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História Dual Personality - I - Cherry Lipstick


Escrita por: NyanMochi

Notas do Autor


Mano :') Eu finalmente tô mudando essa fanfic, vocês não têm noção o quanto eu queria voltar com ela...mas veio aquele desânimo, toda vez entrava aqui e via o meu português bugado, depois saía pensando "Que plot bom jogado fora." Mas agora eu voltei e reformei totalmente isso aqui, TENTEI acrescentar uma comédia e mudei o ritmo das coisas. Bom, espero que gostem e comentem, boa leitura :3

Capítulo 1 - I - Cherry Lipstick


Fanfic / Fanfiction Dual Personality - I - Cherry Lipstick

  Muitos diriam que Jeon Jungkook possuía uma vida invejável. Morava com a namorada perfeita — com quem estava destinado a se casar — , ocupava o segundo cargo mais importante da empresa do pai e ainda era formado em medicina. Sua rotina era um tanto cansativa, mas nada que ele pudesse reclamar. E aquele seria um dia como um outro qualquer, apenas uma sexta-feira, a não ser pela tal notícia que Soyoung queria dar ao namorado.

— Querido, eu tenho uma coisa pra contar... — Park Soyoung começou a falar em um tom meio entediado, o mesmo tom que passou a usar há três meses, quando começou a se tornar uma pessoa fria.

— Aconteceu alguma coisa?

— Acho que sim...

— O que houve?

— Dá pra me deixa falar? Enfim, alguém vai morar conosco. É o Jimin.

— Quem é Jimin?

— É meu primo. Será por apenas alguns meses até ele comprar a própria casa aqui em Seul.

— Meses!? Está ciente de que teremos menos privacidade, não é? Você nem falou nada comigo...

— Jimin é um pirralho inocente, mesmo que escutasse qualquer barulho, gemido ou coisas assim, não entenderia. Provavelmente ficaria perguntando, ele sempre foi super protegido com essas coisas. E eu decido as coisas em casa, Jungkook, fui eu quem comprou.

Jeon rolou os olhos, odiava quando a noiva era grossa com ele, principalmente à toa. Ele sabia que a casa foi comprada com o dinheiro dele, mas preferiu não dizer nada, ou causaria uma briga. Ela ultimamente tinha esses momentos de tratá-lo como lixo repentinamente.

— A tia fez uma chantagem emocional pra fazer Jimin ficar aqui, então eu não tive tanta escolha quanto eu gostaria.

Um silêncio se fez na sala por alguns segundos, era Jungkook se conformando.

— Então quando ele virá?

— Amanhã. Eu sei que você está cansado, mas vai buscá-lo porque eu não tenho carteira de motorista e se eu fizesse o pirralho pegar um táxi, minha tia descobriria e me mataria.

         __________________________

Jungkook foi despertado pelo celular que tocava às 4 da manhã. Se levantou, fez as higienes básicas e vestiu algo apresentável, qualquer coisa que combinasse com uma simples blusa branca. E ficou bonito, como sempre.

O caminho até o aeroporto foi fácil, só precisou seguir as grandes placas verdes de indicação. Viu a foto do garoto mais uma vez em seu celular para reconhecê-lo quando o visse. Após alguns minutos esperando, finalmente viu a pessoa da imagem e foi diretamente até ela. O cabelo loirinho, rosto infantil, do mesmo tamanho que Soyoung...era ele mesmo, mas uma confirmação nunca é ruim.

— Com licença, você é Park Jimin?

— Sim... — Jimin analisou toda sua beleza de cima a baixo, se sentiu atraído pelo perfume cítrico que vinha do corpo do homem à sua frente.

— Eu sou Jeon Jungkook, o noivo da sua prima. Vou te levar pra casa.

— Soyoung te pediu para me buscar? Ah, eu disse pra ela que poderia pegar um táxi, desculpe por dar trabalho... — Juntou as mãos estranhamente pequenas para um garoto e abaixou a cabeça como um filhotinho sendo repreendido.

— Relaxa, pelo menos você me conheceu antecipadamente. Vamos? — Disse sorrindo, já pegando as alças das malas do garoto. Seus músculos se destacavam quando fazia força nos braços.

— Pelo menos me deixe carregar algumas — Também sorriu fofo, deixando seus olhos como dois risquinhos, enquanto tomava algumas das malas das mãos fortes e vermelhas pelo excesso de peso nas palmas.

Os dois foram para o veículo Gran Coupé preto e seguiram rumo à casa. Jimin observava Jungkook de canto, a expressão concentrada, suas mãos bonitas e marcadas com veias levemente saltadas e presas ao volante, era incrível como tudo nele parecia atraente.

— Nossa, o bairro mudou tanto! Está mais bonito. — O loiro comentou ao descer do carro e observar em volta.

— Sim, pintaram as casas recentemente e colocaram alguns portões e cercas. Agora parece mais um condomínio.

Jeon abriu a porta e Soyoung levantou do sofá para apertar o pequeno em seus braços.

— Senti sua falta, pirralho! — Falou realmente empolgada, fazendo Jungkook estranhar a bipolaridade da menina que há horas atrás reclamava de ter que dividir sua casa com o primo.

— Prima! Você cresceu, tá tão bonita, parece até gente!

— E você continua baixinho e crianção. — Soyoung riu do bico emburrado dele e continuou — Vamos almoçar? Você deve estar com fome e cansado.

— Nem tanto. Unnie, eu me foquei em procurar algum trabalho por aqui em Seul. Estava lendo os jornais quando encontrei um emprego perfeito pra mim. Deve dar pra algo. — Falava enquanto era puxado casa adentro.

— E quando vai fazer a entrevista?

— Vou fazer hoje mesmo.

— Mas você deve ter acordado cedo pra ir viajar, não está cansado?

— Não tem problema, eu dormi um pouquinho durante a viagem. A entrevista é a noite e eu posso descansar à tarde também.

— Tudo bem, mas não vá tarde e volta só de táxi ou chama o Jungkook pra te buscar.

Se sentaram na mesa arrumada pra comer a lasanha que Soyoung tinha preparado.

— Afinal, que emprego é esse? Cuidado para não ser enganado. Muito estranho o fato da entrevista ser tarde da noite.

— É...uma cafeteria. Eu peguei o turno da noite porque não gosto de acordar cedo, não se preocupe com isso, prima.

Jimin sempre foi bom em mentir, não é a toa que todos pensavam no garoto como um anjo ingênuo.

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Pontual, Park Jimin (ou o lado obscuro dele) já esperava na área vip da boate, que se encontrava fechada neste dia especialmente para algumas entrevistas de emprego.

— Você é o Park Jimin de Busan, sim? Ouvi falar muito bem de você. — O homem se sentou na cadeira de frente para o garoto.

— Devo estar famoso, então.

— Com certeza. Achava que sua beleza angelical era só boato, mas pelo visto...sou Jung Hoseok, você deve me conhecer como J-Hope. Coréografo e dono do estabelecimento, mas hoje vou só entrevistar você.

— Sem problemas. — Se levantou e foi em direção ao palco decididamente.

— O que vai fazer?

— Bom, você vai avaliar um dançarino por suas palavras ou por sua dança? — Disse atrevido, arrancando um sorriso sedutor do outro.

— Vá em frente, querido, agora fiquei curioso mesmo. — Pegou o pequeno controle remoto em cima da mesa de vidro, apertou um dos botões e imediatamente uma música lenta preencheu o ambiente.

Jimin começou sua apresentação, rebolando no ritmo da música, sem desviar o olhar de Hoseok. Se fosse bom o suficiente, conseguiria seduzir o dono da boate, e ele era movido por um certo fetiche em ser desejado. Reproduziu tudo o que aprendeu com o pole dance, somado a uma coreografia que inventou na hora. Seu corpo bem desenhado e marcado com a roupa um tanto apertada ajudava com os movimentos, uma dança sensual seria só um complemento. Ao terminar, pôde ouvir as palmas lentas de J-Hope.

— Onde aprendeu isso?

— Praticava sozinho, assistia a algumas vídeo-aulas.

— Preciso perguntar, por que não está em uma academia de balé, algum lugar profissional, e sim uma boate?

— Porque eu curto a putaria, gato. Então estou contratado?

— Pode começar no sábado — Sorriu ladino, virando-se para o lado como se fosse sair, dando-lhe a visão de seu belo maxilar.

— Mas isso é amanhã.

— Exatamente, pago adiantado. Algum problema?

— Não mesmo. Obrigado por me contratar. — Fez uma reverência, agindo como se tivesse acabado de passar por uma entrevista de emprego normal, pegou suas coisas sobre o sofá carmesim, saindo em seguida.

Voltou para casa se perguntando se foi tão bem a ponto de sua entrevista de emprego ser tão curta e com resultados tão positivos. Talvez fosse por causa de sua boa fama que conseguiu em Busan. Era como se ele possuísse o poder de manter qualquer boate cheia assim que começasse a trabalhar na mesma.

Enquanto isso, Jeongguk havia acabado de receber uma ligação de Taehyung.

— E aí, Tae?

— Boa noite, viado. — Respondeu do outro lado da linha — Bora' pra uma festinha amanhã?

— Você e essas "festinhas". Que tipo de festa?

— Na verdade é uma boate.

— Qual é, Taehyung? Eu e Soyoung acabamos de fazer 1 ano, você sabe disso, cínico safado!

— Sabe quando você começou a ficar chato?

— Quando eu resolvi dar o passo do namoro pro noivado. Foi difícil pra mim e eu não vou jogar tudo pro ar agora.

— Não, foi quando você se envolveu com fêmea maluca. Por favor, J.K Rowling, se alguém se aproximar de você, é só dizer que não está interessado. POR FAVOR, EU ESTOU GOSTANDO DE ALGUÉM DA BOATE! — Berrou contra o telefone, fazendo Jeon afastar o aparelho da orelha.

— Cala a boca! Eu vou pensar...mas precisa me prometer que não vai contar pra Soyoung. — Sussurrou e subiu as escadas para o quarto antes que alguém da casa ouvisse.

— Eu não conto, nem gosto dela. Eu já te disse que tem algo de errado com essa garota, você não me escuta.

— Qual é o seu problema com ela? Esse ódio gratuito pela Soyoung que é tão meiga...quando quer.

— Não quero falar dela. Vai ou não vai? — Jeongguk suspirou e respondeu.

— Eu só vou porque sou um amigo muito legal e fiel...na verdade é porque não quero ficar de babá.

— Babá?

— O primo da Soyoung veio morar aqui por um tempo. Ele é adulto mas parece uma criança, Jimin é estranhamente fofo mas algo nele dá medo.

— Ótima oportunidade, um passivinho pra você. Pelo menos agora não têm só você e a maluca.

— Taehyung, ele é primo da minha noiva! — Quase soletrou a palavra "noiva".

— Vocês aí sozinhos em casa, hm?

— Taehyung, você me fez perder a paciência, tchau. — Desligou na cara do menino.

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Jungkook estava na fila da boate junto a Taehyung, que dava pulinhos animados e ao mesmo tempo tremia de nervoso, segurava o pulso do amigo como garantia de que ele não sairia de fininho.

— Nem acredito que o certinho de Seul topou vir comigo.

— Espero que você faça logo o que veio fazer e depois vamos embora.

— Não é tão fácil. Ele é o dono da boate. Te contei que existem outras dessa em Daegu, Incheon e Busan?

— O QUÊ!? Kim Taehyung... —Disse alto demais, atraindo olhares alheios.

— Fala baixo, Je--...

— Ele é exatamente um empresário de putaria, esses caras só transam com idols, modelos, atores, pra cima. Você vai sequestrá-lo, pôr no seu porão, e usá-lo como brinquedo sexual?

— Não exagera! Só porque ele é um... — Pensou uma última vez antes de falar qualquer coisa — Ih, Jungkook, fudeu.

Taehyung o empurrou para a entrada antes que desistisse da ideia. Seguiram até o bar do estabelecimento e sentaram nos bancos do balcão.

— Dois Blue Hurricane, por favor. — Taehyung pediu ao barman. Não precisavam pagar, já que apenas o custo da entrada foi caro e com bebida inclusa — e foi pago com o cartão de Jeon, claro — .

— Puta merda, Kim, você só me arruma merda. E outra coisa, eu parei de beber, esqueceu? Você sabe que eu sou fraco pra bebida.

— Espero que você fique chapado e deixe de ser careta. Anda, só uma dose.

— Idiota. — Terminaram o diálogo quando as bebidas foram servidas e ambos viraram a dose na mesma hora, sentindo a ardência e o amargor queimar a garganta.

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Apenas uma hora e alguns minutos depois e Jungkook já gargalhava e batia na mesa a cada piada ruim que o amigo que fez no bar contava.

— Eu não acredito que só tô te conhecendo agora, Jin! — Disse passando o dedo no canto do olho para enxugar a lágrima que descia de tanto que ele ria.

— Eu que digo, você é o único que ri das minhas piadas. Ei, te mandei uma mensagem pra você salvar meu número também.

— Tá, já adicionei...

A conversa fora interrompida por uma voz masculina no microfone, que cumprimentou o público enquanto subia o palco.

— Dessa vez, temos um novo dançarino, e eu tenho certeza de que vocês vão amá-lo. Apresento...Park Jimin!

  Jungkook quase caiu da cadeira, tentou negar de todas as formas possíveis. Não podia ser Park Jimin, o primo da sua noiva. Esse é um nome muito comum, certo? As luzes se apagaram, e quando acenderam novamente, lá estava ele no palco, usando uma máscara rendada, uma blusa de manga longa preta, um short curto da mesma cor e coturnos também pretos. Essa não era a pior parte, o pior era aquele batom cereja bem marcado em seus lábios...e o fato dele ter soprado um beijo para Jungkook, descaradamente.


Notas Finais


Espero que tenha ficado bom. Até o próximo! ╥﹏╥


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