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História Tríak: O Grande Muro - Prólogo: Deuses e Esotéricos


Escrita por: ElderanVSEvan

Capítulo 1 - Prólogo: Deuses e Esotéricos


Tríak é uma dimensão paralela à Terra, o pequeno planeta vaga por um imenso universo, e é dividido, desde que se pode lembrar, por uma grande muralha tão alta que se perde nas nuvens e cravada na terra tão profundamente que é impossível se escavar. Muitos tentaram destruí-la, mas acabaram chegando à conclusão de que era inútil tentar, pois não havia nada que pudesse realizar tal ato.

No lado leste, conhecido como Ice Tríak, o frio predomina deixando praticamente tudo coberto por neve, o único continente presente nesse lado do planeta foi dividido em três ilhas com seus respectivos reinos: Moñai, nomeado pelo deus da natureza; Ao Ao, nomeado pelo deus do som e Lorelai, nomeado pela terrível deusa da morte. No lado oeste, chamado Fire Tríak, o clima é sempre quente e úmido, o continente desse lado é dividido em quatro reinos também nomeados por deuses: Dominium, por pelo deus da Água; Pombero, pelo Deus do Ar e Abaangui, nomeado pelo deus da terra ficam no meio do continente enquanto Vulcano, que tem o nome do deus do fogo, é ligada ao continente apenas por uma estreita ponte de pedra escupida a milhões de anos.

Os povos que vivem opostos entre si não sabem da existência um do outro, mesmo assim, há estudos, lendas e muitas superstições a cerca da grande muralha. Alguns acreditam que teria sido criada para manter a paz por toda Tríak, mas nada foi comprovado até os dias atuais.

Em uma dimensão paralela, na escola, um garoto conta aos amigos sobre um pesadelo que anda tendo.
    - Eu vejo um planeta dividido por um muro gigante, depois apareço em um dos lados vendo uma parte do muro cair. Em seguida, pelo buraco no muro vejo o oceano envolvendo o outro continente, dá muita aflição. A sensação é horrível, como se tivesse vendo de longe e não pudesse fazer nada para ajudar. Já vem acontecendo a algumas semanas, não pode ser coincidência! - Tom conta a seus dois amigos indignado com a situação.

- Nossa, que estranho, mas toda noite a mesma coisa? - Pergunta Natasha, enquanto rabisca com a caneta um pentagrama rústico em seu tênis.
    - Sim, toda noite, começou do nada e não parou mais de acontecer. Será que tem algum significado ou será apenas… - Tom é interrompido por Josh.
    - Loucura? - Josh diz em tom de deboche.
    - Hahaha. - Os três amigos dão risada e voltam para a classe.
Durante a aula, Tom começa a escrever em um pequeno caderno contando tudo que estava sentindo sobre essa situação:

“Meu nome é Tomas Duran, mas todo mundo me chama de Tom, meus dois melhores amigos são o Josh Fox e a Natasha Clair, nós nascemos no mesmo dia, temos 17 anos, nos conhecemos desde que me lembre, mas eles acham que estou ficando louco e talvez eu esteja. Natasha tem cabelos vermelhos artificiais, odeia fazer compras com a mãe e qualquer tipo de futilidade relacionada à moda, tem um estilo de se vestir bem alternativo e nada comum para garotas, mas é o que mais gosto nela. Josh tem cabelos castanhos, é bem divertido, costuma ser bastante otimista e engraçado, vive fazendo piadinha com tudo, mas acho que isso é o jeito que ele encontrou para camuflar a perda do pai quando tinha 10 anos. E eu, bom, isso não importa, acho que não tenho nada que marque minha personalidade, sou apenas um garoto comum descontando suas frustrações num caderno. Nós vivemos em Cleft City, uma cidade totalmente parada e sem nada interessante pra se fazer, a única época do ano em que algo acontece é quando as cavernas estão abertas ao publico. Esqueci de contar, mas existem três cavernas por aqui que ficam disponíveis de Março a Julho anualmente, isso porquê nesse período quase não chove e diminui bastante os riscos de acidentes. As cavernas são interligadas por dentro, na central existe um lago subterrâneo, nas outras duas apenas alguns cristais que brilham no escuro e algumas inscrições antigas. O único ponto positivo disso é que sempre tem gente nova por aqui, pois as cavernas mesmo não passam de buracos com cristais reluzentes, ou talvez ache isso só por já ter ido dezenas de vezes. Mas é a única coisa legal pra se fazer.”


    O garoto é interrompido por uma voz envelhecida e nada contente:
    - Sr. Tomas, espero que esteja anotando sobre a matéria que acabei de explicar. - Diz senhorita Brown, a professora de matemática, ao lado do quadro negro.
    Meio sem saber o que fazer, Tom apenas acena com a cabeça e procura a matéria da professora para disfarçar.
    - Sim, senhorita Brown, claro que estou copiando.
Quando a professora começa a se aproximar o sinal toca, salvando Tom de uma possível punição.
    - Nossa, essa foi por pouco. - O garoto pensa aliviado.
Josh e Natasha olham pra Tom e dão risada do ocorrido pois sabem que ele “não estava” naquela aula. Assim que a Srta. Brown sai da sala, o diretor entra e começa a dar um recado.
    - Atenção alunos, o professor de história não pôde vir hoje... - O diretor é interrompido pela classe.
    - Eeeh. Aula vaga! Aula vaga! - A turma grita eufórica.
O diretor bate na mesa do professor e grita revoltado:
    - Silênciooo! Eu ainda não acabei. Ele não pôde vir, mas eu arrumei um substituto para vocês. Pode entrar Sr. Cold.
    Sr. Cold aparenta ter uns trinta anos, tem cabelos pretos, olhos da cor âmbar, é alto, tem pele clara e se veste de maneira um pouco incomum: todas as peças de sua roupa possuem tons azulados. Josh vira para trás e faz um pequeno comentário tentando ser engraçado:
    - Dá pra acreditar? Ele roubou todo o azul do mundo e colocou nas roupas dele.

Tom e Natasha dão risada, mas são interrompidos.
    - Posso saber o motivo da risada, Josh? - Cold pergunta com um tom de ironia.

- Na… da, Sr. Cold. - Josh diz gaguejando, sem entender como o novo professor poderia saber seu nome.

O diretor sai da sala, então o professor se apresenta e começa a explicar a matéria:

- Hoje falaremos um pouco da cultura local, alguém aqui conhece a história das cavernas de Cleft City? - Sr. Cold pergunta olhando para Natasha.

A sala fica em silêncio, pois para a maioria as cavernas eram apenas fontes de renda para a cidade.

- Há muito tempo atrás, cem anos para ser mais exato, um casal de arqueólogos, Zilean e Camila C., encontraram uma abertura em um grande paredão de pedra, curiosos como bons arqueólogos, decidiram entrar e ver o que encontravam. A fenda era pequena, com dificuldade eles conseguiram entrar, e ficaram maravilhados ao verem o lago de água cristalina refletindo a luz de suas lamparinas. Após explorarem todo o perímetro, decidiram ir em busca de equipamento para estudar melhor as inscrições encontradas nas paredes, haviam várias delas na caverna principal e algumas nas outras duas. Antes que pudessem deixar a caverna, uma luz muito forte, oriunda do lago, tomou conta do local. - O professor conta sua história, mas é interrompido.

- Você quer a gente acredite realmente nisso? - Josh pergunta, sério dessa vez.

- Não quero que acreditem em nada, apenas ouçam, pode ser útil algum dia. Continuando… Um homem surgiu do lago e com ele um forte vento, que jogou Camila para a caverna à esquerda e Zilean para a da direita. Do lado de fora, luzes podiam ser vistas piscando em vários tons diferentes e em seguida, a força do vento deu origem às três entradas da caverna. - Sr. Cold senta em sua cadeira.

- O que houve com o casal? - Tom pergunta.

- Quem era o homem que saiu de lá? - Natasha não espera a resposta e pergunta em seguida.

- Dizem que o casal foi arrastado para outra dimensão, cada um para um lado diferente de um mesmo mundo, obrigados a viverem separados para todo o sempre, mas eu não acredito muito nisso. - Sr. Cold responde de forma humorada. - Quanto ao homem, bem, ninguém nunca soube. - Ele fecha seu livro e olha fixamente para Natasha.

O sinal toca e o professor se retira imediatamente.

Após a aula, Natasha faz uma pequena observação sobre seu estranho professor:

- Vocês viram aquelas marcas no pulso direito dele? - A garota prende seu cabelo enquanto fala.

- Marcas? Tipo aquelas pessoas que se cortam? - Josh novamente tenta ser engraçado, mas não dá muito certo.

- Não, tonto, parece um círculo dividido ao meio e tem umas letras estranhas. É muito bonito e me lembrou um pouco a história que você contou mais cedo. - Natasha diz, séria.

Tom não diz nada, apenas olha, agora sério, para os olhos da amiga.

- Mas agora já vou indo, não posso me atrasar, vou fazer compras com minha mãe. - Natasha termina de falar e sai correndo.

    Josh prefere não comentar e também se despede. Tom volta pra casa se questionando sobre o ocorrido:

- Bom, preciso de um descanso, todo esse papo sobre esses malditos sonhos tem me deixado aflito demais e depois aquela história bizarra sobre as cavernas. Olha só pra mim, caminhando e conversando sozinho em pensamento, não pareço nada normal.

    O garoto sente um vento gelado enquanto caminha, deixando-o intrigado, pois não havia uma nuvem no céu e pior, o sol estava de rachar.

- Hoje é o dia das coisas estranhas mesmo. - Tom fala ironicamente.

- Já sei, vou aproveitar que está um tempo ótimo e vou dar uma passada nas cavernas, preciso de um banho naquele rio subterrâneo para aliviar minha mente.

    Tom se dirige às cavernas, mesmo sabendo que estariam interditadas, já que ainda era fevereiro e chovia com frequência. Mesmo que o tempo estivesse ótimo, não deixava de ser perigoso. Por ser uma cidade pequena, havia apenas um segurança, sendo fácil para o garoto entrar sem ser notado. Ao chegar na caverna, tendo consciência de que estava sozinho, o garoto tira toda sua roupa ficando nu e mergulha no transparente lago no interior da caverna principal.

    Enquanto isso, no modesto shopping da cidade, Natasha anda com sua mãe por todas as lojas reclamando:

- Mãe, quanto tempo ainda vamos ficar aqui? Já não aguento mais ir de loja em loja, nada aqui me agrada.

A mãe de Natasha, Rosane Clair, era totalmente o oposto dela, sempre procurando andar na moda e esbanjando dinheiro com futilidades, e isso a deixava muito revoltada.

- Calma filha, prometo que essa vai ser a última loja e iremos embora, é que ela acabou de ser inaugurada, deve ter muitas coisas diferentes, quem sabe até você encontre algo bacana. A mãe tenta convencer a filha a entrar.

    Natasha olha para o nome da loja “AKRON” e faz sinal de sim com a cabeça:

- Hum… tudo bem, mas é a última. - Diz a garota, revirando os olhos.

    Ao entrar na loja, a garota não se surpreende com a mesmice da loja que acabara de ser inaugurada, mas uma coisa lhe chama atenção, como se algo a induzisse a olhar uma estranha máquina aparentando ser muito antiga, o que não fazia sentido já que tudo ali deveria ser novo. Interessada em saber do que se trata, a jovem pergunta a uma das atendentes da loja sobre a tal máquina:
    - Hey moça, com licença, você pode me dizer o que é aquela máquina presa na parede?

- Olha, aquilo já estava ali quando a loja foi montada, acho que pareciam aqueles bilhetinhos que veem num biscoito da sorte, só que sem o biscoito. Não sei se está funcionando, mas é só colocar uma moeda que cai o papel com a mensagem. - A atendente explica, meio sem jeito .

- Ah sim, obrigada! - Natasha agradece.

    Como não tinha nada para fazer enquanto sua mãe olhava tudo na loja,  Natasha decide colocar uma moeda na antiga máquina e ver o que acontece. A moeda é segurada na abertura da máquina, pensativa e um pouco aflita, a garota empurra a moeda para dentro e fecha os olhos rapidamente. Sem ver nada, a garota ouve sons estridentes, de engrenagens enferrujadas e as batidas do seu próprio coração, que a essa altura já estava quase saltando do peito.

“Para que tanto nervosismo por causa de uma máquina idiota?” A garota pensa e respira fundo, mas é interrompida pelo som da mensagem cair no chão presa a uma chave de metal.

    Finalmente de olhos abertos, a garota pega a chave rapidamente e coloca no bolso, e sai como se nada tivesse acontecido. Ao passar pela atendente ela diz:

- Não funcionou, moça, mas tudo bem.

- Eu avisei. - A atendente ri sem graça.

Enquanto sai da loja, Natasha começa a pensar no ocorrido:

- O que estou fazendo? Por que peguei essa maldita chave? O que será que tem no bilhete?

    Finalmente fora da loja, Natasha consegue ler bilhete da sorte que esta preso à chave.

- “A força interior pode ter várias formas e se manifestar das mais variadas maneiras, como a chama de uma vela, o braço de um rio, o topo de uma montanha ou até mesmo a brisa de ar puro que nos refresca” - A jovem lê lentamente.


 

Nas cavernas, Tom sentia-se muito melhor enquanto flutuava nas águas do pequeno lago subterrâneo, pensando em toda a história contada pelo seu professor. Ao tentar dar um mergulho, o garoto sente como se a água estivesse sendo drenada, então ao abrir os olhos, ele se surpreende:

- Mas o que é isso? - Diz assustado com a situação.

O garoto estava deitado no chão, com suas roupas e em uma caverna sem saída. Como o ar entrava ali era um mistério, mas Tom respirava normalmente. No centro da gruta havia duas estátuas idênticas olhando para lados opostos, uma de costas para a outra e ambas tinham forma de homem.

- Onde estou? Que estátuas são essas? Como vou sair daqui? - Tom questiona mentalmente.

- Vocês vão conseguir quando ambos entrarem em harmonia. - Uma voz ecoa na caverna, parecendo vir de dentro da terra.

    Sem entender, Tom fica em silencio tentando processar o que está acontecendo, mas se assusta ao ouvir sua própria voz dizer:

- Acho que ele estava falando da gente.

    Ao se virar, Tom se vê do outro lado da sala, como um clone, mas o outro Tom tinha a mesma tatuagem e no mesmo lugar que a Natasha havia visto no Sr. Cold.

- Como assim entrar em harmonia? Quem é você e porque se parece comigo? - Tom pergunta desesperado.

- Calma, Tom, tudo vai ficar bem. Só precisamos ficar um em cada circulo no chão. - O outro Tom aponta para dois círculos, um na frente de cada estátua.

- O que acontece? - Não entendendo nada, Tom pergunta aflito.

- Eu também não sei, só sinto que seja isso. - O outro Tom fala sem demonstrar nenhuma emoção.

    Tom pensa por alguns instantes, mas acaba indo para o circulo à direita, enquanto sua “cópia” vai para o da esquerda.


 

    Na cidade, Josh procura algo para comer em uma feira quando encontra um vendedor de coisas artesanais, ao se aproximar nota uma pequena estatueta feita de porcelana em formato de disco, dividido verticalmente por uma muralha, ao se aproximar ele percebe como é lindo e todo detalhado.

- Senhor, quanto custa esse aqui? - Josh aponta para a estatueta.

- Dez dólares, meu jovem. - O senhor usando turbante diz estendendo a mão.

    Voltando para casa, Josh não acreditava que tinha encontrado algo parecido com o sonho de Tom que ele nem tinha dado bola, então refletia:

- Como é possível? Deve ser coincidência, não pode ter outra razão. Mas… mas?

Sem reação, Josh manda uma mensagem para Natasha:

- Preciso te mostrar uma coisa, você não vai acreditar.

    Ao receber a mensagem, Natasha olha, dá uma risadinha e responde:

- Você que não vai acreditar, encontrei uma chave antiga.

    A garota tira uma foto da chave e manda para Josh. O garoto fica impressionado com a chave, pois parecia bem antiga e feita de um material muito estranho e escuro. A garota então procura sua mãe pela casa para mostrar a tal chave, mas não encontra ninguém.

- Que estranho, chegamos do shopping não tem nem meia hora, onde será que minha mãe foi? - Natasha pensa.

    De repente, a garota ouve um estrondo vindo do porão.

- Merda! Que susto. - Grita assustada.

    O barulho volta a acontecer, estremecendo o chão da casa.

- Ai meu deus, o que está acontecendo? - Natasha diz e sai correndo para fora, mas tudo parecia normal.

- Como assim? De onde veio esse tremor? - A garota continua sem entender.

    Uma luz vinda da porta exterior do porão chama a atenção de Natasha que, curiosa e com medo, decide se aproximar. Perto o suficiente, a garota nota que a porta não é mais a do seu sótão, a porta agora tem a mesma textura da chave que ela encontrou na máquina. Decidida a ir até o fim, a ruiva abre a porta e entra.

- Não enxergo nada, onde será que vai dar essa maldita porta. - Aflita, Natasha diz enquanto caminha para dentro, tentando iluminar o caminho com seu celular.

    Cansada de andar, a garota se anima ao ver a saída e se assusta:

- Não pode ser. - Diz lentamente não acreditando em seus olhos.

    Ela estava em uma sala idêntica à que Tom estava, só que as estátuas dessa eram mulheres. A porta não existe mais, voltar não é mais uma opção, mas Natasha nem nota esse detalhe de tanta animação. Uma voz feminina estrondosa que vinha do fundo da terra diz então:

- Vocês vão conseguir sair quando ambas entrarem em harmonia.

- Ambas? - Natasha questiona gritando.

- É só entrar no circulo na frente da estátua, não me pergunte como eu sei.

    Natasha ouve sua própria voz dizer e se assusta ao ver ela mesma do outro lado da sala:

- O que é você e porque devo confiar?

- Você descobrirá em breve, agora vá para o circulo! - A outra Natasha fala aflita.

    Sem pensar e agindo pelo momento, a garota acaba entrando no circulo da esquerda.

Na casa de Josh, o garoto coloca sua nova estatueta em cima do criado-mudo no seu quarto e vai tomar banho. Quando entra no banheiro, um intenso brilho começa a aparecer de dentro do objeto. Embaixo do chuveiro, Josh passa xampu em seus cabelos e na hora de enxaguar fecha os olhos por alguns segundos, ao abrir é surpreendido.

- Como isso é possível? - Admirado diz enquanto esfregas os olhos sem acreditar.

    Josh ficou tão impressionado com a câmara que nem notou o fato de estar vestido. Como as outras duas, essa sala não tinha saídas, mas tinha apenas a estátua de um homem fazendo um triângulo com as mãos.

- Posicione-se no centro para começar estabelecer o equilíbrio. - Uma voz doce e gentil diz suavemente.

    Sem saber distinguir se a voz era de mulher ou de homem, Josh caminha em direção ao circulo. Os três jovens pisam nos círculos exatamente ao mesmo tempo e algo acontece. Tom entra no circulo, então uma luz azul começa a subir do chão e do outro lado, a cópia começa a se tornar o Sr. Cold enquanto no chão pisca uma luz na cor vermelha.

- Sr. Cold? O que está acontecendo? - Tom grita e tenta sair do círculo, mas não consegue.

- Você vai ver, Tomas. E meu nome é Zilean Cold! - A voz de Zilean ecoa pela sala enquanto ele desaparece em pleno ar.

    As luzes dos círculos alternam as cores várias vezes de azul para vermelho e vice-versa. As estatuas começam a se mover juntamente com os círculos até se tornarem um só. A luz do circulo pisca mais uma vez de cada cor e para, o garoto então desmaia e cai no chão.

    Natasha entra no circulo e uma luz vermelha surge no seu círculo, assustando a jovem. Do outro lado, sua cópia se torna uma adulta, de cabelos alaranjados e diz enquanto desaparece:

- Meu nome é Camila Cold, liberte-me desse pesadelo! - Sua voz ecoa pela caverna, causando arrepios em Natasha.

    Ao mesmo tempo, as luzes começam a se alternar e as estátuas se juntam brutalmente, deixando apenas um círculo. A garota desmaia  com o impacto e cai no chão. Longe dali, Josh entra no circulo e, como se simplesmente soubesse o que está fazendo, senta-se, cruza as pernas com os pés sobre as coxas,  mantém a coluna ereta e fecha seus olhos. Uma luz branca aparece no chão, depois fica preta e começa a alternar entre as duas, os olhos da estátua se ascendem e uma onda de choque atinge o garoto, desacordando-o.

    Em Tríak, algo jamais presenciado começa a acontecer, a terra treme levemente em ambos os hemisférios, os tremores eram fracos demais para causar danos, mas fortes o suficiente para serem sentidos. As pessoas de ambos os lados, leste e oeste, saem de suas casas para ver o que está acontecendo. O céu fica azul escuro do lado leste e vermelho acinzentado no lado oeste. Todos sabiam que algo estava acontecendo, nada nessas proporções havia sido presenciado antes. Como num passe de mágica,  após alguns minutos, o tremor passa e o céu volta a sua tonalidade original.

 



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