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História Trilhos da Vida - Rotina diária


Escrita por: YoungThinker

Capítulo 4 - Rotina diária


Fanfic / Fanfiction Trilhos da Vida - Rotina diária

12 anos depois
       
    Janeiro de 2017

Acordei como de costume, pelo menos desde minha época de ensino médio na escola, às 6:00, após uma noite de sono conturbada, reflexo do dia anterior, em que a entediante tarde de domingo, em que o peso do mundo parecia estar sob minhas costas, ganhava força em conjunto à grande quantidade de papéis que estava analisando. Sim, era uma segunda, e eu em plena manhã, em que nem o sol dava seus primeiros indícios, acordei. Olhei minha agenda para saber se haveria alguma reunião hoje, e sim, teria reunião com investidores importantes para nosso novo projeto que estava em desenvolvimento, a realização de toda a parte do software de um novo aparelho celular. Ao ver o dia em que estava lembrei-me de algo, porém, naquele momento não era nada importante, mas talvez há alguns anos atrás fosse. 16 de janeiro. Anos atrás eu estaria preparando uma surpresa para alguém especial devido seu aniversário, mas agora não.
Saltei da cama. Como toda manhã, abri as cortinas, para que quando saísse do banho os raios solares já tivessem iluminado meu quarto de forma natural. Mesmo que odiasse qualquer tipo de luz de manhã, essa era a única luz que me fortalecia. Entrei no banheiro, liguei o chuveiro e tomei meu banho. Ao sair, coloquei minha roupa para a academia. Relembrando novamente do passado, percebi que aos meus 15 anos não me preocuparia em manter o corpo como estava atualmente, mas agora que havia perdido todos os quilos a mais que tinha naquela época, isso é uma obrigação. 
Ao sair de meu quarto, encontrei minha mãe sentada na poltrona da sala assistindo o noticiário matinal. A mesa do café estava pronta. Nada muito extravagante levando em conta que apenas eu e minha mãe morávamos naquela casa.
- Bom dia mãe! Já não te falei que não precisa acordar cedo para preparar o café? 
- Bom dia filho! Ah, mas eu já te falei Artur, não há problema algum. Inclusive depois ainda guardo tudo para não deixar muito trabalho à Joana, ela já faz muito limpando a casa por nós.
- E eu não sei disso? Seria exploração deixar tudo para ela. Não é porque ela é empregada que nós temos de fingir que não sabemos fazer nada. Mas você poderia acordar mais tarde e fazer tudo o que faz quando acordasse. Eu posso preparar meu café.
- Filho, quanto mais você insiste, mais eu faço. Não tem problema algum.
- Está bem mãe. Sou cabeça dura que nem você, então sei como é.
Sentamos eu e minha mãe e tomamos nosso café. Ao terminar saí para a academia, onde realizei os exercícios e voltei para casa. 
Em casa novamente, tomei outro banho, desta vez mais completo. Vesti o traje social e tentei dar um jeito em meu cabelo. A aparência é tudo para um bom profissional, dizia meu professor da faculdade. Minha mãe havia ido no mercado com Joana, então sai e levei minha chave.
Ao chegar na empresa, Raquel, minha secretária pessoal, me atualizou dos últimos acontecimentos, dentre eles o mais importante: devido ao projeto de desenvolvimento de software de um aparelho celular, fomos convidados para um evento especial para divulgação da marca, momento em que nossa empresa também seria divulgada e dessa forma teríamos um bom desempenho no mercado pelo nosso trabalho.
Peguei os documentos que precisavam ser assinados com Raquel e entrei em meu escritório. Antes de começar o trabalho verifiquei a caixa de mensagens, que por acaso, não era verificada desde à noite passada. Havia apenas uma conversa desatualizada:
"Amor? Vamos almoçar juntos amanhã? Estou com saudades!"
"Amor, me responde..."
"Deve ter dormido... Se você ver isso amanhã não esquece de responder. Te amo. Boa noite! ❤"
Era Bárbara, minha namorada. E isso foi só uma pequena porcentagem do que havia recebido de mensagens por parte dela. Eu não conseguia entender como alguém podia sentir saudades sem ver o outro por apenas um dia, mas tudo bem, ela tinha essa proeza em si. 
Respondi às inúmeras mensagens que Bárbara me mandou e confirmei o almoço. Chamei Raquel e pedi para reservar uma mesa no restaurante que costumávamos frequentar. 
Passei a manhã toda respondendo às ligações de empresários, investidores e outros do meio empresarial. 
Na hora do almoço, enfrentei o caótico trânsito paulista para buscar Bárbara e ir com ela ao restaurante. Chegando lá, minha companheira passou o momento todo contando como eram suas previsões para às compras com as amigas que faria após nosso almoço. Pedi meu prato favorito, Strogonoff, e um copo de suco de laranja, enquanto Bárbara ficou apenas no peixe grelhado e salada. Não identificava graça alguma naquilo, inclusive nunca gostei de peixe. 
- Artur, tem certeza que precisa voltar para o escritório? Você podia ir comigo no shopping né? 
- Sim querida. Tenho aquela reunião com os investidores do projeto que te falei, sem contar que pelo o que estou sabendo, no shopping, vocês farão um encontro de amigas.
- Que pena. Faz tanto tempo que nós não vamos ao shopping.
- Uma outra hora. Vamos? Eu te deixo lá e sigo para o escritório em seguida.
- Eu estava pensando em chamar um táxi, mas já que você quer me levar, vamos.
- Você quem sabe.
Paguei a conta e saí do restaurante. Peguei meu carro e enfrentei novamente o trânsito de São Paulo. Deixei Bárbara no shopping e fui em direção ao escritório.
- Senhor Artur? Os investidores já estão esperando na sala de reuniões.
- Faltam ainda 15 minutos. Diga que já estarei presente.
- Tudo bem. Gostaria que adiantasse a pauta?
- Não. Obrigado. Prefiro tratar desse assunto pessoalmente, gostaria de deixar tudo bem explicado.
- Ok.
Fui ao banheiro escovar os dentes, deixei alguns documentos em minha mesa e levei outros para a sala de reuniões.
A reunião ocorreu bem. Apesar de ter sido estendida por conta de alguns dados não estabelecidos anteriormente, foi ótima. Os investidores concordaram com todos os termos e se prontificaram a acompanhar o projeto de perto.
Tomei a liberdade de ir embora, estava exausto. Para muitos, meu trabalho é fácil, apenas analisar, ordenar e comandar, mas não, era muito mais do que isso, era necessário um bom preparo psicológico. Dispensei Raquel e pedi para que os outros funcionários encerrarem suas ocupações uma hora mais cedo.
Cheguei em casa em torno das 16 horas. Abri a porta e me deparei com Joana:
- Boa tarde Joana. Tudo bem?
- Tudo e com o senhor?
- Estou bem. Onde está minha mãe?
- Dona Carina está no quarto. 
- Obrigado. Joana, deixe tudo do jeito que está e pode ir. Amanhã você continua.
- Mas...
- Joana, sem "mas".
- Certo então. Vou apenas deixar os produtos na lavanderia e já estou saindo. 
- Não precisa Joana. Depois, eu mesmo guardo. Tire esse avental e pode ir. Curta o resto de dia que há. Pelo menos você chega mais cedo em casa.
- Então tudo bem. 
Joana deixou o avental sob a mesa de centro da sala, ao lado dos produtos de limpeza, foi se trocar e saiu.
Guardei os produtos e o avental e subi para o quarto de minha mãe.
- Boa tarde mãe. Como está?
- Estou bem filho. E você?
- Estou ótimo! Os investidores aceitaram todos os termos da empresa para o projeto do software de um celular. 
- Que bom meu filho!
- Bom não mãe, excelente!
- Concordo.
- Mãe, o que acha de irmos ao cinema hoje à noite?
- Estou um pouco cansada, não sei se vale a pena.
- Claro que vale mãe. Vamos?
- Tudo bem. Vamos. Mas que filme vamos ver?
- Lá nós decidimos.
Fui para meu quarto, peguei um livro e comecei a ler. Li até cansar os olhos e perceber que a noite surgia. Tomei outro banho, desta vez rápido, e coloquei uma roupa descontraída, afinal, estava calor. Minha mãe ainda não estava pronta, então fui à sala, liguei a televisão e procurei por algo interessante para assistir. Acabei deixando em um programa sobre animais da África e fiquei assistindo até mamãe descer. Quando a mesma desceu, fomos até a garagem, entramos no carro e partimos rumo ao cinema. Assistimos ao filme e depois fomos à uma lanchonete, apenas para saciar a fome, já estava "tarde", não era relevante jantar em casa naquele momento. Comemos e fomos embora. Ao chegar em casa, apenas coloquei um pijama e deitei. Demorei para pegar no sono, fiquei pensando em vários assuntos diferentes, como: trabalho, namoro, futuro, dentre outros, o que era normal, pois desde mais novo gostava de fazer planos para segui-los minuciosamente, até que adormeci, cansado por pensar, e também, pelas ações do dia - a - dia. 



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