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História Travels - Insegurança


Escrita por: ALTER_Goat13

Notas do Autor


Opa, eae? Tudo celto?
Demorei pra fazer pq eu meio que tenho algo triste chamado vida social... Enfim, eu fiz, e aqui vai começar a ter mais mistérios e uma mini cena de ação u.u espero que gostem!

Capítulo 4 - Insegurança



- Opa, opa, calma aí! - exclamou Matheus, em seguida sussurrando. - Você não quer invadir a porra da maior empresa dentro desta colônia né?
- Na verdade sim. Eu descobri uma coisa sobre aquele cilindro esquisito.
- Ele veio dentro de uma caixinha de cereal?
- Só se essa caixinha de cereal se chamar "linha de produção da DT".
- Okay, mas não seria óbvio que a DT teria feito aquela peça? Ela é a única empresa aqui que faz essas coisas.
- Na verdade eu não acho que foi feita lá.
- Então por que disse que...
- Esqueça o que eu disse. 
- Você é confuso.
- Só me acompanhe.
Relutante, Matheus aceitou. Odiava se meter em encrenca, mas odiava ainda mais deixar Alex sozinho em uma. Então, osso dois seguiram para a sede central da maior empresa naquele lugar.
O lado externo do lugar era algo realmente belo de se ver. O enorme prédio de vidro azul refletia a luz como se dissesse "Me notem, eu estou aqui". O calçadão em frente abrangia um largo espaço com uma escultura de ferro da marca: uma letra delta dentro de um globo feito de meridianos e paralelos. Dois meridianos e dois paralelos estavam em destaque, formando uma espécie de trilha que uma pequena representação de um foguete seguia. Ao redor da construção central, canais rasos corriam água que hora ou outra faziam um "salto" para continuar seu caminho. O centro da utopia era realmente fascinante.
E lá estavam os dois. Matheus e Alexandre, prestes a invadir aquele local extremamente bem guardado e vigiado. Empresários e cientistas entravam e saiam facilmente, mas e os dois? Eram menos do que formados, no máximo não seriam notados por um cego.
- E então? - questionou Math. - Qual o seu incrível plano infalível? 
- Faxineiros, duto de ar, clichê.
- Sabe qual a minha opinião? A gente está bem ferrado.
Os dois fram até a entrada dos funcionários da limpeza, que ficava nos fundos do prédio e bem rodeada de árvores pequenas e entraram. Não ficava trancada, pois o turno dos faxineiros se alterava a cada 3 horas. Sem demorar, trocaram de uniforme no almoxarifado (que era justamente o primeiro lugar em que se entrava pelos fundos) e pegaram algumas ferramentas de limpeza para disfarçar.
Tiveram que passar por 3 esquinas de corredor até chegarem à sala de ventilação. Em todas as construções empresariais padrão, esta dala deve ficar não muito distante do almoxarifado e no primeiro andar, assim não foi difícil encontrá-la.
O local era o mais barulhento até aquele momento: 15 ventiladores para distribuir o ar pelos 25 andares do prédio. Precisavam chegar até o 4º andar, mas sequer faziam ideia disso.
- Ei, Alex. - chamou o ruivo - Qual desses é o certo? - perguntou se referindo aos 5 tubos que haviam para saída de ar.
- Bem...
Desparafusaram a grade do 3º tubo e adentraram, ainda com os utensílios de limpeza, se movendo com certa dificuldade nas grandes passagens por causa dos mesmos. Seguiram na sorte até o 3º andar e saíram em um dos corredores que estavam menos movimentados. Ninguém os viu.
Andaram por toda a parte naquele piso, mas apenas encontraram salas de testes de aparelhos novos. Então decidiram subir pelas escadas de emergência até o 4º andar, e lá encontraram as salas de linhas de produção. 
Procuraram pela ala de produção de robôs e em seguida a sala das unidades médicas. Entraram calmamente, como se fossem apenas limpar o chão com suas vassourinhas, então ninguém se incomodou com a presenças dos dois. Até por que só haviam quatro pessoas ali além deles. E um desses quatro era o pai de Stella, Michel duDelta.
Como toda a produção era automatizada, aquelas quatro pessoas só estavam ali para supervisionar se todas as peças colocadas estavam funcionais, no lugar certo ou com boa aparência.
No fundo do grande saguão se encontrava uma porta que levava à sala de manuais. E encaixotamento. Os dois rapazes seguiram até lá. Ninguém se importou, já que não era uma área restrita, e mesmo que fosse, os dois "faxineiros" apenas estavam indo lá para "limpar algo". Entraram e tudo estava apagado: não havia ninguém ali.
Fecharam a porta atrás de si e iniciaram logo a vasculhar os modelos de manuais que haviam ali: haviam várias prateleiras com os manuais, e mais à frente estavam as caixas. Todos os modelos de unidades anteriores ainda estavam em prateleiras reservadas mais próximas à porta. No entanto, não foi dificil encontrar o manual que queriam por ser de um modelo mais recente. 
- Espera... - Alexandre disse com certo tom de inconformidade.
- O que houve?
- Não há nada sobre essa peça.
- Então não há sequer provas de que deva estar ali?
- Não.
- Melhor desistir. Vamos logo embora.
Alex suspirou, bufou, pensou, mas foi obrigado a aceitar aquilo. Não havia mais qualquer meio de provar o que queria.
A dupla saiu da sala. Dois passos depois, um dos funcionários começou a falar:
- Ei, Michel. O que me diz de irmos ao 9º andar para fazer "aquilo"?
- Hoje não tenho tempo. Prometi à minha filha que a levaria em uma festa.
- Qual é. Só vamos até a Gama e voltamos. Nem 10 minutos.
Gama? Do que eles estariam conversando afinal? Aquilo despertou a curiosidade de Alex, que olhou com um certo sorriso para Math. Assim que saíram da ala, o ruivo já falou:
- Nem pense. Não vamos ao 9º andar.
- Talvez haja pistas lá.
- Talvez seja só uma brincadeira que eles fizeram para provocar por que descobriram nosso "disfarce".
- E se não for?
Matheus se calou. Novamente, Alex foi uma força maior para o rapaz quebrar as regras e decidiu acompanhar o amigo. Subiram os andares pelo elevador mesmo. Ninguém iria suspeitar àquela altura. Ou, pelo menos, era o que parecia.
O que eles não sabiam era que, para acessar o 9º andar, era necessário ter uma credencial especial. Isso acontecia em todos os andares a partir do 8º, pois a partir daquele andar, todos os pisos eram destinados à estudos e invenções em teste. Os primeiros passos naquele andar foram normais, sem ninguém perguntando o que estavam fazendo ali. Mas aquela paz não iria durar muito.
- Ei, vocês aí! - alguém os chamou de um dos corredores em cruzamento. Um segurança alto de terno se aproximou. - Para permanecerem neste piso, preciso examinar suas credenciais.
- Ah... Eu... Nós... - Alex foi pego de surpresa.
- Nós esquecemos elas no almoxarifado, lá no térreo. - Math salvou Alex - Se pudermos, nós iremos até lá e as pegaremos.
- Não posso permitir que andem por aí sem as credenciais. Irei com vocês.
Ambos os mais novos gelaram. Matheus suava frio enquanto entrava no elevador, acompanhado do amigo e do segurança, que aparentava seus 28 anos. A barba bem feita e o cabelo bem arrumado, além de um forte cheiro de perfume deixavam transpor que provavelmente ele era da alta classe da cidade.
Enquanto estavam no 6º andar, Alexandre foi cutucado por seu amigo, que disfarçadamente mostrou a tela do celular com o bloco de notas aberto, escrito "Qnd sairmos do elevador vc corre e vira a 1ª esquina, vou segurar ele p/ que vc escape."
Alex estremeceu. Não queria ferrar o amigo, já que era ele quem sempre o acompanhava e o suportava em tudo, mas decidiu confiar nele. Com certeza deveria ter um plano para escapar.
O elevador chegou ao térreo. Assim que os dois rapazes pisaram fora da cabine, a primeira coisa que Math fez foi dizer perto do ouvido do amigo a palavra "Corra", e a primeira reação do moreno foi disparar pelo corredor.
- Ei, pare aí! - gritou o segurança, que iria começar uma corrida para capturar Alex, mas barrado pelo ruivo. Acabou que este foi apreendido para que Augusto não sofresse o mesmo destino.
O rapaz virou a primeira esquina e foi dar de cara com mais dois outros seguranças, que antes mesmo de pedirem as credenciais do "faxineiro", este já estava correndo no vão entre os dois e fugindo para o salão de entrada. Ali se iniciou uma perseguição mais acirrada, pois ao cruzar o grande salão, outros quatro seguranças viram Alex correndo. Três tentaram barrá-lo, sem sucesso, enquanto o outro chamava o Departamento de Segurança Interna de Delta da Paz (DESIDEL). 
No meio da praça, Alexandre corria retirando o uniforme de faxineiro que estavam sobre as suas casuais. Os cinco seguranças ainda o perseguiam até o limite da Praça da Delta, que era sua "zona de observação". No entanto, o rapaz não iria parar ali e isso não era inesperado.
Correndo por entre uma multidão de gente no primeiro ponto de trem elétrico que havia encontrado, estava agora sendo perseguido por 4 policiais, que abriam caminho entre as pessoas o mais rápido que podiam para aproximar-se do garoto. No entanto, este correu rápido o suficiente para alcançar o metrô que estava dando partida e entrar no mesmo. Apenas dois policiais tiveram a mesma sorte, mas perderam o moreno no meio de tantas pessoas.
Alexandre havia escalado o vagão que havia entrado, na tentativa de se esconder, mas não estava acostumado com a velocidade de 270km/h que aquele tipo de trem alcançava. Pelo menos havia conseguido escapar. Ou era isso que ele pensava.
Poucos segundos após ter encontrado um bom ponto de apoio, os policiais que o perseguiam também subiram no vagão, atrás do rapaz. Um deles se pronunciou.
- Alexandre Augusto de Delta, você será levado sob custódia da DESIDEL até o Tribunal Máximo de Delta da Paz, onde será julgado como maior de idade pelo crime de ter invadido uma propriedade industrial vital.
- Eu irei de muito bom grado senhor. - disse o moreno em resposta - Mas apenas se puderem capturar aquele que exibirá a verdade sobre a tecnologia para os habitantes desta cidade.
Levantou-se, permanecendo um tanto agachado para que a velocidade do trem não o carregasse para as mãos de seus perseguidores. Começou a se guiar pelos tetos dos vagões, visando afastar-se o mais rápido possivel dos policiais, que agora também estavam andando pelos vagões.
Por duas vezes, os três tiveram de se deslocar rapidamente para passar por placas de sinalização de alguma avenida que passava logo abaixo dos trilhos do trem. Mas a parte fácil estava por acabar.
Em pouco mais de 500 metros de distância encontrava-se a estação, que tinha a entrada para os trens com vãos muito pequenos para qualquer humano passar. Os vagões eram mais longos, e a velocidade ainda estava alta, o que dificultava a locomoção dos três. Alex, mesmo sendo ágil, não conseguiria ser rápido o suficiente para chegar ao próximo espaço vago, e não poderia voltar, ou seria preso. 
Então teve uma ideia maluca: pular. Não iria pular para fora do trem, aquilo seria ainda pior do que estava prestes a fazer. Esperou até que faltasse pouco mais de 100 metros até a entrada e saltou para o alto. A própria resistência do ar o atirou para trás, lhe fazendo "voar" por sobre seus perseguidores e cair com uma distância mínima até o vão anterior. Não precisou fazer nada, pois como ainda estava instável, a resistência do ar ainda o arrastou até o vão, aonde teve de se segurar para não cair nos trilhos. Os policiais não tiveram a mesma sorte em suas tentativas.


Notas Finais


O que será que vai ser do nosso querido Math agora?? O que está no andar 9?? O que é essa tal de Gama??
Sexta, no Globo Repó- não, pera...
No próximo capitulo, na história Travels!


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