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História Tristeza e Felicidade - Imagine Park Jimin (Em revisão) - Caixinha de Surpresas


Escrita por: Dii_Kook

Notas do Autor


Espero que gostem❤

Capítulo 6 - Caixinha de Surpresas


Fanfic / Fanfiction Tristeza e Felicidade - Imagine Park Jimin (Em revisão) - Caixinha de Surpresas

Março 2017 - 10:45 a.m

Clínica Psiquiátrica Yonsei-ro 

– Oi...? – ela respondeu e veio até mim quase que se arrastando.

– _____, mamãe, _____. – embrei-a.

– Eu sabia, só queria saber se você lembrava o seu nome. – ela riu sem forças. Mamãe continua com o olhar perdido, como se não enxergasse nada. Enquanto me olhava, seus olhos pareciam como um buraco negro. Sem fundo.

– Sim, eu lembro meu nome. – acabei por sorrir com ela.

Abracei-a com força, inalando o cheiro de morango do seu cabelo e segurei para que não caísse. Quando nos sentamos na cama, ela olhou para o teto do quarto que tinha algumas estrelinhas que brilham no escuro e se perdeu ali, como se ele fosse um céu estrelado.

– Mamãe? Estou aqui. – toquei em seu ombro.

– Fique quieta e venha olhar as estrelas comigo. – ela tirou minha mão de seu ombro e a segurou. Com sua mão livre, apontou para o teto – Aquelas ali formam um coelhinho.

Olhei para o teto branco, com os olhos já marejados. As estrelas estavam muito espalhadas, não formavam nada...

–Consegue... Ver? ____.

– Consigo, mãe. 

– Ah, achei que estivesse maluca. – ela riu.

Abracei-a de lado e puxei seu corpo para perto do meu, depositando um selar ao lado de sua cabeça.

– Se a senhora está maluca, então eu também estou – voltei a olhar para o teto. – Porque eu também vejo estrelas.

– Você tem que vir aqui me ver a noite. – murmurou – Elas brilham que nem fogos a noite.

– Eu venho, mãe. – uma lágrima caiu – Venho ver as estrelas brilharam com a senhora.

– Por que só você vem aqui? Eu não tenho mais ninguém além de você?

– Sim, mãe, você tem.

– Eles me esqueceram? – perguntou com a voz chorosa.

Abaixei minha cabeça, segurando o máximo que podia minhas lágrimas.

– Não, eles não te esqueceram...

– Eu esqueci eles?

Uma lágrima sorrateira caiu e eu apertei os olhos para nenhuma outra cair.

– Sim...

Ela ficou em silêncio por longos minutos, depois se levantou e, quando segui seu caminho, percebi que seu olhar tinha mudado.

– Eu não me esqueci deles! – disse em tom ameaçador.

– Mamãe, mantenha a calma, eu não quero ir embora... – tentei.

– EU NÃO ME ESQUECI DELES! EU NÃO ESTOU MALUCA! SÓ MALUCOS ESQUECEM AS PESSOAS! – gritou jogando os objetos da cômoda ao seu lado no chão.

– Mamãe, por favor... – tentei me aproximar.

– EU NÃO SOU MALUCA!

Meu corpo recuou quando ela me acertou um soco, eu me desequilibrei, mas não caí. Mamãe veio para cima de novo, tentou me acertar com mais um soco mas eu segurei seus braços, a impedindo. Ela se debatia para se soltar, mas eu a segurei com força e esperei o que sempre acontecia. Logo os enfermeiros entraram e nem pediram para eu me afastar, pois já sabiam que eu faria isso por causa dos anos de aprendizagem, eles pegaram ela e a puxaram para longe de mim. Mamãe gritava, gritava coisas sem sentido e pedia para eles soltarem-na, virei meu rosto para não ter que ver o que ia acontecer.

Demorou alguns minutos e logo parte dos enfermeiros saiu da sala, mamãe não gritava mais e um deles veio falar comigo.

– Pronto... –;ele assentiu triste.

– O-obrigada. – balbuciei.

– Sugiro que a senhora vá embora, hoje não foi um dia de sorte.

– Tudo b-bem.

O enfermeiro sorriu de lado e saiu do quarto, eu finalmente olhei para minha mãe e percebi que estava dormindo com os efeitos dos sedativos. Voltei a me aproximar dela, segurando em sua mão e beijando sua testa. Uma lágrima caiu em sua bochecha, mas eu não a sequei, apenas fui em seu ouvido e sussurrei:

– Eu vejo um céu de estrelado, mamãe.

Março 2017 - 11:23 a.m

Uma rua qualquer

Eu queria chorar, queria chorar de soluçar, queria gritar até minha garganta doer. Mas eu não podia, eu simplesmente não podia porque estava na rua e, se eu começasse chorar aqui, iria chorar até o anoitecer. Chegaria em casa chorando e meu pai me veria minhas lágrimas, se culparia ainda mais. Então, eu preciso ser forte.

Fui até minha casa devagar, andando em passos lentos até perder a vontade chorar e, quando percebi que não corria mais riscos, entrei em casa e passei pela sala.

– Como foi lá? – meu pai perguntou assim que eu entrei na sala.

Forcei um sorriso no rosto.

– Bem, ela estava com saudades e eu também.

– Que maravilha, bebê. – ele sorriu.

– Eu vou tomar um banho e venho já, okay?

– Okay.

Subi para o meu quarto ainda segurando as lágrimas e, quando entrei nele, fechei as janelas e comecei a me despir ali mesmo. Tranquei a porta para que não acontecessem imprevistos, Iara estava no quarto e percebeu que eu estava precisando de ajuda, então veio até mim e eu me agachei ao seu lado.

–;Oi bebê... – falei num fio de voz.

Ela lambeu meu rosto e abanou devagar o rabo, olhou-me com olhinhos tristes e esfregou sua cabeça em meu rosto.

– a mamãe vai tomar um banho – me levantei – Não se preocupe, eu não demoro.

Quando entrei no banheiro, fui direto para a água quente do chuveiro porque já estava nua, não queria ter de esperar a banheira encher.

Logo eu não sabia distinguir a água do chuveiro com minhas lágrimas.

Março 2017 - 11:45 a.m

Minha casa

Quando desci as escadas, agora mais calma e com aquela aura feliz me rondando, encontrei meu pai ainda sentado no sofá e assistindo um noticiário. Chorei tudo que tinha de chorar no banheiro, então não corria mais riscos.

– Então, senhor Felipe, – chamei a atenção do mesmo – Aonde vamos?

– Dar uma volta. – ele sorriu e desligou a TV – Temos o fim de semana inteiro para passear e ficarmos juntos, vamos compensar todos os dias das semanas.

– Vamos levar a Iara? – perguntei sorrindo.

– Ela e o Leslie, sei que não se leva um gato para passear, mas ele vai ficar quietinho nos meus braços.

– Tudo bem.

Eu estava feliz, apesar de todos os problemas, eu esquecia todas as coisas ruins quando via meu pai sorrir e passeava com ele.

Abril 2017 - 09:47 a.m

Escola Sogang Business

Procurei Jimin pelos corredores, afinal, não sabia onde gostava de lanchar. Só fui encontrá-lo no jardim detrás da escola, completamente sem companhia e encostado em uma das árvores.

– Hey... – falei quando me aproximei do mesmo, ele não abriu os olhos, pelo contrário, continuou com eles fechados e suspirou ao ouvir minha voz – Obrigado pela jaqueta.

Coloquei ela em cima de suas pernas, pensei em ir embora, mas preferi me sentar ao seu lado e aproveitar a brisa fresca do verão.

– Não vai ficar com suas amigas? – ele perguntou.

- Não, eu prefiro ficar aqui com você.

Soltou o ar pesadamente.

– Você, por acaso, se apaixonou por mim? – finalmente abriu os olhos para me olhar – Caralho, você me persegue pra tudo quanto é lado! Parece até uma stalker!

Ri soprado, mas ele continuou sério e me fitando.

– Não, eu não me apaixonei por você – respondi sorrindo – Já disse meus motivos para ficar ao seu lado.

Park não falou mais nada, apenas voltou a se encostar na árvore e não fechou os olhos desta vez. Ele começou a observar as nuvens, perdido nos próprios pensamentos.

– Obrigado por não ter me deixado sozinha lá. – agradeci – Eu iria te perseguir mais ainda como castigo.

– Eu sei, por isso te carreguei. – fez uma pausa – Eu até te deixei cair para ver se você acordava, mas você continuou dormindo.

– Poderia ter me balançado ou gritado no meu ouvido...

Ele apertou os lábios, percebi que se sentia um tremendo idiota por não ter pensado nisso.

– Devia ter pensado nisso. – respondeu ainda perdido nas nuvens.

– Eu sei.

Acho que essa é a primeira vez que Park não me trata mal, não fala com frieza, não me corta e nem me xinga. Ele me ignorou no começo, mas parece que desistiu da idéia e me tratou como uma pessoa de verdade pela primeira vez. Também foi a primeira vez que ele não disse que minha voz é irritante ou que eu o irrito.

Talvez as coisas estejam começando a mudar.

Park Jimin

Abril 2017 - 13:06 p.m

Uma rua qualquer.

Agradeci por ______ não ter vindo atrás de mim na hora da saída, agradeci por ver ela saindo do colégio primeiro que eu e agradeci por não ter virado para trás para ver se eu estava lá. Sem ela, eu segui meu caminho tranquilamente, pelo menos até ouvir alguns barulhos estranhos.

Na verdade, eram vozes, vozes de garotas que vinham de um beco, o qual eu me refugiei por muito tempo. Aquele beco foi meu esconderijo quando era um idiota, um idiota que chorava e bebia, ninguém me incomodava lá, exceto uns arruaceiros que sempre acabavam do mesmo jeito: Assustados.

Conforme eu me aproximava da rua onde o beco ficava, mais nítidas as vozes ficavam.

– Por que não volta pra sua merda de país, vagabunda? –uma voz feminina falou e eu ouvi algo bater bruscamente contra a parede.

Olhei do outro lado da rua e consegui ver o beco. Primeiro eu me surpreendi, depois eu entendi a situação e não me abalei pelo o que vi.

_____ estava cercada por três garotas, todas usando o mesmo uniforme de nossa escola, conheço aquelas garotas, elas são do segundo ano. As garotas olhavam para _____ com certo nojo, olhando-a de cima abaixo várias vezes enquanto soltavam risadas, a brasileira apenas aguentava tudo de cabeça erguida e com um olhar determinado.

Aquela idiota não vai ao menos tentar se defender?!

– Acha mesmo que consegue ter algo com o Park Jimin? – a que estava entre as duas falou novamente, pelo o que me parece, ela é a líder. – Vimos vocês atrás do colégio, acha mesmo que ele vai te tratar bem?

Enquanto a garota falava, ela cuspia propositalmente, as outras não falavam nada, mas humilhavam _____ com suas risadas debochadas. 

– Ele não olha nem pra nós, quando mais pra uma brasileira puta!

Ela deu um tapa forte na cara da garota, esta por sua vez não se alterou, apenas levantou o olhar e encarou a loira.

– Olha pra você... – voltou a medir ____ com os olhos – Totalmente estranha. – praticamente cuspiu as palavras enojada.

A garota acertou mais um tapa na cara de _____ seguido por um soco no rosto, logo ela começou a espancar a garota com fortes socos na barriga.

Aquilo estava me irritando, mas eu não queria fazer nada. Virei várias vezes para seguir meu caminho e deixar _____ ali, apanhando para àquelas garotas. Entretanto, algo me segurava. Era como se uma força sobrenatural me segurasse ali e me impedisse de sair. Eu olhava para o beco e via _____ dar leves pulos conforme a garota batia em seu estômago, e via as garotas rirem com a cena.

Acabei por suspirar pesadamente. Não sei se era pelo fato de odiar meninas daquele jeito, preconceituosas, ou se era por restar um pingo de compaixão em mim, mas eu dei um passo para atravessar a rua e acabar com aquilo. Contudo, parei de imediato quando vi o corpo da agressora praticamente voar para a outra parede do beco e as outras duas cessarem os risos estáticas.

Logo elas foram ao chão quando _____ acertou dois socos nas mesmas, formando assim um trio de garotas desacordadas no chão. Eu praticamente paralisei, fiquei encarando aquele beco como se fosse a cena de um filme, esperando os próximos acontecimentos. A brasileira literalmente havia acabado de nocautear as três agressoras apenas com um chute e dois socos.

Esperava de tudo, menos que ____ fosse até sua mochila e tirasse de lá band-aids e o que julgo ser.... Remédio para dor? Por que raios essa garota anda com remédio para dor na mochila?!

A única acordada ali se abaixou diante das garotas desmaiadas e começou a cuidar dos possíveis ferimentos que causou nelas. Percebi que, enquanto fazia isso, chorava fortemente, provavelmente com peso na consciência por ter batido tão forte nas garotas. Percebi que chorava por causa de suas costas que tremiam conforme soluçava.

As garotas espancaram ela, xingaram ela, humilharam-na e essa idiota ainda chora por elas? Com certeza essa menina tem problemas.

Depois de cuidar das suas agressoras, _____ deixou o frasquinho com comprimidos bem no centro da garotas, arrumou suas roupas e se levantou, pegando sua mochila e saindo do beco. Segui ela com o olhar durante alguns segundos, vendo que segurava o choro e me perguntando como ela conseguiu fazer aqueles movimentos. Provavelmente deve ter aprendido alguma luta, apesar de não ter músculo nenhum, seus movimentos e sua força mostrou que sabia algumas coisas.

Como não tinha mais nada para ver ali e ____ já havia sumido, decidi retomar o meu caminho.

Nunca passou pela minha cabeça que _____ lutava ou lutara em sua vida, apesar do jeito teimoso e determinado de ser, ela não parecia daquelas que curtia violência. Será que aprendeu algumas coisas somente para se defender de casos assim?

Essa garota consegue ser uma caixinha de surpresas.

Não sei se isso é bom ou ruim.


Notas Finais


CARALEO, SÃO 73 FAVS EM MENOS DE UMA SEMANA! Vocês têm noção do quando estou feliz? EU ESTOU SOLTANDO FOGOS DE TANTA FELICIDADE!

Essa, de fato, é a minha fanfic que cresceu tão rápido em um período tão curto❤ Obrigada amores❤

Cadê vocês?


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