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História Trouble - Capítulo 11.


Escrita por: natymoreira

Notas do Autor


Olá, amores, como estão? Sei que demorei um pouco mais desta vez, porém eu estava super atarefada com a faculdade. O TCC rouba toda nossa energia e misturado com os outros deveres, mal sobra tempo para eu me sentar e escrever em paz. Enfim, agora que entrei de férias (GLÓRIA DEUS, AMÉM), tentarei atualizar o máximo de vezes possível. Trouble está já me reta final, por isso acredito que será finalizada em breve e entrarei com novos projetos ueba!!! Quero agradecer á todos pelos comentários do capítulo anterior, fiquei imensamente feliz por terem gostado hoho Torço para que gostem desse também, apesar de estar mais paradinho, ok?
Ótima leitura á vocês e perdoem por qualquer erro.

Capítulo 11 - Capítulo 11.


Fanfic / Fanfiction Trouble - Capítulo 11.

Capítulo 11.

Já estava acordada há um tempo, porém meus olhos permaneciam fechados. Por um minuto, eu tive medo de fazê-lo e me decepcionar; medo de não encontrar Shawn ou de tudo não passar de um mero sonho. Todavia, o corpo ao lado do meu, a respiração batendo em meu pescoço, o braço circulando minha cintura, não poderia ser uma fantasia.

Na noite anterior, lembro-me de tê-lo o abraçado e também de ele depositando um beijo cálido em meu ombro. De tão cansados, concordamos em dormir no banco traseiro do seu carro. Não era confortável e muito menos espaçoso, só que, de alguma forma, era deliciosamente aprazível, quente. Não tinha a mínima ideia da hora, algo entre as oito e dez da manhã, talvez? A claridade incomodava meus olhos ainda fechados. Só ali eu os abri lentamente.

Shawn ainda dormia, o peito subia e descia calmo, seu cabelo meio bagunçado — me fez pensar o estado do meu —, botões da camisa abertos, a boca rosada, vê-lo assim e recordar nossos momentos, causou arrepios em meu corpo. Movi-me um pouco, sentindo uma dorzinha chata nas costas, estávamos tão colados e apertados que qualquer movimento, ele cairia do banco.

Meu cabelo estava grudado na testa, toquei o local tirando os fios e sentindo um alivio repentino. O carro estava abafado, o aroma de folhas e terra exalava; e eu suada e melada, precisava urgente de um banho. Mexi minha perna entre as de Shawn e no mesmo instante ele apertou o enlace em mim.

— Você está bem?  — estranhei ser sua primeira pergunta, eu esperava mais um bom dia ou que horas são?

— Estou ótima.  — sorri e contornei sua bochecha com as pontas dos dedos.  — Verdadeiramente ótima.

— Bom. Fiquei preocupado por uns instantes.  — entendi o que ele queria dizer, por sorte Shawn não insistiu no assunto. Conversaríamos sobre aquilo depois.  — Quer ir embora agora?

— Eu preciso ou irão pensar que morri.  — fiz uma careta de irritação. Só que eu estava sem contato com o mundo há mais de doze horas e sumira sem dar explicações, será que alguém sentiu minha falta?

— Certo.  — ele sorriu e massageou os olhos. Sentei-me cuidadosamente e ele o fez o mesmo em seguida, movendo-se para ficarmos lado a lado.

Olhamos para frente, fitando os vidros embaçados pelo sereno. Shawn ergueu o braço para coçar o pescoço, corri com seu gesto, atentando os dedos e recordando-me da sensação deles dentro de mim. Calor subiu pela espinha e eu desviei o foco.

— Não acredito que dormimos nesse aperto.  — ele estava, incrivelmente, alegre.  — Teremos dores nas costas mais tarde.

— Deveríamos ter pensando nisso antes.  — brinquei e joguei o cabelo para trás.  — Na verdade, nem me incomodou. Foi incrível. Tudo.

Agora, Shawn encarou-me; um sorriso singelo para mordiscar o lábio inferior. Surpreendi-me quando ele tocou meu rosto com a palma quente. O contato fez a pele formigar.

— Você é maravilhosa.  — senti os olhos arregalarem, possivelmente fiquei vermelha. O elogio deixou-me embevecida. Fiquei calada não sabendo o que responder.  — Desculpe, só senti vontade de dizer isso.

— Você é surpreendente, Shawn Mendes.  — aproximei-me, repousando o queixo em seu ombro. Esperei pelo beijo, mas tudo o que recebi foi um em minha testa.

— Não achou que ia te beijar sem escovar os dentes, né?  — nós rimos juntos.  — Qual é, Amelie, não vai rolar.

— Tem razão, o beijo pode esperar.  — endireitei-me.  — Uma higiene primeiro, é melhor.

— Para casa, então?  — perguntou.

— Para casa.  — confirmei.

Os vidros ficaram abertos durante todo o trajeto, foi bom sentir o vento matutino no rosto. Shawn e eu calados, ele dirigia em silencio, olhando para a estrada. Uma mão no volante, outra descansando sobre a coxa, quatro botões da camisa destampados, expondo os músculos e a pele branca por baixo. Notei que, de alguma forma, a situação era meio embaraçosa. Nem um de nós dois sabia o que falar, parecíamos ter medo de estragar os momentos passados juntos ou simplesmente envergonhados.

De qualquer maneira, eu aceitei a quietude e me ajeitei no banco, a cabeça jogada e corpo agradecendo por estar em uma boa posição.

Vinte minutos depois, ou sei lá quantos, Shawn estacionou em frente a minha casa. As luzes da varanda estavam apagadas, meus pais já deveriam estar acordados, certeza de que achavam que eu me encontrava na casa de Andrew — o que era péssimo. Ao olhar para a porta, dei um pulo em um lampejo.

— Ah, droga.  — murmurei virando a cabeça em todas as direções.

— Tá tudo bem?  — questionou desconfiando das minhas ações.

— Minha bolsa... eu perdi ela.  — vislumbrei-o desesperada.  — Deixei na mesa quando fui dançar.  — passei a mão pela porta.  — Caramba, meu celular, meu dinheiro...  — como eu pude esquecê-la?

— Calma, Amelie, aposto que sua amiga ficou com ela.  — ele segurou minha mão. Busquei me acalmar.

— Certo, vou ligar pra ela.  — tentei sorrir.

— Isso, sem nervosismo.  — ele me confortou com um afago entre os dedos.

— Obrigada, Shawn.  — agradei e relaxei os ombros.  — Quando vou te ver de novo?

— Quando quiser. Tentarei não fazer nada que você não queira, sem pressão. Tudo no seu tempo.  — fiquei grata por sua compreensão.

— Prometo manter contato.  — a promessa soou maliciosa, eu gostei.  — Ainda temos assuntos inacabados.  — torci para que ele captasse a mensagem.

— Ah, com certeza eu quero que você o termine.  — com o polegar, Shawn desenhou o contorno dos meus lábios. Ofeguei.

— Nos veremos logo.  — mantive o tom e beijei seus dedos.  — Até mais.

E terminamos ali. Sem coversarmos sobre o que ocorreu e nem o que sentíamos. O lado positivo de adiar o que quer que tivéssemos para falar, é que eu não estava preparada para dialogar a respeito de sentimentos; pois sequer entendia o que sentia. Não ansiava apressar as coisas e entre nós era apenas sexo? Eu queria que fosse? Em algum momento, colocaríamos o dialogo em pauta e ai, eu seria totalmente sincera comigo e com Shawn.

Saí do carro e Shawn deu partida, dei-lhe uma ultima olhada e caminhei para casa enquanto ele ia embora. Sem chaves, eu seria obrigada a apertar a campanhinha e não queria cogitar qual seria a reação dos meus pais. Eles não tinham problema em eu chegar no dia seguinte, o impasse é não saber por onde começar a explicar que tinha terminado com Andrew e já havia passado a noite com outro.

Apenas suspirei e fiz o que tinha que fazer, trazendo o cabelo para frente a fim de ocultar qualquer possível marca em meu pescoço. Papai foi quem me apareceu quando a porta se abriu; segurava uma xícara de café na mão e a outra ainda na maçaneta.

— Tive um problema com as chaves.  — sacudi os ombros.

— Bom dia, querida.  — ele deu espaço para que eu entrasse.

— Bom dia, a mãe saiu?  — interroguei por não vê-la descendo as escadas afobada.

— Está lá em cima, buscando inspiração em um jarro de rosas brancas.  — explanou e eu assenti.  — Você estava com Andrew?

— Hm?  — o ruído saiu duvidoso, papai franziu o cenho.  — Na verdade, pai, Andrew e eu terminamos.  — contei, pisando no primeiro degrau.  — E eu, hm... fui dar uma volta com um amigo.

— Oh, minha nossa.  — ele balançou a cabeça e a mão, aquele gesto de que não quer nem pensar sobre. Dei risada.  — Terminaram é?

— Sim, mas não vou falar sobre isso agora. Vou pro quarto, falo com você e a mãe depois.  — subi sem mesmo esperar uma replica.

Tranquei-me no quarto, já rumando para o banheiro, tirando a roupa no meio do percurso. O banho foi demorado, perdi a noção do tempo embaixo da água. Terminado, penteei o cabelo em frente ao espelho, contente porque a roxidão em meu pescoço poderia ser escondida com uma gola mais alta. Existiam duas manchas vermelhas atrás de cada ombro, mas sem qualquer tipo de dor.

Vesti uma camisa basca e short; desci até a cozinha para ligar para Greta do telefone fixo. Disquei seu numero, ela atendeu, exasperada, no segundo toque.

Onde caralhos você se meteu?

— Oi, Greta. Que bela recepção.  — rolei os olhos.  — Escuta, foi mal ter sumido na noite passada, por acaso você viu a minha bolsa? Acabei esquecendo no bar.

Você merece coisa pior e sim, estou com sua bolsa. Andrew me entregou quando foi embora, já que você desapareceu. Ele achou que você tivesse sido sequestrada por algum pervertido e eu também.  — ela pausou para suspirar.  — Meu Deus, você não foi, não é? Amelie...

— Não, é claro que não. Eu to bem.  — tranquilizei-a. — Eu tive outro contratempo.  — um delicioso contratempo.  — Precisei resolver um negocio.

Porra, você foi foder com o Mendes, certo?  — ouvi sua gargalhada perversa.

— Jesus, como você é escrachada, Greta.  — apoiei-me na parede.  — Traga a minha bolsa e eu falo com você, ok? Pode fazer isso?

Tudo bem, te vejo daqui a pouco.  — ela ainda ria.

Desligamos.                       

 

Até o final da tarde, eu simplesmente fiquei deitada na cama, olhando para o teto. Minha mente refazia cada fração com Shawn. Fechei os olhos, rememorando o nosso ápice juntos, e Deus como era bom ser tocada por quem sabia tocar, ele fez-me sentir valorizada, desejada, coisa que nunca desfrutei com Andrew. Eu não tinha experiência com sexo, já que não possui tantos parceiros, entretanto o que Shawn proporcionou-me certamente foi extasiante e a maioria das pessoas iria gostar de ser estimada como eu fui. E mal podia aguardar para ser novamente.

Até ali, mamãe não bateu na porta para fazer seu interrogatório sobre o rompimento com Andrew — papai já deveria ter lhe contado a novidade —, pelo visto estava verdadeiramente imersa em sua nova produção. Mas eu já me preparava para a jorrada de questões que viria depois.

Por volta das cinco horas, Greta chegou; o cabelo amarrado em um coque, blusa e jeans pretos, uma expressão carrancuda e minha bolsa na mão. Logo, estávamos sentadas no parapeito da janela com duas barras de Snickers.

— Suas coisas estão a salvo e entregues, desembucha.  — o pedido foi autoritário e ansioso.  — Desde o começo, pode contar tudo.

— Como se você não soubesse o que aconteceu.  — cerrei os olhos para ela.

— Que você deu para o DJ? — falou e riu maldosamente. — Anda, porra, fala logo.

— Você faz parecer tão sujo.  — pronunciei enojada.  — Nós conversamos quando eu saí da mesa para dançar. Ele foi atrás de mim, falamos o que tínhamos para falar e, bem o resto você sabe.

— Aonde foi? Vocês foram para a casa dele? Vieram pra cá? Não transaram na sua cama, né? Eu sentei lá quando cheguei.  — ela fez cara de nojo.

— Espera eu terminar, tá bom?  — cortei-a antes de outra pergunta.  — Não foi aqui nem na casa dele, nós fomos para um porão embaixo do palco.  — minhas bochechas esquentaram.

— Não to acreditando.  — ela anunciou de boca cheia e olhos esbugalhados.  — Vocês fizeram sexo com toda aquela gente lá em cima?  — assenti vagarosamente.  — Safada!

— Cala a boca.  — empurrei-a com o pé enquanto ria.  — Você é terrível.

— Ah, claro. Olha só para você, Amelie, finalmente sabendo o que quer. — nem tanto.  — Estou orgulhosa. Mas me fala, como foi?

— Foi incrível, Greta, serio, eu nunca senti nada igual.  — a voz saiu abobada, automaticamente a nuca se acalorou.  — Não fazia ideia de que poderia ser tão bom e gostoso.

— Então o Mendes não decepcionou, ele aparenta mesmo ser maravilhoso fazendo qualquer coisa.  — ela lançou-me uma piscadela.  — Contou a ele que terminou com Andrew?

— Ainda não, nós não falamos sobre isso, vou contar tudo depois.  — dei uma mordida na minha barra.

— Você e Shawn estão namorando agora?  — seu semblante era esperançoso.

— Com certeza não. As coisas não funcionam assim e eu também não quero dar um passo maior que a perna.  — outra mordida.  — Vou curtir o momento, seguir a onda e ver onde vai dar.

— Seja lá onde for, eu espero que você não se iluda e se quebre no final. Se bem que você está mais para quem quebra e não o contrario.  — dei risada com seu jeito de falar, porém levando a sério aquele conselho maluco.

— Não se preocupe, terei cuidado.  — garanti.

— Em todos os aspectos, por favor, Amelie.  — ela ria, só que eu captei a apreensividade por trás dos dizeres.

Dali, entramos em outros assuntos, o que foi bom já eu precisava falar e pensar em algo que não fosse Shawn Mendes. Quando Greta se foi, já se aproximava das oito da noite e eu tive que sair do quarto para jantar. Como eu suspeitava, mamãe estava prestes a me questionar. Foi só me acomodar á mesa que ela começou:

— Por que não me contou que terminou com Andrew, querida?  — colocou a forma de macarrão em cima da mesa e também se sentou. As mangas da blusa estavam sujas de tinta vermelha e rosa, o cabelo meio desgrenhado.

— É recente, mamãe, alguns dias teriam que passar para eu me certificar de que tomar a decisão correta.  — falei e servi-me.

— Por que decidiram terminar?  — ela encheu nossos copos com suco e olhou para papai, provavelmente se controlando para não saírem pulando de contentação.

— Só não estava mais dando certo, nunca deu, para ser sincera.  — enrolei o maçarão no garfo.

— Bom, se você está ciente de que é isso o quer, te apoiaremos.  — claro que iriam, pensei, era isso o que dois desejavam desde o principio.

Perguntei-me se eu não deveria estar triste ou ressentida, afinal era assim que as pessoas ficavam quando terminavam um relacionamento. Eu, por outro lado, havia me entregado para um cara que ainda por cima era amigo do meu ex. Isso faz de mim uma pessoa ruim, sem escrúpulos e horrível?

Faz.

Mas eu posso lidar com isso.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, anjos. Qualquer coisa falem comigo pelo twitter: http://twitter.com/tokyoghouxl . Beijos e até o 12 ♥


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