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História Tristeza e Felicidade - Imagine Park Jimin (Em revisão) - De Trincado, Foi Para Quebrado


Escrita por: Dii_Kook

Notas do Autor


Não me matem...

Capítulo 9 - De Trincado, Foi Para Quebrado


Fanfic / Fanfiction Tristeza e Felicidade - Imagine Park Jimin (Em revisão) - De Trincado, Foi Para Quebrado

Park Jimin

Abril 2017 - 09:40 a.m

Escola Sogang Business

Não sei porque vagava pelos corredores, entretanto, era o que eu estava fazendo. Já deveria estar no jardim atrás da escola, encostado na cerejeira e de olhos fechados, torcendo para que nem ______ e nem ninguém me incomodasse. Mas estou aqui, andando pelos corredores que nem mais uma bando de idiotas como se algo me obrigasse a fazer isso.

Subi para o terceiro andar, parecia que, eu via uma linha branca no chão que trilhava o caminho que eu deveria seguir. Eu poderia ter virado as costas e ignorado aquela sensação? Poderia, mas decidi deixar o destino me surpreender pelo menos uma vez.

Ouvi choros, não aqueles choros gritantes e escandalosos, eram chores abafados, com certeza não seriam ouvidos se o corredor não estivesse vazio e completamente silêncio. Era errado? Era. Ia contra todos os meus princípios? Ia. Eu me sentia patético e impotente? Óbvio, mas eu fui ver do mesmo jeito quem estava chorando.

Ela estava lá, sentada em uma das mesas perto da janela e abraçando os joelhos, suas lágrimas caíam por muita dor, e eu senti que não era uma dor física. Se fosse qualquer outra garota, eu iria embora, mas era a _____, a garota que só chorou quando apanhou, estava chorando quase de soluçar. E apesar de me odiar por isso, era preocupante.

Mais uma vez, eu fui forçado a ficar vendo aquilo porque simplesmente não conseguia mover-me para outro lugar, como se aquela visão lamentável me prendesse ali.

- Você só me trás problemas, garota. - reclamei para mim mesmo dando-me por derrotado e entrando na sala.

Ela percebeu minha presença, pois sobressaltou na mesa quando me olhou, mas logo percebeu que era nada mesmo e nada mais que Park Jimin.

- Por que está chorando, idiota? - perguntei contra minha vontade e sentando-me na carteira ao seu lado, as mesas estavam unidas envolta da sala como ficava nos eventos de exposição.

- Não estou chorando... - disse com a voz embargada e secando as lágrimas que insistiam em cair.
 
- Dá pra parar de ser tão patética? - bufei irritado - Você está com os olhos vermelhos, está balbuciando e quer me convencer do contrário? - revirei os olhos impaciente. - Me diz logo a porra da verdade!

_____ recuou impressionada e abaixou a cabeça, iniciando um debate dentro de si para ver se me contado ou não.

Também aproveitei para pensar: Por que cargas d'água a garota mais "cor de rosa" do universo estava se transformando em um cinza? De repente, a minha ficha caiu e me desatei a rir.

- Já sei, você está cansada de apanhar, né? - olhei para ela gargalhando, esta continuava com a cabeça abaixada. Acho que acertei. - Você está pensando se deve se afastar de mim ou não, né? Deveria se afastar, seria melhor para nós dois - debochei - Afinal, eu não preciso de sua...

- Minha mãe está em uma clínica psiquiátrica.

Meu riso se cessou. Olhei para a garota não entendendo o que disse.

- Oi?

- Minha mãe está em uma clínica psiquiátrica. - repetiu pausadamente.

Demorou um pouco, mas eu finalmente consegui processar suas palavras e senti uma pontada no âmago por ter caído na gargalhada segundos antes. Um nó enorme se formou em minha garganta e eu me esforcei para encontrar a voz.

- Por que? - percebi que ainda travava uma questão interna em si - Olha, se não quiser me contar tudo bem, eu respeito. Eu não sou um cara que escuta as pessoas, mas estou disposto a te ouvir se quiser conversar sobre isso.

Preparei para me levantar, mas a garota segurou meu pulso e abaixou novamente a cabeça, pedindo sem palavras para que eu ficasse. Obedeci, voltei para trás e olhei-a ansioso, esperando alguma coisa. Ela suspirou e fechou os olhos, logo abrindo-os novamente e me olhando com uma mistura de sentimentos amargurados.

- Quando era pequena - começou - meus pais sofreram com uma crise econômica, as empresas que trabalhavam tiveram sérios problemas e eles tiveram que trabalhar em triplo pra conseguir manter a firma em pé, com isso, o salário deles caiu e eles tiveram de arrumar mais um emprego para conseguir sustentar tudo. Meu pai aguentou a barra, ele era forte o suficiente, mas, minha mãe, acabou se afundando em um mundo de problemas. Eu queria ajudar, mas era muito pequena para trabalhar, uma criança.

Escutei tudo em silêncio, atento a cada palavra que saía de sua boca e observando as lágrimas teimosas que escorriam pelo seu rosto.

- Mamãe ficou praticamente sufocada e obcecada pelo trabalho, ela era a pessoa mais doce que eu conhecia, mas começou a ficar agressiva com o passar do tempo. - soluçou - Um dia, meu pai queria nos levar no parque, mas ela se recusou á ir, então, fomos só nós dois. - ____ enfiou o rosto entre as mãos, senti mais uma pontada no profundo novamente, mas me segurei - Fizemos errado... - pausou e perdeu o olhar na janela ao seu lado. - Quando chegamos, ela estava surtando.

As lágrimas dela aumentavam e a garota já não se preocupava em segurar os soluços ou as lágrimas, apenas deixava aquelas gotas cortantes tentarem limpar a dor de seu coração, o que parecia cada vez mais impossível de acontecer.

- Estava quebrando as coisas e gritando palavras sem sentindo, depois, veio para cima de mim e meu pai a segurou. - apertou as mãos contra o peito como se tentasse segurar seu coração. - Levamos ela para o hospital, o médico disse que seria melhor uma clínica, mas a gente queria cuidar dela. A amávamos, para interná-la, tínhamos esperança. Ainda amamos. - disse a última parte em um fio de voz.

Não me ousei a dizer uma sequer palavra, apenas escutava aquela história atentamente para não perder um detalhe sequer. Sabia que iria continuar, pois ela parecia tentar retomar as forças para terminar a história.

- Um dia, enquanto jantávamos, mamãe estava gentil e feliz, achamos que ela estava melhorando, mas ela pegou uma faca de cortar carne que estava encima da mesa. - meu corpo inteiro tremeu - Ela atirou na direção de papai, não conseguiu acertá-lo, mas tentou. Boa parte da culpa é minha, se eu tivesse protegido-a, se eu tivesse ajudado mais ela, isso não teria acontecido.

Ela parecia se lembrar de cada detalhe, vendo as imagens que descrevia bem na sua frente, gritando por dentro e soluçando por fora.

- Ela ficou louca, Jimin.

Aquilo estava me matando.

Vê-la daquele jeito, tão magoada, fazia meu coração se apertar. Achei que não tinha um, mas descobri que tinha pelo simples fato de querer chorar junto com ela. Suas lágrimas eram ainda mais cortantes para mim, suas palavras eram ainda mais sôfregas para mim, seus soluços eram ainda mais sufocantes para mim.

Sua dor, era ainda mais dolorosa para mim.

Eu queria mentir para mim mesmo, queria enganar meu próprio coração e não admitir que sim, eu sentia algo por ______. Não sei que tipo de afeto por essa brasileira. Não sei o quão grande é esse afeto, mas sei que não quero vê-la chorar.

- ______... - praticamente balbuciei.

Aquilo quebrava todas as fucking regras que construí, me derrotava por completo, fazia meu murinho insensível se quebrar em milhões de pedacinhos e me levar junto. Entretanto, eu fiz do mesmo jeito.

Eu a abracei.

Abracei com força, apertando seu rosto contra meu peito e envolvendo suas costas delicadas com meus braços fortes. Ela soltou uma exclamação de surpresa, não a julgo por isso, esse foi o toque mais íntimo que tivemos em todos esses dias. Pelo menos o toque mais íntimo que EU retribui.

- Jimin... - sussurrou ainda desconcertada pelo abraço.

Não respondi, permaneci de olhos fechados e inalando a fragrância de baunilha que seus cabelos exalava. Demorou, mas senti seu corpo relaxar e seus braços também me rondaram, apertando-me ainda mais. _____ chorava, chorava ainda mais forte e não se preocupou caso sujasse minha camisa, eu também não me preocupei, apenas queria confortá-la. 

- A culpa não é sua... - sussurrei docemente em seu ouvido, minha voz estava tão doce, tão mansa, que duvidei que seria minha mesmo. Achei que, depois de tanto tempo, nunca mais conseguiria fazer essa voz. - A culpa não é nem um pouco sua.

_____ me apertou com mais força, de alguma forma, parecia que queria amenizar sua dor com meu corpo.

- Muitas coisas acontecem em nossas vidas, coisas boas e coisas ruins. Às vezes extremamente boas, às vezes extremamente ruins. - acariciei seus cabelos levemente. - Perdemos e ganhamos coisas todos os dias, às vezes até pessoas, muitas vezes é nossa culpa, mas nem sempre. Esse é o seu caso, ______, sua mãe não está desse jeito por sua culpa, muitos menos culpa de seu pai e dela. Ela está por culpa do destino filha da puta, que sempre tenta nos testar da pior maneira possível. - eu sussurrava, parecia que, se eu falasse alto demais, alguma coisa iria se quebrar. - Você está indo bem, _____, você está passando no teste. Eu não sei exatamente o estado da sua mãe, mas sei que ela ainda ama você.

- Ela se esqueceu de todos, Jimin. Ela se esqueceu da família, do marido, dos amigos. - balbuciou - Tenho medo que ela se esqueça de mim. Tem dias que eu chego e ela me abraça, tem dias que ela me bate... Tem dias que ela não está acordada. - soluçava contra meu peito - Tenho medo que eu chegue lá e ela não se lembre de mim, ela às vezes se esquece de meu nome, mas tenho medo que ela se esqueça da minha pessoa, da minha aparência. Da filha dela.

Minha dor aumentava a cada palavra dita, como se minha alma se rasgasse e meu coração se trincasse com a voz embargada da magoada  ______.

- _____, ela jamais vai se esquecer de você, jamais. A mente dela pode se esquecer, mas o coração? Jamais. - coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha, logo voltando acariciá-lo - Por mais que a mente dela não se lembre de sua aparência, nome e outras coisas, o coração dela nunca vai se esquecer de você, nunca vai de esquecer que cuidou de você, que te ama e que te tem como filha.

Suspirei pesado.

- A mente pode se esquecer, mas o coração nunca se esquece dos sentimentos que já teve.

Eu era a prova viva daquilo, eu me forçava a não lembrar de coisas do passado, mas elas sempre voltavam á tona por causa do meu maldito órgão sentimental. Meu coração. 

- Seu sorriso é quase inquebrável, ______. Quando te vi chorando, achei que era uma miragem e que eu estava delirando, pois eu não conseguia te imaginar daquele jeito. Triste. - confessei - Seus olhos são cheios de sonhos e esperanças, seus sorrisos são cheios de alegria e determinação. Você é a felicidade em pessoa. Eu nunca acreditei que uma pessoa poderia ser tão feliz quando você, exalar tanta paz e alegria como você, então, continue assim, por favor. Odiaria ver essa sua chama se apagar. Você é como a água, me deixa, MINIMAMENTE, feliz.

- Jimin... - balbuciou - Obrigada.

- De nada, pri- - parei, não podia falar, não podia chamá-la daquilo.

Me afastei de _____ aos poucos, soltando-a de meus braços e a afastando. Esta agora sorria, um sorriso tão encantador e forte como sua personalidade.

- Viu? Seus sorrisos são sua arma mais poderosa. - brinquei soltando um riso baixo.

- O seu também, Jimin.

Eu não percebi, mas estava sorrindo por causa de seu sorriso. Meus lábios se curvaram e eu nem tinha notado.

- Tenho que ir. - falei já me afastando.

- Tudo bem, eu vou ficar aqui mais um pouco.

- Nada de chorar! - adverti.

- Certo! - rimos.

Quando saí de seu campo de visão, o choque da realidade me bateu como um lutador de MMA. Eu parei de súbito para tentar entender o que tinha acabado de acontecer naquela sala.

Quando eu finalmente entendi, eu fiquei completamente atordoado e inquieto, questionando-me de como deixei as coisas chegarem á aquele ponto.

Eu fiz a maior merda de todas.

Eu fui patético.

Abril 2017 - 12:57 p.m

Saída

No portão da saída, enquanto todos os alunos se despediam de seus amigos e rumavam á suas casas, eu fiquei parada bem no meio do pátio para ver se encontrava Jimin. Apesar da crise de choros e de estar completamente destruída poucas horas atrás,  agora eu me sentia completa e feliz. Tudo por causa de Jimin, porque ele não deu as costas e me deixou chorar, porque ele não me abandonou.

- Jimin! - chamei-o acenando quando vi ele cruzar a grande passagem da saída.

Ele abaixou a cabeça e passou por mim, me ignorando por completo.

- Vai começar de novo? - segurei em seu braço o puxando de volta - Vai me ignorar e se tornar aquela pessoa fria?

- Eu nunca deixei de ser aquela pessoa fria. - respondeu ríspido e puxando seu braço de volta - Eu só podia estar ficando louco...

Acabei por gargalhar, não sei ao certo do que, mas gargalhei, então, ele se auto interrompeu.

- Você não parecia louco quando me abraçou... - provoquei e pareceu encolher os ombros, mas logo se recompôs - Não parecia louco quando-

- Eu estava louco quando achei que você não era a culpada.

Paralisei.

- O que? Acha mesmo que não foi a culpada por sua mãe estar do jeito que está? Maluca, em um clínica psiquiátrica? - ele mostrou um sorriso maldoso - Você é doente, _____, tão doente que acreditou quando eu falei que não era a culpada. Sua mãe está naquele estado por você não ter cuidado dela! Por não ter ido trabalhar quando eles tiveram a crise! Ah, "eu era pequena", outra culpa! É sua culpa eles terem uma crise quando você era pequena, sua culpa ser tão pequena quando eles precisaram de você! Vai ver gastava toda grana deles com brinquedos inúteis.

Jimin cuspia as palavras em mim, gritando com raiva e me olhando com olhos assustadores. Alguns alunos nos olhavam apavarodas, se perguntando o que estava acontecendo.

Tudo que eu fiz foi congelar. Ouvindo suas palavras e não acreditando no que estava dizendo, tentando em convencer de que dormi na sala e estava presa em um pesadelo.

- Por favor, não me deixei maluco como fez com sua mãe. É culpa sua ela está maluca, não quero seguir o mesmo caminho. Eu sou jovem, não quero ficar em uma clínica psiquiátrica por causa de uma doente como voce! - ele me olhava como se eu fosse um monstro, mas não assustado, e sim com nojo. Como se o fosse o ser mais desprezível que convivera em toda sua vida.

Eu perdi o controle.

Park Jimin

Abril 2017 - 12:59 p.m

Pátio da Sogang Business

- O que? Acha mesmo que não foi a culpada por sua mãe está do jeito que está? Maluca, em um clínica psiquiátrica? - meus lábios automaticamente se curvaram em um sorriso maldoso - Você é doente, _____, tão doente que acreditou quando eu falei que não era a culpada. Sua mãe está naquele estado por você não ter cuidado dela! Por não ter ido trabalhar quando eles tiveram a crise! Ah, "eu era pequena", outra culpa! É sua culpa eles terem uma crise quando você era pequena, sua culpa ser tão pequena quando eles precisaram de você!

Eu praticamente cuspia as palavras em _____. Aquilo estava me machucando, me cortando por dentro e me ferindo da pior maneira possível. Se sorriso sumindo, seus olhos estáticos e suas mãos ficando trêmulas, aquilo estava me assassinando. Eu não queria dizer aquilo, não queria magoá-la com aquelas palavras brutas, mas elas saíam automaticamente.

Eu queria gritar, gritar que eu estava ficando louco e que aquele não era eu dizendo aquelas coisas, dizer o quanto meu coração estava se quebrando a cada palavra que a machucava.  Entretanto, era tarde demais, eu já tinha aceitado que aquilo iria até o fim, tudo porque sou um filho da puta.

- Por favor, não me deixei maluco como fez com sua mãe. É culpa sua ela está maluca, não quero seguir o mesmo caminho. Eu sou jovem, não quero ficar em uma clínica psiquiátrica por causa de uma doente como você, não quero ficar maluco por sua causa!

Um ardor em meu rosto me fez paralisar, não sei se meu rosto estava com a marca de seus dedos, mas aquele tapa foi o suficiente para virar meu rosto. Eu travei, nem ousei voltar á olhar a garota, na verdade, nem conseguia me mover. Seu tapa foi como um choque, um baque que me acordou para realidade e me fez voltar ao meu corpo. Meus músculos travaram e minha boca começou a tremer em intervalos de poucos segundos.

Escutei seus passos, cada vez mais afastados, até sumirem. As pessoas me olhavam incrédulas, provavelmente com nojo, sussurravam ofensas e comentários negativos da minha pessoa, e eu não discordava delas. Eu era um ser terrível.

Eu fiz a garota mais calma e feliz do colégio me bater, eu fiz a garota que chorou por ter que bater em suas agressoras atingir meu rosto com um tapa muito bem dado.

Meu coração que antes já era trincando, se quebrou por inteiro.

Seu tapa doeu muito em meu rosto, marcou minha pele com a vermelhidão de seus
dedos. Contudo, ele doeu ainda mais na minha alma, e marcou meu odioso coração.


Notas Finais


Antes de vocês me matarem, quero dizer que fui no Anime Friends, me diverti, conheci a Carol Steinert e a moça do ThaEscapando❤❤❤❤❤❤❤❤ Ah, comprei minhas primeiras coisas do grupo💙

Agora... Podem me matar, lembrando que, se me matarem, acabou a fic.

Tchauzinho❤


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