História Tristeza e Felicidade - Imagine Park Jimin (Em revisão) - Minha?

Junho 2017 - 01:14 a.m

Minha casa

- ______, por favor, me sua ajuda, socorro!!!

- Jimin?! - virei meu corpo colocando meus pés no chão gelado. - O que está acontecendo?

- E-eu... Eu preciso da sua ajuda, estou correndo perigo! - sua voz saia alta, parecia querer gritar, além disso, se embolava um pouco nas palavras. - Me ajuda, por favor, me ajuda!

- Jimin, por deus, o que está acontecendo?! - já encontrava-me em pé, andando pelo quarto completamente inquieta.

Podia-se ouvir sua respiração do outro lado da linha, tão pesada e acelerada que parecia ter corrido uma maratona. Sua voz estava repleta de desespero.

- Socorro, _____, socorro! - implorava.

- JIMIN, CARALHO, ME DIZ O QUE ESTÁ ACONTECENDO! - vociferei com meu coração acelerando.

Chamada encerrada.

Ele simplesmente desligou sem responder minha pergunta, ouvi o famoso barulho que vem após o finalizar de uma ligação e o pânico tomou conta de mim. Olhei para a janela ao meu lado esperando que o céu me desse uma resposta, mas tudo que encontrei foi um mar de estrelas distantes de mim.

Maldita seja minha insegurança.

Peguei um sobretudo que cobria até minhas canelas no guarda-roupa e o coloquei envolta de meu corpo. Uma calça jeans e uma blusa regata, pouco me importava se a noite estava fria. Tudo que fiz foi guardar meu celular no bolso e correr para o hall da casa, abrindo a porta e abandonando minha moradia fixa logo em seguida.

O sobretudo me aqueceu do frio, entretanto, o que fez realmente meu corpo queimar foi a adrenalina que se espalhou pelo meu corpo enquanto corria até a casa de Jimin. Apesar do cansaço e da respiração cortada, a angústia me motivava à correr ainda mais rápido para alcançar meu objetivo.

Um tempo depois, eu já me encontrava na porta da casa de Jimin. Me curvei para baixo e pousei minhas mãos em meus joelhos para descansar um pouco e recuperar o pouco ar que me restava. Já mais calma, toquei a porta para dar três batidas, mas ela se abriu apenas com o tocar de meus dedos.

Como em um filme de terror, eu tateei a maçaneta e empurrei a porta devagar, fazendo aquele pedaço de madeira se abrir por completo e revelar a sala de Park. Eu entrei devagar, a luz estava acesa, muitas coisas passavam pela minha cabeça, o que aconteceu para Park Jimin me ligar de um número desconhecido clamando por socorro?

- Jimin? - chamei por seu nome um pouco assustada.

A sala de Jimin me lembrava muito à minha. Um grande sofá retangular que tinha como complemento mais dois dele nas laterais, porém, menores. Um carpete de veludo encontrava-se embaixo do grande quadrado que se formou com os sofás e uma cômoda presa á parede com uma TV de tela grande.

Iria prestar mais atenção no local, mas ouvi barulho na escada ao meu lado e olhei direto para ela, vendo um corpo rolar pelos degraus e me fazer gritar com o susto. A pessoa gemeu, olhei bem pro corpo e o reconheci de imediato.

- Jimin?! - me aproximei do garoto no chão.

Ao me acercar de Jimin, abaixei-me ao seu lado e virei seu corpo para frente, fazendo com que suas costas ficassem completamente grudadas ao chão. Ele gemia baixo, obviamente sentindo dor com a queda, cheirava fortemente à álcool, tão forte que só de abrir a boca já me sentia bêbada com o odor.

- Caralho, Jimin, o que aconteceu?! - indaguei com o coração descompassado.

- E-eu c-caí. - explicou choramingando.

- Você bebeu, seu filho da puta?! - peguei sua cabeça e coloquei por cima de minhas coxas.

- Um... Pouco.

Inspirei o ar com força, soltando ele logo em seguida em uma tentativa falha de me acalmar. Deixei que a cabeça do garoto caísse com força no chão e ouvi o mesmo soltar um ruído de dor, contudo, nem me preocupei e apenas me levantei do chão para ir embora.

- Por favor, não vá. - implorou agarrando meu pé. - Não me deixa sozinho, eu não quero ficar sozinho. Fica comigo, preciso de você.

- Aish! - balancei meu pé para me soltar, mas ele o segurava com força.

Alternei meu olhar entre o garoto e a saída diversas vezes, tentando fazer a batalha dentro de mim se cessar de uma vez por todas. Queria abandoná-lo, minha cabeça dizia que aquilo era o certo à se fazer, mas meu fraco coração mole me forçava á ficar naquele lugar e mirar o garoto de olhar sôfrego que agarrara meu pé para me forçar ficar naquele local.

- Aigo! - bufei irritada balançando meu pé com força, ele teve de soltar, senão iria ser chutado. - 'Tá, eu fico.

Fiz ele se levantar com dificuldade, ele pesava, estava completamente alucinado pela bebida e não controlava o peso de seu corpo.

- E-eu quero m-me des-desculpar-

Começou, mas eu o cortei.

- Não fala merda nenhuma agora. - disse entredentes, a raiva me consumia, mas a compaixão me acalmava. - Apenas tome um banho gelado e depois venha falar comigo, seu imbecil.

Jimin soluçou e eu o empurrei para longe,
 observando como cambaleava e notando suas bochechas rosadas pelo efeito da bebida.

- C-certo, e-eu vou. - começou a subir as escadas cambaleante enquanto se segurava na parede. - Não saia daí!

- Não vou.

Suspirei, eu até poderia ir, mas eu não consigo deixá-lo sozinho nesse estado, vai lá saber a loucura que ele irá fazer. Procurei a cozinha pela casa e, quando consegui achar a porta que levava ao cômodo, me surpreendi com o espaçamento do local. Coberta de azulejos brancos, balcão de aço com acompanhamento do fogão e da pia com bancada de madeira escura. As janelas continham adornos de madeira e portinhas pata abri-las. Parei de observar aquele cômodo bem bonito e brilhante e fui atrás do que queria, café.

Pouco tempo depois, Jimin adentrou a cozinha trajando uma calça de moletom preta bem folgada e uma camisa branca. A umidade de seu cabelo colou boa parte da franja na testa. Park não cambaleava mais, parecia mais lúcido, então, presumi que boa parte do bebida já teria ido embora.

- Café? - indagou olhando a xícara encima da mesa.

- Sim, toma logo. - beberiquei a minha bebida e fiz uma careta por causa do gosto forte do líquido.

Depois de sentado, Jimin tomou um grande gole da bebida e apenas torceu o nariz, não aparecia desgostar por completo do gosto.

- Posso me desculpar agora? - questionou com a voz firme.

- Sim.

Jimin apertou com força a alça da caneca e mirei os nós de seus dedos ficarem brancos com a pressão. Estava visivelmente nervosa, mas não aparentava recuar ou desistir, apenas queria juntar um pouco de coragem para não tropeçar nas palavras.

- Olha, eu sei que fui um idiota, um tremendo de um idiota. Não deveria ter feito tudo isso com você, nem deveria ter te provocado pra início de conversa, nem com Yang, nem com as meninas da festa e nem com ninguém, jamais deveria brincar com seu coração. - fitava a mesa de granito. - Sei que você é livre, não namoramos nem nada, apenas alguns beijos, mas eles não significam que estamos acorrentados um ao outro. Peço desculpas pelo meu comportamento infantil, não queria ter aquele tipo de reação, eu apenas não consegui me controlar quando aquele cara te beijou daquela maneira.

Com um cerrar de punhos, ele se levantou exasperado e jogou as mãos para o ar. Parecia se incomodar com a lembrança.

- Eu gosto de você, droga, gosto muito mesmo. Meu coração bate mais forte ao seu lado, sorrio involuntariamente ao ver seus lábios se curvando e minha respiração vacila quando me toca. Tudo isso é muito bom, mas, gostar de você tem como "cortesia" meu sangue ferver quando vejo alguém que não seja eu lhe tocar. É um ciúmes incontrolável, eu simplesmente me mordo de raiva quando alguém como o Yoongi aparece.

Deitei minhas costas na cadeira, tentando ao máximo regular minha respiração e não mostrar sinais de inquietação enquanto falava. Jimin falando aquilo me bagunçava por completo, meu coração se aquecia, minhas mãos tremiam e eu sentia minha garganta secar com suas palavras. Engoli em seco para afastar minha ansiedade, mas ela parecia aumentar cada vez mais. Pela primeira vez, Park Jimin estava admitindo que gosta de mim, está saindo de sua boca palavras de amor para me conquistar, para que eu o perdoe.

- Eu tenho medo, medo que me abandone para ficar com outro cara. - voltou a se sentar. - Eu sei que não deveria ter, afinal, você tem o direito de ficar com quem quiser, não somos nada, ainda. - notei bem a tonalidade firme que usou na última palavra. - Eu quero que me perdoe porque... Eu simplesmente não consigo viver sem você. - arquejou olhando-me nos olhos. - Eu te provoco e tudo, mas tudo isso é porque eu achava que aquilo iria te manter mais próxima de mim, que uma hora você ia admitir que gostava de mim. Mas acho que estava enganado. Tudo isso só fez você se afastar cada vez mais de mim.

Realmente parecia triste dizendo aquilo, a amargura em sua voz revelou o seu arrependimento. Seus olhos cheios de vida estavam abatidos e cansados, como se ele já não se aguentasse.

- Eu não quero ficar sozinho, quero ficar com você. Não quero que desista de mim, pois eu não estou preparado para tentar sozinho. - respirou fundo. - Você é a minha força e minha fraqueza ao mesmo tempo, você me dá forças para lutar todos os dias, mas ao mesmo tempo me enfraquece quando se distancia. No começo eu queria lhe afastar, mas não imaginei que a coisa mais difícil de se fazer entre nós era permanecermos juntos.

Com um simples entrelaçar de dedos, Park me fez soltar o ar que nem sabia que estava preso e curvar meus ombros um pouco para frente. A tensão me rondava, pois eu estava completamente entregue à esse garoto e faria o que quisesse se me pedisse com aquele olhar sôfrego, contudo, meu orgulho e minha mente ainda conseguiam fazer com que eu agisse pela razão. Agradecia por isso, se não fosse por eles, meu coração me dominaria e eu só iria conseguir reagir pela emoção.

- Não desiste de mim. - implorou manso. - Eu sei que fui um idiota, mas eu prometo parar de agir assim. Só não desista de mim, ______.

O palpitar de meu coração me deixava ainda mais nervosa, o olhar ávido do garoto me desconcertava, então, tive de olhar para o chão para pensar direito. Muitas coisas já aconteceram comigo, ruins e boas, contudo, Jimin bem no meio delas. Tudo que ele já fez o deixa bem no meio desses "tópicos", completamente perdido no meu baú de sentimentos.

Tomei ar para falar e, então, olhei para o garoto baixo, entretanto, maior que eu á minha frente.

- Tá', eu vou te desculpar. - se eletrizou. -  Eu também gosto de você, bobo.

- Obrigado por não desistir de mim. - sorriu radiante.

- Eu desisti, mas voltei atrás. - soltei sua mão da minha mostrando que ainda estava chateada.

- Não, você não desistiu. - recolheu sua mão da mesa. - Se realmente tivesse desistido, não estaria aqui.

Refleti suas palavras. Bem, o garoto me conhece.

- Você tem razão. - virei de costas para esconder meu sorriso.

Ouvi o barulho da cadeira se movendo.

- Ei, ______. - chamou-me.

Quando me virei para olhá-lo, fui surpreendida com um beijo. Sim, beijou-me de surpresa, mas não eufórico e desesperado e sim um beijo lento e afetuoso. Eu tentei me segurar para não retribuir e afastá-lo, mas acabei por rondar seus pescoço com meus braços e deixar que envolvesse minha cintura com os seus. O beijo foi de calmo para quente, puxou meu lábio inferior com os dentes e o soltou em seguida, causando uma ardência gostosa que logo foi curada com sua língua que passou entre meus lábios.

Antes que eu pudesse perceber, já estava encostada em uma parede com Jimin prensando seu corpo no meu. O beijo estava envolvente, eu já me via completamente entregue aquele garoto. Suas mãos apertavam minha cintura com força total, enquanto eu impulsionava meu corpo para frente e sentia ele me empurrar de leve para a parede, causando um contato... Excitante entre nós.

Aos poucos, eu senti o volume de sua calça bater em minha coxa, quando ia me afastar, ele levou seus lábios ao meu pescoço e mordeu na curva com certa força.

- A-ah... - gemi baixo com aquilo.

Jimin afastou seu rosto de meu pescoço e me olhou nos olhos, tão cálido e ávido que minhas pernas firmes ficaram gelatinosas. Sua mão foi de encontro à minha nuca causando uma quentura inexplicável na área.

- Você não vai ser minha somente essa noite, será minha para sempre.