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História Treat You Better - Eu vou fazer a vida dele um inferno


Escrita por: deusatena

Notas do Autor


Olá!
Gente, eu estou atrasada e eu odeio isso. Desculpem, mas eu estive muito ocupada e precisava escrever a BTD, minha fic principal e que recebe maior atenção minha, porém, quero acabar essa história o quanto antes, ou seja, no máximo no 15° capítulo.
Decidi que irei postar Treat you Better todas as quintas de noite, e Born to die na segunda, aí na quarta eu posso escrever um pouco do epílogo de BTC.
Boa leitura, epero que tenham gostado desse capítulo bem razoável.

Capítulo 6 - Eu vou fazer a vida dele um inferno


Fanfic / Fanfiction Treat You Better - Eu vou fazer a vida dele um inferno

Terça-feira

Middleton High.

Três minutos. Esse era o tempo que restava para a aula acabar por completo. Eram 3h57pm, e Stiles parecia muito ansioso para ir na casa dos Martin. Como avisado, Lydia não foi na aula na segunda, e nem naquele dia. Nos tempos livres de atividades extras, a garota deveria aparecer. Ela não era a capitã do time de futebol, mas era a melhor, as jogadoras precisavam dela, pois seu jeito de jogar era único, e as fazia ganhar grandes jogos. Mas nem por isso a ruiva deu as caras no colégio. As pessoas começaram a comentar, pois não era claro o porquê de Jack andar junto com seus dois capachos, mas sem a sua namorada ao lado, e suas duas melhores amigas. Ali era visível o poder que a elite de Middleton possuía. Todos os seis eram ricos, bonitos e festeiros. Já Stiles era… O Stiles.

A sua vitória na sexta durou em comentários pelo sábado, depois, ninguém nem ao menos o olhava, e claro que não pensou que receberia menos do que isso.

A sua agonia tinha motivo; não era porque ele ficaria perto de uma garota bonita, ou porque estava nervoso com o trabalho. Certamente encontraria Lydia e aí ficaria um tempo com ela, ou pelo menos tentaria,num momento depois de acabar o trabalho ou em uma desculpa qualquer, afinal, sentia a necessidade de saber como ela estava. Quando o relógio totalizou 4hs os alunos que escolheram cursar a aula de física avançada, deixaram a sala de aula em calma, todos eles pareciam nerds, e poderiam ser rotulados desse jeito. Stiles foi até o banheiro, arrumou seu cabelo e lavou o rosto, sinceramente o dia estava um calor e tudo o que queria era uma ducha gelada.

Quando deixou a escola, pediu para que Scott o deixasse na casa dos Martin's, e surpreendentemente ele não estava com a Allison.

— Onde está a Argent? Vocês não separam um segundo.

— Não quero falar sobre.

— Oh, coitado. Desde quando não contamos tudo um para o outro? — o amigo insiste com a famosa ironia. Scott bufou.

— Eu fui pra casa dela ontem, e aí ficamos no quarto dela. Daí as coisas começaram a esquentar, mas… — fecha os olhos por um segundo, sentindo a vergonha em si. — Eu não consegui…

— Você broxou. — conclui, começando a rir desesperadamente.

— Eu sou virgem, cara! Não consegui ao menos…

— E ela zombou de você?

— Allison é extremanente insegura e lenta, não entende nada. Para ela eu já transei com várias, mas ela não foi capaz de me excitar. Aí ela chorou, ficou-se perguntando se estava feia e gorda. Ela me expulsou e desde ontem não atende minhas ligações ou fala comigo.

À essa hora, a cada palavra dita, Stiles se perdia de tanto rir. Quando Scott estaciona o carro, ele soca o braço de Stiles com força, o que o faz parar de rir e gemer de dor. O garoto desce do carro, vendo o mesmo ir embora. Stiles respirou fundo ainda risonho, encarando a grande mansão totalmente surpreso. Ele mais uma vez passa a mão nos cabelos, tocando a campanhia. Vestia-se simples: uma calça bege, uma blusa de mangas longas azul e tênis da mesma cor.

— Casa dos Martin’s, identifique-se.— ouviu uma voz masculina soar, ela era rouca e pesada, provavelmente de um segurança. Stiles sentiu seu corpo se arrepiar e engolir em seco.

— Oi, é… Sou o Stiles, vim fazer um trabalho com a Chloe.

— Está liberado.

O portão é aberto. Passa por um imenso jardim, com flores bonitas e com irrigação, que deixava o cheiro de terra notório. Caminhou por cima das pedras, até a porta de vidro se abrir. Chloe estava com os cabelos soltos, um short azul e uma blusa branca da marca Style. A loira sorri, puxando sua mão.

— Oi, Stiles. — diz. — Bem, a gente já pode começar o trabalho, eu só vou comer antes. Se aceitar, Miranda assou um bolo e fez suco.

— Obrigada. — diz em forma de aceitação, queria achar a ruiva ou ter informação sobre ela. Por isso, tentou ao máximo ser discreto e descontraído. — Seus pais estão?

— Eles viajam a cada duas a três vezes por mês, são ocupados. Apenas Lydia, eu e a governanta/mordoma, Miranda, ficam aqui. Há também os empregados diários e seguranças, acredite, acho totalmente desnecessário. Mas isso não é relevante— Ri. Aparentemente ela fala muito, notou. Porém, gostou disso e até se entreteu.

Após comerem, os dois foram para o quarto de chloe, não era pequeno mas nem tão grande. Os dois começam a fazer perguntas e respostas pro trabalho, além de frases e os significados das classes gramaticais, o uso, conceito, definição e exemplo. Como dupla eles se acertaram bem, separaram as atividades e em duas horas, tudo estava pronto. Por mais que gostasse do cansativo trabalho de espanhol, Stiles estava inquieto querendo saber da ruiva, ele até se esquivava de assuntos.

— O último quarto, virando a direita.

— O-o que?

— Acha que não percebi que quer saber da Lydia? — ela ri. — Eu percebo tudo, Stilinski. Agora vá, já acabamos de todo modo.

Ela diz simplesmente, sem o encarar. Junta tudo e se deita na cama, ligando a televisão. Stiles hesita, mas logo segue as instruções da loira, parando em frente à um quarto com a porta entreaberta, tudo completamente escuro.

POV Stiles.

Bato na porta enquanto a empurrava, o quarto tinha cheiro de nicotina e álcool, minhas narinas se incomodavam com o cheiro. Sussurro seu nome algumas vezes, clamando pela ruiva. Minha mão vaga pela parede, até achar o interruptor e ligar a luz. Meu queixo parece cair, minhas pernas estremecem e meus olhos automaticamente lacrimejam. Lydia estava jogada na cama apenas com uma calcinha e uma camiseta azul, noto o chão com um pó branco espalhado, assim como uma garrafa de uísque estava quebrada ao meio, com o líquido manchando seu tapete. Havia batucas de cigarro e maconha na escrivaninha. O ar condicionado estava ligado, mas as cortinas fechadas assim como a portas da varanda. Me espanto, chegando à conclusão que ninguém da casa viu seu estado, pois era completamente deplorável. Fecho a porta, indo até a ruiva. Respiro fundo, ainda tentando voltar a realidade.

— L-Lydia? — gagueja.

— Minha visão está muito mas muuuuito turva. — disse risonha, efeito das drogas e bebida. — Mas sei que é o Stileeeees

— Sim, Lydia. É o Stiles. — Sento na cama também suja. — P-por que? Olha isso tudo… — digo em sussurro.

— Estou cansada de mim mesma. — Dá de ombros, rindo. Por mais que o que ela dizia era triste, sua frase saía risonha, mas pesada e cansada.

— Não diga isso, ok? — passo a mão em seu rosto macio, agora manchado pelo preto do rímel. Os olhos verdes apagados pelo choro, a boca ressecada, e um olhar intensamente vazio. Me perco por alguns segundos encarando seu lindo rosto, piscando e me levantando da cama. — Irei cuidar de você, meu anjo.

Digo com todo cuidado possível, vendo-a parar de sorrir e prestar atenção em cada mínimo movimento que realizo. Ela parece engolir em seco, percebo isso pois também estou atenta à ela. Ergo meus braços, puxando seu corpo. Lydia usava uma calcinha um pouco grande e nada “sexy” em questão dos padrões de lingeries sensuais, noto que possuía uma estampa meiga de urso. Ao meu ver, ela estava linda e fofa ao mesmo tempo. Carrego seu corpo até o banheiro, o peso era mediano e eu consegui carregá-la com precisão. Não havia um minuto sequer que Lydia tirou os olhos de cima de mim, ela parecia completamente curiosa e eu sabia que poderia se limitar aos efeitos que as drogas e as bebidas causaram, mas era um olhar profundo e sério, causando-me um extremo cuidado. Seu banheiro era completamente branco, limpo e mediano. Vejo uma banheira, então decido deixá-la sentada no chão, enquanto ligo-a em quinze minutos, despejando sais especiais para espumar e aromatizar. Com a banheira pronta, encaro-a, puxando de leve seus braços e fazendo com que ela fique de pé. Vejo que a mesma hesita.

— Oh, eu não vou fazer nada de ruim com você, nem olhá-la. Aliás, se te faz sentir melhor, pode entrar com as roupas íntimas. — falo tão rápido que decido me calar para não falar merda. Ela balança a cabeça, sussurrando algo.

— Só não… só não se assuste.

Franzo a testa, vendo Lydia respirar fundo e ficar realmente de pé, não acanhada e escondendo o corpo. Ela retira a blusa, entra na banheira e mergula apenas seu corpo, expondo-o ainda coberto com sutiã e calcinha. Arregalo os olhos, perdendo o ar e a noção. A garota não me olha, pois está ocupada chorando enquanto olha para outro lado, evitando me encarar. Vejo a água levar a maquiagem fajuta, deixando a vista os vergões avermelhados e roxos em sua perna, além dos hematomas e outras feridas.

— Stiles? — amedrontada, me chama. — Não vá, por favor.

— Eu nunca iria. — deixo de lado as perguntas que queria fazer. Ela sorri em agradecimento, sentando-se por dentro da água.

Me aproximo, tomando uma bucha macia em mãos, enquanto passo levemente pelo corpo da garota. Estava tentando ser extremamente cuidadoso para não acabar machucando-a, e quando passava pelos ferimentos, meus olhos doíam e as lágrimas se acumulavam. Peço para que se incline, e assim posso ter uma visão da suas costas brancas, com marcas roças e de, aparentemente, cinto. Minha mente não processa absolutamente nada, e eu iria atrás de respostas depois. Ligo o chuveiro, deixando a água quente jorrar sobre sua cabeça. Com o shampoo de coloração vermelha, coloco um pouco sobre minhas mãos, esfregando de leve em seus cabelos ruivos, vendo-a calada e abraçando seus joelhos.

— Cuidado com…

Diz, gemendo baixinho. Percebo que a região capilar estava avermelhada e pareceria que os fios estavam faltando. Respiro fundo, balançando a cabeça. Passo o creme depois, massageando os fios devagar, assistindo Lydia arfar e até fechar os olhos. Passo água no seu rosto, limpando-o. Deposito um beijo em seu ombro molhado, ouvindo sua risada baixa. Em vinte minutos, tiro o ralo da banheira e a ajudo a sair dela, pegando uma toalha e a secando, como se fosse uma criança. Ela me segue até o quarto, olhando atentamente meus passos.

— Onde você guarda suas roupas?

Ela aponta para o closet, onde possuía tudo o que eu precisaria. Pego um pacote qualquer de lingerie branca, nada muito ousado, na verdade, achava bonitinho. Puxo um short preto e uma camiseta cinza, além de um secador. Ao chegar no quarto novamente, me assusto quando vejo-a completamente nua, se secando corretamente.

— Ah-ahm… — gaguejo, evitando olhar. Tampo os olhos, entregando-a suas roupas. — Aqui…

Ela puxa tudo num ato rápido, deixando-me apenas com o secador. Ela picarreia, noto assim que a mesma já estava vestida. Não conseguia olhar para suas pernas, haviam tantos machucados, e seus braços possuíam marcas também, além do pescoço e rosto, tudo mascarado com uma boa maquiagem.

— Sente-se.

Peço, ela se senta na cama enquanto conecto a tomada do secador. Ligo-o, jogando o ar quente sobre seus cabelos ruivos, acho que isso irá aliviar seus ferimentos na cabeça. Ela fica quieta, ato que me incomoda um pouco. Suas pernas estão dobradas, os braços cruzados, era meigo e engraçado, e o fato de que o banho a ajudou, me deixa aliviado. Quando vejo seus fios semi secos, desligou o secador. Lydia se vira pra mim na hora, se jogando nos meus braços e me abraçando forte. E é aí que eu ouço seu choro, um choro alto que parecia estar guardado por muito tempo. Ela se desfaz nos meus braços, molhando meu pescoço.

— Me desculpe! — diz alto, chorando na mesma intensidade, enquanto tentava a acolher nos meus braços. — Não quero que me veja assim, não quero que me julgue.

— Lydia, vai ficar tudo bem. — sussurro, passando a mão nas suas costas algumas vezes. — Por favor, tente confiar em mim.

— E-eu confio. — sussurra. — Eu gosto de você, Stiles.

No momento quero sorrir, pois não sei se o sentimento é mútuo. Ela pode ter dito em um sentido de amizade, já que estou ajudando-a, mas mesmo assim, não fico desanimado ou triste.

— Se confia… — afasto-a, olhando nos seus olhos verdes. — Me conte o que aconteceu. Eu suspeitava de algo, me segurei para saber, agora eu preciso que me conte. Eu quero e irei te ajudar, mas não posso fazer isso sem que eu saiba o que está acontecendo com você.

— Tudo bem. — diz limpando as lágrimas. — É a única pessoa que sabe, então eu não sei como irei me sair. Há um ano e alguns meses, eu conheci o Jack. Ele era dono de alguma festa de começo do ano e eu queria muito ir. Então Jéssica conseguiu um convite e me levou, e lá, nós nos beijamos várias e várias vezes. No dia seguinte ele me ligou, então teve a necessidade de me ver todos os dias, até mesmo nas férias. Eu achei estranho, mas gostei de um garoto fofo, queria um. Após um mês que nós estávamos saindo, ele disse que me amava e que queria que eu fosse só dele, que minha virgindade e pureza fossem entregues a ele e, caso não fizesse, a gente iria terminar pois ele abriu mão de grande coisa por mim. Eu o fiz e foi aí que as coisas ficaram ruins. — ela torna a chorar, então seguro sua mão, fazendo-a respirar e continuar. — Alguns dias depois, assumimos nosso namoro e ficamos populares, com festas e coisas radicais. Ele me fez fumar e experimentar drogas, além de quase me embebedar mais do que eu já aguentava beber. Quando fomos em uma festa da Anna do terceiro ano, ele bebeu e se drogou além da conta, querendo sexo. Eu o neguei, pois sabia que ele estava fora do controle, então foi a primeira vez que aquele cretino me bateu. Ele me empurrou na cama, fazendo minha nuca bater no batente de madeira, e apertou meus braços, fazendo sexo a força e me enchendo de tapas. Ele dizia coisas nojentas para mim, e falou que eu ficava ainda mais bonita chorando. Tentei terminar, fugir, contar, mas nunca consegui porque a surra era triplicada. Ele passou a ser mais abusivo e eu sempre o perdoava, e o amava também. Mas teve um momento que eu só sentia repulsa dele,e sabia que estava condenada a ser submissa à ele.

Não consigo dizer nada, pois estou em choque. A única coisa que consigo fazer é me inclinar, ficando perto de seu rosto. Lydia me olha confusa, mas antes que pudesse falr algo, selo nossos lábios em um selinho de no máximo quinze segundos. Depois, me afasto. É raro, mas não estava inseguro como antes, ou gaguejando, estava apenas tentando transmitir segurança para ela.

— Você merece mais, Lydia. — sussurro contra seu rosto. — É tão linda, inteligente, atenciosa, eu te imploro que me deixe te ajudar.

— Eu quero ficar com você, Stiles. — ela diz rápido, como se tivesse certeza do que dizia. — Eu passei a observar você ainda mais, e eu sinto que você possa cuidar de mim. — ela fica vermelha. — Mas não acho que eu o mereça.

— Está brincando? Como não, Lydia?

— De todo modo, não posso escapar dele. Ele quebraria seus ossos e me bateria com ele. — hostil, mas risonha.

— Eu prometo te proteger, tentarei fazer com que ele não encoste um dedo em você mais. Irei bolar um plano, ok?

Então eu a puxo, encostando as costas na parede da cama enquanto ela se deitava no meu peito, e rapidamente dormindo com meu cafuné.

Eu iria tornar a sua vida um inferno, e as consequências não vão me fazer parar.


Notas Finais


Revisão duas vezes, mas pode ter passado algo. A partir de agora, verão um Stiles muito determinado e mudado, afinal, ele quer proteger a Lydia e está com muita raiva. Eles não namoram, mas estarão juntos de agora pra frente.
Qualquer dúvida, podem tirar.


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