POV Afrein
- Brrr! Que frio – esfreguei minhas mãos enquanto vagava por esse deserto gelado.
Nem mesmo árvores à vista. Assim fica difícil. Logo escurece e eu não tenho nenhum recurso. Sem madeira não posso fazer nada. Por que eu tinha que cair sozinho nesse lugar? Finalmente avistei árvores. Ainda não podia ver direito, mas parecia ser uma floresta de pinheiros. Continuei andando até estar perto suficiente para confirmar. Adentrei por entre as árvores.
- Olá! Tem alguém ai? – gritei, sem resposta – Olááá...
Do nada um peso foi jogado sobre mim e eu fui ao chão.
- O que diab...
- Cala a boca! Você é idiota ou o quê?
Essa voz. Conheço essa voz!
- Luiz? – me virei rapidamente e dei de cara com o mesmo. Num impulso o abracei – Cara, que felicidade! Você não imagina como é bom te encontr...
- Psiu! Fica quito – tapou minha boca e apontou para uma árvore atrás da gente.
Tinha uma flecha cravada na mesma. Foi então que eu entendi. Esqueletos.
- Mnnn... – tentei falar com a boca ainda tapada, sem sucesso. Ele tirou a mão – Ok, vou falar baixo. Você sabe dos outros?
- Não. Caí sozinho aqui – respondeu – Também fiquei muito feliz em te encontrar. Só espero que o resto da galera esteja bem.
- Sim. É melhor nos mexermos, do contrário anoitece e estaremos numa enrascada – lembrei.
- Verdade. Você já tem algum recurso?
- Não. Eu spawnei no meio do nada. Só encontrei árvore agora.
- Certo. Acho que o esqueleto foi embora. Vamos nos apressar e pegar algumas madeiras e depois cavamos um buraco para passar a noite.
- Demoro.
POV Luiz
Mais uma vez encarei o Afrein. Ele estava tremendo de frio. Posso dizer que não é o único. Antes de virmos para cá estávamos num lugar quente. Ou seja, estamos de camiseta. Ele me flagrou o encarando e sorriu.
- Tudo bem? – ele quis saber.
- Sim. Só com frio mesmo.
- Realmente. Mas assim que tivermos nosso abrigo deve melhorar um pouco – ele olhou para o buraco que fizemos numa elevação e depois para seu inventário – Acho que já temos madeira suficiente. Vamos entrar e fazer uma porta.
- Certo – o acompanhei para nossa “casa” e o vi na bancada, craftando a porta.
Logo já tínhamos a porta na entrada. Olhei ao redor. Estamos basicamente prontos para passar a noite em segurança: tochas nas paredes, feitas com carvão vegetal; bancada de trabalho; fornalha; porta; janelas improvisadas com escadas; ferramentas de pedra; alguma carne assada. Mas o frio continuava insuportável.
Afrein se sentou num canto e me chamou com um gesto dos dedos. Segui até ele e fui puxado para seu colo. Seus braços me agasalharam e me senti esquentar um pouco. Me aconcheguei mais e suspirei.
- Como você acha que os outros vão reagir quando souberem da gente? – eu estava preocupado principalmente com a reação do Rezende.
- Acredito que ficarão felizes por nós – beijou minha nuca e me arrepiei completamente – Não sei sobre o Rezende. Ele pode ser um problema a princípio. Mas acho que os outros vão aceitar de boas. O Edu provavelmente vai vir com “Vocês demoraram hem!” kkk...
- KKK, bobo – mesmo que nosso namoro seja recente, tipo alguns dias, eu me sinto como se fosse muito mais tempo.
Estremeci de frio e ele percebeu, pois me abraçou mais forte.
- Você quer espantar o frio? – ele sussurrou no meu ouvido – Sei uma forma bem eficaz.
- Humm – senti uma mão pousar sobre meu mamilo – E como funciona?
- Prefere que eu te diga ou quer que eu te mostre? – pude ouvir o riso na voz dele, que já se encontrava ligeiramente rouca. Senti os lábios pousarem delicadamente na minha nuca. Algo dentro de mim começou a despertar.
- Se a tua intenção é me seduzir, saiba que... – segurei a respiração ao sentir uma leve mordida e outra mão descendo pelo meu peito coberto - ... você está fazendo um ótimo trabalho. Ah!
- Vou considerar isso como um sim, para a segunda opção – e dito isto pousou a mão sobre minha ereção que começava a crescer, meu corpo todo estremeceu – Pode deixar, que eu vou te esquentar direitinho!
Pode deixar, que eu vou te esquentar direitinho!
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