História Tristeza e Felicidade - Imagine Park Jimin (Em revisão) - Sente Ciúmes?

Maio 2017 - 06:47 a.m

Escola Sogang Business

- Jimin! - chamei-o quando vi que o mesmo estava prestes a entrar na sala.

Ele parou e se virou para ver quem o chamava, logo sorrindo ao me avistar indo em sua direção. Quando me acerquei dele, abracei o garoto com força e inalei seu cheiro único, reconhecível até se estivesse misturado á 200 colônias diferentes.

- Oi. - ele disse retribuindo o abraço apertado.

- Ia entrar na sua sala sem nem me dizer cumprimentar? - me afastei dele o suficiente para que visse meu biquinho.

- Aish! Não faça isso, você fica muito fofa. - ele sorriu corando e eu segui o mesmo caminho.

A imagem de Park Jimin com as bochechas vermelhas é uma coisa divina, completamente adorável. Eu amava todas suas expressões, adorava como seus olhos sumiam quando sorria amplo, adorava como fazia bico quando queria algo e adorava como ficava vermelho quando envergonhado. Bastava um sorrir dessa criança que eu me via completamente abobada.

Voltei a abraçar o garoto, colocando meu queixo por cima de seu ombro com certa dificuldade e avistando nossos amigos da minha sala distantes de nós, entretanto, fixados em nosso abraço. Barbara piscou para mim, envergonhando-me completamente e me ruborizando. Jungkook apenas sorriu fraco e entrou na sala, sendo seguido por Barbara. Yang Mi, a única que sobrou no corredor, olhava-me fixo e sem uma expressão certa, parecia que estava incomodada, mas, ao mesmo tempo, confusa. Eu deveria me preocupar?

- Preciso ir para minha sala. - sussurrei para que só ele ouvisse.

- Eu também. - soltou-me parecendo que não estava nada afim de fazê-lo. - Vamos nos ver no intervalo?

- Park Jimin, parecia que está no cio. - provoquei vendo ele revirar os olhos. - Lembre-se: Não gosto de homens grudentos!

Passei por ele segurando a risada, mas senti seus braços abraçarem minha cintura e minhas costas foram de encontro ao seu tórax forte.

- Tem certeza? - murmurou passando o nariz pelo meu pescoço.

Eu congelei. Não sabia o que dizer ou o que fazer, apenas permaneci parada sentindo sua respiração quente bater em meu pescoço e me arrepiar por inteira. Meu coração se acelerou, eu o senti bater tão forte que temi que saísse de meu peito e fosse para o piso levemente arranhado da escola. As minhas mãos tremeram, eu simplesmente não conseguia controlá-las e já sentia-as úmidas. Torci para que ele não percebesse o quanto estava acabando comigo, ele estava me bagunçando apenas com aquele toque e aquelas palavras em voz levemente grave.

- Jimin... - falei em um fio de voz, tão baixo que duvidei que estivesse ouvindo minha voz, eu simplesmente não encontrava forças para falar algo que não fosse seu nome.

- ______... - praticamente grunhiu para me provocar.

Eu me estremeci por inteira com isso. Se não estivesse sendo abraçada por ele, com certeza desabaria no chão e lá ficaria um bom tempo para me recuperar do choque que esse garoto me causou. Senti seus braços se afrouxarem em minha cintura e ele soltou um deles, deslizando sua mão pelo meu braço até alcançar a minha e entrelaçar nossos dedos. Não ousei olhar para trás para ver que expressão tomava conta de sua face, apenas continuei paralisada e deixei aquele sentimento estranho se apossar de mim.

Também senti que, além do meu, outro coração batia forte e esse encontrava-se bem atrás de mim. Eu podia sentir o quão o coração de Jimin estava acelerado, batendo tão freneticamente que nem parecia humano, se misturando aos meus batimentos e fazendo uma confusão intensa.

- Eu preciso ir para sala. - sussurrei me surpreendendo por ainda ter um pouco de força para dizer essas palavras.

Demorou, mas ele me soltou aos poucos e se distanciou o suficiente para eu me virar e olhá-lo. Eu tentei, mas não consegui manter meus olhos nos seus e acabei desviando para o chão.

- E-eu também tenho que ir. - falou com a mão atrás da nuca e evitando o contato visual.

- Tu-tudo bem.

- Nos ve-vemos depois?

Balancei a cabeça positivamente, me sentindo a mulher mais patética do mundo por não conseguir apenas responder um "certo". Quando voltei a seguir o meu caminho antes daquele abraço repentino, percebi que ninguém ocupava o lugar na porta de minha sala, Yang entrou nela e eu nem percebi. Lembro-me vagamente que não estava com uma cara muito boa.

✴

Quando eu estava prestes a adentrar no jardim detrás da escola, senti uma mão pequena segurar meu pulso e me impedir de ir. Me virei para ver quem era e me deparei com uma Yang constrangida, olhando para o chão como se estivesse com medo de mim.

- ______, você, por acaso, é namorada do Jimin? - perguntou baixinho.

Quase me engasguei com o ar quando ouvi suas palavras, sobressaltei no mesmo lugar.

- O-o que?! Não! - abanei minhas mãos em frente ao meu rosto, deixando bem claro meu desespero. 

- Ah, é que eu vi vocês juntos na entrada e pensei que... - não terminou a frase, apenas juntou suas mãos atrás das costas e mexeu a ponta do sapato no gramado, balançando seu pequeno corpo, estava visivelmente com vergonha.

- Ah... - olhei para meu canto direito, levando uma das mãos atrás da cabeça e mexendo meus dedos naquela área. - Somos... Bem próximos, sabe?

- Amizade colorida? - deu um passo á frente.

- N-não! Somos apenas amigos, somente isso.

- Ah... - se afastou novamente e perdeu seus olhos no céu azul acima de nós. - Que bom...

- Hã? - foi minha vez de avançar - Como assim?

- Ah, ele é um cara legal, bonito, charmoso, gentil, engraçado. - respondeu completamente inerte ao meu olhar chocado. - Bem, eu me interessei.

Simplesmente paralisei, já sentindo meu coração se apertar ao ouvir aquela doce voz fina dizer aquilo.

- Bem, eu tenho que ir! Até mais. - distanciou-se de mim acenando.

- Até... Mais.

Eu estava com medo. Meu coração se apertou e eu senti meu chão tremer por um momento. Eu estava com medo de muitas coisas, inclusive dos meus sentimentos por Park Jimin.

Por que raios eu estou com medo de perdê-lo se eu nunca o tive?

Park Jimin

Maio 2017 - 09:49 a.m

Escola Sogang Business

Quando avistei ______ se acercando para completar o nosso típico grupo de cinco pessoas, um sorriso involuntário apareceu em meu rosto e eu não me preocupei em desfazê-lo. Contudo, ele se desfez sozinho quando notei que a brasileira estava inquieta, quase que transtornada. Quando seus olhos se encontraram com os meus, ela parou subitamente no lugar em que estava e me encarou um pouco... Ansiosa?

Depois que consegui entender o porquê daquela reação estranha, comecei a rir internamente e me segurei para não rir por fora também. Óbvio que estava assim pelo o que aconteceu hoje de manhã, admito que até eu fiquei assustado quando meu coração se acelerou.

- Ah, _____! - a outra brasileira do grupo notou a presença da amiga e acenou para ela, chamando-a para se juntar á nós.

_____ o fez balançando a cabeça discretamente, afastando todos seus pensamentos conturbados e vindo em nossa direção, sentando-se entre mim e Jungkook.

- Por que demorou? - perguntou o garoto mais jovem.

- Eu esqueci meu celular na mochila. - riu nervosamente enquanto balançava o aparelho no ar.

- Ah.

Depois de alguns minutos, uma sexta pessoa se juntou ao nosso grupo e se sentou entre mim e Taehyung.

- Yang Mi! - disse Barbara entusiasmada.

- Oi. - a menor respondeu timidamente, encolhendo-se ao meu lado e focando seus olhos totalmente no chão.

Percebi que _______ estava inquieta, brincava com a grama com as pontas dos dedos e parecia iniciar uma batalha dentro de si. Seus olhos estava agitados, sua boca soltava suspiros que eu não entendia o motivo e ela permanecia a encarar a grama.

Bem, talvez ainda esteja com vergonha pelo o que fiz hoje de manhã. Não deu tempo de pensar em outras possibilidades, logo Yang chamou meu nome e eu tive de lhe dar atenção, iniciando uma longa conversa para conhecer melhor a garota e deixar ela me conhecer.

Park Jimin

Maio 2017 - 02:12 p.m

Uma rua qualquer

- Então... - a voz de _____ quebrou o silêncio entre nós. - O que achou da Yang?

Eu estava acompanhando ______ até em casa, não tinha um motivo especial para isso, eu apenas queria acompanhá-la.

- Ah, ela é legal. - falei com os olhos perdidos na rua no caminho à minha frente. - Ela é bonita, fofa, gentil... Parece ser gente boa.

Com minha visão periférica, percebi que a brasileira ao meu lado apertou as alças da mochila com força e abaixou a cabeça, virei totalmente meu rosto para mirá-la e percebi que seu maxilar estava tenso.

- Só isso? - praticamente sussurrou.

- Ela é impressionante. - sua respiração pesou. - Linda, gosto de como é bem menor que eu, tenho certeza que teria que ficar na ponta dos pés para me beijar. Acho isso adorável.

Fazer aquilo era errado, mas eu estava me divertindo muito ao vê-la arquejar e apertar as alças entre os dedos, fazendo os nós ficarem totalmente brancos por conta da força que usava para a ação.

- Eu também sou menor que você. - sua voz falhou e notei que ficou nervosa com aquilo.

- Ah, mas ela é bem mais. Para ela ter que beijar minha testa, eu teria de levantá-la um pouco. Gosto disso. - era impossível esconder meu sorriso.

Paramos em frente á sua casa, estava tão divertido fazer aquilo que nem percebi que já havíamos chegado. _____ não disse nada, continuou com os olhos pregados em seus pés e começou a subir e descer em seus calcanhares. A garota abriu a boca diversas vezes para dizer algo, mas sempre desistia e acabava suspirando por isso.

- Sabe o que eu mais gostei na Yang? - perguntei vendo-a apertar novamente as alças da bolsa.

- O-o que? - sua voz era quase inaudível.

Me aproximei da garota, colocando uma de minhas mãos em suas costas e a puxando para mais perto. Ela deu um pulo com o toque e ergueu seu rosto para me olhar, fazendo com que nossos olhos se encontrassem e meu coração palpitar pelo contato. Levei minha mão livre até seu rosto e acariciei sua bochecha já quente com o polegar, fazendo a garota ruborizar violentamente e arfar.

- Ela te deixa com ciúmes de mim. - respondi com a voz baixa.

- C-ciúmes? - tentou fazer uma careta debochada, mas tudo que conseguiu foi sorrir engraçado. - Eu não tenho ciúmes de você!

- Ah não? - puxei-a novamente, colando totalmente nossos corpos. - Não fica com ciúmes quando falo que ela é bonita?

Beijei sua testa.

- Quando digo que ela é fofa.

Beijei o canto de seus olhos.

- Quando digo que gosto dela.

Beijei a ponta de seu nariz e vi ela apertar os olhos com força. Pretendia prosseguir com aquela brincadeira até ela se distanciar, mas eu já não aguentava mais a vontade de beijá-la. Então o fiz sem pensar.

Os lábios da garota não eram tão recheados como os meus, mas ainda assim eram macios e tão bem desenhados que duvidei que fossem real. O gosto deles me lembrava a morango, mas no dia que a beijei em sua casa me lembravam a cereja, será os batons?

Quando a garota retribuiu o beijo, eu perdi as estruturas e estremeci por inteiro. Meu coração se acelerou, batendo tão forte quanto o de um cavalo, minha respiração não pesou, mas tive medo que percebesse o quanto ela estava mexendo comigo apenas por me beijar. Seus lábios se abriram e envolveram os meus, pedi passagem com a minha língua e ela cedeu no mesmo momento, fazendo um encontro entre nossas línguas e massageando uma a outra.

Senti _______ daquele jeito, em meus braços, com meu polegar fazendo carícias em sua bochecha quente e vermelha fazia-me delirar. Eu não sei porque sentia aquilo, não sabia o porquê de estar querendo mais, de não querer afastá-la por nada nesse mundo, mas eu tinha de fazê-lo. Eu iria precisar de ar se quisesse viver para fazer isso novamente.

Separei nossos lábios com bastante relutância, entretanto, colei sua testa na minha e continuei acariciando sua bochecha enquanto minha mão subia e descia pela suas costas. ______ estava com os lábios vermelhos e inchados por conta da ferocidade que usei, aquilo estava atrativo, eu queria deixar seus lábios ainda mais vermelhos, mas me segurei e me contentei apenas em observar os cantos deles daquela cor e a sua respiração quente e desregulada bater em meu rosto.

Na verdade, ambos estávamos com a respiração descompassada.

- Jiminnie... - não evitei o sorriso que se formou em meu rosto quando ouvi sua voz doce e baixa me chamar pelo apelido. Apesar de antes pedir para que não usasse ele, eu adorei como o sussurrou docemente.

- Oi? - rocei meu nariz no seu, vendo-a rir baixinho com o gesto.

- Você gosta da Yang?

- Não.

Ela sorriu, afastando-se de mim e adentrando no jardim de sua casa. Contudo, se virou para me olhar.

- Gosta de mim? - seus olhos estavam brilhantes.

- Depende... Que tipo de gostar?

- Você entendeu! - seu revirar de olhos era engraçado.

- Não. - me virei indo embora. - Na verdade, não sei. Talvez sim, talvez não. Tenta descobrir!

Não ouvi mais sua voz e não me virei para saber se ainda estava lá ou se já tinha entrado. Eu queria que minha última fala fosse uma brincadeira, mas eu realmente não sabia o que sentia pela garota.

- Você que vai ter que descobrir se sinto algo por você! - gritou.

Parei e pensei em me virar, mas ao invés disso, levantei uma das mãos no alto e fiz um "joinha", logo depois seguindo meu caminho.