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História Trilogia Aventuras 03: FAMS - A Aventura Continua - Capítulo 11: Determinação final!


Escrita por: renny_gouveia

Notas do Autor


Pessoal,a reta final da história foi estabelecida. A história contará com 15 capítulos + epílogo, então falta pouco pra acabar.

No capítulo de hoje já teremos algumas batalhas que chegarão ao fim, e como podem ver pelo título, serão até mesmo um pouco tristes. Mas não tira a emoção da leitura, e vale muito a pena conferir. ;)

Capítulo 12 - Capítulo 11: Determinação final!


Fanfic / Fanfiction Trilogia Aventuras 03: FAMS - A Aventura Continua - Capítulo 11: Determinação final!

CAPÍTULO 11

DETERMINAÇÃO FINAL!

O TRISTE ADEUS DE ALGUNS.

Com um movimento suave, Renny desgrudou suas mãos das bochechas de Luiz e caminhou para trás silenciosamente, tomando uma distância segura, de modo a evitar um ataque imediato com o fim da mensagem telepática. No entanto, Luiz não parecia representar um risco de imediato, já que seu rosto revelava um misto de horror, fúria e decepção enquanto olhava para o vazio, imerso em seus próprios pensamentos.

Nesse momento, Renny tinha a chance perfeita para virar o jogo, e ele poderia fazer de duas formas: destruir a nova barreira que envolvia o Núcleo das Almas, ou acertar um golpe fatal em Luiz, liquidando sua batalha sem fim. Renny sabia que a segunda ideia tinha maiores chances de funcionar, pois a nova barreira mágica podia ser tão difícil de destruir quanto a anterior, mesmo assim ele não conseguia atacar Luiz, não depois de ter criado um vinculo telepático com ele, já que quando o mostrara as cenas do futuro, ele pôde ter um vislumbre parcial do contexto em que Luiz havia se encaixado, tornando-o quem era agora. Luiz, diferentemente de Sauron, não era uma figura ruim por natureza, ele só sofrera as consequências do meio, vítima de bullying na escola, da rejeição da pessoa que ele declarara seu amor e dos traumas de infância, quando sofrera abuso sexual de seu tio; tudo isso alimentando um ódio que cresceu e cresceu tanto, a ponto de torná-lo uma pessoa insana; e isto, combinado com a descoberta da magia e, consecutivamente, a parceria com Sauron, tornara-o um perigo mortal. Ciente de tudo isso, Renny decidiu tomar a decisão mais arriscada, e correu silenciosamente até a nova barreira mágica, projetando suas garras nas mãos.

— Aonde você pensa que vai?

Renny congelou de imediato, virando seu rosto para trás lentamente, vendo Luiz o encarando com desgosto. Mas sabia que aquele sentimento não era direcionado a ele.

— Vejo que você voltou a si. E, então, acredita em mim agora?

Luiz bufou.

— Acha mesmo que eu vou acreditar nessa baboseira? Se acha que vai me confundir e me colocar contra Sauron, está enganado. Não funcionou.

Luiz queria muito acreditar que Sauron não o trairia, que as cenas do futuro não passavam de um joguete do inimigo para confundi-lo. Mas infelizmente ele estava confuso. Se parasse bem para avaliar todo o conteúdo da mensagem, tudo fazia sentido. Não que Luiz se importasse se a raça humana inteira fosse escravizada e o mundo fosse dominado por demônios surgidos do além — ele queria mesmo era que o mundo se fudesse —, a raça humana merecia sofrer; mas, o que realmente intrigava Luiz era como tudo aquilo iria acontecer... Luiz viu a traição de Sauron, e aquilo acontecera ainda no FAMS. Ele pensava que apenas o Núcleo das Almas era mais do que suficiente para que Sauron criasse a maior arma mágica de destruição da história — o Um Anel —, mas pelo que vira, matar Luiz e reunir sua energia mágica transformaria o Um Anel num objeto ainda mais poderoso. Realmente fazia sentido. Luiz, no lugar de Sauron, também faria o mesmo, provavelmente — um poder tão grande e tão sombrio quanto o dele seria perfeito. No entanto, Luiz se perguntava desde quando Sauron planejara isso? Será que a própria mudança biológica dele já estava em seus planos desde o começo?

“Não, isso é mentira! Sauron não vai fazer isso! Esse maldito só está tentando me colocar contra meu aliado.”

Luiz balançou a cabeça levemente, afastando a pequena nova onda de confusão que invadia sua mente, então voltou a fixar sua atenção em seu rival, continuando:

— Admito que foi uma boa estratégia, Renny. Tentar me confundir com falsas imagens e me colocar contra Sauron facilitaria muito as coisas pro seu lado e dos seus amiguinhos. Mas... eu não sou tão ingênuo quanto aparento. — Luiz sorriu, e seus olhos diabólicos reluziram, explodindo os arredores e fazendo Renny recuar em alta velocidade.

Com fúria e insanidade, Luiz abriu suas grandes asas de penas negras e voou, projetando esferas de plasma negro em suas mãos, então ele encarou o inimigo à distância, vendo sua expressão de decepção na face, e avançou, recomeçando a batalha.

☯ ☯ ☯

Eduarda apresentava sérias dificuldades na luta contra Robson, graças ao aumento repentino dos poderes dele. Desde que saíra de dentro do Centro de Convenções, ela achara que ali fora teria maiores chances de vencer o inimigo, mas usar apenas magias de luz da skin base de Lux não eram eficazes o bastante para vencer as poderosas ventanias que o cavaleiro manipulava. A cosplayer disparava diversos ataques luminosos, mas os mesmo eram bloqueados ou destruídos pela potência dos pequenos tornados que Robson criava ao balançar sua espada, fazendo-a recuar cada vez mais.

Não demorou muito para Eduarda perceber que já não estava tão próxima de Elayne ou dos demais aliados que lutavam ali perto... De tanto desviar e fugir dos ataques do espectro, Eduarda acabara entrando numa rua diferente, arrastando a batalha inconscientemente para perto das casas de muitas pessoas que moravam ali. Ela viu quando algumas pessoas saíram correndo pelas ruas, e outras gritavam dentro de suas próprias casas, enquanto a ventania varria telhas e derrubava paredes velhas, o que deixava a cosplayer ainda mais cética sobre quão forte o cavaleiro podia ainda se tornar, ou como ela mesma conseguiria enfrentá-lo, já que tudo o que realmente fizera até agora era fugir e colocar outras pessoas inocentes em perigo.

Ela cerrou os dentes, frustrada e decepcionada consiga mesmo por não conseguir ser útil — por provavelmente ser a maior decepção que Renny e os demais membros do Time Ren pensariam. Se ela ao menos pudesse usar as outras skins da personagem... Não! A cosplayer sabia que não deveria esmorecer; mesmo limitada em suas habilidades, ela provaria que poderia vencer, mesmo que isso dependesse de seu sacrifício.

Uma última vez, Eduarda tentou acessar as outras habilidades especiais da personagem Lux, sabendo que estava esquecendo algo. Ela puxou sua magia internamente, pensou na luz se modelando em outro elemento, vindo a tona como um novo poder; mas nada aconteceu. Mesmo assim ela insistiu, pensou na ventania que Robson projetava há alguns metros dali, no sopro em seus ouvidos, no toque da brisa em sua pele e na aparência da personagem Lux ao usar a skin do vento. Ela se concentrou, mesmo com os olhos abertos, atentos ao inimigo, então finalmente sentiu um pequeno formigamento percorrendo o seu corpo, e algo começou a acontecer.

À distância, o espectro notou a mudança, indiferente, não cessando a tempestade de vento que varria tudo ao seu redor, enquanto uma nova luz envolvia o corpo da cosplayer e sua aparência mudava.

Em questão de instantes, Eduarda viu sua roupa mudar e sentiu a magia do ar circulando-a. Ao ver o novo vestido branco com tons azulados e o cabelo curto platinado, ela sorriu, satisfeita por finalmente ter conseguido algo tão extraordinário; então olhou para o inimigo parado a uns dez metros de distância, e movimentou seu novo cetro, comandando a fúria dos ventos para obedecê-la também.

— Está na hora de virar esse jogo! — decretou Eduarda, ainda mirando seu olhar provocador no inimigo, enquanto o vento rodopiava ao seu redor com rapidez e violência.

De longe, Robson notou quando a adversária fora envolvida por uma cortina de vento e poeira, desaparecendo dentro do grande tornado, que arrancou até mesmo uma árvore do chão. Logo o tornado se ondulou como uma minhoca e avançou na direção dele, com uma luz branco-azulada na ponta superior, descendo junto com uma cosplayer furiosa, pronta para destruir o inimigo.

Sem demora, ele moveu seus minitornados e os lançou contra o maior que vinha em sua direção; então, um segundo antes das ventanias se chocarem, ele ouviu quando ela gritou:

— Perder não é uma opção!

E os ventos colidiram, arrastando tudo o que vinha pela frente.

☯ ☯ ☯

Anna aterrissou próximo ao cruzamento da avenida, quase ao lado da Faculdade Alencarina (FAL), e viu quando uma cosplayer (Elayne) enfrentava um espectro a alguns metros depois de uma academia que havia ali perto. Sem pestanejar, Anna decidiu que a ajudaria, tão logo verificasse se Milena estava morta ou não, pois não havia tempo para descansos enquanto ainda existiam inimigos à espreita.

Ainda transformada em dragão, ela se aproximou do pequeno corpo carbonizado, que pairava bem no meio do asfalto rachado; chamas azuis e douradas ainda queimando a superfície da cavaleira, espalhando um odor de carne queimada pelo ar. Anna aproximou um pouco mais sua longa cabeça escamosa de dragão, farejando o corpo imóvel e moribundo que, definitivamente, parecia não ter salvação, e decidiu voltar a sua forma humana de pele esverdeada. Entretanto, subitamente, o corpo queimado se levantou — uma aura negra projetando-se através da fumaça que saía de seu corpo — e atacou a cosplayer com um, dois, três socos poderosos que quebraram os enormes dentes pontiagudos, deslocando também o maxilar.

O grande dragão recuou, tanto de dor quanto por precaução, não vendo quando a criatura queimada e deformada deu um salto sobrenatural e desceu com os joelhos sobre suas costas. Anna rugiu de dor, sentindo seus ossos quebrarem e as patas traseiras ficarem dormentes — ela estava perdendo os movimentos de seu corpo. Com um esforço sofrido, a cosplayer rolou para o lado, obrigando a inimiga a sair de suas costas; mas, apesar da estratégia funcionar, ela não previu que a cavaleira seguraria sua asa direita, a puxando com força.

Anna rugiu ainda mais, basicamente chorando de dor em sua forma de dragão, quando a asa foi arrancada de suas costas. A dor era tão intensa, que ela quase entrou em estado de choque, se não fosse pelos poderes regenerativos de sua atual forma; mas ainda assim era difícil de lidar, principalmente quando havia uma inimiga bem ao lado, que estava totalmente decidida a matá-la o mais rápido possível. Com esforço, ela lutou contra a dor, forçando sua cabeça a se mover e encontrar a adversária. Porém era tarde demais, e novamente ela rugiu, mais ossos se quebrando ao receber um chute da cavaleira, sangue jorrando do local da asa arrancada enquanto ela rolava pelo chão devido ao impacto do ataque.

Fraca e gravemente ferida, a cabeça da cosplayer tombou, estatelando-se no asfalto quente.

Ela estava morrendo.

Milena viu a situação da cosplayer, que agora respirava com dificuldade — os olhos dourados a encarando com tristeza —, mas ela não se importou, não sentiu nada, pois era uma dos Nove Espectros do Anel. Com calma e passos pesados, ela caminhou até a cabeça da fera, pronta para dar o golpe final, sabendo que a adversária já não lhe representava nenhum perigo. Ela deu mais um passo, seus punhos poderosos prontos para estraçalhar o gigantesco crânio da criatura; depois mais outro, ficando ainda mais perto... Então os olhos da fera se arregalaram de repente, e a bocarra cheia de dentes quebrados se abriu com esforço (mesmo com o maxilar deslocado), e uma nova e poderosa rajada de fogo azul irrompeu, tragando a cavaleira.

Sem mais forças para lutar, Anna deixou sua cabeça cair sobre o chão. Não demorou muito para sua respiração começar a falhar totalmente e seu corpo ficar dormente. Com um último esforço, ela forçou seus olhos reptilianos a olhar as chamas que crepitavam alguns metros à frente, e torceu para que aquilo tivesse sido o suficiente para derrotar Milena. Então sobreveio à escuridão, e Anna fechou seus olhos, desculpando-se uma última vez com Milena e torcendo pela vitória do Time Ren, antes de morrer.

Em poucos segundos os movimentos pulmonares cessaram, e Anna parou de se mover. Mas Milena não...

A cavaleira ainda estava viva! Surgindo do fogo e da fumaça, meio que engatinhando, meio que rastejando pelo chão, lentamente. Sua aparência estava ainda mais deformada que antes, e não se dava mais para identificar olhos, boca, nariz ou qualquer outra coisa em seu rosto enegrecido que ainda queimava. A caminhada da cavaleira durou pouco menos de cinco minutos, mas seu difícil esforço a levou até o corpo falecido do dragão que outrora fora Anna; então a cavaleira se debruçou sobre a cabeça da fera e, de repente, a abraçou, dizendo:

— Anna... Anna... me des... culpe! — A voz de Milena era rouca e triste. — Eu... estava meio... consciente de tudo que... estava acontecendo, mas meu... corpo não... obe... decia.

Aos poucos a voz de Milena começou a falhar ainda mais, e o seu corpo foi deslizando até o chão. Sua respiração ficou ainda mais fraca e sua visão escureceu totalmente, mas antes de morrer também, em seu último suspiro de vida, ela sussurrou uma última vez:

— Me... desculpe...

☯ ☯ ☯

Eduarda saltou, lançando uma bomba de vento contra o espectro, mas ele destruiu o novo ataque, usando uma rajada de vento cortante com um rápido balançar de sua espada. A cosplayer não desistiu, novamente balançando seu cetro e criando novas explosões de vento e luz. O espectro tentou evitar os impactos, mas era impossível deter todos, pois Eduarda saltava no ar em alta velocidade e disparava múltiplos ataques por todos os lados.

Jogado contra o chão, com a armadura rachada, Robson buscou suas forças para lançar um novo contra-ataque mais poderoso contra ela, tão logo as ondas de vento pararam de atingi-lo. Ele ergueu sua espada, sua aura brilhando com intensidade no processo em que se formava uma nova tempestade de vento ao seu redor, e ele levantou sua cabeça, pronto para atingir a inimiga com uma rajada cortante e mortal. No entanto, subitamente uma luz azulada irradiou no céu, e uma Eduarda com visual novo surgiu no chão, balançando seu cetro e jogando uma muralha de gelo que se formou no chão e seguiu até o cavaleiro, batendo nele com um impacto violento.

O espectro derrubou a espada e caiu por cima dos restos de uma casa que havia desabado após o choque anterior dos tornados, mas a cosplayer não esperou até que ele se levantasse. Por isso, tão logo ela ativara a skin do gelo e atingira o inimigo com a onda de blocos congelados, ela correu, já imaginando sua próxima forma; então um brilho dourado emergiu de seu corpo enquanto sua aparência mudava fisicamente mais uma vez, e correntes elétricas irromperam de seu corpo e do cetro quando ela atacou, agora usando a skin da tempestade.

Robson se levantou tão rápido quanto viu a nova luz transformar a inimiga numa deusa dos relâmpagos e trovões, mas não teve tempo de revidar (mesmo localizando sua espada a menos de dois metros de sua mão), quando foi atingindo diretamente por ela com o cetro eletrificado, arremessado para o alto e atingido, logo em seguida, por uma rajada elétrica que brotara do cetro dela.

O corpo de Eduarda brilhou novamente, agora laranja, e ela se transformou mais uma vez, agora utilizando a skin magma da personagem, então ela bateu a ponta inferior do cetro no chão, fazendo-o derreter, e converteu o solo numa onda quente de magma, que ela lançou contra o espectro caído à distância. A onda fumegante avançou, lentamente no começo, ganhando mais velocidade à medida que Eduarda comandava, e Robson sentiu o calor se aproximando quando ficou de joelhos, ainda com a visão turva e a armadura destruída.

— Isso acaba agora! — proclamou Eduarda, dando um último impulso para que o magma avançasse mais rápido, mas ela não esperava que Robson ainda tivesse forças o bastante para explodir uma bomba de vento abaixo de si, ganhando impulso e se afastando do perigo.

 O espectro aterrissou em pé a alguns metros do magma derretido que agora esfriava e endurecia, já que a cosplayer não mais o manipulava enquanto encarava o inimigo com cuidado. Eduarda havia percebido algo que até então não notara no cavaleiro: ele não apenas não conseguia expressar emoções — ele também não sentia dor. A conclusão a assustou, fazendo-a ter que buscar medidas ainda mais rápidas e, se necessário, brutais, se ela quisesse derrotá-lo de vez. Logo, não demorou até ela mudar novamente sua skin, se preparando para a próxima investida — a última —, em que daria um fim definitivo a longa batalha.

Com o poder da skin do fogo ativado — ganhando uma aparência flamejante mais suave, se comparada a skin do magma —, a cosplayer rodopiou o cetro incediado na mão, atiçando as labaredas para lançar uma poderosa rajada de fogo contra o inimigo, que estava estranhamente quieto e observador. A cosplayer não sabia o que o inimigo pensava ou o que planejava tão calmamente, mas ela não perdeu seu tempo em perguntá-lo alguma coisa ou esperá-lo fazer o primeiro movimento, apenas apontou o cetro para ele e lançou seu ataque... Ou, ao menos tentou lançá-lo, quando sangue começou a jorrar do lado direito de seu peito.

— O quê... — Chocada e envolvida por uma intensa dor, Eduarda deixou seu cetro cair no chão e depois ela mesmo desabou de joelhos, vendo a ponta da espada do espectro cravada perto de seu coração.

Robson caminhou calmamente até ela, já manipulando o poder dos ventos ao seu redor para dar o golpe final, e a heroína continuou sem entender o que havia acontecido. Ela sabia que o espectro deixara a espada cair no chão ao ser atingido pelos ataques dela, mas como a lâmina havia voado sozinha até seu corpo, era um mistério. Em momento algum ela sentira ventanias fortes o bastante se formarem para levantar a espada pesada, nem havia outro inimigo por perto para ter a atacado assim, tão silenciosamente; e, ciente destes fatos, ela só conseguiu pensar em duas opções:

“Ou ele ocultava uma segunda habilidade, que o permite usar telecinese; ou a espada é uma extensão do corpo dele, permitindo-o chamá-la até si quando preciso.”

Eduarda não sabia o que realmente havia acontecido, mas ela sabia que estava morrendo, e a dor era tão insuportável, que ela não conseguia evitar chorar.

“Não! Isso não pode acabar assim! Todos estão contando comigo.” Eduarda caiu deitada de lado no chão, seu corpo ficando dormente. Ela estava entrando em choque! “Eu... ao menos tenho que derrotar ele... não posso morrer... aqui!”

Robson parou em frente a ela, mirando-a com seus olhos vermelhos. Ele ergueu sua mão direita para ela, e de repente a respiração da cosplayer começou a falhar. O espectro estava sufocando a garota mais uma vez, impedindo o ar de entrar em seus pulmões.

“Não... posso... morrer... assim...! Eu tenho... que detê-lo!” Pouco a pouco o corpo da cosplayer cessava, tanto pelo impacto da espada quanto da falta de ar para se respirar, e essa experiência de estar sendo assassinada fazia a garota chorar, fazia sua mente se encher com vagas lembranças de seu passado e dos sonhos futuros não realizados.

De repente, Eduarda sentiu algo frio tocar o seu corpo, e ela pensou por um instante que já havia perdido muito sangue. Mas não era sangue... Era água! Subitamente uma ideia percorreu sua mente, e ela usou suas últimas forças para se transformar mais uma vez, então uma luz dourada brilhou ao redor de seu corpo e sua aparência mudou com sucesso. Com um último esforço — seus olhos já sem brilho de vida —, Eduarda encarou o inimigo e sorriu, depois deixou o dedo indicador cair sobre a poça de água que emergia de um cano quebrado ali perto e sussurrou, com um último suspiro de vida e determinação, uma variação que ela mesma criara para o ataque mais poderoso da personagem Lux na skin da tempestade:

— Centelha... Final...

As descargas elétricas brotaram de seu dedo e se misturaram com a água que escorria pelo chão abaixo dela e dos pés do cavaleiro, então uma onda de relâmpagos dourados envolveu os dois e explodiu num raio de cinco metros, devastando tudo em seu percurso, enquanto um estrondoso trovão soava em resposta, levando até os membros do Time Ren (e aos inimigos também) as últimas palavras de Eduarda — a frase que era a maior marca da personagem Lux:

“Iluminar o inimigo, banir as sombras!”

☯ ☯ ☯

Soterrada debaixo de pedaços da parede do local onde outrora lutara, Fabiana viu quando a grande criatura de metal segurou e ergueu Luan pelo pescoço sem nenhuma dificuldade. Preso e tendo sua garganta pressionada pelo poderoso punho, o garoto se debatia na tentativa de se libertar do novo inimigo, lançando ondas de explosão contra ele, mas infelizmente nada surtia efeito, nada o abalava.

Fabiana tentou se mover para ajudar seu amigo, para salvá-lo do mesmo destino trágico que também levara Alex para o além, entretanto ela estava totalmente presa e machucada, uma das pernas dormente devido à pressão dos escombros da parede; e pra piorar, ela mal conseguia respirar debaixo daquela pilha de cimento abafado.

Momentos antes de o novo inimigo surgir, bem pouco após a mensagem telepática de Renny salvar os três dos tormentos ilusórios de Renato, a batalha havia seguido um novo curso, e tanto Fabiana quanto seus amigos conseguiam revidar à altura do inimigo. Renato estava sendo tão pressionado pelos ataques, que mal conseguia ter tempo de tentar atacá-los com suas ilusões. Durante a briga, Luan havia explodido uma parede, abrindo uma cratera nela, então os três passaram pela passagem, levando o inimigo para fora do Centro de Convenções, perto do local onde outrora Bruna Timbó lutara.

No novo espaço, mais aberto e sem corpos assassinados de pessoas por perto, eles três podiam se locomover com mais facilidade para finalizar a batalha contra o inimigo. Mas o que não esperavam, tão logo Renato os seguira, era a chegada de um novo personagem, um sujeito alto coberto por uma armadura de metal escurecido com espinhos de aço enfeitando os ombros e o capacete que lhe escondia totalmente o rosto. A criatura havia surgido de uma massa escura que se projetara há pelo menos quatro metros do chão, e quando aterrissou na grama, segurando uma grande clava de metal na mão esquerda, seu misterioso poder oculto havia reverberado pelo local numa onda magnética densa, jogando os três heróis e o cavaleiro para trás.

Fabiana não sabia dizer se havia sido sorte ou azar o fato dela ter sido jogada contra a parede logo atrás, sendo soterrada pelos blocos rachados da parede semidestruída. O fato é que ela ainda estava viva e também, contra sua vontade, estava escondida da presença do novo inimigo, vendo tudo o que acontecia por uma pequena brecha nos entulhos. Foi assim que ela viu o espectro Renato se aproximar do novo sujeito, se curvando em reverência, enquanto a criatura o analisava, exclamando com decepção:

— Não acredito que meus novos e atualizados Espectros do Anel estejam tendo tanta dificuldade para matar um bando de pirralhos patéticos que mal sabem manipular magia! — A criatura ergueu a mão livre, apontando sua palma para o cavaleiro curvado. — Você me envergonha. Não passa de um fracasso que felizmente é substituível. Desapareça! — De repente, uma onda de fogo e sombras escuras brotou da palma do sujeito, envolvendo Renato e o transformado em cinzas.

— Pai, não! — gritou Luan de algum lugar. Neste momento, a criatura se virou, se dando conta da presença dos dois rapazes.

— Luan, não faça isso! — Agora quem gritava era Alex, a voz fraca, possivelmente devido à perda de sangue dos dedos que haviam sido decepados.

Luan surgiu no campo de visão de Fabiana, se abaixando sobre as cinzas que restavam de seu pai e chorando sem se importar com a presença do inimigo tão perto. E então um raio de energia alaranjado surgiu, atingindo o sujeito — era Alex tentando imobilizá-lo com seus raios temporais.

— Isso foi patético, garoto — disse o sujeito de voz distorcida, aparentemente sem ter sido afetado pelo raio de Alex; depois a criatura ergueu sua clava flamejante no ar, balançando-a uma única vez, e ela produziu um clarão luminoso, fazendo algo como um novo impulso magnético invisível ser emanado, indo na direção de Alex.

Fabiana ouviu um som estranho, meio liquido até, como aqueles que se escuta em animes sangrentos quando a vítima é cortada, ou até mesmo estraçalhada em pedaços, então ela soube que Alex já não estava mais entre os vivos. Depois disso a criatura capturou Luan pelo pescoço e ficou a encarando, enquanto ele tentava atacar e se libertar.

— Quem... quem é você? — sussurrou Luan, sem fôlego e sem forças para tentar mais alguma coisa.

Fabiana ouviu quando o sujeito gargalhou enquanto admirava o sofrimento lento do garoto, então ele respondeu:

— Eu sou Sauron, o Senhor do Escuro. Mas saber disso não vai te ajudar em nada.

De súbito, ouviu-se um estalo seco, e Fabiana fechou os olhos, não conseguindo ver o corpo inerte e mole de Luan, cujo pescoço havia sido quebrado. Então ela chorou, triste e furiosa e exausta.

— Bem, é como diz o ditado dos humanos... — disse Sauron para si mesmo, derrubando o corpo de Luan no chão. — Nunca mande uma criança fazer o trabalho de um homem.

Fabiana abriu seus olhos, e aterrorizada, viu que Sauron encarava de longe os entulhos onde ela estava. Entretanto, um instante depois, ele se virou, ignorando-a completamente enquanto dizia:

— Vamos ver como anda o progresso de Marcelo Cavalcante. Espero que ele não tenha se mostrado uma decepção também.

Cansada, e quase ficando inconsciente, Fabiana viu quando o sujeito começara a caminhar para outra direção — para o prédio do Auditório Plutão. E em seus pensamentos, quando um sono pesado e repentino a envolveu, ela pediu a Deus para que os demais colegas do Time Ren ficassem bem, que continuassem vivos, pois... definitivamente, Sauron não era como os cavaleiros que eles enfrentavam.

Sauron finalmente entrou em ação!

Será que Joana, Ursula e Lucivanny estão em perigo?


Notas Finais


Apesar do final triste em algumas dessas batalhas, isso não significa que o jogo não possa mudar até o final. Então não se preocupem, pois todos os personagens farão aparições especiais ainda na história, mesmo os que morrerão.

O nosso próximo capítulo será postado essencialmente na segunda feira do dia 28 de agosto, isso porque viajarei no próximo final de semana (tenho direito às minhas farras também), e provavelmente só volte na segunda. BUT, se domingo eu já estiver em casa, então será postado dia 27. hahaha :p


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