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História Transphobia - O4 - Desespero


Escrita por: jooniepetals

Notas do Autor


AHHHHHHHH, ME DESCULPEM PELA DEMORA!!! ;;;; Meu bloqueio criativo + escola + estado psicológico não estavam me ajudando em nada. T_T
Mas enfim saiu! Se você esperou até hoje pra sair esse cap, você merece tudo de bom e balinhas. Verdade.

Boa leitura! <3

Capítulo 4 - O4 - Desespero


 Hoseok admitia que não se preocupava tanto com tudo, mas quando vira que seu tão querido Yoongi havia sumido após sair com sua mochila do apartamento, com a desculpa de que "faria um acampamento", sua instabilidade ficara na faixa zero. Recebera até uma advertência em seu trabalho pois tinha cochilado, mas não tinha culpa quanto a isso. Tinha dias que Hoseok não parava de pensar em Yoongi e em como ele estava. Ele tentava ligar, mas o outro não atendia e não havia voltado. Hoseok podia chorar. E iria fazer tal ao, quando os quatro rapazes estavam em sua casa, fitar a chegada de Yoongi com Jimin. E aquela cena fora a pior, a que fodeu com todo seu estado.

 Yoongi segurava a mão de Jimin e sorria largo por tê-lo ao seu lado. Jimin sorria e dava alguns beijos na testa e no cabelo de Yoongi na tentativa certa de repassar afeto e proteção ao, então, seu companheiro. Suga apenas sorriu e acenou para os cinco rapazes ali presentes, não demorando a dar a notícia de que estava o tempo todo com Jimin e que haviam começado um relacionamento.

 Foi nessa hora que Hoseok sentiu os olhos marejarem ainda mais, o que o fez rapidamente se levantar e se retirar do apartamento, correndo para o primeiro andar e, ao se retirar do imóvel, deixando suas lágrimas rolarem pelo seu rosto, controlando-se para não gritar. Estava chateado e magoado, sentindo os pensamentos serem pisados. Estava doendo, claro que estava. Nem Yoongi e Jimin tiveram a compaixão de notificá-lo, mas o que mais o chateava era o fato de que ambos estavam namorando. Hoseok não aguentava aquilo. Ver seu amor com outro fora uma das coisas mais dolorosas que havia visto em sua vida. E Yoongi não era qualquer rapaz. Era a pessoa que Hoseok lutou para fazer feliz, lutou para melhorar. É claro que não desejaria receber recompensas, era o que ele tinha de fazer. Mas era doloroso. E como era... Mas ele não podia fazer mais nada.

 Hoseok admitiu que desaparecer ali mesmo não era uma das melhores coisas a se fazer no momento. Estava abalado, seu estado emocional estava mais sensível que uma casa de cartas no meio de uma ventania. Não devia fazer algo no calor do momento.

 — Hoseok? Cacete, cara! — Namjoon chegou por trás do rapaz, segurando em seu ombro e o virando para si, o fazendo lhe olhar. — Eu não sei como deve estar se sentindo agora, mas, cara... Por favor, não faça nenhuma merda. Não vai valer a pena.

— Eu não vou fazer nada... — Hoseok disse baixo, suspirando pesadamente enquanto olhava para o chão.

 

 

 As semanas se passaram e Hoseok apenas piorou. Voltou a beber e se misturar com os punks da cidade, estava até pensativo se colocaria algum piercing em seu rosto. A cor de seu cabelo mudou e suas roupas tinham uma temática agressiva, com jaquetas de couro com spikes e gargantilhas de argolas, sem contar os coturnos pretos com algumas spikes menos chamativas e suas jeans rasgadas, juntamente de camisetas pretas ou vermelhas.  Hoseok voltou a fumar. Ele sempre voltava para casa com um cheiro forte de cigarro de cravo, um de seus favoritos, e não ligava se Yoongi demorasse a chegar. Sabia a boa companhia que estava com ele.

 Namjoon e Jin se preocupavam com o modo de Hoseok, que sempre pedia para Namjoon o levar para festas que prometiam ter milhares e milhares de bebidas alcóolicas, sem dispensar as drogas ilícitas. Porém, com o tempo – e os esporros de Jin –, Hoseok parou de frequentar sempre aquelas festas, mas não acabando com seu frequente uso do cigarro e das bebidas.

 Jungkook admitira ter uma certa atração por Jimin para Hoseok. Se sentia culpado por não ter dito isso anteriormente e por ter agido de forma rude. Hoseok entendera e ficara feliz por ele ter percebido a merda que havia feito. E isso era algo bom, afinal de costas Jungkook pôde perceber o que era certo e errado.

 Um dia, Jimin batera na porta de Hoseok. Suas lágrimas rolavam pelo seu rosto, que já estava vermelho, e as mãos estavam trêmulas, porém, nelas, haviam pequenos papéis. Papéis que fariam Hoseok tremer e entrar em pânico. Eram pequenos bilhetes que mostravam a dor de Yoongi, papéis que revelariam o fim do rapaz.

 Yoongi escrevera pequenas notas de suicidio.

 

 

 

 Hoseok daria a vida para Taehyung depois de descobrir que ele havia salvado seu amado. Yoongi estava preparado para tomar todos os seus remédios, até que Tae chegara e o salvou daquele fim. Hoseok admitia que não daria a vida por muitas coisas, mas poderia doar até mesmo seus órgãos à Taehyung caso ele precisasse. Sério, Taehyung fizera algo bom demais para ele e daria tudo em forma de retribuição. Porém, não era algo bom ter de encarar o rosto pálido de Yoongi, que não demonstrava nenhuma expressão, e seu corpo sobre a maca de hospital. Sua noite não fora muito boa, afinal teve de virar a noite esperando pelo acordar do rapaz e a voz de Taehyung desesperado por ajuda não o fazia dormir, havia pregado em sua mente.

 Quando Yoongi finalmente abriu os olhos, Hoseok sorriu. Sorriu como um tolo. Ele estava tão feliz pelo acordar de seu tão amado, ele não ligava para o relacionamento de Yoongi e de Jimin, ele ligava para o bem estar de seu amado. Enlaçou os braços ao redor do corpo do rapaz sobre a maca, que o olhara confuso. Não sabia onde estava e nem mesmo como foi parar ali, não sabia como aqueles tubinhos estavam em seu corpo. Apenas sabia que Hoseok estava a chorar enquanto apertava levemente seu corpo, talvez com medo de machucar o corpo tão frágil que estava ali.

 — Hoseok? — Ele murmurou, ainda confuso. — O que está acontecendo?

 — Você teve uma crise... — Hoseok suspirou. — Mas Taehyung apareceu antes.

 — Ah... — O menino suspirou pesadamente, relembrando do que havia acontecido. — Sabe onde está o Jimin?

 Hoseok apenas suspirou e balançou a cabeça em negação, abaixando-a logo em seguida para fitar o chão do local, tentando distrair-se e para que, então, não acabasse chorando novamente. Em um estado de choque e sensível como aquele, não seria algo incomum chorar, mas o rapaz não queria fazer isso.

 Arregalou levemente os olhos ao sentir a mão de Yoongi tocar a sua e a segurar com cuidado, acariciando-a, enquanto o rapaz tinha um sorriso depositado em seus lábios. Hoseok atreveu olhar para o menino, que acabou por ter os olhos marejados embora seu sorriso ainda estivesse ali. Um “obrigado” fora escapado dos lábios do mesmo, o qual fechou os olhos enquanto tinha a cabeça repousada. Naquele momento, Hoseok não conseguiu aguentar-se. Acabou por desabar; lágrimas rolavam pelas bochechas do rapaz, que guiava a mão livre para o próprio rosto, tentando escondê-lo da vista do outro.

 — Hoseok? — Yoongi disse ainda meio confuso. Não sabia o que estava acontecendo com o companheiro de quarto.

 — Porra... — Ele murmurou entre o choro, suspirando fundo antes de voltar a falar. — Eu sinto falta. Eu sinto a sua falta. Você mudou. Você me deixou com medo naquele dia, eu nunca fiquei tão desesperado. Eu fiquei  abalado quando você chegou com ele. Eu nunca chorei tanto em pensar que eu deveria lhe deixar, mas... Eu fiquei tão feliz pela sua felicidade. Eu chorei pela dor, mas percebi que não deveria fazer nada. Yoongi, você esteve comigo por um tempo e me fez bem, sabe? Eu fico com saudades quando você fica longos dias com ele, quando você fica um bom tempo fora de casa e só chega de madrugada. Tudo foi algo que me machucou muito, eu não queria te deixar. Eu...

 — Hoseok...

 — Não diga nada, por favor... Eu só precisava desabafar, eu precisava dizer isso. — Levantou-se e suspirou pesadamente, fitando o rapaz deitado com um ar triste. — Eu preciso tomar um ar, okay? Eu já volto.

 — Mas, Hoseok... — Antes que pudesse terminar sua frase, o rapaz deixou o quarto, fazendo Yoongi ficar sozinho naquele local. Ele suspirou triste, e se acomodou em sua maca, fitando o teto branco do local enquanto mais e mais lágrimas rolavam pelo seu rosto. — Eu precisava falar com você sobre isso...



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