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História Trem - Naquele Vagão...Tudo começou


Escrita por: Shirasaki

Notas do Autor


Espero que gostem do primeiro capítulo, ficou curto, mas prometo fazer o outro maior, pois é só o começo :3

Capítulo 1 - Naquele Vagão...Tudo começou


Fanfic / Fanfiction Trem - Naquele Vagão...Tudo começou

Tamamo On

Me chamo Tamamo Sakuraba, estou no segundo ano do ensino médio, não sou uma garota muito alta, tampouco bem dotada. Meus cabelos são longos e negros, meus olho são violetas e minha pele é clara.

A manhã estava ensolarada, dando-me uma certa energia para levantar da cama. Fiz o que tenho costume de fazer antes mesmo de ir para escola, a higiene matinal.

Ainda estamos na primavera e tudo o que penso quando está nessa estação são os mochis de sakura e as próprias cerejeiras rosadas com toda as suas flores.

Já passou uma semana desde o início de minhas aulas, até então nada de diferente aconteceu em Sweet Amoris, mas não posso deixar de destacar que mesmo não ocorrendo nada muito chamativo não tem como não se divertir naquela escola. Estou sempre conversando com os meninos e com as meninas, principalmente a Rosa e Alexy que são os mais próximos apesar de conversar com todos.

Agora que me arrumei vou para a cozinha tomar um café rápido e conversar um pouco com os meus pais como sempre fazemos toda manhã.

Nossa conversa não foi de grande interesse,apenas falamos sobre as coisas do dia anterior e comentamos sobre outras questões. Apesar disso, gosto muito de conversar com eles, mesmo que entre os dois mamãe parece ser mais mente aberta sobre certos assuntos.

Ao terminar me despedi carinhosamente de ambos e sai de casa.  passos lentos fui andando até a estação para pegar o trem que me levaria para a escola, durante o caminho não pude deixar de olhar para o alto e ver aquelas lindas flores caírem sobre todos lentamente enfeitando o lugar com uma beleza simplória, porém especial.

Quando cheguei na estação sentei-me no banco que estava vago, é estranho, mas é algo raro ver muitas pessoas na estação que eu fico, talvez seja pelo horário. Hoje em especial senti uma presença diferente, foi quando virei para o lado e na outra ponta eu vi um rapaz de cabelos brancos vestido de forma peculiar que de certa maneira combinava muito com ele.

Estava de cabeça baixa, já que escrevia algo num bloco de notas, consequentemente não pude ver muito bem como era seu rosto, todavia mantinha o que fazia. Fiquei olhando-o fixamente enquanto o mesmo mexia sua mão rapidamente ao escrever, sei que pode ser algo desconfortável ser olhado desta maneira, mas o jeito como faz me instigou muito...

Ao longe pude ouvir o trem chegando, notei que ele também percebeu parando de escrever e levantando rapidamente. Fiz o mesmo um pouco constrangida, só espero que não tenha percebido que eu o observei esse tempo todo.

Neste instante permaneceu de pé com a cabeça erguida, pude enfim ver como era seu rosto. Um rosto com uma certa beleza, olhos heterocromáticos nas cores verde e amarelo, tinha uma expressão um tanto séria, de tal forma que combinava muito com seu estilo. Enquanto esperava a chegada do trem não olhou nenhuma vez em minha direção o que me proporcionou uma certa liberdade para observa-lo o quanto quisesse. É estranho mas... Por que não paro de olhá-lo? Afinal ele é um rapaz comum como qualquer outro, apesar de possuir suas singularidades ainda continua sendo um adolescente como eu.

O trem então finalmente chegou e entramos nele. O rapaz de cabelos brancos sentou-se de um lado, quanto a mim fiquei do outro, assim que se acomodou voltou a escrever em seu bloco de notas, de vez em quando olhava pela janela e esboçava um pequeno sorriso, mas logo voltava sua atenção para o que escrevia.

Continuei encarando-o insistentemente, realmente não sei o porquê de estar fazendo isso, nunca havia feito antes e talvez ele acabe percebendo uma hora ou outra já que não paro de olhá-lo... Não entendo...

Ao chegar na escola levantei-me rapidamente para sair do trem, o rapaz fez o mesmo e por conta disso acabamos por esbarrar um no outro na saída. Consequentemente ele me olhou brevemente antes de continuar seu rumo, essa foi a primeira vez que ele me olhou tão de perto.

Entrei na escola e só nesse momento que me dei conta de que ele estudava no mesmo lugar que eu, talvez eu ainda consiga encontra-lo novamente, mas por ora deixei isso um pouco de lado e fui encontrar Alexy e Rosalya que estavam a conversar sobre roupas sentados em um banco que ficava em baixo de uma árvore.

- Bom dia, Tama!- Falou Rosa.

- O que houve, Tama? Você parece um pouco avoada...- Comentou Alexy fazendo bico.

- Oh, não é nada talvez eu não tenha comido direito ou algo assim.- sorri um pouco sem graça.

- Bom se esse é o caso, não é problema, podemos comprar alguma coisa na lanchonete antes de irmos para a aula, por minha conta.- Propôs Rosalya.

Alexy e Rosa são meus verdadeiros amigos, talvez não seja legal esconder o ocorrido de mais cedo deles, mas não deixa de ser verdade que por causa da ansiedade não comi muito bem, então vou aceitar o convite de Rosa e contar para eles na lanchonete.

Na Lanchonete pedimos lanche natural e suco. Enquanto esperávamos resolvi contra-lhes o quanto antes.

- Mais cedo na estação eu vi um rapaz que nunca tinha visto por ali.- comentei.

- Huum e como ele era?- Indagou Alexy apoiando os braços sobre a mesa e o rosto na mão.

- Ele tinha cabelos brancos, pele clara, olhos heterocromáticos verde e amarelo, vestia roupas no estilo vitoriano e a todo momento estava escrevendo num bloco de notas... Ah e vi que ele estuda na nossa escola.

- Espera... Você quer dizer que viu o Lysandre na estação que costuma pegar o trem?- Interviu Rosa om um tom de indignação.

- Esse é o nome dele? Por que esse tom de voz?

- Oras porque estou surpresa que nunca tenha o visto pela escola, apesar que não te culpo por isso o Leigh me disse que o Lysandre não conversa muito com as pessoas só o necessário.

- Como assim o Leigh?- perguntou Alexy curioso.

- O Leigh é o irmão mais velho do Lysandre- Respondeu Rosa.

- Agora que você disse não pude deixar de notar que ambos tem um estilo parecido, não?- Comentei encostando o dedo indicador em meus lábios.

Puxa, em pouco tempo descobri poucas coisas sobre ele, mas que são de grande ajuda... Então ele se chama Lysandre, é um nome muito bonito e diferente, faz com que ele seja único afinal. Continuamos conversando de outros assuntos, mas minha cabeça não pensava em outra coisa a não ser nele, Lysandre parece ser alguém muito interessante.

As aulas foram entediantes como sempre, mas com a presença de Armin e Castiel é impossível não rir ou se divertir nem que seja um pouco. Até mesmo o Nathaniel, nosso representante, se divertiu, ele realmente mudou muito depois de se emancipar, fico feliz com essa mudança. A Ambre e suas amigas, incluindo Bia, não param de falar dos outros criticando até mesmo o jeito como a pessoa respira. O Kentin mesmo que ficasse possesso com certas brincadeiras do Armin, gostava muito de conversar com ele e se divertir com o mesmo. Viollet assistia aos outro esboçando um pequeno sorriso ao lado de Kim e Iris. Priya conversava comigo, Alexy e Rosa. Enquanto Lysandre estava junto de Castiel que não parava de falar coisas engraçadas, de certa forma meio idiotas.

Ao final das aulas, quando eu estava arrumando meu material, vi Lysandre e Castiel saírem da sala juntos conversando de forma muito próxima, talvez sejam amigos. Vê-lo falar de forma tão descontraída é um tanto diferente, mas não posso deixar de admitir que gostei de ver esse lado dele. Quem diria que ambos eram tão amigos?

- Ei Tamamo, o que está fazendo aí parada?- Indagou-me Priya que estava saindo da sala.

- Nada só estava olhando para um ponto qualquer...

- Huum e esse ponto se chama Lysandre? Não pude deixar de notar que você não para de olhar para ele desde que entrou na sala.

- Mesmo?? Pensei estar sendo discreta...Mas eu estava pensando em como ele... Sabe, como é conversar com ele... Você já conversou não?

- Sim, achei ele um garoto muito gentil, sereno e franco. Parece ser aquele tipo de pessoa difícil de se irritar, mas quando se irrita deve ser assustador.- Riu ela.- Mas por que toda essa curiosidade de repente?

- Para falar a verdade nem eu mesma sei, mas é que o jeito como ele lida com certas coisas me desperta uma curiosidade. O que eu acho estranho é nunca ter percebi o jeito dele, nem mesmo saber seu nome, pois acredite eu descobri o nome dele hoje.

Priya riu muito com a minha situação, me disse que meu caso de paixão é um tanto exótico e quase que das antigas, eu realmente não entendo, pois não sei se a causa de toda essa curiosidade é consequência de um "amor a primeira vista". 

Me despedi dela e fui andando lentamente até a estação. Quando coloquei meus pés no local lá estava ele fazendo a mesma coisa de antes, escrevendo incansavelmente no bloco de notas. Ao entrar no trem a mesma coisa... Por que Lysandre? Por que despertou essa tal "curiosidade" em mim? Por que não paro de olhá-lo? Por que quero saber mais e mais sobre você?

- Com licença, amh... Você está bem??- Indagou-me uma voz serena que me fez sair do transe em que eu estava mergulhada.

- S-sim?

- Poderia me dizer que horas são?-Era ele, Lysandre dirigiu-se a mim olhando-me fixamente me perguntando as horas.

- São 17h50.- Respondi e fui retribuída com um pequeno sorriso do outro.

- Obrigado.

Sua voz, foi a primeira vez em que pude ouvir claramente sua voz e ela estava se dirigindo exatamente para mim... Ele realmente é alguém muito gentil, até mesmo para fazer uma simples pergunta ele tem uma maneira única... Quero muito saber mais dele... Será que até mesmo uma pessoa tão serena pode demonstrar irritação, ciúmes ou qualquer outro tipo de sentimento?

Lysandre... Quero conhecê-lo...



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