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História Tróia - O rapto de Helena pelos cavaleiros - Prisioneiro em Esparta


Escrita por: Bella-Luna

Notas do Autor


Olá caros leitores, ai está mais uma fanfic de minha autoria. Espero que gostem.
Pares principais: Máscara da morte de cãncer e Lexi (oc), Camus e Milo, Shura e Aiolia.

Capítulo 1 - Prisioneiro em Esparta


Capítulo Um

 

Prisioneiro em Esparta

 

O casamento de Peleu foi um momento de grande comemoração, mas também de grande confusão. A Deusa da Discórdia Éris havia aparecido com uma maçã de ouro gravada “Para a mais bela” e havia lançado a discórdia entre as três Deusas mais belas, Afrodite, Hera e Atena.

Sem que conseguissem ser imparciais, trataram de arrumar um humano considerado o mais honesto entre os mortais, Páris, filho do Rei Príamo de Tróia. A ele foram oferecidos presentes pelas Deusas para que fossem as escolhidas a tal título. Afrodite ofereceu o amor da mais bela mulher do mundo, Hera ofereceu o poder sobre a Ásia e Atena ofereceu a Páris, sabedoria.

Páris levou um dia e meio pensando nas propostas e por fim escolheu pelo amor da mulher mais bela do mundo, ficando assim com a proposta de Afrodite, entregando a ela a maçã dourada. Atena e Hera prometeram infernizar a vida do jovem honesto. Afrodite então disse a ele que a mulher mais bela do mundo se encontrava em Esparta e era casada com o Rei Agamemnon e portanto não era uma mulher livre. Páris deveria raptar Helena de Esparta.

Páris não se importou com aquilo e mesmo cheio de ódio da Deusa decidiu que iria raptar Helena pra ele.

Atena sabendo de tudo aquilo, riu-se a valer e decidiu que Páris não levaria Helena. A Deusa da Guerra então convocou seus protetores de ouro, os cavaleiros do seu Santuário, homens de sua confiança e devoção infinita para que fossem raptar Helena antes de Páris.

Aiolia de Leão, Afrodite de Peixes, Máscara da Morte de Câncer, Milo de Escorpião, Camus de Aquário e Shura de Capricórnio foram os cavaleiros designados ao rapto de Helena em Esparta. Estes eram os cavaleiros dourados que recebiam treinamento desde a mais tenra idade para servir a Deusa Atena e fazer sua proteção. Eram homens de guarda especiais, dotados de força sobre-humana e capacidades além da compreensão humana conferidas pela Deusa.

Entretanto esses quase santos tinham também suas paixões. Ainda eram homens de carne e osso e padeciam de tédio, desejos, aspirações e toda a sorte de sentimentos e sensações humanas.

Entretanto Atena foi clara, não poderiam usar seus cosmos, habilidades e força superiores para aquela missão ou poderiam levantar suspeitas dos Deuses. Deveriam seguir para Esparta e tentar o rapto da bela mulher pelos meios normais. Aquela era uma missão secreta. Apesar de tratar-se apenas do capricho de uma Deusa, eles deveriam arriscar seus pescoços para fazer valer sua vontade, mesmo a contragosto.

 

***Esparta***

 

Havia um mercado populoso em Esparta, do lado de fora das muralhas da grande cidade. Os cavaleiros se espalharam para tentar conseguir o seu intento de transpor os muros de Esparta e chegarem à princesa Helena.

Afrodite apropriou-se de um pedaço de madeira e começou a vender flores no mercado para despistar os guardas espartanos.

Camus tentava encontrar uma brecha no muro de pedra da cidade para que pudesse transpô-lo, mas estava difícil sem poder usar seu cosmo.

Milo andava de um lado para o outro observando o movimento dos guardas, aprendendo sua rotina do dia para que pudesse ser um deles.

Aiolia e Shura foram para cima de uma taverna observar do alto uma maneira de atravessar a grande muralha.

Máscara da Morte decidiu fazer o mais arriscado, roubar um cavalo no mercado e tentar ser preso, sem oferecer resistência para que dessa forma pudesse ser levado para dentro.

O Cavaleiro de Câncer parou ao lado de um cavalo. O cavaleiro trajava apenas de calça e botas. Havia se sujado propositadamente para que parecesse um homem em fuga. Ainda assim, algumas prostitutas o olhavam e sorriam. Ele lançou-lhes um sorriso furtivo e desengonçado acenando com a mão. Adorava mulheres, mas não aquelas sem dentes. Então pegou o cavalo pela rédea e saiu andando sem olhar para trás, mas tentando parecer óbvio. O dono do cavalo logo se manifestou.

-Ei, sujeito! Está levando meu cavalo onde?! – Gritou o homem.

Máscara da Morte então subiu no cavalo gritando para que o bichano corresse para fora do mercado.

-Guardas!!! Aquele homem roubou meu cavalo! – O homem gritava desesperado.

- Ai Atena, eu vou apanhar por sua causa Deusa idiota! – Dizia Máscara da Morte enquanto colocava o cavalo para correr.

Do outro lado da estrada já estavam parados guardas espartanos em seus cavalos com flechas apontadas para o cavaleiro de ouro.

- Alto lá! Quem é você?! – Perguntou o guarda.

Máscara simplesmente continuou parado e olhou para trás vendo que Afrodite vinha em seu encalço com rosas negras nas mãos. Máscara da Morte estendeu a mão para que Afrodite não interviesse.

- Me chamo Ângelo, senhor! – Disse em alto e bom som. – E... – Sorriu de forma sarcástica. – Estou roubando esse cavalo!

- O que?! Como ele se atreve?

Um dos guardas atirou uma flecha em sua direção. Uma flecha impossível de errar, mas Máscara da Morte apanhou a flecha se afastando para o lado. O vento da flecha chegou a mexer seus cabelos.

- Que feio guardas, é assim que tratam um simples ladrão? Sentenciam antes dos juízes?! – Ele ria.

- O homem está rindo! – Os guardas desceram de seus cavalos indo até ele e o derrubando do cavalo com as costas no chão.

- Au, essa doeu! – Ele olhou para Afrodite e piscou um olho para lhe mostrar que havia alcançado seu intento. Afrodite sorriu para ele e se retirou de volta ao mercado para ir falar com Milo e Camus.

Ele chegou esbaforido, vermelho de tão branquinho que era.

- Afrodite, o que houve? – Perguntou Milo.

- Aquele italiano conseguiu, ele foi preso!

- Excelente... E agora? Como fazemos para entrar e ajudá-lo? – Disse Camus.

Milo viu guardas adentrando os portões.

- Eu já sei! – Milo chamou dois guardas. – Ei, psiu! Eu preciso de algumas informações. – O guarda veio se aproximando enquanto Milo lançava olhares cúmplices para Shura e Aiolia no telhado da taverna.

Assim que o guarda se aproximou, Milo bateu em sua cabeça com um soco, fazendo com que o pobre sujeito desmaiasse na hora. Milo o pegou no colo colocando-o sobre os ombros fortes e foi levando-o para trás de arbustos, junto com Afrodite e Camus.

- Vamos Camus, pegue outro guarda! – Disse ele olhando o aquariano com seus profundos olhos azuis enquanto despia o guarda.

- O que está fazendo?! – Camus sentiu seu rosto queimar ao ver aquela cena.

- Eu vou vestir isso e entrar, oras. Máscara nos espera lá dentro, vamos terminar isso logo!

- Eu não uso esses métodos. – Respondeu Camus.

Milo cruzou os braços olhando para ele.

- Vai fazer o que? Usar seu cosmo? Sabe que não pode! Quer perder sua vida para Hera? – Perguntava com raiva.

- Não...

Afrodite nada disse e afastou-se, e enquanto discutiam, o Cavaleiro de Peixes voltava com um guarda desacordado nos ombros. Milo sorriu.

- Agora eu vou entrar com Afrodite e você nos dá cobertura junto com Shura e Aiolia para quando sairmos com a chata da Helena. Mas tentaremos fazer isso à noite. Primeiro vamos procurar onde prenderam aquele canceriano! Entendeu bem, Camus?

- Sim eu entendi.

- Vocês falam demais. – Disse Afrodite já travestido de guarda, com cota de malha, elmo e espada. – Anda Milo!

Milo tirou sua roupa sob os olhares de soslaio de Camus. Afrodite percebeu e sorriu de costas para ambos de braços cruzados, segurando uma rosa vermelha. O corpo atlético e bem torneado do escorpiano provocava arrepios em Camus, o cavaleiro ruivo.

Assim que estavam ambos prontos, prenderam seus longos cabelos para dentro do elmo e foram para a frente da muralha. O mercado estava lotado de homens, mulheres e crianças e eles se misturaram à multidão, esperando que o portão abrisse uma próxima vez.

Máscara da Morte era carregado para dentro das muralhas pendurado a um pedaço de madeira, por vezes levando socos e pontapés na cabeça. Ele apenas se protegia como podia. Pendeu a cabeça de enfado de estar pendurado, revirando os olhos com aqueles guardas que batiam como mulheres.

- Essa mulher tem que ser muito linda mesmo pra isso tudo, Atena... – Resmungava ele.

A masmorra era fétida e cheirava a urina e carne podre. Os guardas o colocaram preso a correntes nas paredes de pedra e Máscara da Morte sentiu frio. Não era um frio comum, era um frio que vinha de um lugar que ele conhecia muito bem. O Yomotsu ou inferno. Um lugar de expiação e tormento para as almas e aquela masmorra com odor de morte estava lotada de almas. Outros presos o observavam.

-Ei! O cara é bonito hein? – Disse um deles. – É nobre é? Quem você matou para vir parar aqui? – Perguntou o homem de uns trinta e alguns anos.

Máscara sorriu com alguns cortes no rosto dos chutes.

- Eu sou bonito? Pena não poder lhe retribuir o elogio meu caro! Eu roubei um cavalo, apenas isso...

- Um cavalo? Deve ter sido um cavalo importante! – O homem gargalhou e Máscara desejou que ele estivesse morto.

- Onde estão vocês cavaleiros? – Sussurrou para si mesmo. – Mais dez minutos aqui e eu me mato...

Afrodite e Milo levaram duas horas para conseguirem entrar no palácio espartano.

- Vamos fazer o que? Primeiro Helena e depois o italiano? – Perguntou Milo.

- Está maluco?! Primeiro o italiano, quem mais vai nos ajudar se a Helena tiver centenas de guardas, gênio? – Disse Afrodite.

- Desculpe, as vezes esqueço que não podemos botar esse castelo abaixo e levar a mulher nas costas. Vamos procurar Máscara então.

Eles se dirigiram às masmorras.

Do lado de fora, Aiolia preparava um barco para zarparem tão logo tivessem alcançado o objetivo. Teriam que atravessar uma parte do Mar Mediterrâneo para chegarem a Atenas e Aiolia observava o mar revolto com um mau pressentimento.

Afrodite e Milo desciam mais nas masmorras e não podiam gritar, perguntar, tinham que sentir e ouvir muito bem. Haviam lamúrias de presos doentes, sofrimento, dor. Máscara já trazia sua cabeça pendida para frente e via almas que se cercavam dele pedindo ajuda para saírem do inferno.

- Se afastem de mim... – Murmurava ele.

O local era escuro, iluminado por umas parcas tochas nas paredes que já quase se apagavam. Era frio. Afrodite parou e pôs a mão no peito de Milo para que ele parasse de andar. Então o Cavaleiro de Peixes fechou os olhos e Milo protestou.

- Você não pode usar seu cosmo para localizá-lo, não podemos Afrodite! – Falava exasperado de forma baixa.

Afrodite ignorou os pedidos do escorpiano e concentrou-se no homem de tez morena e cabelos castanhos que atendia pela alcunha de Máscara da Morte de Câncer. Visualizou em sua mente o sorriso do canceriano, a risada sarcástica, os olhos azuis escuros e sua voz grave.

- Por aqui. – Disse Afrodite puxando Milo que estava fulo de raiva.

- Se você morrer, morra sozinho entendeu bem? Eu só aceito morrer lutando, não morrer pelas mãos de uma Deusa caprichosa e mesquinha como Afrodite ou burra como Hera. – Reclamava Milo até chegarem a uma cela escura onde viram Máscara da Morte envolto por almas.

Afrodite foi até a parede e buscou uma tocha iluminando o Cavaleiro de Câncer, que foi imediatamente abandonado pelas almas em sofrimento que o rodeavam. Ele ergueu a cabeça e olhou os dois cavaleiros, sorrindo.

- Finalmente...

Milo foi até a parede e com um puxão arrancou as correntes que prendiam o amigo. Achou que esse tipo de força poderia ser usada, pois não fazia acender seu cosmo.

Assim que liberto, Máscara da Morte olhou com dó os presos ali, mas nada podia fazer. A injustiça o doía muito. Afrodite deu a ele uma roupa da guarda espartana e o esperou vestir-se.

- Vamos... – Disse Máscara.

- Ei! – Afrodite perguntou. – De onde tirou tão rapidamente aquele nome italiano que deu aos guardas?

Máscara o olhou com um sorriso calmo.

- É meu nome... – Respondeu.

- Ângelo é seu nome? Que nome tão... nada a ver com o que você é, mas bonito.

- Quer dizer que sou um anjo da morte, Afrodite?

O Cavaleiro de Peixes baixou o olhar, envergonhado.

- Como vamos fazer para achar o quarto da princesa Helena? – Perguntou Milo.

Eles pararam em uma esquina do palácio para estudar a geografia do lugar e pensar em um plano.

- Podemos vestir Afrodite de mulher, com esses cabelos loiros compridos pode disfarçar muito bem. – Disse Máscara da Morte levando um sonoro tapa no braço desferido por Peixes.

Milo olhava para os dois.

- Sabe que não é uma má idéia? Ele pode entrar lá mais facilmente e abrir caminho para nós dois, pois a guarda de Helena deve reconhecer os guardas pelo rosto. Vamos esperar que durmam...

Afrodite cruzou os braços com raiva.

Permaneceram olhando para a sacada da varanda dos quartos, quando uma mulher lindíssima de cabelos loiros muito compridos e vestido branco apareceu na sacada. Parecia uma princesa, tinha flores nos cabelos e sua tez alva reluzia no luar.

Máscara da Morte fixou o olhar naquela mulher e não conseguiu desviar mais. Era a coisa mais linda que já havia visto na vida. Sabia que aquela era Helena de Esparta.

Milo passou a mão na frente dos olhos dele.

- Zeus… Que mulher... – Foi só o que ele conseguiu dizer.

- Linda mesmo, mas não é pro teu bico e sim para reis. – Respondeu Milo.

Máscara da Morte olhou para Milo com raiva.

- Eu sei meu lugar escorpião, e mesmo que fosse pra meu bico, eu tenho uma missão.

- Só estou implicando com você... relaxa italiano!

Máscara tornou a olhar para aquela mulher linda. Os cabelos de Helena bailavam ao vento, ela se mexia com graciosidade e viu os guardas a observarem lá de baixo. Baixou o olhar e entrou para seu quarto.

 



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