História Troca de realidade (Echotale) - '' Não... Pode ficar. ''

Frisk:

Eu estava perplexa. Não sabia se xingava ele, não sabia se o beijava, não sabia o que fazia.

Apenas fiquei encarando-o séria. Quando, ele deu um sorriso de lado e uma risada pelo ‘’ nariz ‘’.  Ele me abraçou e disse que cuidaria de mim. Então, eu o abracei de volta, e chorei abafado em seu peito.

Quando me soltei do abraço, andei até o quarto que seria o de Papyrus e me joguei na cama, ficando deitada.

Depois de alguns minutos escutei a porta ser fechada, G! Devia ter saído.

...

Fiquei um bom tempo pensando na cama.

Levantei e olhei em todos os cômodos da casa. G! Não voltou.

Eu deveria ir atrás dele?

Então, nem tive tempo para pensar, saltei da cama e andei até a porta. Parece que o frio havia aumentado.

Comecei a andar em direção a ‘’ Waterfall ‘’ passando pelos mesmos locais , chegando até o riacho que tínhamos tomado banho aquela vez.

Ele não estava ali.

Comecei a ficar meio preocupada, apesar de não achar que ele deve ter desaparecido ou algo assim, ele deve estar tentando me pregar uma peça.

Andei mais um pouco, chegando até aonde deveria ser a luta com a Undyne, na caverna aonde dava entrada a HotLand.

Mas havia muitas Echoflowers, esse lugar é cheio delas, e eu simplesmente adoro esse detalhe.

Caminhei até algumas que estavam ali perto da caverna.

‘’ Esqueleto idiota o que você tem em mente? (Suspiro) ‘’

A primeira flor ecoou.

‘’ Não sabe como parar de machucar as pessoas? ‘’

‘’ Eu deveria ficar calado às vezes. Eu não posso perder outra coisa importante pra mim. ‘’

‘’ Eu devo ajudá-la a recuperar a linha do tempo, não machucá-la. ‘’

G! Não deveria estar muito longe dali, então me sentei, uma hora ele iria voltar.

Comecei a dar risada sozinha me lembrando do banho na cachoeira. Eu estava agindo certo também?

- Eu sou tão idiota. – Sussurrei para mim mesma.

- Percebeu agora? – A voz grave soou até meus ouvidos.

- Não pense que você não é também. – Sorri para ele.

- Não esta mais chateada? – Ele sentou ao meu lado.

- Talvez. Mas eu preciso aprender a conviver com você, se não vamos nos matar. – Rolei até ficar entre suas duas pernas, deitada.

- Olha, então estava só esperando uma oportunidade para dar em cima de mim, não é? – Ele riu.

- Não idiota! – Eu ri também.

‘’ Eu não posso perder outra coisa importante pra mim ‘’

As palavras ecoaram novamente na minha cabeça.

Sem pensar duas vezes, o abracei, e ele fingiu que caiu no chão de propósito, me fazendo ficar em cima.

- Olha só quem está dando em cima de mim agora. – Arqueei as sobrancelhas e o encarei.

- Mas foi você que se jogou pra cima de mim. – Ele fez aquela cara.

- Você não perde a oportunidade não é mesmo? – Revirei os olhos sorrindo e me sentei novamente.

Ele então colocou uma mão em minha perna e fez cafuné com a outra mão.

Eu apenas fechei os olhos.

- G? – Eu chamei.

- Sim?

- Como Gaster criou coragem para fazer... Humm... É... Como posso explicar. – Eu abri os olhos e me virei de frente pra ele, rindo internamente.

- O que foi criança? – Ele me encarou.

- Como Gaster criou coragem para modelar um membro masculino? – Eu soltei uma risada.

Ele riu, mais riu até não poder mais, então se sentou novamente, terminando de rir.

- Olha eu não sei. – Ele riu mais um pouco. – Mas ele é bem corajoso. – Ele parou de rir. – Mas ele também é um homem bom. Acho que ele quis dar a vida a alguém por completo e em perfeito estado, e não faltando algo, entende? – Ele encarou o chão.

- Entendo. Desculpe. – Encarei o chão também.

- Desculpas por quê? Você me fez dar umas risadas. – Ele sorriu e me encarou.

O encarei e sorri também.

- Você gosta de dançar? – Eu encarei minha meia calça preta.

- Não sei acho que sim. – Ele pareceu confuso.

- O que acha de... Dançarmos? – Eu o encarei.

- Sem música? – Ele levantou.

- É, só por diversão mesmo. – Eu sorri me levantando também.

G! Colocou a mão na minha cintura e eu coloquei uma mão em seu ombro e outra segurando a dele.

- Me impressione. – Ele sorriu para mim.

Começamos dançando como aqueles casais de filmes, mas aos poucos fui me entediando.

Então eu e ele dançávamos animados, sorrindo. Ele me girava e entravamos em um mundo apenas nosso (literalmente falando).

Então após nossa dança sem música, deitamos no chão, exaustos.

Então começamos a rir sozinhos.

- Vamos voltar para casa. – Ele levantou e me estendeu a mão.

Segurei sua mão.

- Vamos.

...

Novamente havíamos chegado. G! Havia se jogado no sofá, enquanto eu me sentava ao seu lado.

Senti algo grudar nas minhas costas. E quando retirei aquilo, era outro post-it.

‘’ De pouco em pouco, tudo se conserta, porque não tentar? ‘’

- G! – O encarei.

- Que foi agora? – Ele suspirou.

- Você anda tentando pregar uma peça em mim?

- Não. – Ele sentou no sofá. – Por quê?

- Bom... – O entreguei o papelzinho.

- Isso me deu uma idéia! – Ele me encarou. – Vamos consertar a maquina de W.D Gaster para retornarmos a sua realidade!

Eu ia dizer isso quando brigamos.

- Por que não tentar? – Sorri. – Vamos!

- Mas como acharemos os materiais? – Ele ficou pensativo.

- De pouco em pouco tudo se conserta. – Coloquei uma mão em sua perna e ele me encarou. – Vamos esperar outro sinal. – Sorri.

Ele sorriu pra mim e se deitou novamente no sofá, com as pernas em cima de mim.

Não pensei duas vezes e me arrumei ao seu lado, tirando minhas botas e colocando uma das pernas em cima dele.

- O-O que está fazendo? – Ele parecia nervoso.

-Quer que eu saia? – Me senti ficar nervosa também.

- Não... Pode ficar. – Ele respirou abafado. – Princesa das EchoFlowers.

Fechei os olhos, sorrindo.