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História Treasure Lifelong - Stronger than your nob liquor.


Escrita por: coffeefactl

Notas do Autor


Desculpem qualquer erro.

Capítulo 2 - Stronger than your nob liquor.


— Você precisa prestar atenção na consulta... — O homem com o jaleco já perdera as contas de quantas vezes havia pronunciado isso para o paciente sentado na cadeira a frente de sua mesa. Ele era sim muito distraído, porém, certas vezes fazia de propósito, mas dessa vez, sentiu uma mão quente tocar a sua por cima, os dedos pequenos passando por sua pele calmamente, quase que parando em uma carícia, tateando algumas de suas veias saltadas. 

Depois de tantas consultas, aquele comportamento inadequado de Jimin não era uma novidade para Hoseok, tentava apenas saber lidar para que ele se concentrasse e não se dispersasse com tanta facilidade. Na primeira vez que o consultou, o dispensou frustrado após uma hora tentando fazer com que ele parasse de falar bobagens. Jimin passava a língua por seu lábio inferior como se degustasse de seu próprio gosto preso em seus lábios, sabia muito bem que o médico notava, observava cada movimento seu, principalmente todas ás vezes em que o olhar queimava a carne.  

Ele salivava por ter os lábio presos entre seus dentes. Era seu pecado, seu maior pecado. Como um crime, se tornaria paranoico se não deixasse de encarar por tempo demais. Poderia até mesmo ser considerado abuso de incapaz se pensasse em tê-lo escondido? Acreditava que sim, e seu emprego era sua forma de viver, se o perdesse, certamente ficaria sem saída. Park Jimin parecia um anjo no instante em que entrava por aquela porta, o sorriso doce nos lábios, os olhos crispados em um linha, o comprimento tímido, e em seguida, tornava-se um predador. Um demônio. Direcionava olhares indiscretos, mordia e sugava os lábios rudemente, até mesmo levava seu dedo indicador entre eles  algumas vezes.  
 
O incapaz não era o paciente, normalmente frágil e fácil influenciado, agora os papéis estavam invertidos. Jung Hoseok estava nas mãos do garoto mais jovem, e este poderia fazer o que quisesse com si, não negaria, advertiria ou julgaria. 

— Me diga como prestar atenção na consulta quando meu médico é incrivelmente lindo... O que você esconde atrás de toda essa roupa? Estou curioso para saber, eu tiraria um peça de  cada vez, até deixá-lo sem nada.  

O braço apoiado pelo cotovelo, e o queixo apoiado na palma da mão, parecia entretido demais em seus próprios dedos nas madeixas do cabelo, brincando com estas, dizendo as palavras sem pressa, ou sem embola-las uma nas outras, parecendo uma pessoa completamente diferente do que costumava ser. Ele mesmo dizia que isso era uma das suas maiores qualidades. Então, continuou quando o psiquiatra abriu e fechou seus lábios algumas vezes, mas sem soltar uma palavra ou ruído que fosse. Ele esperava mais, estava fazendo um jogo e isso era claro.  

— Você já escutou o que as enfermeiras dizem de você? E até mesmo seu amigo enfermeiro? — Riu soprado. — Elas dizem que você tem uma bunda gostosa. Toda vez que você passa, elas olham e riem, cochicham... Elas não estão erradas. O enfermeiro fica tão vermelho quando elas dizem que é uma pena que você não goste de mulheres por dar fora em todas, eu queria saber o por quê de não me castigar por dizer essas coisas a você. Talvez você goste mesmo de homem, de foder...  

Não esperava ser interrompido de repente pelo ruivo, mas foi o que aconteceu. 

— No seu prontuário dizia como falta de necessidade sono. Como se sente nos últimos dias? Continua com insônia ou já sente que seu sono tem rendido? — Era um profissional, não deixaria se afetar, além de que se desse atenção para o que o moreno dizia, se tornaria um alvo fácil deste. Park Jimin não queria falar dele, mas sim de seu médico, era esperto e tentaria achar um ponto fraco para atacar. Sua sexualidade não era seu ponto fraco, talvez ele nunca achasse, mas continuaria seu trabalho até que avisassem que a consulta havia acabado. 

—Eu vejo como aquele cara olha para você quando conversam, ou mesmo quando você se vira. Ele continua olhando, você sabia? Ele te olha com devoção, mas ele não percebe que você não olha para ele da mesma forma? Você me olha como ele te olha quando você não está olhando para ele. 

Mesmo que todas as palavras entrassem por seu ouvido e outras saíssem de sua boca, mudando o foco novamente para o garoto, ele desconfiava que o Yoongi o olhava da forma que Jimin falara, já tinha notado algumas poucas vezes seus olhares cuidadosos e discretos, diferente dos olhares descarados do moreno. Hoseok continuava encarando os olhos do mais novo, pareciam que faíscas brilhavam, o sorriso safado brincando nos lábios. De certa forma, tornou-o pensativo e era um ponto a mais para ele.  

Ele tinha notado? Mais alguém percebeu?

 Seus interesses por sexo não diminuíram ainda? — Hoseok anotou em sua prancheta as fortes tendências do garoto, e estava disposto a continuar quando este não continuou. —  O seu comportamento crítico também está agudo, mas como você está com os outros pacientes? Conseguiu fazer amizades e-

— Por que você olha para mim me comendo com seus olhos? Não é errado um profissional fazer isso? Você nem mesmo tenta esconder. Sempre deixa isso ligado. — Cortou o médico antes que ele terminasse o típico interrogatório, direcionando seu olhar para o gravador posto em cima da mesa para saber exatamente do que ele falava, o objeto estava ali todas as sessões, gravando suas indelicadezas. — Quando você me foder, eu espero que não o desligue, assim você vai escutar meus gemidos na sua casa e se masturbar.  

Maníaco sexual.  

Foram essas palavras que Hoseok escreveu no final da ficha de Park Jimin.  

— Você geralmente age dessa forma com outras pessoas?  

Pela primeira vez o médico estava lhe dando a devida a atenção que desejava desde que entrou naquela sala naquela manhã, se surpreendendo, pois achava que depois de tantas consultas jogadas fora ele não responderia.  

— Só com aquelas que eu estou atraído, não acontece com muita frequência. — O sorriso travesso nos lábios aumentou. Seus olhos caíram para a prancheta colocada em cima da mesa logo após explicar-se, notou algumas coisas escritas na mesma com uma bela letra, diferente da sua própria – pensou –, mas que não conseguia ler por não estar virada para si. Alguma coisa estava muito bem riscada no final da folha.  

 

Em alguns dias seria feito uma pequena comemoração naquela ala do hospital, todos os pacientes e funcionários estavam convidados para comparecer fantasiados, com pequenas exceções. Park Jimin não podia esconder sua animação com a pequena festa, nunca esperou tanto por um dia como por aquele final de semana. Conversou durante suas seções com seu psiquiatra animadamente, tagarelando sobre o que vestiria. Ele não possua ia muitas roupas, e ninguém para contatar que levasse as roupas para que ele usasse, foi quando Hoseok se ofereceu para acompanhar o moreno para comprar as novas peças um dia antes, que seria o dia de sua folga e poderiam ir para a cidade logo cedo e não demorar para voltar. Por algum motivo, depois da última consulta, Jimin havia se mostrado mais aberto para conversas sem flertes constantes ou sem olhares inusitados em cima do médico, o que deixou o mesmo confortável para ajudá-lo. Quando soube da permissão e que sairia para comprar as peças, mesmo sendo maior de idade, desejou imensamente pular nos braços de seu médico e agradecê-lo. Saltitou, rodopiou e fez piadinhas com as enfermeiras. 

Hoseok nunca tinha visto aquele tipo de sorriso nos lábios dele, foi a primeira vez que realmente viu um sorriso verdadeiro em seu rosto. 

Jimin pegou suas pequenas economias, tinha em mente o que comprar, mas não sabia onde acharia aquele tipo de peça. Eles caminharam por vários minutos, sem encontrar nada que agradasse e seus pés doíam por voltar tantas vezes pelo mesmo caminho de antes, pois o mais baixo achava que poderia ter perdido de olhar alguma das lojas, aquilo no fundo, um pouco no fundo irritava profundamente o outro, mas nada dissera, ficando alguns passos para trás e sendo guiado.

Finalmente entraram numa loja que Jimin julgaria interessante, já Hoseok julgaria desinteressante. Nunca, em hipótese alguma, pensou que um dia entraria nessa loja todas as vezes que passou por aquela rua. A loja era bem comum, apesar dar roupas extravagantes, lenços coloridos, meias de todos os modelos e tamanhos e separados um pouco no canto, também possuía alguns vestidos diferentes. Riu quando a ideia de Jimin vestir uma daquelas roupas passou por sua cabeça.  

— Está brincando que me fez entrar em todas as lojas para me fazer para aqui?

— Você deveria comprar alguma coisa para você também. — Respondeu risonho de de volta, aproximando-se dos vestidos, afastando os cabides para tentar achar um entre todos que lhe interessasse mais e que servisse em seu corpo musculoso.

— Não consigo pensar em nada que me agrade aqui. 

—Essas coisas tão bonitas não deveriam ser apenas para as meninas. 

Jimin não parecia real. Ele dava bom dia para todas as pessoas de manhã que passavam por ele na rua, e se não desse bom dia para elas, ele sorria abertamente. Ele não esperava que essas pessoas lhe sorrissem de volta, Hoseok gostaria de saber porquê continua agindo dessa forma. Ele sorria e ria de forma distraída, muito diferente de como ele se mostrava na maioria das vezes no hospital. O ruivo acordou de seus pensamentos quando Jimin insistia em chamá-lo para perguntar se o vestido que ele havia escolhido estaria bom para comprá-lo.  

Era preto e sem estampa, diria que ficaria curto, mas não curto demais, decotado e alça fina. 

Hoseok entrou em uma crise de riso, deixando um Jimin indignado e abismado com a risada doce que escapava dos lábios. Não podia acreditar que o outro estava zombando de si, mesmo acompanhando ele até aquela loja, esperava uma reação melhor, um elogio para a peça, talvez? Não sabia o que esperar, mas não era aquilo, então, emburrou a cara, jogou a peça dentro da pequena bolsa do local, com mais alguns itens e caminhou para o provador rapidamente. Deixou que ele risse sozinho. 

Naquele dia, Jimin não sabia que não estava sendo zombado, apenas dando momentos de alegria a outro alguém. 

— Como eu estou? Não ria, por favor. — A voz doce e calma invadiu os ouvidos, fazendo com que o homem, agora sentado numa das poltronas postas perto dos provadores, levantasse a cabeça para observá-lo. O rosto contorcia-se em uma preocupação desnecessária, pois Park Jimin estava incrivelmente lindo. 

O vestido não tinha lhe caído curto demais, como pensou antes, estava um pouco acima de seus joelhos, não era colado ao seu corpo, mas mostrava o quanto era definido. Nunca tinha o visto assim, seus lábios abriam e fechavam-se várias vezes, queria contar que estava absurdamente lindo, incrível, que nunca tinha visto nada mais lindo nem mesmo em seus sonhos, mas não fora capaz e sua demora fez com que Jimin achasse que estava terrível naquelas peças, além da meia-calça escura incomodar levemente suas pernas que ainda não haviam se acostumado com o pano fino, o lenço em sua cabeça insistia em cair e não manter-se como passou os últimos minutos arrumando. 

— Por favor, diga alguma coisa. Não fique me olhando com essa cara de cão chupando manga. 

Não estava pronto para dizer aos quatro ventos, mas pensou alto demais, sussurrando perdido em pensamentos — Você é... Maravilhoso. — Se deu apenas conta do que tinha acabado de dizer quando o sorriso tímido tomou conta dos lábios, e a coloração vermelha surgiu nas bochechas coradas naturalmente do mais novo, ele desviou o olhar e em seguida entrou novamente na cabine para trocar-se.  

Hoseok ficou estático. Estava descobrindo tanto dele em apenas um dia, mais do que descobriu em todas as sessões. 

Após Jimin se trocar e colocar suas próprias roupas, pagarem e levarem as que ele havia comprado com a querida ajuda, eles não pararam em nenhum outro lugar e foram direto para o hospital. O dia era de folga, médicos de plantão cobriam as folgas de quem deveria estar em casa, ou com suas mulheres ou seus cachorros, mas ali estava Hoseok voltando para o mesmo lugar, com o Jimin calado ao seu lado. Mesmo que houvesse silêncio, não estava desconfortável. 

Deixou Jimin entregue, então voltou para sua casa, não pretendia sair ou fazer alguma coisa, deitaria em sua cama e dormiria. E foi o que fez, dormiu desde o momento que chegou em sua casa até a hora que o seu telefone o acordou, tocando sem parar. Eram exatamente duas horas da manhã. Se surpreendeu por dormir tanto tempo, mas se perguntou quem ligaria para ele nesse horário, reconhecendo número de um dos médicos do plantão. 

Jimin. 

O telefone naquele momento, tinha deixado de tocar, a sensação dentro de seu peito lhe falava para retornar, assim o fez e não demorou para pessoa do outro lado atender. 

—  Alô?  

— Hoseok, seu paciente, Park Jimin, ele não está bem. Depois que você deixou ele aqui, ele se trancou no quarto, conseguiram entrar agora pouco com a chave reserva. Como ele conseguiu uma das chaves? O que ele fez? Pensou. — Ele está enrolado numa coberta, não para de chorar e está trêmulo, não deixa os enfermeiros se aproximarem, mas não está violento. Ele está procurando por você... Desculpe ligar essa hora, você deveria estar-  

Talvez a mania de cortar as pessoas antes delas terminarem de falar do garoto tivesse passado para ele, pois foi isso que ele fez, avisando que apenas trocaria de roupa e dirigiria para o hospital, que avisassem Jimin. Em seguida, desligou o telefone, vestiu-se rapidamente e dirigiu da mesma forma para o hospital, as ruas vazias, todo o silêncio. Sabia que não era um alerta, Jimin não tinha sintomas suicidas, mas a preocupação em seu interior lhe pedia para que fizesse.  

Era por isso o seu silêncio horas antes?

Quando chegou ao hospital, tudo estava silencioso na ala como de costume, logo encontrando os enfermeiros e o médico que estava cobrindo seu horário. 

— Como ele está? — Hoseok não hesitou em perguntar.  

— Ele está melhor, o tremor passou e o choro também. Conseguimos dar um calmante fraco para ele, vai dormir logo. Deveria ter te avisado antes de chegar aqui que ele se acalmou quando avisei que estava a caminho.  

Naquela noite, Hoseok voltou para sua casa assim que Jimin pegou no sono, não demorou muito para isso acontecer, certamente estava exausto por todo o dia. Ele dormiu feito um anjo, uma criança, agarrado a um de seus travesseiros, apertando contra seu corpo que naquele momento realmente parecia frágil demais para ser tocado, ou até mesmo observado por muito tempo.

 

Jimin precisou ser acordado por uma enfermeira no dia seguinte, mas nada fora dito para ele por causa disso. Aquele dia era o dia especial, ele colocaria seu vestido em seu corpo, as meias que lhe faziam sentir como dono de si e aquele lenço rosa terrível que dava o ar que ele podia tudo. E realmente podia. 

Ele soube que Hoseok esteve ali durante a madrugada, mesmo que não fosse sua obrigação como médico. 

Quando a noite chegou, a fumaça de gelo seco pairava na recepção, as luzes neon iluminavam o lugar, e todos estavam fantasiados devidamente com suas preferências, e Jimin estava sentado, próximo a janela, roubando alguns dos salgados da mesa para comer, conversando com os outros pacientes, principalmente um deles que tinha feito amizade no primeiro dia que chegara no lugar. 

Assim que Hoseok entrou na recepção, a música abafada pela porta entrava sem rodeios em seus ouvidos: alta, eletrônica e insuportável. Não vestia exatamente uma fantasia como os demais, era um terno simples e preto, uma gravata e sapatos sociais. Buscava pelo homem de vestido, apostava consigo mesmo que Jimin seria o único e não demorou para ver a silhueta próximo a janela, o vestido, o lenço, meias, demorou para notar que ele não calçava absolutamente nada. As meias no final da noite estariam rasgadas em seus pés, surpreendeu-se como ele poderia ser tão desajeitado a esse ponto.  

— Se divertindo? — Disse ao pé do ouvido do moreno, assustando o mesmo, até que ele reconhecesse de quem era a voz, virando-se e abrindo um largo sorriso.

— Se tivesse bebida alcoólica, eu estaria me divertindo mais. 

Após algum tempo de conversas e risos, Jimin conseguiu arrastar o mais alto para um lugar mais afastado das outras pessoas, com o plano de fazê-lo dançar. Esconderam-se para que nenhum enfermeiro os achasse ali, os risos eram abafados pela música alta demais que impedia que qualquer pessoa escutasse o que quer que saísse dos lábios daqueles dois homens juntos em um espaço pequeno. Essa era ideia que passava pela cabeça do menor. Depois de certo tempo, os risos sessaram, e somente restou o olhar penetrante de cada um. Se olhavam como se fosse perolas preciosas e Jimin foi o primeiro a se pronunciar quebrando todo o silêncio entre eles. 

— Você não me quer, Hoseok? 

 


If you feel bluntly in his mind
When appear with the fragrance of breakfast

 

 

Pela primeira vez, como um estalo em sua cabeça, Hoseok se deu conta de onde estava se metendo com a pergunta do garoto a sua frente, livrou-se delicadamente das mãos que estavam apoiadas em seus braços, mas antes que pudesse sair da onde estava e voltar para o centro da festa, fora prensado contra a parede, os braços de Jimin um de cada lado de seu corpo impedindo que ele saísse ou tentasse se mover demais. Os dois sabiam muito bem que o mais alto era também o mais forte, mesmo que possuísse menos músculos que o outro, entretanto ele continuou ali colocando toda a culpa na falta de força de Park Jimin, mas era a sua própria falta de coragem de se afastar e não olhar mais para aqueles olhos que mesmo com a falta de luz, era possível ver como brilhavam. 

O mais velho não respondeu, não ameaçou mais sair do enlaço que Jimin fazia, enquanto o mesmo esperava uma resposta concreta que lhe desse certeza, mas essa resposta veio de uma maneira diferente da que aguardava. Seu corpo fora empurrado contra a parede sem força, as costas sendo pressionadas e o corpo quente do maior pressionando o seu próprio, os lábios aproximando-se vagarosamente, mas antes que Hoseok terminasse de quebrar a distância entre os lábios, Jimin o fez. Agarrando-o pela grava com uma de suas mãos e puxando-o, chocando os lábios fortemente, fazendo com que os dois suspirassem pesadamente,  iniciando o mover dos lábios lentamente, somente saboreando o gosto dos lábios um do outro.  

Jung Hoseok teve finalmente a certeza de que os lábios de Park Jimin realmente eram como plumas, macios e ele estava disposto a devorá-los, mas ele não era o único que devoraria ali. Como dois brutos, mordiscavam os lábios, sugando avidamente e causando estalos audíveis. 

As mãos de Jimin foram diretamente para os fios ruivos, enrolando em seus dedos e puxando, causando uma leve ardência no couro do mais alto que o fez descontar em seus lábios com mais força e levar suas mãos para o traseiro do rapaz, apalpando este e apertando os dedos contra a carne farta, fazendo com que o corpo do menor se pressionasse ainda mais contra o seu, causando uma fricção entre os quadris e obrigando que Jimin se apoiasse nas pontas dos pés. 

Eles precisavam de ar, mas continuavam se beijando como se o ar que tanto almejavam agora estivesse na boca do outro. Hoseok separou os lábios quando notou a dificuldade do outro em apoiar-se, levando suas mãos para a parte de trás das coxas do mesmo e com um impulso, levantando-o, fazendo com que envolvesse suas pernas ao redor da cintura para que ficasse mais confortável. As mãos de Jimin trabalhavam em desabotoar rapidamente o terno e em seguida a camisa social para abusar da pele dele, passando a ponta das unhas e deixando leves vergões em seus ombros enquanto Hoseok direcionava os lábios para o pescoço do mais novo, distribuindo beijos e mordidas, algumas mais dolorosas que as outras, fazendo com que Jimin deixasse escapar um ruído baixo que Hoseok poderia jurar que fora um gemido tímido. O cheiro do forte perfume doce ainda impregnado na pele. As mãos abusavam do corpo menor, apalpando e arranhando, até que subiu a barra do vestido e pode ver as coxas fartas sob as meias finas. A vontade era de rasgá-las e beijar aquela pele imaculada. 

Sua atenção rapidamente fora tomada pelo volume do membro, sabia que seu membro não estava diferente, movendo os quadris para frente, deixando que o outro sentisse como também se encontrava naquele momento. 

Pela primeira vez desde que começaram com as carícias, Hoseok afastou os lábios da pele do seu esquecido paciente e encarou-o. Seus cabelos bagunçados, os lábios vermelhos e inchados, incrivelmente lindos, o rosto corado e o suor escorrendo por sua pele. A pouca luz que refletia era como um carinho para seu rosto, deixando ainda mais encantador. Então, Jimin sorriu. Não um sorriso malicioso como se era esperado daquele pequeno, mas um sorriso reconfortante, mesmo que Hoseok estivesse totalmente perdido, fora de si e inebriado por todas as sensações, ele sorriu de volta. Os dois se puseram a rir, não sabiam do que estavam rindo, mas estavam de maneira harmoniosa. 

E naquele instante, quando os lábios se tocaram novamente, sabiam que aquilo era muito mais do que muitas pessoas passam procurando a sua vida inteira. 



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