História Treat You Better - Ilusion

Audrey entrou na loja e percebeu que demoraria mais tempo do que pensava porque era bem maior do que esperava. Não que ela esteja reclamando, afinal era mais um tempo com a loira.

- Você já tem alguma ideia de que fantasia vai querer? – Emma perguntou olhando para a vitrine.

- Na verdade, não.

- Eu também não tenho nada.

- Sério? Eu pensei que Emma Duval já teria a fantasia perfeita em mente. – Disse brincando, o que a fez rir.

A risada dela fez com que a morena a encarasse, ela era tão linda e Kieran não a merecia. Ela era perfeita demais, impossível pensar que o namorado a tratava como propriedade e não a dava devido valor. O pensamento fazia a mão de Audrey tremer de raiva. Ela daria tudo para estar ao lado da loira e ele, que tinha o privilégio, nem ligava para ela.

- Não vá se acostumando. - Ela disse começando olhar as roupas.

- Como você quer se vestir? – Audrey perguntou querendo, pelo menos, um ponto de início.

- Só sei que quero surpreender, me fantasiar de algo que as pessoas nunca iriam me imaginar vestindo.

- Entendi.

Depois dessa conversa, as duas começaram a procurar diversas fantasias, mas nenhuma parecia agradar ambas. Até que Audrey olhou para uma saia de couro, cujo fazia parte de uma fantasia policial, e teve uma ideia. Levantou de onde estava sentada e caminhou até a sessão de super-heroínas.

Emma, curiosa, seguiu a amiga e resolveu dar uma chance para o tema. Começou a olhar as fantasias, até que achou uma.

- Meu Deus, acho que achei! – A loira disse empolgada.

- Sério? Qual?

- Eu acho que vai ter que esperar até a festa, a surpresa vai ser para ti também. – Emma disse com um sorriso pensando em sua cabeça que a surpresa era principalmente para ela, mas logo abandonou o pensamento.

- O que? Eu venho aqui te ajudar a escolher a fantasia e eu não posso nem saber qual? – Perguntou indignada.

- Isso mesmo! – Ela disse soltando um riso maligno.

Emma foi correndo para o provador, escondendo ao máximo sua fantasia, queria apenas colocar e ver se ficava legal nela até porque era uma que ela nunca escolheria e que ninguém pensaria que fosse usar. Estava ansiosa para ver o resultado e quando enfim colocou, abriu um sorriso de orelha a orelha sabendo que era aquele.

Enquanto a loira estava no provador, Audrey ficou olhando as outras roupas se perguntando como poderia impressioná-la. Já que Emma se vestiria de uma maneira diferente, porque ela não faria o mesmo? Por que não se arriscar em algo mais... Sensual?

Ela nem sabia o porquê, mas estava tendo um bom pressentimento sobre essa festa.

- Audrey? Você escolheu a sua? – Emma disse saindo do provador.

Quando ia responder, ela tirou todos os pensamentos negativos de sua cabeça e pegou a fantasia que tanto queria, sem mostrar para a loira. Entrou onde ela tinha acabado de sair e aprovou totalmente sua escolha. Depois, saiu e alugaram as fantasias.

Saindo da loja, a loira fala:

- Meu Deus, tinha me esquecido o quão complicado é escolher roupa para halloween.

- Eu só quero comer.

- Ainda bem que disse isso. – Emma falou rindo.

As duas entraram em uma cafeteria e escolheram uma mesa perto da janela enorme que o estabelecimento possuía, ambas gostavam de observar o transito e a pressa das pessoas.

- Parece que vai chover. – Audrey falou olhando para as nuvens pretas no céu.

- Ainda bem, assim fica mais aconchegante.

- Verdade.

A garçonete logo chegou perguntando o que gostariam de pedir; a loira pediu um pedaço de bolo de chocolate e café expresso, já a morena pediu Browne e chocolate quente. Quando elas ficaram sozinhas de novo, um trovão bem forte marcou o céu e em questão de segundos a chuva começou a cair.

- Acho que vai vir tempestade.

A loira sorriu olhando os pingos de chuva na janela.

- Um saco a gente ter que ficar mais tarde na escola por uma semana para organizar a festa, né? – Audrey disse.

- Pois é, mas eu até gosto de ajudar. É satisfatório depois de pronto, é bom poder olhar e sentir orgulho do nosso trabalho.

- É.

- É verdade que o Noah vai ser DJ mais uma vez esse ano?

A morena riu lembrando-se do amigo tentando animar as pessoas.

- Sim, pela terceira vez.

- Lembra-se daquela vez quando a mãe dele confundiu o pendrive com o dela e só tinha música clássica e dos anos 80? – Emma disse rindo, se lembrando do desespero de Noah naquela noite.

- E os professores começaram a ir para a pista de dança achando que ele realmente tinha escolhido.

As duas começaram a rir recordando da cara de pânico do amigo e em como os professores de química e biologia dançavam entranho. Antes de terem que ir embora buscar as verdadeiras músicas.

Elas estavam tão concentradas rindo que nem perceberam quando a garçonete chegou com os pedidos, foi só elas olharem que a graça se perdeu e a fome começou a atormentá-las.

Emma começou a comer a torta tão feliz que nem percebeu o olhar de Audrey em si. Naquela época, ela ainda não tinha começado a namorar o Kieran e ela era completamente mais feliz. A loira sorria com tanta frequência, usava as roupas que queria e parecia extremamente feliz consigo mesma. Agora todas as vezes que olhava Emma era como se visse uma menina magoada e perdida esperando para se encontrar novamente.

- Em?

- Hm? – Emma perguntou com a boca cheia.

- Por que você ainda está com o Kieran?

Ela ouviu um longo suspiro e viu que a loira limpou sua boca com o guardanapo.

- Eu... Não sei.

- Ele te trata tão mal, pra que ficar com alguém assim?

- Ele nunca foi assim, sabe? Lembro que ele sempre me tratou como uma princesa. Comprava rosas para mim, se importava, não ligava para roupa que eu usava e um dia isso simplesmente sumiu. Uma parte de mim acha e espera que ele volte a ser assim. – Disse tristemente.

- Você ainda o ama?

Emma a olhou como se sofresse uma batalha interna consigo mesma, sabia que seu sentimento havia mudado, mas teria ela parado de amá-lo? Será que ela estava mesmo gostando da mulher em sua frente? Isso seria possível ou ela só estaria carente?

Vendo que a loira era incapaz de responder, pegou sua mão. O que fez todos os pensamentos na cabeça de Emma sumir.

- Eu acho que tu mereces muito mais do que isso e que tem alguém melhor bem na sua frente, mas você ainda não percebeu.

Emma a olhou por um momento, se perguntando se aquilo fora uma indireta ou não. Será que Audrey sentia algo por ela ou estaria falando apenas para consolá-la.

A loira começou a suar e ficar com o coração acelerado, sem saber o que responder. Só de pensar que ela poderia estar gostando dela, já a fazia delirar. Não seria possível... Seria?

- Como assim? – Emma perguntou lentamente.

Audrey sentia que seu coração iria sair do seu peito de tão forte que estava batendo. Falou aquilo sem pensar e agora estava com medo de que Emma estivesse assustada ou entendido o que ela quis dizer.

- O que eu quis dizer é que eu acho que Kieran não serve mais para ser seu namorado e que tem outras pessoas muito melhores esperando por você. – Audrey disse tentando melhorar sua frase, ela não queria que a loira achasse que foi uma cantada, ficar assustada e sair correndo dela.

A esperança de Emma falhou um pouco, pois percebeu que não foi o que ela tinha entendido. Audrey não estava se referindo a ela, estava se referindo a qualquer pessoa. Depois disso, ela se viu triste. Realmente queria que sua amiga tivesse algum sentimento por ela.

Elas ficaram um tempo em silêncio, ambas perdidas em seus pensamentos. Até que uma dúvida se acendeu na mente da loira.

- Você gosta da Gina?

- O que?

- É que tu vai levar ela para o baile e eu fiquei pensando se gosta dela. – Emma disse enquanto olhava para o seu café, agora, terminado.

- Não. – Respondeu com sinceridade, fazendo a loira levantar o olhar para encará-la. – Quer dizer, eu a achei legal, mas eu não gosto dela. A convidei para ir ao baile porque a pessoa com quem eu queria ir está indo com outra.

- Quem?

Neste momento, o celular de Emma começou a tocar salvando Audrey de um momento constrangedor. Quando olhou para ver quem era, o nome “Kieran” apareceu na tela, revirou os olhos e desligou na cara dele. Definitivamente, era a última pessoa do mundo que queria falar agora.

- O que foi?

- Nada, eu só não quero falar com ele agora.

- Eu ainda acho que tu não deverias falar nunca mais.

Emma sorriu de lado e olhou as horas.

- Nossa já são 18h38min. Minha mãe pediu para estar em casa ás 19 porque ela quer jantar comigo.

- Então vamos.

 

O caminho de volta para casa foi divertido. Audrey ligou o rádio enquanto começaram a dançar e a cantar no carro, nem perceberam quando chegaram na frente da casa da loira.

- Meu Deus, eu nunca mais tinha feito isso. – Emma disse rindo.

- Nem eu, entramos em um túnel do tempo.

- Eu amei hoje, a gente nunca mais tínhamos feito isso antes. Acho que deveríamos fazer isso toda semana.

Audrey abriu um sorriso e seus olhos brilharam, a loira estava diferente. Ela sentia.

- Eu também acho.

Emma olhou para ela e seu coração se acelerou. A morena a encarava de uma forma intensa, fazendo seu corpo inteiro se acender. A loira devolvia o olhar da mesma forma, via que seus olhos estavam brilhando e sabia que os seus também estavam. A vontade de beijá-la era surreal, tão forte que era quase impossível não se aproximar e acabar com aquela tortura.

Do lado de fora já estava escuro, então dentro do carro era iluminado apenas pela luz da rua. E Deus, como ela ficava linda. O sorriso no rosto de Audrey continuava ali perturbando todos os pensamentos de Emma naquele momento. Seus lábios eram tão carnudos, deveria ser maravilhoso mordê-los. O pensamento fez a loira imaginar elas duas se beijando dentro daquele carro, como seria passar a mão em todo o corpo dela, apertar aquelas cochas carnuda e apertas seus seios. Como seria sua pegada e sentir suas mãos em sua bunda, esfregando o corpo no seu. Como seria a sensação de Audrey gemendo em seu ouvido...

Emma engoliu seco e sentiu um calor absurdo no meio de suas pernas, foi só quando ela sentiu que sua calcinha estava mais molhada do que o normal, que acordou do transe.

- E-eu preciso ir. Tchau. – Ela disse saindo do carro rapidamente e entrando em sua casa.

Emma passou pela porta de entrada e foi correndo para o seu quarto ignorando os gritos de sua mãe. No quarto, ela trancou a porta e foi no banheiro já tirando sua roupa. Quando olhou para sua calcinha, engoliu seco.

Ela ficou excitada. Ela ficou excitada pensando em Audrey.

 

A morena ainda olhava para a porta onde a loira tinha entrado minutos antes, sem entender nada. Nenhuma ideia vinha na cabeça dela sobre o que poderia ter acontecido para sair correndo daquele jeito.

Minutos antes no carro, tinha rolado um clima. Era impossível ela ser a única que tivesse sentido. Será que era por isso que ela fugiu? Será que ficou assustada por isso? Só o pensamento fazia o seu coração acelerar, ela sentia tanto desejo por ela. Era quase surreal. Quando Emma a encarava daquele jeito; olhos brilhando e mordendo os lábios, simplesmente não conseguia aguentar. Era demais para ela.

Depois de um tempo, resolveu que era melhor mandar uma mensagem para ver se estava tudo bem com ela.

“Oi, você está se sentindo bem? Saiu do carro como se estivesse fugindo.”

Minutos depois veio à resposta.

“Oi, está tudo bem, sim. Eu fiquei com medo de que minha mãe me xingasse por chegar atrasada.”

Audrey franziu as sobrancelhas em confusão. A mãe dela nunca pareceu se importar.

“Tudo bem então.”

Um minuto depois veio outra;

“Relaxa, eu não estava fugindo de você.”

Depois dessa mensagem ela achou melhor ir para a casa.

 

 

Aquela noite Emma passou em claro. Só conseguia se lembrar dos olhos claros e intensos da morena, sua boca carnuda, seu cheiro viciante e seus pensamentos. Eles não a deixavam em paz. Tantas coisas que já se passou na cabeça dela desde àquela hora no carro... Não sabia que desejo era aquele em seu corpo. Só sabia que queimava.

Muito.

Uma parte dela se assustava porque em toda a sua vida nunca tinha sentido desejo por alguma mulher e não sabia explicar ou entender o que havia mudado dentro dela, mas uma coisa que ela tinha que admitir, nunca tinha se sentido tão viva. Era como se algo tivesse, enfim, se libertado dentro dela, algo que tivesse preso há anos e ela nem ao menos sabia. E era uma sensação maravilhosa se descobrir.

O dia amanheceu horas depois e a loira não dormira nem um único minuto daquela noite. Levantou da cama aliviada por poder fazer algo a não ser rolar de um lado para o outro na cama.  Resolveu tomar um banho relaxante até que seu celular tocou.

- Alô?

- Já se esqueceu de mim, é? – A voz da Brooke soou no outro lado da linha.

- Brooke!

- Mais conhecida como sua melhor amiga, ou pelo menos, era.

- Do que está falando?

- Tu se esqueceu de mim, Em. Nunca mais veio aqui e nunca mais me chamou para ir à sua casa, anda me trocando pela Audrey...

Emma sabia que era verdade, ultimamente andava mais tempo com a morena do que com ela. Não fazia por mal, só estava tentando descobrir o que sentia por ela.

- Quer saber? Eu vou dormir na sua casa hoje.

- Assim que se fala Duval. Estou te esperando, beijos.

- Estou indo.

Depois da ligação, terminou seu banho e se enrolou na toalha, desceu ás escadas e pegou um iogurte. Quando estava prestes a sair da cozinha, sua mãe chegou.

- Vai para algum lugar?

- Vou dormir na casa da Brooke.

- Tudo bem, só não perde o horário amanhã.

- Tu me conheces, sabe que nunca perco o horário.

- Mais uma coisa que queria falar contigo – Ela disse colocando as mãos em cima da mesa.

- O que foi, fiz algo errado?

- Não, eu só queria saber que se estiver algo te incomodando, pode falar para mim. Você sabe, não sabe?

Emma estranhou a pergunta. Estaria sua mãe percebendo sua mudança, percebendo o interesse por mulheres também?

- Por quê? – Perguntou gaguejando.

- Estou te sentindo muito distante, como se algo estivesse a incomodando.

- Se tivesse algo de errado eu te contaria, não se preocupe comigo. – Sorriu amarelo e sua mãe assentiu.

- Tudo bem, segunda vamos sair para jantar juntas em algum lugar?

Emma assentiu e foi para o seu quarto.

 

Duas horas depois Brooke e Emma começaram a chorar, vendo a cena que Allie se lembra de Noah e sua história de amor juntos.

- Nossa, é muito triste. – Brooke disse olhando para a TV.

- Sim, por que ela tinha que ter Alzheimer? – A loira respondeu fungando.

- Diário de uma paixão é aqueles filmes que não importa quantas vezes olhamos é como se fosse a primeira vez.

- Verdade.

Quando o filme acabou, Brooke tirou o filme e encarou Emma.

- Senti falta disso, Em.

- Eu também.

- Você anda bem distante ultimamente, não quer me contar nada?

A loira olhou para a amiga se perguntando se deveria ou não contar sobre seus sentimentos, por mais que fossem melhores amigas, ela ainda ficava com um pé atrás. Sabia que não iria julgá-la, mas não se sentia preparada para contar a alguém.

- Eu não sei, acho que cheguei naqueles momentos da vida onde tudo o que eu queria antes não importa mais. Como se eu não precisasse mais agradar a ninguém a não ser eu mesma, como se libertar. – Emma disse suspirando.

- Do que você está falando, Emma?  

- Ah, eu não sei. – Disse sorrindo amarelo. – Vai ver o filme me deixou inspirada.

- Deve ser isso mesmo. – Brooke respondeu desconfiada.

- E o relacionamento com Stavo?

Brooke sorriu e começou a falar de seu namorado e não parou mais até as duas perceberem que já tinha escurecido e que estavam com fome. Depois do jantar, elas conversaram mais um pouco e foram dormir.

A loira estava empolgada porque iria ver Audrey no dia seguinte, por isso, se forçou a dormir rápido.

No dia seguinte, acordou feliz e colocou sua regata bordo, uma calça preta e um tênis da mesma cor que a blusa. Apressou sua amiga, que ainda se recusava a levantar, e foi até o banheiro. Depois de meia hora, as duas estavam prontas e estavam a caminho para a escola.

- Espero que hoje todo mundo apareça para ajudar – Brooke disse olhando para a janela do carro.

- Nem me fale.

 

As duas cruzaram o corredor juntas seguindo para seus respectivos armários. Emma olhava em volta tentando encontrar os olhos que ela tanto queria ver, mas não os achou e isso a fez murchar. Em seu armário, pegou o livro de matemática e geografia e foi para a sala, ainda não encontrando Audrey.

Quando o sinal do intervalo finalmente foi tocado, a loira saiu da sala meio perdida. Ela não foi. Audrey não foi para a escola naquele dia e Emma se sentia estranha, gostava de olhá-la o tempo todo e quando não podia fazer isso ficava desatenta, sem saber o que fazer.

- Oi.

Kieran apareceu em sua frente, mas ela desviou dele e foi para o refeitório onde sabia que seus amigos a esperavam.

- Olá. – Emma falou chamando atenção de todos na mesa.

- Emma, oi. – Noah falou de um jeito estranho e a fez franzir a sobrancelha em confusão.

- Tudo bem?

- S-sim, claro.

Ela resolveu ignorar a mentira do amigo e se sentou.

- Vocês sabem por que a Audrey faltou? – Brooke perguntou.

- Ela precisava ir ao médico. – O amigo respondeu nervoso.

- Então ela não vai vir nos ajudar hoje?

- Não sei, acho que sim. Ou não. – Noah respondeu de forma esquisita o que fez as duas amigas se encararem por um momento até olharem para ele novamente.

- Parece estar mentindo. – Brooke comentou.

- Tenho que ir agora, tchau. – Ele sorriu falsamente, se levantou e foi até sua namorada.

- Isso foi estranho. – A loira disse.

Brooke concordou.

 

Aquela manhã tinha se passado bem lentamente, o que fez que a loira soltasse um suspiro de alívio quando finalmente acabou. Iria almoçar com seus amigos, se dedicar com a decoração e se esquecer da morena por umas horas.

Quando chegou até o refeitório, seu coração se acelerou e viu uma cena que desejaria não ter visto.

Audrey beijando Gina.