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História Tropical - Harmonia


Escrita por: Lyzander

Notas do Autor


Olá, pessoal que está dando uma chance ao meu bebezinho de fanfic. Gostaria de agradecer do fundo do meu coração por cada visualização nessa história e também dizer que vem muito mais por aí!

Capítulo 4 - Harmonia


Fanfic / Fanfiction Tropical - Harmonia

Primeiro Ato - PARAÍSO - Capítulo IV.

Tropical no dicionário significa: região situada entre os trópicos. Constantemente quente, onde a diferença entre as estações se efetua em função das variações pluviométricas, opondo-se um período seco a um período úmido.

Éramos Tropicais porque éramos calorosos. A energia em nosso interior era frequente. A chama nunca se apagava. Éramos Tropicais porque nos adaptávamos mesmo quando a chuva era forte. Éramos Tropicais porque mesmo que mudanças fossem necessárias, no fim, voltávamos ao calor constante. O que nos tornava vivos.

A voz melodiosa de Mabel chegou até meus ouvidos naquele canto escuro de West Wind. Desci com velocidade e prontidão, a escada dona de uma inclinação suficiente para um prejuízo fatal. Abandonando o sótão antigo que estava abrigado na casa mais distante de Wellcrouth.

Me sentindo um rebelde, por desafiar o destino e sair vivo daqueles degraus. Os mesmos que me davam a lembrança de Ansel quebrando o braço na infância. Parti na direção da voz da garota, passeando com lentidão pelo interior da gigantesca casa que, por bênção dos maiores, agora era administrada pelos jovens da família.

O aroma da praia estava claro no ar, o vento entrava como de costume pelas janelas escancaradas e preenchia cada canto da casa. Me abraçava durante o percurso do extenso corredor, beijando meus tornozelos com sua brisa aquecida. Assim como o sol que brilhava intenso lá fora.

A passagem aberta ao quarto de Cameron me chamou com tanta veemência, que culpei meus pés por seguir o exato rumo na direção do cômodo do garoto. Aguardei no vão da porta e chamei pelo nome do moreno duas vezes. Fui respondido na terceira, recebendo um aviso que o mesmo estava ocupado em um banho.

Naquele momento, a voz de Mabel era quase inaudível no corredor dos quartos. Sem querer, acabei levando a mão até a porta, fechando-a e silenciando de vez qualquer som que viesse dos andares lá embaixo.

- Oops...

Dedicando os ouvidos apenas ao som da água do chuveiro de Cameron.

Como pedido, não me dei trabalho algum em esperar o garoto para acabar seu banho. Passei a ponta dos dedos em seu ninho bagunçado que era a cama, agarrando uma de suas camisas. Levei ao rosto, sentindo todo seu perfume. Era surreal, acredite em mim.

Eu quase podia sentir minhas pernas tremerem. Seu cheiro era forte. Um calmante e ao mesmo tempo, uma dose direta na veia de adrenalina. Esse era o efeito que ele tinha sobre meu corpo e minha mente. Cameron podia criar uma tempestade dentro de mim com facilidade, mas só ele para trazer a calmaria novamente.

Me dei ao luxo de deitar em sua cama, simular um aconchego que talvez jamais poderia ter. Mas não demorei muito, para não ser pego no ato. Levantei-me, devolvendo a camisa em seu devido lugar.

Me aproximei da janela que possuía uma margem de madeira ocupada com alguns pincéis sujos, tubos de tinta e conchas. Essas sem a cor natural, preenchidas com a tinta negra, a sua cor favorita.

Abri um dos tubos, o cor de rosa que estava intocado. Na verdade todos estavam, menos o preto.

Colori algumas conchas que ainda restavam.

- Eu nem sei porque tirei essa cor do sótão, você sabe que eu odeio rosa - o cabelo semi-molhado e seu aroma de xampu acabaram retardando minha resposta.

- Uma das minhas cores favoritas - soltei, voltando os olhos para as conchas. Como se fosse mais interessante que o foco anterior.

Ouvi uma exclamação por trás dos meus ombros. Logo em seguida, senti o calor do corpo do garoto se alinhando ao meu.

Provavelmente estava morto e não sabia. O toque de Cameron fez cada parte do meu eu viver naquele momento; o abraço por trás, liberando a descarga elétrica que me deixou estático e sem qualquer resposta motora.

Senti sua pele quente, senti seu cheiro, senti algumas gotas do seu cabelo caírem em meus ombros.

Vislumbrei através da janela, a praia que cercava a ilha. As ondas que eram formadas. Lançando já com cansaço, seu véu branco sobre a areia.

Ele me presenteou com algumas das conchas negras. Uma delas havia alguns números. Uma data rabiscada. O dia atual.

- Guarde como uma boa lembrança do verão - ele deixou na minha mão.

Éramos só amigos até então. Mas naquele pequeno momento do verão, Cameron tatuou em nossa história a imortalidade do tempo.

- Caramba, alguém viu o Lyzander? - Ansel quase arrombou a porta com a força e velocidade que entrou no quarto. - Ah, tá aí.

Cameron já estava do outro lado do aposento com o rosto preenchido de desconforto.

- O que foi? - girei nos calcanhares, encarando Ansel e pondo as conchas no bolso.

- Mabel tá te procurando, na verdade ela quer que todos desçam.

- Tudo bem, a gente já vai - minha esperança de reconstruir o momento ainda era presente.

Mas é claro que a ilusão foi falha. Assim que Ansel saiu do quarto, Cameron foi juntamente. O que não me restou alternativa, fazendo seguir os outros dois.

Victoria estava com o celular na mão, mergulhada em um dos puffs da sala. Mabel portava um pequeno cesto e nos encarava de pé no centro do cômodo.

- Que demora para achar um snorkel - os olhos de Mabel me seguiram, quando eu descia as escadas no encalço de Cameron. - Já deve ter colocado o respirador em prática.

Mabel era sinceridade.

- Na verdade, eu nem achei - me defendi, me jogando ao lado de Victoria.

- Vai começar a ditadura - a loira sussurrou.

Mabel semicerrou os olhos na direção de Victoria, ignorando a fala da garota.

- Bom, vocês já tiveram o tempo para desintoxicar do mundo lá fora. E pra completar, vocês sabem o que devem fazer - ela estendeu o cesto de cor amarelada para Ansel.

O maior de todos nós, jogou seu celular no cesto, sem se importar muito. Cameron fez o mesmo. Tirei o meu do bolso, depositando junto dos outros. Victoria demorou um tempo, mandando uma última mensagem, para então somar o seu ao restante. O de Mabel tinha sido o primeiro.

Nos separávamos dos celulares para que não houvesse um desvio de atenção. Na ilha, éramos os Tropicais. Quem estivesse fora dela podia esperar.

- Obrigada pela compreensão - a morena foi guardar os aparelhos no lugar que só ela sabia.

Com a ausência de Mabel, Ansel tomou seu posto. Nos avisando do compromisso que tínhamos no decorrer da tarde. O garoto nos levaria à uma cachoeira que ficava nos fundos de End Gates, que nunca havíamos ouvido falar da mesma.

- A gente viveu anos naquela casa e brincávamos nos arredores. Nunca vi cachoeira alguma - Victoria se queixou.

- É porque o acesso é difícil, confiem em mim, é um lugar maravilhoso - O Hawk prometeu.

- Tudo bem, mas como você descobriu? - perguntei.

- Como vocês sabem, eu moro em Salvatore. E quando vocês não estão na ilha, eu e minha família tomamos conta. Venho pra cá algumas vezes no ano pra ajudar no quintal ou algo que eles precisem. É muito chato e triste sem vocês - uma leve sombra cobriu o rosto do garoto, sumindo em instantes. - Bem, num dia que estava no jardim da End Gates, apareceu um roedor e se embrenhou na mata ali atrás, vocês sabem. Enfim, nessa busca pelo bichinho, eu achei o caminho e fiquei ansioso pra mostrar pra vocês. Não contei pra ninguém para que fosse um lugar só nosso.

- Vamos depois do almoço ou faremos a refeição lá? - Victoria cortou o momento fofura.

Mabel já estava de volta. - Onde vamos?

Ansel repetiu a história sobre o achado.

- Podemos passar a tarde lá, mas vovó quer nossa presença no jantar de hoje - o irmão de Mabel nos noticiou.

- Quando você falou com ela? - a loira do meu lado, perguntou.

- Tem um recado enorme na geladeira, Victoria - Cameron disse.

- Tá. Mas ninguém respondeu a pergunta da Victoria. Vamos almoçar aqui ou lá? - soltei, impaciente.

Demorou horas até resolvermos. Uns diziam ser mais divertido o almoço fora de casa, como um piquenique, mas ao mesmo tempo se queixavam por levar um bocado de coisas para o meio do mato sem que ninguém visse.

A conclusão foi almoçar em End Gates. O caminho já era próximo e assim podíamos dar uma visita para meus pais e para a mãe de Victoria.

- Então, vamos? - Ansel perguntou, se pondo de pé.

E não demorou muito para o garoto subir as escadas, alegando ter esquecido por uma sunga por baixo do calção de banho. Victoria disse que precisava pegar algumas coisas e pediu a ajuda de Mabel, fazendo as duas sumirem também. Restando só eu e Cameron na sala.

- Desculpa por hoje - o garoto disse, se aproximando.

Ofereci um assento no lado do puff gigante, mas recebi uma negação.

- Ah, qual o problema pra pedir desculpa? - a conversa se iniciava, abrindo as portas para as borboletas entrarem no meu estômago.

- Não acho que seja uma coisa que amigos façam. E eu nem gosto muito de contato, sabe.

- Sem problemas. Não vai acontecer de novo - assenti e o desconforto caiu como uma coluna de água gelada.

- Obrigado por entender - Cameron também saiu da sala.

Fiquei um tempo sozinho, digerindo com embaraço toda aquela informação amarga.

A comida desceu com dificuldade e não pude esconder a falta de animação no almoço. Estava feliz por ver os Tropicais comerem da comida do meu pai, mas era evidente que as palavras de Cameron ecoavam repetidamente em meus ouvidos, me fazendo perder o apetite.

- O que ele te disse pra você ficar assim? - Victoria percebeu. Ela me conhecia.

- Ah, o papo de somos só amigos.

A garota nem se deu o trabalho de responder, contorcendo a boca e voltando a comer.

- Estão se virando bem ou essa é a única refeição saudável desde o jantar do primeiro dia? - tia Anastasia nos perguntou.

Ansel respondeu que a pizza de Mabel era ótima, mas as batatas e o frango xadrez de papai eram dos deuses.

- Por que todos os filhos da vovó começam com a letra “a”? - Cameron perguntou, quando se servia de mais salada.

- Eu sempre pensei que era pra eles serem chamados em primeiro, nos lugares de ordem alfabética - expus meu pensamento, sendo a primeira fala desde que me sentei.

Eles riram.

- Seria bem do feitio de nossa mãe, não é, Alexia? - a mãe de Victoria perguntou para a minha.

- Com certeza. Mas nós já perguntamos isso para ela também. Na verdade, a vó de vocês só gosta dessa letra - minha mãe explicou.

- Ah, sério? Que sem graça. Achei que tivesse toda uma história mística ou algo assim - Cameron disse.

Todo o resto concordou, afinal nossa avó era rainha dos simbolismos.

O almoço continuou tranquilo, aliviando minha tensão e logo já estava rindo com Cameron e Ansel novamente. Demos uma boa desculpa sobre insetos no jardim e fomos para os fundos de End Gates.

- A comida tá começando a pesar - Victoria soltou, quando seguíamos Ansel pelo trecho desconhecido.

- Cuidado com as cobras boca de algodão - Ansel nos avisou, me fazendo trocar um olhar de pânico com Mabel.

- Valeu, mas eu acho melhor deixar para outro dia - eu disse, girando nos calcanhares e ficando pronto para voltar o caminho.

- É brincadeira, Lyzander! - Ansel, o guia de trilha, disse.

Girei os olhos para o alto e continuei a segui-los.

A mata não era densa, mas a folhagem rasteira me dava apreensão por poder abrigar insetos ou pequenos animais venenosos.

Enquanto ficávamos a cada passo mais longe de End Gates e nos infiltrávamos naquele lugar. Ansel narrava mais uma vez sua descoberta. Dessa vez, pontuando os detalhes visuais que estavam ao vivo e em nosso alcance.

- Quando abrirem um museu em Salvatore, você pode ser aquele cara que conduz o pessoal - Mabel fez uma explosão de risadas eclodir na mata.

Desviamos de alguns arbustos e um solo íngreme se apresentou. Tivemos que fazer quase que uma escalada. O som da água colidindo na rocha já podia ser ouvido dentre a folhagem.

Descobri naquele dia que era possível um paraíso abrigar outro dentro de si. E que nossa ilha possuía mais maravilhas do que conhecíamos.

Assim que subimos a elevação, nossos pés encontraram um solo rochoso e plano. Que contornava, o que parecia uma piscina natural, abastecida pela cachoeira gigante que lançava suas águas num bungee jumping.

- Ansel que descoberta… - eu disse, boquiaberto.

- Meu Deus, isso é incrível! - os olhos de Victoria brilharam, quando a garota correu os mesmos por todo o lugar.

Ouvíamos o som constante da água despencando, mas algumas aves também nos recebiam com um canto alegre.

Ansel pareceu orgulhoso e foi logo tirando a camisa e o calção.

O garoto partiu em uma corrida, sumindo quando pulou de cabeça. Mergulhando nas águas escuras que se acumulavam assim que saiam da cachoeira.

- Parece gelada - Mabel nos olhou, com um sorriso no rosto.

- Andem logo! - Ansel gritou, fazendo algazarra na água.

Tirei a camisa e desci minha bermuda, ficando de sunga, expondo minha pele pálida. Não tinha dado o tempo para por o bronzeamento em dia.

Os outros também abandonaram suas vestes, ficando somente com a roupa de banho.

Eu e meus primos fomos com lentidão na direção da água, tomando cuidado com a pedra úmida e tentando evitar qualquer acidente possível. Minha mão direita encontrou a de Cameron, e a esquerda agarrou a mão de Victoria. A loira segurava Mabel.

- No três - Cameron disse.

- Um… - eu iniciei a contagem.

- Dois? - Mabel parecia a mais animada.

- Três! - Victoria gritou, carregando-me para a água gelada.

Senti a chicotada atingir minhas pernas, paralisando meu corpo por inteiro, a cada segundo que entrávamos na água. Caímos próximos de Ansel e emergimos com os pulmões quase explodindo.

- Esse gelo acabou de derreter! - Victoria arfava.

É engraçado quando um estado de felicidade nos envolve, fazendo que todo medo e toda preocupação seja esquecida. Entramos em um piloto automático de energia positiva que nos torna imune a qualquer coisa que poderia nos entristecer, como uma barreira que só deixasse o bem entrar.

Fomos presenteados com uma tarde maravilhosa. Abençoados por um sol divino que nos aquecia quando nossos corpos pareciam não suportar a temperatura da água. Esquentávamos e em pouco tempo, estávamos na água gelada novamente.

Estruturamos um círculo de conversa bem no meio da clareira. E talvez Cameron estivesse em estado de felicidade repentina como eu, pois seu corpo estava próximo demais do meu. E quando estávamos nas pedras, falando sobre o aniversário de Ansel que se aproximava, ele deitou a sua cabeça no meu colo.

Não houve pedido, mas fiz o que ele supostamente queria. Mergulhei meus dedos nos fios escuros, fazendo carinhos nos cabelos do garoto. Ele olhou nos meus olhos e eu devolvi o olhar. Sorrimos em conjunto.

Foi patético como aquilo fez meu dia.

Como nossa avó queria, estávamos em Wellcrouth para o jantar. A pele avermelhada parecia ser uma peça de roupa que todos combinaram de usar ao mesmo tempo. E o cansaço também. Água cansava como nada igual e travávamos uma luta para ficarmos acordados.

- Dia longo em Praia Baixa, meninos? - Alan perguntou, ao lado de Cecília.

Estava contente por ela ter continuado na ilha. Aquilo estranhamente me fazia pensar que ela ganhava pontos com nossa avó, afinal ela resistiu e se mostrou mais determinada do que parecia.

- Vovô, por favor. Um pedaço aqui - estendi meu prato e meu avô colocou uma boa porção de lagosta ao vinho.

Supostamente dividiria com Ansel, porque vovô Sebastian deu um pedaço suficiente para sanar a fome de um povo.

Somei ao meu prato, uma pasta agridoce que Lydia Hawk preparava. E fui comendo pedacinhos do céu, aos poucos, a cada garfada dada.

Na sobremesa, fomos contemplados novamente com os dons de Cecília, que fez um haupia. Uma espécie de pudim de coco, que todos repetiram, inclusive nossa avó.

- Sinceramente, comi por anos - Ansel massageou a barriga definida. - Quero que meu bolo seja feito disso.

Ansel fazia aniversário no dia depois do seguinte, e completava dezoito anos. Sendo o mais velho de todos nós.

Houve um descanso prévio após o fim do jantar e Alan chamou nossa atenção, batendo o garfo em uma taça. Até quebrá-la.

- Essas porcarias… - o pai de Mabel e Cameron se colocou de pé. - Tenho uma coisa muito importante para dividir com vocês. Há algum tempo eu conheci uma pessoa maravilhosa…

- Ah, não - vovó disse, do outro lado da mesa, fazendo que todos a fitassem.

- ...E foi um grande período de aprendizagem.  Acima de tudo, aprendi a amar novamente - Alan reconquistou nossa atenção mais uma vez. Fazendo aquilo parecer um jogo de tênis de mesa, em que a bola ia e voltava.

Cecília estava emocionada, com os olhos marejados e direcionados ao homem.

- Eu não acredito que ele vai fazer isso - Victoria sussurrou.

- Então, eu gostaria de aqui. Na presença da minha amada família, fazer um sincero pedido - ele se ajoelhou. Cecília não escondeu a emoção. - Cecília Gronwold, você quer casar comigo?

Uma caixa saiu do bolso de Alan e foi aberta, expondo um diamante de 6,1 quilates. Chocando a todos.

- Alan, e-eu… É claro, meu amor - a morena envolveu os braços no pescoço de Alan, selando um longo beijo.

Minha vó se pôs de pé.

Temi que a Terceira Guerra Mundial tivesse início em Nott’s Island. Mas Antoinette só se retirou, despercebida.

Uma salva de palmas aconteceu para ovacionar o casal. E me peguei pensando na gigante festa que teríamos na ilha. Bem, isso se nossa avó permitisse.



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