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História Travels - Fumaça


Escrita por: ALTER_Goat13

Notas do Autor


AOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO GALERA
QUANTO TEMPO QUE EU NÃO POSTO ISSO AQUI???
Gente, sério, eu tinha esquecido dessa fanfic por causa da escola, eu tava realmente lotado de trabalhos, dai passa o fim de ano com uns problemas, dai voltam os trabalhos e EM QUE ANO A GENTE TÁ??
Bem, espero que ninguem tenha abandonado de seguir essa história, por que vou tentar voltar a postar os capítulos aqui.
Espero que aproveitem!!!

Capítulo 8 - Fumaça



- Então... - o homem continuou. - "cêis" invadiram a minha área. E pra passar aqui, "cêis" tem que pagar uma, "vamo" ver, pequena taxa, "tão ligado"?
- Vocabulário pobre. - Alex desafiou - É apenas um aparvalhado.
- E o que um metidinho de merda de sotaque estranho que ainda por cima "tá" se achando quer fazer aqui na minha "quebrada"?
- Olha, "cara", - Math se pronunciou - a gente sequer sabia que este local tinha alguém no controle. Onde viemos não tem esse tipo de coisa.
- "Cêis" falam estranho demais. E aí, vão ou não pagar a porra da taxa?
O moreno então agarrou o braço daquele que o ameaçava, girando e tirando a faca de si. O homem urrou de dor ao sentir o braço torcendo para as costas. Aquilo doeria até de manhã com certeza.
- Não devo nada a um facínora como você.
- Filha da puta! - retrucou. - Vai pagar por essa merda, moleque de bosta!
Tentou livrar-se da trava de Alex, mas completamente em vão. Para qualquer lado que se movia só aumentava a dor que sentia. O rapaz então cortou o ombro do mais velho com a faca que este segurava até poucos segundos antes, para só então soltá-lo.
A primeira reação do homem ao se ver livre foi correr. Não ficaria nem mais um instante perto de Alexandre. "Aquele garoto é um demônio!" pensava enquanto foi engolido pela escuridão da noite. Os passos ecoaram pelo local, gradativamente ficando mais e mais baixos, até que logo só podia ser escutado os murmúrios provenientes dos mendigos e drogados dentro das construções abandonadas e ocasionais becos.
- Cara, como fez aquilo? - perguntou Matheus, impressionado pelo amigo.
- Às vezes é bom ser um "cata-lixo" que adora livros antigos. - Alex sorriu bobo - Agora vamos.
À esse ponto, até pessoas estavam sendo menos vistas. Escondidas? Se fosse, de quê, ou quem estariam? Pelo menos as construções agora estavam se tornando mais confiáveis. Os prédios inacabados foram dando lugar à construções e fábricas. As estrelas no céu ficaram menos visíveis e a atmosfera parecia mais carregada. Aquele era o polo industrial de Gama City, com suas enormes produtoras de energia e combustível. A poluição atmosférica naquele ponto era tão alta que era comparável à de Pequim, a maior cidade do planeta antes de estourar a Terceira Guerra Mundial. Infelizmente, nem Alexandre nem Matheus tinham qualquer coisa para cobrir o rosto, a não ser as próprias blusas, mas o frio não ia deixar-lhes tirá-las.
Mas o ruivo tossiu forte. A poluição era muito alta, quase não dava para respirar. O moreno também tossiu. Com certeza não estavam acostumados com aquelas condições do ar, e mal tinham adentrado no polo ainda. Até os olhos começaram a arder. Logo, até mesmo se mover se tornaria uma tarefa impossível. Talvez fugir de policiais e pular de metrôs não fosse tão ruim agora.
Escutaram um barulho de motor de caminhão se aproximando. A este ponto quase estavam inconscientes, tentando respirar através das roupas para evitar a poluição. Quando o caminhão se aproximou, o vidro baixou e o motorista se pronunciou.
- Ei, - começou - vocês são aqueles porrinhas que surgiram do nada na pista.
Alex conseguiu ver, com dificuldade, que era aquele caminhoneiro que quase lhes atropelou quando chegaram.
- Estão perdidos hein? Não deveriam estar num canto desses. Entrem logo antes que morram.
Sem hesitar, os dois jovens avançaram para a porta do lado do passageiro. Entraram e fecharam a porta, se aliviando com a atmosfera consideravelmente mais leve. O caminhoneiro puxou um pino no painel do veículo para drenar o restante dos gases que entraram junto com os rapazes.
- Obrigado, de verdade... - Matheus agradeceu.
- Um pequeno favor por quase atropelar vocês. Aliás, me chamo Rogério. Rogério Fagundes de Gama, e vocês dois?
- Alexandre Augusto de Delta e Matheus do Santo Delta - Alex apresentou o amigo e ele mesmo - , não somos daqui.
- Percebi só pelo sotaque. Então vieram da tal Delta da Pacífica? 
- Delta da Paz.
- Quase igual. Já ouvi falar de uns amigos que trabalham na empresa pra quem tô fazendo serviços. - o silêncio pairou por alguns momentos - Umas paradas entram e saem daqui pra lá.
- Pode nos levar até um desses locais? - pediu Matheus.
- Eu mal tenho permissão pra ir no banheiro dessas indústrias desgraçadas. Os filhos da puta que administram essas merdas são muito estritos com regras de segurança e sei lá que mais.
- Então não podemos entrar em nenhum lugar. - o ruivo sussurrou para Alex - O que fazemos agora?
- Não disse que não poderiam entrar em nenhum lugar. - o motorista cortou - Apenas se escondam na cama aí atrás. 
* * *
- Opa, boa noite! - Rogério disse ao segurança da garagem de Gama Energy & Fuel.
- Boa noite... - revirou uns papéis numa prancheta. - ... Rogério Fagundes?
- Isso aí.
- Tem alguém junto de você? 
- Não senhor.
- Tem algo que possa comprometer a entrega do produto ou algum objeto de cunho desconfiável?
- Não senhor.
- Um de nossos seguranças pode fazer uma vistoria rápida? 
- Claro, por que não? 
O caminhoneiro desceu do veículo, deixando a porta aberta para que um dos seguranças, esse bem mais parrudo que o primeiro, pudesse dar uma olhada no interior da cabine.
- Tudo limpo! - avisou após sair da cabine, uns momentos depois de iniciar a vistoria.
- Ok. Dirija-se para o portão da sessão 4 senhor Fagundes.
- Certo, obrigado senhor.
Rogério entrou novamente em seu caminhão e o guiou alguns metros, até se deparar com o interior da garagem, onde mais à frente estavam seis portões, um para cada sessão da empresa. Estacionou perto do portão 4 e levantou a cama na parte de trás da cabine, revelando apenas um monte de malas. Revirou-as até achar um pequeno alçapão. Abriu-o e viu os dois jovens se espremendo dentro do pequeno compartimento.
- Já podem sair. - deixou escapar um risinho ao ver a situação dos dois.
- Finalmente! - exclamou Matheus, se esticando com dificuldade para fora do alçapão, seguido de Alex.
- Não foi tão difícil.
- Mas demorou uma boa!
- Pelo menos estão na empresa. Bem, dentro da Sessão 4 tem vários seguranças, principalmente na porta de acesso para o interior da empresa. A menos que queiram ser presos por acesso não autorizado, vão ter que entrar pelo compartimento de carga ou tentar se virar para achar uma entrada daqui.
- Acho que entrar com a carga não deve ser difícil. - disse Alex - É só passar por uma comporta, não?
O barbado deu um suspiro.
- A carga é carvão mineral. Vão ter que entrar numa tubulação que os leva para a sala de processamento.
- Basta deslizar não? 
- Sem contar a parte que vão ser misturados em toneladas de carvão correndo a trinta quilometros por hora num tubo com menos de meio metro de diâmetro por varios segundos, sim.
O silêncio voltou a reinar. Matheus era claustrofóbico, e Alex sabia disso. Não queria deixar o amigo fazer aquilo, mas não podia deixá-lo fora de Delta.
- Vamos fazer isso. - o ruivo disse, espantando o Augusto - É só descer na encolha quando não houver carga junto.
- Então, boa sorte. Vou entrar imediatamente, apenas saiam quando eu bater três vezes na porta do caminhão.
Alex e Math se esconderam no banco do passageiro mesmo, apenas se deixando fora da vista das janelas ou do parabrisas. O ruivo estava se preparando mentalmente para aquela situação. Apenas aceitou por não querer abandonar seu amigo de infância. E o ajudaria mesmo que tivesse que entrar no inferno com ele.
 


Notas Finais


Não sei se o capítulo ficou bom, tentei continuar ele de onde eu tinha parado :'v espero que não tenha ficado curto.
O QUE SERÁ QUE VAI ROLAR DENTRO DESSE LUGAR? NÃO PERCA, NO PRÓXIMO CAPÍTULO DE...........
Okay, chega. Até o próximo o/


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