfatizo, sem encará-la e seguindo minha jornada.

— Que bom que está bem... Só que poderia ter se ferido! Aquele corcel não é de confiança — retruca com tom severo e essa forma de dirigir-se a mim, irrita-me ainda mais.

Então interrompo a caminhada e solto a respiração, antes de me virar, revidando: — Para sua informação, ele estava se comportando bem até que um raio atingiu a copa de uma árvore e o assustou. Foi só por isso que ele me derrubou.

— Mais um que não resistiu aos seus encantos! — afirma, com sorriso irônico.

— Do que você está falando? — indago-lhe, confusa.

Ela, ignorando a minha pergunta, diz: — Suba no cavalo, Regina! Precisamos nos abrigar para esperar a chuva passar — pede, séria.

De fato, como a tempestade está cada vez mais forte, tenho receio de que o próximo relâmpago atinja nós duas e, mesmo a contragosto, faço o que me pede, subindo na garupa de Xena, sendo ajudada por Emma.

Em pouco tempo, chegamos na frente de um casebre que, segundo Emma, era usado pelos caseiros do rancho e que foi desativado após a reforma, pois construíram outra moradia para eles mais próxima da casa principal.

O lugar está praticamente vazio e só há uma mesa e duas cadeiras na sala.

Nossas roupas estão molhadas e o ideal seria tirá-las para nos secarmos. Só que não há nem toalhas, muito menos vestimentas secas no casebre.

Emma está usando uma calça de montaria preta e um suéter branco, comprido e largo, além das botas marrons de cano alto.

Também estou vestindo uma calça de montaria, botas negras e uma camisa xadrez, aberta até o meio, que deixa transparecer meu top branco.

Não há nada que possamos fazer aqui a não ser esperar e, como o clima não está bom entre nós, Emma fica olhando a chuva por uma janela, enquanto puxo uma das cadeiras para me sentar.

— A chuva começou tão de repente e agora parece que não vai passar tão cedo... — comenta, olhando para fora de braços cruzados.

Sei que não devo dizer isso, mas as palavras saem espontaneamente: — Que irônico! Você me evitou o dia inteiro e agora está presa comigo!

Ato contínuo, ela volta seus olhos para mim: — Por que acha que estive te evitando? — semicerrando-os.

— Tive essa impressão... Talvez por você não ter me cumprimentado pela manhã e ter me respondido secamente quando tentei conversar. Ou também pode ser porque, desde que chegamos aqui até o momento no qual saí a cavalo, parece que estive invisível para você — respondo, externando a minha mágoa.

— Desculpa, Regina, se você esperava que eu te desse mais atenção... Mas, você veio para o rancho acompanhada do seu namorado. Então, preferi deixá-la à vontade para que pudessem desfrutar mais da companhia um do outro. Não quero atrapalhar vocês.

— Ah... Então sua súbita aproximação com a Srta. Houston não tem nada a ver com isso? — faço a pergunta, no entanto, me arrependo na sequência, porque sei o que esse comentário pode parecer para ela.

Porém sua resposta soa tão natural, que eu poderia jurar que ela não notou nenhum significado oculto nas minhas palavras: — Eu apenas estava sendo gentil com uma convidada e aproveitando para conhecer alguém interessante...

A aparente inocência dela, deixa-me furiosa e mais uma vez falo por impulso: — Hum... Vamos ver se entendi... O meu tempo já passou. Agora é o dela? — indago de um jeito mordaz, levantando-me.

— Do que é que você está falando? — questiona, descruzando os braços e diminuindo o espaço entre nós.

Agora não tenho mais como voltar atrás, embora ache que o que vou dizer, assim como toda essa cena, é meio infantil: — De nós termos tido uma tarde maravilhosa e, hoje, só porque alguém lhe apresenta uma outra pessoa, você passa a me ignorar solenemente! — enfatizo, sem disfarçar meu incômodo com a situação.

Seu olhar assume um brilho diferente que não sei identificar, antes que ela sublinhe: — É que achei que a tarde maravilhosa tivesse se tornado insignificante depois da noite incrível que você teve com seu namorado! —, invadindo de uma vez meu espaço pessoal.

Engulo em seco: — Você nos ouviu? — murmuro, ficando rapidamente envergonhada.

— As paredes da mansão não são tão espessas como deveriam! — pontua com frieza — Eu não sou bisbilhoteira. Acredite, não queria ter ouvido seus gemidos! — acrescenta, com a mandíbula tensa.

— Emma... Desculpa... Não fazia ideia que você tinha escutado... — sinto que não há nada mais que eu possa dizer.

— Não precisa se explicar, Regina! Não se preocupe, nem sei porque falei sobre isso. Afinal, não é da minha conta — ressalta, entredentes.

Apesar do constrangimento, fico estranhamente magoada ao perceber sua indiferença quanto ao que ouviu.

— Realmente sou uma tola em tentar explicar, se você não se importa!

Novamente aquele brilho indefinido toma conta do seu olhar antes que confesse: — Eu disse o que sei que deveria dizer... Mas, a realidade é que me importo sim — sua voz soa rouca, e, sem que eu espere, puxa-me pela cintura, juntando nossas bocas levemente úmidas pela chuva.

Instintivamente, coloco as mãos espalmadas no seu peito, experimentando, pela primeira vez, nossos lábios se roçando suavemente.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...