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História Transparent - It's just me


Escrita por: Lysa1

Notas do Autor


OLÁ FLOCOS, EU DISSE QUE IRIA VOLTAR!

Esse capítulo inteiro é sobre o Tae, não se confundam.

Coloquem Run pra tocar, porque esse capítulo vai ter muita "correria"

MEU DEUS, EU PAREÇO AQUELES TIOS COM PIADAS EHUEHEUE.

Boa leitura :) 🌈💜

Capítulo 21 - It's just me


     Taehyung

— Então é isso, chegamos.

Concordo em um curto silêncio.

— Não precisa fazer isso se não quiser.

— Eu quero, só preciso de uns segundos, tudo bem? — Digo me apoiando sobre o volante.

— Eu..— Diz pausadamente — ...vou entrar. Pense bem no que vai fazer, por que isso pode mudar a vida que você leva.

— Eu sei. — Digo. 

A mesma sai do carro em passos lentos. Parece que o mundo está em câmera lenta, posso até ouvir os barulhos do seu sapatos pelo chão de pedras do quintal. Eu me sinto completamente travado.

— Que se foda. — Digo a mim mesmo, convencido de que dessa noite, nada passava.


X



— Boa noite, família. - Digo. - Não, não não, melhor! - Digo com um sorriso sarcástico. - Boa noite....a esquece, não tem nada que eu possa definir vocês. - Digo. - O que eu estou pensando seria ofensivo de mais.

A atenção de todos a mesa é voltada para mim. Incluído os pais de Li, que olhavam com um espanto no rosto.

— Não me leve a mal Li, não incluí você nessa frase.

— Li? - A mãe da garota pergunta.

— Sim, Li, não gostou? É um apelido novo! Ela realmente não lembra aquela protagonista daquele filme de alguns anos atrás? Sobre o que era o filme mesmo?

— Taehyung, suba para o seu quarto, AGORA! — Meu pai diz em meio ao um berro. Mas eu não iria desistir, não agora.

— Ah, mas por quê? Vamos relembrar! Me deixe relembrar para a senhora. - Digo - É um conto, sobre uma garota ofuscada pelos pais. Ela tem seus próprios talentos, tanto que, ela quer ser uma nadadora profissional um dia. Mas vejam bem, isso não é uma profissão para uma dama da alta classe, então ela é obrigada a largar tudo, para ser o que os pais dela querem que ela seja.. 

— TAEHYUNG, PARE COM ISSO!

— Vocês já devem ter entendido onde eu quero chegar. — Digo pegando uma retrato em cima da prateleira como distração.

Uma linda foto em família. - Penso ironicamente. 

Coloco a foto de volta no lugar para olhar fixamente para meu pai.

— Eu. Não. Vou. Me. Casar. - Digo destacando cada palavra.

— Como é? — O pai de Li diz, se levantando bruscamente da mesa.

— É o que eu estou dizendo.

— Taehyung! - Minha mãe diz na tentativa de um grito.

Se não fosse agora, quando seria? Então, lá vai... 

— EU SOU GAY! - Digo - E EU NÃO VOU MUDAR A MINHA SEXUALIDADE POR VOCÊS. Aliás, como se isso fosse possível. Acho que concorda comigo, não é mesmo, mamãe? 

Vejo minha mãe cair no chão, como algum tipo de fruta madura.

Eu vejo sangue nos olhos dos meus pais, vejo o ódio em cada um deles.

Eu vejo a garota chocada. 

Eu vejo o silêncio simultâneo que ficou na sala após a frase dita.

Eu vejo um peso enorme sair das minhas costas...

— Você é REPUGNANTE!

Eu sinto que o pior para acontecer estava vindo em minha direção. Com passos pesados e com a mão entendida em frente ao meu rosto. Eu somente posso fechar meus olhos, e deixar que aconteça. 

Eu escuto o baque, mas eu não sinto a dor. A garota havia tomado o tapa por mim. 

Então eu vejo o caos acontecer.

O mais velho empresário pai de Li avança sobre o homem que eu chamei de pai algum dia.

— Vamos sair daqui! — Li sussurra me tirando do choque. — Agora!

Só sinto suas mãos pegarem as minhas e me arrastarem para o carro do lado de fora.

— Droga, deixei cair minha chaves!

— Vamos só correr pra longe daqui.

Atravessamos o portão correndo. Eu poderia sentir minha garganta queimar, e minhas pernas amolecerem.

Posso ouvir de longe um grito fino, dizendo para irem atrás de nós.

Mesmo sem forças aumentamos nossos passos.

— Hey! Tem uma parque logo a frente, vamos por lá!

Digo para a garota que corria ao meu lado

— Certo. — Ela diz ofegante.

Encontramos um bancos atrás de umas árvores e arbustos que o cobriam, e ficamos silenciosamente atrás dele.

Vemos os seguranças entrarem no parque. Sem lanternas seria difícil, o tempo nublado, e totalmente escuro não os ajudariam.

— VAMOS PRO LADO OPOSTO ABERTO, DEVEM TER IDO POR LÁ.

Os outros três concordam.

Vejos os mesmos correrem para o lado aberto do parque.

— Escute. — Digo ainda ofegante. — Está vendo aquele beco atrás de nós? Ele não tem saída, mas tem um muro e umas caçambas de lixo. Vamos pular, porque elas dão na rua de trás, certo?

— Certo.

Saímos em passos sorrateiros até o beco, até apressarmos ainda mais o passo para chegar. 

— Vamos, você consegue. — Digo ajudando a mesma a subir.

Subo logo em seguida, a ajudando a pular o muro.

— LÁ, ELES ESTÃO ALI!

— Merda. 

Corremos novamente uma rua inteira, até que avisto uma boate/Motel.

— Vamos entrar. — Digo a puxando pelo braço.

A multidão e o cheiro de cigarro eram presentes em excesso. Mas pelo menos seria um bom lugar para uma distração. 

Avisto uma garota no bar em nossa frente, e sigo até ela. 

— Como se arruma um quarto por aqui? — Digo rápido. 

— Bom, é só falar com a Amy, ela vai levar vocês até lá. — Diz fazendo uma cara maliciosa. — Amy, arranje um quarto para os dois. 

— Sim, Judy. — Diz. — Me sigam. 

Corremos rapidamente atrás da mulher que conversa com dois seguranças, que nos deixa entrar e subir uma enorme escada. 

Ela diz o preço e felizmente eu estava com minha carteira para dar a quantia. 

Escolho um quarto ao meio do corredor. 

— Divirtam-se. 

Tranco a porta rapidamente. Sinto que finalmente minhas pernas perdem a força. 

— Taehyung, eu vou vomitar. 

— Deve ter um banheiro bem ali. — Digo apontando para a porta ainda ofegante. 

Eu estava exausto. minha cabeça girava e uma dor aguda se apossava dela. 

Finalmente com a respiração normalizada, sinto minhas pernas tremerem, tremerem como nunca na vida. 

A vontade de chorar era imensa. Eu estava prestes a ter um ataque. 

— Eu to passando mal, muito. 

— Só se sente, respire. — Digo. 

— Céus, isso foi tão difícil. Achei que fossem nos pegar. 

— Ainda não estamos seguros, aqui é muito obvio. Tem algum lugar pra ir? 

— Tenho uma amiga, eu acho que posso ir pra casa dela. 

— Eles não vão desconfiar? 

 — Não. 

— Ótimo. 

Vejo um telefone embutido na parede, provavelmente eu conseguiria fazer alguma ligação. 

— Eu vou tentar ligar para alguém, espere. 

— Tudo bem. — A mesma diz fechando os olhos. 

Tento de todas as formas ligar para os meninos, mas nenhum deles atende. 

A única coisa que me sobrava era Yoongi. 

Mas, eu não teria forças para falar com o mesmo, não agora. 

Penso em todos os modos em alguém, e a única pessoa que poderia me ajudar era é Hoseok. 

Espero que esteja acordado..e tomara que seu número ainda seja o mesmo que eu me lembro. 

Hoseok me atendeu. E felizmente ele ainda estava por aqui em Seul, e estava a caminho. Ele não pediu explicações, apenas me disse para o esperar nos fundos do lugar. Mas de qualquer maneira, eu sei que teria de falar tudo a ele. Hoseok era assim. Apenas disse a ele que estava com problemas e tinha uma amiga junto comigo. 

— Eu consegui falar com um amigo meu, quer tentar falar com a sua amiga? Posso te deixar no caminho. 

— Tudo bem. 

Sinto as pancadas de chuva começarem a bater sobre a janela. Depois nós ficamos em silencio, esperando Hoseok ligar para finalmente podermos sair daquele lugar. 

Depois de um tempo, escutamos o telefone do quarto tocar, e felizmente Hoseok já estava na saída. 

— Vamos, precisamos sair desse lugar. 

A mesma concorda e me segue. 

Vejo no final do corredor uma escada em forma de caracol, que levava até a porta dos fundos, uma chave estava sobre a fechadura. 

Vejo o carro preto de Hoseok em frente, o mesmo abaixa o vidro, e posso ver sua face assutada. 

— Vamos entrem! 

Corremos até o carro no mesmo instante. Abro a porta da frente, enquanto Li senta atrás. 

— Pode levar ela para um lugar antes? ela vai dizer o caminho. 

— Sim.. 

— Tenha cuidado, e qualquer coisa me avise se precisar de ajuda. — Digo.— Eu estou sem meu telefone, então só anote o número de Hoseok. Ele pode me avisar sobre qualquer coisa, certo? 

— Certo. — Obrigada pela sua coragem hoje, foi incrível. 

— Você também. Ainda doí? — Digo me referindo ao seu rosto. 

— A dor emocional está maior que a física, mas vamos ficar bem. 

— Concordo. — Digo em um riso triste. — Até, espero notícias. 

— Fique bem. 

Li já estava na casa da amiga, e eu estava seguindo para o apartamento de Hoseok. O caminho todo estávamos em silêncio, até Hoseok o quebrar. 

— Seja o que for que você esteja passando, eu estou aqui agora, você me conhece, então pare de tremer um pouco sim? 

— Desculpa. — Digo. — Desculpa ter feito você sair...desculpa mesmo.  

— Não precisa de desculpas, eu te disse uma vez e repito, que eu vou sempre estar aqui para você. Você pode ficar no meu apartamento hoje, amanhã e até quando precisar, desde me explique tudo. 

E finalmente começo a chorar. Agora parece que a realidade havia chegado, e só agora eu me toquei de tudo que aconteceu. 

— Não precisa chorar. — Diz esticando a mão em frente aos meus olhos, mas ainda prestando atenção na estrada, limpando os restos de lágrimas que caiam. 

— Confortável agora? 

— Sim Hobi, obrigado. 

— Minhas roupas não ficaram grandes em você? 

— Não, obrigado de novo, prometo lavar elas depois. 

Assim que chegamos, Hoseok disse para eu tomar um banho e me livrar das roupas molhadas pela chuva e me emprestou algumas roupas. No momento era tudo que eu precisava. 

Eu não posso reclamar dele, o mesmo sempre foi atencioso. 

— Eu vou fazer um chocolate quente pra você. 

— Realmente, não se incomode comigo. 

— Já volto. — O mesmo diz num sorriso simpático. 

Depois de tanto tempo, Hoseok estava lá de novo, me ouvindo atentamente, cada palavra sem questionamentos, sem pré-julgamentos. Somente me compreendendo, e isso é o seu maior ponto. Depois de longos e longos minutos. 

Quando termino começo a dar soluços, e lagrimas começam a vir contra minha vontade. 

Hoseok se aproxima me abraçando. Era tudo que eu precisava num abraço. 

— É uma história surreal, é loucura? É, mas eu acredito em você. Você passou por tanta coisa, mas agora passou e eu juro que não vou deixar nada de ruim acontecer com você. Você passou por muito, Jimin passou por muito, todos passaram, eu realmente queria todos reunidos de novo, como os bons amigos que nós eramos. 

— Mesmo? 

Mesmo V, e sobre eu dizer que nada de ruim vai te acontecer, isso eu prometo.  


Notas Finais


ALGUÉM PEGOU A REFERÊNCIA DO V? HUMMMM? ESPERO QUE SIM.

Aos que deixaram uma mensagem de apoio no capítulo anterior, muito obrigada 💜 Foi muito importante até mesmo pra me ajudar a voltar rápido assim 💜🌈

Ps: não se esqueçam de comentar <3


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