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História Trouble - Capítulo 12.


Escrita por: natymoreira

Notas do Autor


Olá, amores, como estão? Nem demorei tanto dessa vez, graças as férias estou tendo tempo para escrever, o que é uma maravilha. Agradeço pelos comentários, bem-vindos novos leitores, espero que gostem do capítulo e perdão por qualquer erro. Ótima leitura a todos!

Capítulo 12 - Capítulo 12.


Fanfic / Fanfiction Trouble - Capítulo 12.

Capítulo 12.

Na terça-feira, recebi uma ligação de Milla durante o meu intervalo. Relutei para atender, receosa de ela querer me fazer mudar de ideia em relação a Andrew. Por via das duvidas, deslizei o ícone verde.

— Oi, Milla.  — fui a primeira a falar.

Amelie, oi.  — parecia estar com pena de mim.  — Você está bem?  — por que todos me perguntavam aquilo?

— Eu estou ótima.  — afirmei.  — Porque, algum problema?

Andrew me contou que terminou contigo, só queria saber como você estava.  — senti raiva assim que ela parou de falar.

— Isso foi o que ele contou? Nossa, Andrew.  — revirei os olhos.  — Olha, Milla, tá tudo bem, é sério. Valeu por se preocupar.

Sei que é estranha essa ligação, mas ainda somos amigas, não é? Quer dizer, se estiver tudo certo para você.

— Claro, Milla, não muda nada entre nós.  — aceitei, pois ela não tinha a ver com o lance de Andrew, mesmo que não acreditasse quando eu lhe contasse a verdade.  — Podemos até marcar uma tarde no shopping, O que acha?

Perfeito.  — pude ouvi-la bater palminhas.

Combinamos e nos falamos por mais alguns minutos, em seguida mandei uma mensagem para Shawn, desejando apenas uma tarde. Em compensação, mamãe enviou-me umas quatro sobre o feriado de Ação de Graças.

Na Chatoyant estávamos nos preparando para uma feira de adoção que ocorreria no sábado pela manhã, eu estava empolgada por ser a primeira vez que participaria de uma. O movimento no pet shop naquela tarde foi fervoroso, me desdobrei para conciliar as tarefas já que estávamos em decréscimos de dois funcionários.

Fiquei o restante das horas trabalhando e ao chegar em casa, bem dizer desabei na cama.

[...]

A semana passava rápido e logo estávamos na quinta-feira; os preparativos para a feira ia a todo o vapor, fiquei feliz por tudo dando certo. Ao sair para ir embora, eu tive uma surpresa que fez meus pés estancaram na calçada.

Shawn estava lá parado, apoiado no carro, com as mãos nos bolsos na calça e um sorriso tímido. Comprimi os lábios para não gritar o quanto estava feliz em apenas vê-lo ali.

— Oi.  — falei totalmente sem jeito, alisando a alça da bolsa.

— Oi, Amelie.  — ele se desencostou do carro e se aproximou.  — Eu estava passando e pensei em dizer oi.

— Foi uma ótima ideia.  — quis me jogar em seus braços, enlaçar seu pescoço e tascar um beijo naquela boca maravilhosa. Contive-me, no entanto, não querendo ser precipitada.  — Como você está?

— Bem, na verdade em pouco ansioso. Pensei em você o dia todo.  — com a confissão, a distancia entre nós foi quebrada, tive que colocar as mãos nas costas para evitar tocá-lo.

— Também pensei em você.  — ah droga, era a primeira vez que admitia isso a alguém e puxa... era incrível.

Nunca fui boa em demonstrar meus sentimentos, em partes por achar que era bobeira e outras por medo, mas com Shawn eu sentia vontade de contar-lhe todos os meus aterramentos e anseios. Impressionante como ele me deixava confortável e a vontade, eu podia ser eu mesma sem temor.

— Então, já que está aqui, quer comer alguma coisa?

— Que tal um hambúrguer?  — sugeriu.

— Eu pensava mesmo em algo gorduroso.  — dei risada e soquei de leve seu braço.

Fomos caminhando até a lanchonete mais próxima, nossos braços tão pertos que os dedos se roçavam. Dado momento, ele entrelaçou nossos mindinhos e foi tudo. Engatamos o assunto sobre música e assim foi até chegarmos ao estabelecimento. Foi rápido para fazermos nossos pedidos e recebê-los, mais ainda para encontrarmos um lugar e nos sentarmos.

— Como foi o seu dia?  — fui eu a puxar a trama. Ficamos de frente um para o outro, coloquei a bolsa do meu lado.

— Corrido.  — ele sorriu.  — Tem sido assim nos últimos dias, agora que estou me dividindo entre a loja e aulas de música.

— Está dando aulas de música, é?  — puxei um pacotinho de ketchup. Shawn assentiu.  — Caramba, você é incrível, o que mais você é? Um bombeiro? Um policial disfarçado? Não, espera, um ninja?  — brinquei, arqueando a sobrancelha. Shawn riu.

— Seria ótimo ser qualquer um desses, mas minhas habilidades só funcionam com a música, é o que faço de melhor.  — ele lançou-me uma piscadela.  — Tudo bem lá no trabalho?

— Aham, tem sido mais encantador a cada dia que passa. Não fazia ideia de como gosto de animais, acredita que estou pensando na faculdade até? Algo como veterinária.  — mordi o meu lanche com cuidado.

— Amelie, isso é maravilhoso.  — murmurou contente.  — Você está diferente, mais confiante, eu diria.

— Sinto que as coisas mudaram, tudo mudou, entende? Não amadureci tanto ainda, só que percebo essa mudança em mim e a minha volta.  — mexi na embalagem vazia do ketchup.

— Também vejo essa mudança.  — afirmou.

O silêncio caiu sobre nós, porém não foi do tipo constrangedor nem por não sabermos o que falar, apenas comíamos e nos entreolhávamos, algumas vezes as pernas se tocavam por baixo da mesa e me fazia vacilar. O simples fato de tê-lo tão perto já era o bastante para acelerar, ridiculamente, o meu coração.

A tevê anunciava um deslizamento de terra, que interditou uma estrada no Minnesota. Por algum motivo, aquilo me fez lembrar-se da noite com Shawn e senti que precisávamos conversar e acertar alguns pontos. Assim, deixei o resto de lanche de lado, bati as mãos para afastar os farelos e limpei a boca com um guardanapo. Engoli o seco antes de começar a falar:

— Shawn, se estive tudo bem para você, eu gostaria de conversar.  — joguei o cabelo para trás, o gesto anunciava meu nervosismo.  — Conversar sobre o que houve, sobre nós.  — ruborizei com o ‘’nós’’, eu poderia falar assim? O quão longe estávamos naquele fascínio?

Shawn parou e imitou o meu gesto, endireitando os ombros e me encarando.

— Ok, vamos fazer isso.  — aceitou sem pestanejar.  — Do jeito que você quiser.

— Hm, bem, eu...  — busquei mentalmente as palavras corretas. O que deveria dizer? Por onde começar?  — Olha, primeiramente, eu necessito saber aquilo significou algo para você ou foi apenas o momento?

— Tá falando sério?  — ele parecia incrédulo, fiz que sim com a cabeça.  — Amelie, você já era significante para mim muito antes de termos transando. Nos queríamos e consumamos o desejo.  — ele não oscilou em um só instante, o olhar castanho cravado no meu, causando ofegos.  — Só para saber eu continuo te querendo loucamente.

— Você...  — tão sem palavras o meu arfar foi mais alto que o esperado, envergonhei-me no instante.  — E eu me sinto da mesma forma e foi isso que terminei com Andrew.

— Amelie.  — automaticamente ele apoiou os braços na mesa, como se quisesse me abraçar.

— Não, tá tudo bem.  — apressei em garantir.  — Só para esclarecer, não fiz isso por crer que teríamos um tipo de caso, fiz por ser o certo. Eu não consigo te tirar do pensamento, continuar naquele namoro seria mentir para Andrew e para mim mesma.

Ele permaneceu calado, atento ao que eu falava, assentindo vez ou outra. Contei tudo rapidamente ou perderia a coragem, o assunto era delicado e não queria torná-lo mais embaraçoso. Depois de um longo gole em meu refrigerante, voltei a pronunciar:

— Como eu disse, não foi pensando em iniciarmos um relacionamento ou sei lá o quê, mas estou livre, sem impedimentos.  — quase soava insensível colocar dessa forma.

— Quer dizer que você me escolheu?  — reconheci seu tom de satisfação.

— Não é questão de ‘’escolheu’’, Shawn.  — fiz aspas com os dedos.  — É só que não estava bom, nunca esteve.  — completei.  — Quando você me disse aquelas coisas naquele dia, fiquei com raiva, mas eu percebi que era verdade. Estar com Andrew era toxico, sufocante.

Pausei para engolir saliva e tomar fôlego, outro gole de refrigerante. Como foi bom desabafar, pôr para fora tais devaneios. O melhor de tudo era que Shawn se interessava pelo o que eu tinha a anunciar, não era somente sua opinião que importava.

— Eu acho que o que precisava ser acertado, já foi.  — sacudi os ombros.  — E eu também te quero, Shawn.

— Pode não ser a coisa certa a se dizer agora, mas fico feliz que tenha terminado com aquele idiota. Sem ofensas.  — ele se prontificou em se desculpar.  — Eu notei em seu olhar, desde a primeira vez que o vi com ele, que você não estava agradada. Soube que precisava fazer alguma coisa, mesmo você me odiando.

— Foi bom você ter aparecido, acho que é a pessoa mais inverossímil que eu conheço.  — terminei meu hambúrguer.  — A propósito, está ocupado no sábado?

— Pensando em fazer alguma coisa especial?  — profanou malicioso. Verdadeiramente, eu queria fazer muitas coisas especiais.

— Pensei que poderíamos sair, só para curtirmos um pouco.  — é claro.

— Para onde quer ir?

— Ah não, eu te chamei para sair, você escolhe o lugar.  — fingi-me inconformada.

— Gosta de praia?

— Eu não sei nadar, então não tem tanta graça.  — lamentei.

— Garanto que vai adorar desta vez. O que me diz, topa?

— Certo. Estarei disponível depois do meio-dia, vamos fazer uma feira de adoção para alguns filhotes, depois poderemos ir a praia.  — sorri.

— Combinado.

Tive vontade de pular sobre a mesa e me jogar em seu colo e beijá-lo loucamente, todavia me controlei. Ainda não estava preparada para demonstrações desse tipo em publico, até porque não éramos um casal.

Conversamos por mais alguns minutos, até eu pedir para ir embora. Já estava tarde e eu, infelizmente, precisava colocar algumas atividades do curso de Espanhol em ordem. Shawn se ofereceu para me levar até em casa e eu concordei sem rodeios, queria passar o máximo de tempo possível na presença dele. Nem precisei dizer o caminho, Shawn sabia de cor o endereço.

Em quinze minutos, ou menos, paramos em frente de casa, ele desligou o motor e suspirou, me observando.

— Está entregue.  — as mãos foram do volante para as coxas.

— Obrigada, mais uma vez.  — tirei o cinto de segurança.  — Desculpe qualquer incomodo.

— Você nunca é um incomodo, Amelie, gosto mesmo de estar com você.  — ele estava tão lindo sob a luz fraca do poste.

Seus dedos vieram até o meu cabelo, tirando alguns fios, levando-os para trás. Eles escorregaram pela bochecha e chegaram a minha boca, a respiração descompassou. Quando ele também se livrou do cinto, eu só aguardei.

— Porra, eu quero muito te beijar.  — pronunciou em um sussurro.

— O que está esperando, Shawn? Um convite?  — me debrucei um mínimo sobre ele, transpassando a mão pela gola de sua camisa.

Quase involuntariamente, eu o puxei para mim, colando nossos lábios com urgência. Foi como saciar a sede, matar a fome, aquele beijo foi o estopim para o vulcão em mim entrar em erupção. Instintivamente, agarrei sua camisa com ambas as mãos e Shawn o meio dos meus cabelos.

Ele respirou contra minha boca e sem dificuldades trouxe-me para seu colo. Acomodei as pernas ao seu redor. Dedilhei por entre os fios castanhos macios enquanto Shawn descia da cintura para minha bunda, apertando com vontade. Odiei estar vestindo um jeans justo e não uma saia.

Nos separamos um segundo para buscar ar e afundamos novamente no beijo. Tudo tão mágico que parecia ser a primeira vez que nos beijávamos — meu corpo estava tão quente quanto. Encostei minha testa na sua e acariciei a nuca, ele chamou meu nome.

— Podemos ficar aqui a noite toda?  — perguntei com os olhos fechados.

— Eu iria gostar.  — ele respondeu sorrindo.  — Mas vou deixar você ir, Amelie.  — lembro-me de ter lhe dito a mesma frase dias atrás.

— Não deveria.  — beijei-o antes de me jogar de volta ao banco.  — Nos vemos no sábado?

— Com certeza. Espero que não queira voltar para casa tão cedo.

— Será a minha menor preocupação.  — assegurei-lhe.  — Até o fim de semana, Mendes.

— Até, Amelie, se cuida.

Sai do carro ajeitando minha blusa e tentando não cair enquanto fazia o pequeno trajeto até a porta. Eu estava mole e quente, uma combinação péssima.

Meus pais não estavam em casa, um bilhete preso com um imã na geladeira, avisava que tinham saído para visitar uma amiga da mamãe que aniversariava. Li e joguei o papel no lixo, subi para o quarto em seguida.

Assim que sai do banho, enrolada em uma toalha no corpo e uma menor no cabelo, meu celular vibrou. Mensagem de Andrew.

Podemos conversar?

Empertiguinei-me. O que ele queria? Será que pensava que as coisas estavam bem só porque fui legal na boate? Respondi:

O que quer? Não temos nada para conversar.

Logo a replica:

Amelie, sei o que me pediu, mas tbm sei que há uma chance p nós.
Só me deixa te mostrar que está errada,
que podemos sim dar certo.

Eu não sei se me apiedava ou encolerizava, para quê tudo aquilo? Detestava Andrew nunca ter aceitado minhas escolhas, sempre dava um jeito de contorná-las. Porém não mais. Fui rápida em digitar:

Andrew, por favor, não torne as coisas mais difíceis p vc.
Acabou, cada um segue sua vida.

Então as coisas estão fáceis p vc?
É isso o que quer que eu saiba?

Senti vontade de mandar uma saraivada de palavrões xingando de todos os nomes possíveis. Entretanto, eu não iria perder meu tempo discutindo com ele, seria em vão. Apenas enviei:

Andrew, já chega, não me mande mais mensagens nem
me ligue. Boa noite.

Achei melhor desligar o telefone para evitar qualquer desgosto, eu estava bem naquela noite, não queria estragar.

Iniciei as lições do curso e após concluídas, decidi assistir Garota Exemplar, peguei no sono antes dos dez minutos de filme.

[...]

Tomei um café rápido no sábado e parti para a Chatoyant. Na noite anterior, arrumei a bolsa com tudo poderia precisar na praia, vesti um maiô preto frente única por baixo do short e da camiseta azul do pet shop, assim seria mais fácil tirar ou colocar.

Mamãe não fez perguntas quando eu lhe falei para onde iria nem que, provavelmente, não dormiria em casa aquela noite. Contei somente que meu ‘’amigo’’ me levaria — o mesmo com que fui dar uma volta no sábado antecedente. Ela desejou-me um bom dia e boa diversão.

Coloquei os fones de ouvido e dei play na música em ultimo volume, mal podia esperar por aquele dia e as surpresas que me aguardavam.

 

Por sorte, Andrew não insistiu mais mensagens, foi um alivio ligar o celular de manhã e não ter nem um contratempo. A feira de adoção seria no campo atrás de um ginásio poliesportivo, já todo enfeitado e preparado quando eu cheguei. Avistei de cara, Ross e Clara, fui até os dois.

— Eu.  — cumprimentei.

— Bom dia, Amelie.  — Ross bateu em minha mão.  — Que bom que chegou, falávamos de você.  — ele checou alguns papeis presos a prancheta. — Vai ficar com Clara, vocês ficarão responsáveis pelos Bulldogs.  — o olhar foi de mim para ela, passou-nos algumas informações.  — Qualquer coisa estarei no guichê principal e lembrem-se: todos que forem adotar, tem que preencher o termo de compromisso.

— Certo.  — dissemos juntas.

— Conto com vocês, meninas.  — ele deu uma tapinha no ombro de cada uma.

— Vamos, Ameliezinha.  — Clara passou o braço pelo meu e me puxou.  — Não me leve a mal, mas você está com cara de aérea.

— O que? Não to, não.  — reclamei.  — O que quer dizer com aérea?

— Você está sorrindo sem um motivo aparente.  — apontou para o meu rosto. Caminhávamos conjunta pela grama até nosso destino.

— Eu estou feliz, as pessoas sorriem quando estão felizes. Não é melhor do que chorar?  — defendi-me.

— Depende, as vezes sim. Só para saber, você não fumou maconha não, né? 

— Vai se ferrar.  — empurrei-a, Clara riu.

Tomamos nossos lugares, os filhotes estavam reunidos em um chiqueirinho, um total de sete. Não segurei a vontade de pegar um no colo, era tão fofo e gorduchinho! Clara tomou outro nos braços e ficou ao meu lado.

Uma música animada tocava, deixava o ambiente ainda mais encantador. Na entrada, haviam bandeirinhas colorindo a fachada, panfletos sendo entregues com explicativos sobre as raças que estariam para adoção, também existiam barraquinhas vendendo doces e salgados.

As que mais se encantavam com os bichinhos, eram as crianças, elas corriam de um lado para o outro, olhando cada cachorrinho com atenção e amorosidade. E embora eu estivesse entretida com a feira, não parei de olhar um segundo a hora no celular, tão ansiosa que sentia certa queimação no peito e no estomago, uma sensação de falta de ar.

Que merda acontecia comigo?

 

No fim, surpreendentemente, todos os animais conseguiram um lar, os funcionários e eu não poderíamos ficar mais felizes. Com o trabalho pronto,  arrumamos o que podíamos e cumprimentamos ou outros pela conquista.

— Aí pessoal, que tal um cineminha?  — Steve passou os braços por meus ombros e os de Clara.

— Eu topo, não vou fazer nada importante mesmo.  — ela respondeu sem demora.

— To dentro, desde que a gente possa assistir a um filme de terror.  — Brandon lançou a condição.

— Eu até queria, gente, mas tenho compromisso.  — lamuriei.  — Vou à praia com um amigo.   — os três me olharam intrigados.  — Ah, não é nada disso.  — ou era, gesticulei.  — Enfim, não vou com vocês, talvez na próxima.

— É a segunda vez que nos dispensa.  — Steve ponderou.  — Sempre ocupada.

— Não tenho culpa se vocês só me convidam para sair nos dias errados.  — apontei para cada um.  — Prometo que vamos sair uma hora dessas. 

— Vamos só ver.  — Clara me beliscou.

— Bestas.  — dei um beijo no rosto do trio.  — Divirtam-se no cinema.

— Divirta-se na praia.  — Steve desejou.

Nesse ínterim, com um girar rápido de olhos, eu avistei Shawn rumando em nossa direção. Foi automático encontrá-lo, como uma espécie de atração que nos conectava, ele vinha em câmera lenta, a meu ver; camiseta branca, calça preta de moletom e tênis. Olhá-lo era divino. Inspirei quando ele chegou sorrindo bonito e acenando.

— Estamos sobrando aqui.  — Brandon comentou. Se Mendes ouviu, fingiu não ter.

— Galera, esse é o Shawn. Shawn, esses são Steve, Brandon e Clara,  — apresentei-os, os quatro apertaram as mãos.

— É um prazer.  — manteve o sorriso, agora sem mostrar os dentes.  — Tudo pronto?  — me perguntou mais baixo. Assenti.  — Podemos ir?

— Aham. — concordei. — Vejo vocês na segunda.  — despedi-me.

— Vamos curtir sem você, Amelie.  — Steve fingiu decepção.

— Tchau, agora. — dei meia volta e sai com Shawn.

— Sua amiga vai ficar bem no meio daqueles dois?  — ele se referiu a Clara quando a uma distancia segura.

— Definitivamente, não. As piadas deles são péssimas.  — fiz careta e ri.

 

Shawn havia colocado uma musica dos Rolling Stones para tocar, só reconheci a banda, pois papai também gostava. Assim que entrei no carro, me livrei da camiseta, expondo o maiô, joguei a bolsa no banco traseiro.

— Se eu transformar nossa tarde em um tremendo tédio, a culpa será sua.  — cutuquei seu peito.

— Você vai adorar, Amelie, confie em mim.  — ele aumentou a velocidade.

— Não diga que não lhe avisei.  — descansei no banco e aproveitei a brisa no rosto.

Fomos a praia de Point Dume, que eu nunca tinha sequer pisado na areia — é uma droga morar na Califórnia se você não curte praia. Peguei minha bolsa e Shawn a sua, tiramos os tênis, ele a calça, ficando com uma bermuda também preta. Sem pressa, caminhamos pela areia, não estava cheia naquele sábado, o que facilitou encontrar um bom cantinho para nós.

Estirei uma toalha, colocamos nossas coisas e nos sentamos de frente para o mar, escutando o barulho das ondas.

— Você já veio aqui antes?  — perguntei. Procurei o protetor solar na bolsa.

— Duas vezes, mas foi com alguns amigos.  — ele apoiou os braços nos joelhos.

— Se importa se eu fizer uma pergunta chata?  — espalhei o creme pela perna direita.

— Não tenho medo de perguntas, pode mandar.

— Uma vez... você me falou que tinha alguém especial em sua vida. Hm, ainda tem?  — a questão saiu sem jeito, uma vergonha repentina de encará-lo se manifestou.

Estava entalado na garganta perguntar sobre o assunto, sei que já deveria ter esquecido, mas era quase sufocante. Ele me retorquiu sem controvérsia:

— Eu menti, Amelie, só disse que tinha para ver sua reação.  — parecia achar engraçado.  — Não me relaciono desde o segundo ano do ensino médio.

— É sério?

— Sim, alguns lances aqui e ali, mas nunca passei do primeiro encontro, se é que você me entende.  — ele olhou para frente, contemplando a imensidão esverdeada.  — Conhecemos pessoas em comum, Amelie, como é que nunca nos vimos antes?

— Eu acho que porque você é o cara popular e eu a mocinha indefesa que nunca seria notada.  — zombei.  — Não sei, talvez estivéssemos ocupados cumprindo nossos papeis e nos conhecemos no momento certo, ou errado, tanto faz. O que importa é que foi maravilhoso.

— Seria um louco se eu discordasse.  — seu olhar me encontrou.  — Então, que tal um mergulho?

— Enlouqueceu? Só molho, no máximo, os calcanhares.  — protestei.  — Pode ir, eu fico aqui quietinha.

— Nem pensar, eu disse que você se divertiria e não posso passar por mentiroso.  — levantou de súbito.  — Venha, prometo que vou te segurar e não soltar nem por um milésimo de segundo.  — tirou a camisa e jogou-a sob a toalha.

— Tudo bem.  — dei-me por vencida. Pus-me de pé e desci o short, minha peça frente única permitia que boa parte do meu corpo ficasse exposto. Olhei para Shawn, ele me analisava metodicamente. — O que foi? Não gostou?

— Pelo contrario, você está muito gostosa.  — meu rosto esquentou, ele me estendeu a mão.  — Perfeita.

— Vamos, Shawn.  — segurei-a.

Percorremos até o mar, meus pés pinicando devido a areia quente. O primeiro contato com a água álgida me fez tremer, só que de um jeito bom. Ao acostumar com a temperatura, adentramos mais; Shawn ia parando conforme eu ia apertando sua mão. Meu limite foi a água batendo nas costelas, onde ainda sentia a terra abaixo dos pés. As ondas nos empurravam dois, quase não conseguia ficar ereta, uma feroz se aproximava e fiquei pronta para pular.

Mergulhar foi incrível, mesmo eu medrosa e tampando o nariz com a mão, segurava Shawn tão forte que sentia a dormência nas pontas dos dedos. Emergimos juntos, os peitos colados, água pingando dos olhos.

— Caramba, caramba.  — se pudesse, eu correria.  — Foi foda.  — gritei.  — Vou surtar depois, mas valerá a pena.

— Você tinha que se ver agora, está tão bonita, o cabelo molhado, o olhos brilhando, sorrindo... eu teria notado você em qualquer lugar.

O balançar as ondas nos sacudia, como se o mar quisesse expulsar os dois intrusos de suas águas etéreas, o sol esquentava nossa pele, a mistura de quente e frio era puro êxtase.

Vi-me passando os braços por seu pescoço, deixando-nos grudados, beijei-o como se dependesse disso para viver. Shawn me amparava pelas costas, apertando os dedos em minha carne, eu não sabia que aquilo poderia ficar melhor, que um beijo pudesse ser tão bom.

Ele estava certo sobre eu gostar. Notei ali, que não era o lugar que tornava o momento inesquecível, mas simplesmente a pessoa. Eu poderia estar no pior canto do mundo, mas se Shawn também estivesse, certeza que as coisas seriam mais fáceis. É como ir para escola; você odeia estar lá, odeia professores, mas só de saber que tem a companhia de um amigo — até de um carinha que você gosta —, você se sente melhor e mais empolgado.

Os momentos com Shawn eram todos marcantes, porque ele era marcante. Porque Shawn Mendes era especial. O que tornava o mínimo ser o máximo, eu nunca senti aquilo com alguém; força de vontade e animo, mas algo naquele homem despertava as coisas boas e adormecidas em mim — coisas que ate então, nem eu mesma conhecia.

Sem duvida, eu queria mais e mais daquela insânia, de seja lá o quê que nos juntou.

[...]

Passamos o restante da tarde na praia, entre mergulhos e beijos, até a maré começar a trazer um vento gélido e incomodo. Arrumamos nossas coisas e fomos para o carro. Desta vez iríamos para sua casa e confesso que estava nervosa, um puxão no ventre antecedia o que poderia ocorrer e eu tive empecilhos até engolir saliva.

Ele aparentava estar calmo, dirigia com uma mão no volante, atento a estrada, deixando um céu laranja e vermelho na retaguarda. Mordi os lábios com uma ideia surgindo; alcei a mão para alcançar sua coxa, inicialmente um toque delicado e inocente, mas eu vi seus ombros se endireitando no mesmo instante.

— Quer me provocar agora, Amelie?  — sussurrou pesadamente.

— Eu não fiz nada, Mendes. Ainda.  — crispei as unhas contra o moletom, todo o meu centro piscando.

— Não me faça parar o carro agora.  — pediu com a voz arrastada.  — Falta pouco para chegarmos em casa.

— E depois?  — subi o toque, prestes a atingir sua zona de perigo, nós suspiramos juntos.

— Depois?  — ele desviou o foco da rota para mim, ostentando uma expressão jocosa.  — Depois você pode engasgar no meu pau o quanto quiser.

Ah, caralho.

Eu queria chegar logo em sua casa.

 

O apartamento de Shawn era pequeno, simples, organizado, em tons claros — era de se esperar tal tipicalidade dele. A porta se abria para uma sala de estar, um sofá de parede na esquerda, na oposta um televisão enorme e muitos, muitos CDs amontoados em três pilhas em um canto, um tapete marrom felpudo cobria o chão. À cozinha, uma mesa de quatro cadeiras e um singelo balcão enfeitavam o cômodo.

Ele me levou para o quarto, o aposento era bem iluminado graças a porta que dava para uma bela sacada com uma vista espetacular da cidade lá fora. A cama estava coberta por lençóis pretos — combinando com a cortina —, parei alguns segundos para admirar aquela cama gigantesca. O guarda-roupa de portas corrediças ia de uma parede a outra, um violão e duas guitarras descansavam ao lado de uma poltrona de veludo.

Shawn me deixou a vontade para tomar um banho, seu banheiro era tão organizado quanto o resto; a bancada de madeira escura com duas pias, o espelho alastrava-se por ambas, o chuveiro protegido pelo box vítreo e uma banheira acaçapada pela mesma madeira. Tudo tinha o cheiro dele, uma essência forte e masculina.

Banhei-me, mandando pelo ralo todo o sal do corpo, ao terminar eu sequei-me com uma de suas toalhas. Procurei algo apresentável na bolsa, puxei um vestido azul escuro de alças e curtinho, dispensei o sutiã e coloquei por baixo apenas a calcinha também azul. Passei creme no corpo com aroma adocicado, um gloss rosa e estava pronta. Dei uma voltinha para o espelho e estalei os lábios.

Saí do banheiro e encontrei Shawn já trocado — blusa de botões e jeans preto, o cabelo meio bagunçado —, olhava através da sacada, virou-se ao ranger da porta.

— Não quis tomar banho comigo?  — instiguei, apoiando-me no batente como se me mostrasse para ele.

— Achei que quisesse um tempo sozinha.  — ele veio andando até mim.

— Que cavalheiro.  — ironizei.  — Sabe, olhando para você assim me faz pensar o seu defeito.  — cerrei os olhos.  — Você tem algum defeito, Shawn Mendes?

— Acredite, eu tenho vários, estou realmente longe de ser perfeito.  — exibiu aquele risinho de lado, ele enlaçou-me pela cintura, obrigando-me a ficar nas pontas dos pés.  — Você é maravilhosa.

A mão esquerda subiu por minha lateral, tateando lentidamente meu corpo. Os dedos lançaram o cabelo para trás e ele espirou o cheiro em meu pescoço. Tombei a cabeça e Shawn ofertou um beijo em minha região arrepiada.

— Quer comer alguma coisa?

— É uma boa.  — concordei, mesmo querendo continuar ali.

 

Pedimos comida chinesa, nem um estava a fim de sair e comer fora. Jantamos na cozinha, um ao lado do outro, ele me contou um pouco de sua infância e como os pais não aprovaram de inicio, ele morar em um país diferente, jogamos conversa fora, contamos alguns fatos sobre nós — o que gerou boas risadas —, e toda vez que ele ria, fogos de artifícios estouravam em meu interior.

Ao terminarmos, eu comecei a fuçar seus CDs e Shawn se sentou no sofá com uma garrafa de cerveja na mão.

— Aposto que nunca ouviu todos eles.

— Tem uns que eu nem sequer sei o nome.  — segredou.

— Eu deveria te bater por isso. Por acaso já ouviu Prince Royce? Ele é muito bom e você tem o CD dele aqui.

— Ganhei a maioria, não me culpe por não saber quem é quem.

— Quer saber, vamos ouvi-lo agora, enquanto estou aqui.  — tirei cuidadosamente o CD da pilha e levantei-me.

Shawn colocou a mídia em seu home theater e esperamos a melodia. Estendi-lhe a mão quando La Carretera começou, convidando-o a dançar comigo. Ele me conduziu pelas costas, o outro braço segurando a garrafa, espalmei seu peito, brincando com os botões de sua blusa.

Bailamos de um lado para o outro, sua mão fechou na minha para me girar e trazer-me a seu peito, a alça do vestido deslizou pelo ombro, conforme ele me tocava eu sentia a peça subindo mais. Eu girei, deixando as costas em sua caixa torácica, então ele soltou a merda da garrafa vazia no sofá. As mãos fortes estavam em mim, galgando até os seios; quando ele os apertou de leve eu arremessei a cabeça para trás, fechei os olhos e permiti seus lábios quentes em meu pescoço.

Ainda nos movíamos, os pés tropeçando, sem ritmo ou coordenação. Às cegas, eu toquei seu rosto e em seguida os lábios, ele suspirou ao pé de meu ouvido. Toda a minha anatomia estava ebulindo, cada terminação formigava, as células vibravam. Baguncei seu cabelo e me virou de frente para, sem avisos, me beijar impetuosamente.

Ele sugou meu lábio inferior e adentrou a língua em minha boca aberta, a sucção me ocasionou languidez na espinha. Ao me ofegar, ele se desgrudou para perguntar:

— Você quer isso?

— Por tudo que é mais sagrado, Shawn, me fode agora.  — retorqui afoita.

Assim, ele me impulsionou para cima, circulei sua cintura quase mecanicamente. Shawn nos guiou até seu quarto sem dificuldades, a música tocava, cada detalhe acudia para ser sexy e extremamente tórrido e sexual.

No quarto, ele me largou e eu sentei na ponta da cama. Shawn tirou a camisa apressadamente e veio para o meio das minhas pernas.

— Pode brincar agora, Amelie, não é o que tanto queria?  — ele desabotoou a calça. O polegar desenhou o formato dos meus lábios, brincando sensualmente. O digito encostou em minha língua, eu ofeguei ao simular um oral lento. Shawn tinha um olhar cobiçoso.  — Não vou te impedir dessa vez.

Porra, eu nunca tinha feito aquilo, nem sabia se iria conseguir, mas a vontade de tocá-lo e senti-lo fez-me agir fluidamente. Mordendo o lábio, eu segurei o cós de sua calça, a peça desceu um pouco, desvelando o elástico da boxer. Senti a quantidade de saliva duplicar e então eu desci sua roupa de modo que somente que fálus saltasse e pincelasse em frente ao meu rosto.

A majestura semirrígida parecia pulsar, clamando para foder a minha boca. Shawn segurou em sua base e ergueu minha cabeça pelo queixo, impondo que o fitasse nos olhos, ele contatou o pau em minha bochecha e resvalou até a minha boca, ele grunhiu tão deliciosamente que eu quase gotejei.

Afastei sua destra e o tomei com a minha, desci a palma por sua extensão, subindo e descendo sem avidez até não suportar mais aquele desejo crescente de prová-lo. Umedeci os lábios, deixando a saliva manar sem despreocupadamente, acomodei a glande em minha cavidade, Mendes gemeu em resposta. Mantive os olhos atentos a sua expressão, queria ver aquele homem fora de controle.

Para provocá-lo, eu afastei um pouco para formar um biquinho e cuspir em seu falo e espalhá-lo por seu tamanho, lubrificando e lambuzando meus dedos no processo. Um fio de saliva perdurou entre sua glande e a minha boca, não sei dizer o que se passou naquele momento.

— Oh, caralho...  — a provável visão que ele tinha era de seu pau entrando em minha boca, as alças de meus vestidos caídas mostrando as polpas dos seios, as pernas abertas e o cabelo caindo pelos ombros.

Fui tomando-o aos poucos, chupando o que podia e masturbando o restante com a mão. Eu estava pulsando e ansiando para ter a boca dele no meio das pernas, tanta coisa pervertida me passava na cabeça que eu tive até vergonha.

Tomando meu cabelo em rédeas, ele passou a ditar os movimentos; indo até a minha garganta e saindo por completo, a saliva me escorria pelo queixo deixando-me toda babada por ela e a lubrificação de Shawn. Deus, como eu amei aquilo. Quando sentia que eu precisava respirar, ele se retirava e voltava em seguida.

Estando plenamente duro, Shawn estagnou o oral, olhei-o sem entender, querendo que ele se despejasse inteiro em minha abertura.

— Iremos gozar juntos, Amelie.  — ele me soltou e o pênis foi coberto pela cueca, apertando o volume que parecia doer.  — Agora, vire-se.

Nem contei dois para atender, coloquei-me de quatro, porém ele tocou minhas costas e me fez deitar de bruços e me puxou ainda mais para a ponta da cama; minhas pernas ficaram dobradas, os pés para o alto. Ele me separou e eu senti suas mãos fortes subirem por minhas coxas.

Entraram por baixo do vestido, erguendo a peça até a altura dos meus ombros. Shawn apoiou uma mão de cada lado e se debruçou sobre mim, o corpo másculo cobriu o meu, encaixando o pau bem no meio de minha bunda; ele se moveu e eu sofri um solavanco, agarrando o lençol.

— Tem tanta coisa que eu gostaria de fazer com contigo, Amelie.  — ele sussurrou em meu ouvido, produzindo arrepios até o menor músculo.  — Vou te fazer gritar.

Quando ele tornou a se afastar eu choraminguei, logo tive os lábios correndo por minha espinha, depondo mordidinhas e lambidas, ele chupou as nádegas e deferiu tapas — porra, ardia e doía, mas era gostoso —, em sequencia retirou minha calcinha, percebi o trapo me abandonando. E aí, eu estava exposta, úmida e necessitada.

Vi-o se ajoelhar e tremi, ele melou os lábios com salivas e apertou minha bunda, afastando as bandas e erguendo um pouco meu quadril. Seu nome emitiu com deleite assim que sua língua adulou meu sexo palpitante, prendi o lençol com força, de olhos fechados e a cabeça tombada.

Ele virou, de modo que ficasse sentado no chão e a cabeça apoiada na cama e antes de eu murmurar algo, ele me norteou para sua língua, sentei, literalmente, eu sua cara. Segurando o vestido a altura da cintura, eu quiquei com vontade em sua tramela, o órgão quente me adentrava e causava gemidos altos. Puxei seu cabelo, sem parar de rebolar; Shawn trouxe o indicador para meu clitóris e eu devo ter perdido o senso.

Puta merda, o que era aquele homem? O que era aquela sensação infernal e celestial?

Requebrei o máximo que pude e meu primeiro orgasmo não tardou chegar. Cai com as duas mãos no colchão enquanto girava em sua língua e era dominada pelos espasmos alucinantes. Enxergando-me totalmente rendida, Shawn resolveu se levantar e se despir, a visão dele nu era meu zênite.

Procurou algo em uma das gavetas do guarda-roupa e retornou, jogando ao meu lado uma embalagem preta. Abri-a e lhe entreguei o preservativo, Shawn se protegeu e nos ajeitou; agora fiquei de quatro, empinando-me toda para ele. O cara chupou dois de seus dedos e deslizou-os para meu interior, penetrando até que minha excitação escorresse para fora.

Já preparada, ele se posicionou atrás de mim, raspando o mastro por minhas entradas. Comprimi os lábios para gritar de nervoso, ele parecia se divertir com a minha angustia. Mas ele veio.

Jesus, ele veio inteiro e de uma só vez. Toda sua espessura serpenteando dentro de mim, o bramido e o impulso para frente foi inevitável. Nós gememos conjunto, ele tomou meu cabelo com uma mão e com a outra, segurou meu quadril. O som de nossos corpos se chocando era magnífico, os suores se juntando bem naquele ponto.

— Isso, Shawn, vem todo pra mim.  — ele ia com força, fodendo sem benevolência. A cama rangia, meus seios balançavam com as estocadas aceleradas.  — Filho da puta desgraçado!

Pude escutar sua risada rouca, ah que infame! Ele passou a me tapear com força na bunda, proferindo palavras eróticas e mexendo com a minha sanidade. Shawn Mendes acabaria comigo.

Ele me arrepelou pelos ombros, colando-me em seu peito sem sair de mim. Ergui os braços para que Shawn conseguisse extrair meu vestido e assim o fez, minha peça azul voou longe. Quando soltei um respiro sôfrego, ele me desocupou e se sentou na ponta da cama.

— Vem, Amelie, senta aqui e rebola.  — autoritário, ele soou com dificuldade. Os dizeres me deixaram fraca, ele se masturbava me esperando.

Locomovi-me até ser capaz de montar em seu colo, uma perna de cada lado. Abracei seu pescoço e empoleirei naquele cacete, vogando o talo, indo para frente e para trás enquanto Shawn segurava um dos mamilos entre os dentes.

Finquei as unhas em seus ombros, ele me ajudou a tirar o cabelo do rosto para me beijar na sequencia. Gemi em sua boca, estávamos os dois babados, suados, ofegantes e prestes a atingir o píncaro.

Ele apertou minha bunda e a carne das costas ao mesmo tempo, os arrochos me fizeram vozear de dor e prazer.

— Shawn, eu estou perto.  — murmurei contra vontade, tudo era intenso demais e fora do meu alcance de controle, nem a respiração e o piscar eu conseguia comedir.

— Goza no meu pau mais uma vez, Amelie.  — rodeando minha cintura, ele me impulsionava para todas as direções, meus olhos corrupiando nas órbitas. Não era possível, eu iria desfalecer.

Assentei até o talo e fui rematada. Lágrimas se formaram nos cantos dos olhos tamanha a intensidade do orgasmo, meu corpo convulsionando perdeu as estruturas. Joguei a cabeça para trás, gritando seu nome e permitindo que meu ápice vertesse por seu pau.

Senti-o me cingindo e puxei seus cabelos, instigando-o a se despejar, ainda que não fosse dentro de mim. Ele me apertou tanto contra seu corpo que me sufocou e então uivou contra meu pescoço, atingindo seu máximo.

Desabamos no colchão, usei seu peito como encosto. Aguardei minha respiração se normalizar e ter certeza que a voz havia voltado minimamente para erguer a cabeça e olhá-lo. Ele tinha os braços espalhados, o cabelo suado grudado na testa, a boca avermelhada e marcas róseas de unhadas nos ombros.

— Você... é... muito bom.  — falei sem saber o que comentar.  — Porra, Shawn... — desisti de continuar e apoiei a testa em seu queixo.

— Qualquer hora dessas, você ainda me mata.  — ri com ele.  — Você é foda, Amelie. Puta que pariu.

— Ah, seu filho da...  — ele me calou com um beijo.

Naquela noite, ele esteve em mim mais uma vez e foi terrivelmente delicioso, tudo que eu achava impossível aconteceu.

Inclusive eu cogitar a possibilidade de que estava me apaixonando por alguém.

Droga.


Notas Finais


Espero mesmo tenham gostado, nos vemos em breve. Qualquer coisa, falem comigo pelo twitter: http://twitter.com/tokyoghouxl . Um beijo e até logo ♥


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