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História Travels - Revelação


Escrita por: ALTER_Goat13

Notas do Autor


E lá vamos nós de novo!

Capítulo 6 - Revelação



Andando a passos firmes, Alexandre se aproximava cada vez mais do Tribunal Máximo de Delta da Paz. Precisava salvar o amigo da enrascada que ele mesmo o fez entrar, e nada, nem mesmo a DESIDEL o impediria. No entanto, invadir aquele local seria muito mais complicado do que meramente usar um uniforme de faxineiro. Câmeras e guardas cobriam a segurança daquele lugar, além de pessoas entrando e saindo a todo momento, esperando seus casos serem abertos a julgamento.
Um enorme círculo com círculos menores, duas entradas e várias janelas. Era nisso que se resumia o Tribunal. Seis guardas revezavam seus turnos de vigia da entrada frontal e lateral. Quando um estava numa entrada, outro estava na outra e o resto nos arredores do local. Como Alex poderia entrar lá? 
* * *
16:30. O tempo corria, assim como um certo homem de terno, gravata e maleta. Estava prestes a entrar na sala de julgamento do caso 31-B. Um tal de Matheus do Santo Delta seria julgado por um crime médio-alto de ter invadido uma propriedade privada de alto nível. Se não fosse a pouca idade do rapaz, provavelmente ele já estaria morto.
16:32, o juiz estava prestes a abrir o caso quando o tal homem de terno e gravata adentra o saguão. Todos o encaram, mas pouco a pouco vão se voltando para o foco principal.
- Chegou em cima da hora, senhor... - o juiz, o senador Jonathan Greathouse referia-se ao quase atrasado.
- Otaviano. Nícolas Otaviano, advogado de defesa do réu Matheus do Santo Delta.
- Pois bem. Eu, Jonathan Greathouse Delta, declaro o caso 31-B como aberto à julgamento. Ouviremos agora o representante e capitão da 2ª divisão da DESIDEL, Paul West Delta.
- Obrigado, meritíssimo Greathouse. - proclamou-se o policial pardo de cabelo curto - Bem, às 10:34 da manhã de hoje, foi registrada uma invasão à Sede Central, ato ocasionado pelo réu Matheus do Santo Delta, e seu companheiro, Alexandre Augusto de Delta, ainda não localizado pela DESIDEL.
- Concorda com essa afirmação, senhor Do Santo? - o juiz questiona.
- Sim, meritíssimo.
- E concorda também que aquele que o ajudou a entrar no local foi o foragido Alexandre Augusto de Delta? - diz Paul.
- Não foi ele quem me ajudou. Fui eu que o ajudei.
- Foi cúmplice de um crime a qual sabia que seria penalizado? - Jonathan o pergunta.
- Sim, meritíssimo.
- Contra uma confissão não há como negar o crime.
- Meritíssimo, eu protesto! - Nícolas se pronuncia. - Se eu confessasse um crime que eu não cometi, creio eu que não deveria ser julgado culpado.
- No entanto, senhor Otaviano, - o capitão da DESIDEL torna a falar - o réu foi capturado em ação por um dos seguranças locais.
- Talvez ele apenas tenha estado no lugar errado e na hora errada.
- E por quê o parceiro dele correria?
- Apenas o parceiro seria culpado, talvez, chequem as câmeras de segurança.
- Matheus do Santo Delta atrapalhou o serviço de um segurança em atividade.
- Mas deixou que fosse capturado sem oferecer resistência!
- Senhor Otaviano, é o suficiente! - Jonathan bate seu martelo 3 vezes no batente da mesa. - Apresente provas concretas caso queira livrar o réu de sua acusação, caso contrário...
- Meritíssimo, - o advogado interrompe - peço uma última palavra.
- Concedido. Mas será a última, e é melhor que seja relevante.
O homem suspirou. Olhou para todos naquele saguão, para o ruivo sentado à mesa de acusação e para si mesmo. Não literalmente, é claro. Olhou para o que era. Para seu verdadeiro ser. Para Augusto Alexandre de Delta. 
- Meritíssimo, você faria qualquer coisa para salvar um grande amigo?
- Esta pergunta não é relevante, senhor Otaviano.
- Gostaria apenas de que me fosse respondida uma dúvida.
- Pois bem. Sim, eu faria qualquer coisa para ajudar um amigo
- Obrigado pela resposta... - Nícolas então tirou o bigode falso e os óculos de armação retangular, revelando sua identidade. - Eu sou Alexandre Augusto de Delta. Eu sou o verdadeiro culpado pela invasão à Sede Central. Fiz isso com o objetivo de tornar público um assunto que pode ser de alta calamidade.
- Prendam-no! - declara Paul ao ver a verdadeira identidade do rapaz. - Quero que seja executado em dois dias!
- Os robôs não são tão perfeitos quanto parecem! A vida de todos que tem contato com a tecnologia corre risco!
Neste momento, um dos seguranças locais segura Alexandre pelo braço. Matheus, em resposta, puxa o mesmo, novamente dando uma brecha para o moreno correr. Mas desta vez seria diferente. Alex não deixaria o ruivo para trás novamente, e assim que começou a correr, puxou-o pelo braço, ajudando na fuga.
Ambos se dirigiram até a entrada lateral. Ali teria apenas um dos seguranças, se este não tivesse sido chamado para prender o Augusto. Assim, o caminho estava livre pelo menos até o lado de fora da construção.
Ao redor do local, algumas viaturas se aproximavam. Os dois só tinham um lugar em mente onde poderiam estar seguros: fora da cúpula. No entanto, em nenhum ponto da borda do domo tinha saída. Como poderiam escapar de Delta da Paz? Seria realmente aquele o fim para a dupla?
Ainda haviam pontos onde poderiam fugir sem se deparar com a polícia, então seguiram para a retaguarda do Tribunal. Lá deram de encontro com um muro, não tão alto. Mais adiante, estariam novamente nos trilhos do metrô, e assim poderiam fugir mais facilmente.
O ruivo ajudou Alexandre a subir o muro, dando apoio a ele. Este então puxou o amigo para cima, ajudando-o a subir também. À frente, outro muro se estendia, dando-lhes um caminho não muito confiável, mas utilizável para irem até os trilhos. Começaram andando devagar para se acostumarem com o pouco espaço que tinham na pequena plataforma metálica, então foram se movendo cada vez mais rápido. Não muito depois, chegaram onde queriam, mas o que realmente gostariam que estivesse ali, - os vagões do metrô - ali não se encontrava. Seguiram a pé pelo caminho, e atrás deles, policiais da DESIDEL lhes perseguia. 
Então, subitamente, um som ressoou por perto. Os vagões estavam chegando perto, e não havia onde escalar para que não fossem atingidos, nem chão firme por perto para saírem dos trilhos. Aquele trecho em que se encontravam passava numa espécie de "viaduto de trilhos" sobre uma das principais estradas rodoviárias da cidade, oito metros acima do solo.
Logo começaram a correr, mas não adiantaria muito. O metrô se aproximava rápido. Logo seriam atropelados se não saíssem dali logo.
- Matheus, tenho uma ideia, mas não vai gostar dela.
- Não que eu tenha gostado de invadir a DT.
- Vamos pular dos trilhos e agarrar nas hastes laterais do primeiro vagão. Não nas rodas, no corpo. Ele tem isso pra frear.
- É hoje que morremos...
- Quando eu falar! 
Cada vez mais perto, o vagão ameaçava reduzir os dois a bolos de carne. À dez metros de distância, Alex grita um sonoro "Pule!", e ambos pulam, cada um para um lado, agarrando na haste de freio auxiliar do primeiro vagão. Foram arrastados até o fundo do mesmo pela força súbita que os puxou para frente. Subiram a locomotiva pelas barras usadas de escadas para manutenção da mesma, e assim se livraram de seus perseguidores. Mas não por muito tempo.
Voltaram até a sede de Delta Technology, e novamente entraram pela porta dos fundos, mas desta vez nem se importaram em se disfarçar. Não funcionaria outra vez, e a polícia ainda estava à procura deles.
Não perderam tempo: se dirigiram o mais rápido até as escadarias de emergência e começaram a subir. Chegariam até o nono andar logo, e descobririam o que estava escondido naquele lugar.
Se guiaram pelos corredores, esbarrando em cientistas, mecânicos e técnicos. Nenhuma das salas tinha algum nome chamativo, todas estavam nomeadas apenas como "Sala de teste" ou "Sala de material". 
Até que chegaram à uma porta em particular. A única porta dupla e de metal mais pesado, sem vidros. Acima dela, uma placa trazia marcado em letras em negrito, os dizeres "Não entrar: experimento instável".
Parecia ser o único local onde ninguém os perseguiria. Adentraram as portas. Tudo coberto por plásticos, exceto uma estranha máquina no centro da sala. Uma espécie de essência ressoava, soltava ondas eletromagnéticas e um som contínuo muito grave e baixo, quase como um sussurro. Dentro da tal essência, formava-se um tipo de imagem totalmente distorcida. Partículas flutuavam ao redor daquela estranha máquina: um aparelho de teleporte.
 


Notas Finais


O que acharam? Caso tenham alguma crítica ou sugestão, aceitarei o que tiver para dizer
Até o proximo! o/


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