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História Trouble - Capítulo 13.


Escrita por: natymoreira

Notas do Autor


Olá, queridos, como estão? Começo agradecendo por todos os comentários e novos favoritos, espero que gostem desse capítulo, pois só teremos mais 02, estou com o coraçãozinho na mão já. Enfim, curtam bastante e não se esqueçam de me avisar sobre qualquer erro.
Ótima leitura a todos!

Capítulo 13 - Capítulo 13.


Fanfic / Fanfiction Trouble - Capítulo 13.

Capitulo 13.

Foi uma sensação indescritível acordar no outro dia e encontrar Shawn dormindo ao meu lado. Era a segunda vez que acordávamos juntos e a sensação calorosa era a mesma; estávamos cobertos por um lençol fino, um seio me escapava por uma brecha — nem fiz questão de arrumar —, seu peito estava exposto, ia assim até o tronco e o pano velava a masculinidade, nossas pernas entrelaçadas, seus lábios parados a altura da minha testa.

Ele estava acordado, olhando quieto para o tento enquanto eu o encarava e admirava os detalhes, engraçado como eu não me cansava de fazer isto. A luz do sol entrava por um feixe na cortina, atingia nossos pés e em certos ínterins contorcíamos os dedos preguicosamente.

Permanecemos em silencio por um tempo. Shawn com o braço passado por baixo da minha cabeça, acariciando meu ombro, eu com a palma estirada pelo peito forte. Podia sentir alguns fios de cabelo grudados em meu pescoço, uma dorzinha no interior da coxa — lembro-me de ele me mordendo ali antes de me umedecer com a língua. Quis perguntar sobre o que tanto pensava, porem fiquei com um medo repentino de quebrar aquele momento, de termos que levantar e ir embora, não poder tocá-lo, talvez, nos próximos dias. Choraminguei internamente e remexi-me.

Finalmente ele me fitou, os olhos castanhos brilhantes gerando-me um calor pela espinha. Ele sorriu sem mostrar os dentes e eu ergui um pouco a cabeça para trazer sua boca na minha em um selinho.

— Oi.  — quebrei a quietude.  — Dormiu bem?

— Estava tendo bons sonhos.  — assentiu.  — Acha que podemos ficar na cama o dia todo?

— Parece que leu meus pensamentos, pensei nisso agora.  — deslizei os dedos até sua nuca.  — Seria bom, não seria?

— Ah seria sim, seria... prazeroso.  — ele sussurrou em um tom malicioso, colando nossos corpos nus. Só com o gesto eu notei o quanto estava quente.  — Tem muita coisa que ainda quero te mostrar.

— Só não vai achando que é o único que guarda surpresas.  — outro selinho.

— Aposto que não.  — ele quem tratou de aprofundar o beijo.

O puxei para cima de mim, uma de suas pernas tomou o meio das minhas. Enfiei os dedos em seu cabelo e o senti suspirar, com delicadeza Shawn ia afastando o lençol de mim, descobrindo cada pedaço. O membro roçava-me nas coxas, sua formatura grudada em minha pele aquecida.

— Preciso de um banho.  — murmurei de olhos fechados, a respiração dele batia em minha bochecha.

— Sério? Eu também.  — brincou.  — Porque não tomamos um juntos?

— É uma ótima ideia.  — concordei e me separei dele.

Pus-me de pé, arrastando o cobertor para minha volta, Shawn me acompanhava com o olhar. Meu cabelo estava nas costas e ombros, caindo um pouco no rosto, segurei o pano de maneira a deixar a curvatura dos seios desprotegida. Sem contar dois, ele também estava levantado, sua nudez me fez salivar. Eu não dizer se o que eu sentia era normal — aquela coisa, desejo, de tê-lo deslizando sobre mim fervorosamente —, apenas sei que só de imaginá-lo, meu corpo parecia ferver.

Em passos lentos alcancei o banheiro, vez ou outra encarava Mendes e o via sorrindo ladinoso. O meio das minhas pernas já pulsando ao imaginar o que faríamos dentro de minutos. Ele tinha uma mancha rosa-avermelhada no ombro e arranhões no braço direito; recordo de ter feito aqueles machucados na noite passada — e eu queria mais, queria rasgar a pele branca, feri-lo, montar nele até o talo... Ponderei se eu não seria uma espécie de masoquista.

No banheiro eu permiti que o lençol escorregasse, atingindo o chão sem emitir barulho, ouvi Shawn gemer. Passei pelo box e liguei o chuveiro; a água quente escorreu pela cabeça e foi aquecendo o resto, arrepiando os pelos.

Em pouco, seu peito grudava-me minhas costas, cada centímetro contatava em mim, impossível descrever a sensação ensurdecedora. As mãos firmes rumaram em minha lateral, tombei para trás, de olhos fechados, lábios entreabertos. Perdida naqueles braços, naquela pele molhada... naquele homem.

— Amelie — ele pronunciou, subindo o toque até os meus seios, coloquei minhas palmas sob suas mãos e o ajudei a me apertar.

— Hm? — tudo que saiu foi um murmúrio desconexo.

— Eu acho que estou viciado em você.  — a confissão me gerou um sorriso, não de deboche, mas se satisfação. Não era visível que eu também o queria na mesma proporção?

— Torci para que dissesse isso.  — virei de frente para ele, a água escorria entre nós dois. Atentei para as gotículas nos cílios e no nariz, respingando pelo queixo e atingindo o peito. Subi as mãos para circular seu pescoço.  — Também estou, inegavelmente, louca por você, Shawn Mendes.

Juntei nossos lábios, logo de casa um urgente e afoito. Ele me ergueu pelas coxas, enlacei seu quadril e Shawn me encurralou na parede, o material gélido me deu um choque.

Eu nunca acreditei que alguém precisaria de alguém para se sentir alguém. Sempre achei que qualquer um poderia ser feliz sozinho e amar a si mesmo sem necessitar de um segundo para lhe fazer crer nisso — uma parte de mim ainda confia nessa premissa, confesso —, todavia, no meu caso, eu me sentia um alguém melhor depois que Shawn entrou em minha vida.

Não que eu devesse a ele toda a minha autoestima, mas ele foi o primeiro cara que fez com eu me sentisse — e acreditasse — que era linda, desejada, que me mostrou o que é prazer e ainda coisas que eu considerava fluviais: conversar com ele era bom, ouvir sua risada conseguia ser melhor.

Nunca senti esse tipo de sentimento com Andrew e talvez não tenha sido capaz de provocar isso nele. Infelizmente, nos enganamos e nenhum pode fazer o outro feliz.

Agora era diferente, no fundo eu sentia. Algo como um frio na barriga e no peito, um acelerar no coração, me dizia isso.

 

Quase uma hora e meia depois, eu estava no carro com Shawn voltando para casa. Os vidros abertos, o vento quase do meio-dia atingindo nossos corpos. Passamos os minutos inteiros conversando, apenas assuntos bobos.

Ele foi diminuindo a velocidade conforme pareávamos com a minha casa. Antes mesmo de paramos completamente, eu avistei o carro de Andrew estacionado a frente.

— É o Andrew.  — informei, embora suspeitasse que Shawn já soubesse.

— O que ele quer?  — o tom impassível, notei seu maxilar trancar enquanto puxava o frio de mão.

— Não faço ideia, mas ele nem deveria estar aqui.  — soltei o cinto de segurança, um pouco ofega.

— Você quer que eu vá embora?  — por seu olhar, eu duvidei que ele fosse mesmo que eu quisesse.

— O quê? É claro que não. Não tem motivos para isso.  — olhei-o desentendida e maneei a cabeça para que me acompanhasse.

Rapidamente, ele também se livrou do cinto e nós dois saímos do veiculo. Marchei através da calçada e encontrei Andrew parado na porta, apertando em vão a campanhinha — eu sabia que não tinha ninguém em casa, meus pais estavam na igreja.

— Andrew?  — chamei ao me aproximar. Ele se virou instantaneamente, usava jeans e camiseta vermelha, os cabelos meio desgrenhados.  — Tá fazendo o quê aqui?

— Ah, Amelie, graças a Deus.  — ele ergueu as mãos para o céu e desceu os três degraus da varanda para me alcançar.  — Eu te liguei varias vezes, como não atendeu, pensei que tinha acontecido algo.

— Andrew, eu pedi para não me ligar mais.  — falei impaciente.  — Não tem que se preocupar com o que faço.

— Amelie, isso é só uma fase.  — tentou tocar meu ombro, mas eu desviei com um passo para trás.

— Não é uma fase, Andrew. Eu tomei minha decisão e não pretendo voltar nela. — senti as bochechas esquentarem devido a raiva.  — Está se fazendo de idiota? Acabou, Andrew, segue seu caminho.

— Não diz isso... nós...

— Não existe nós, eu não quero que me procure mais, esqueça meu telefone, pare de mandar mensagens ou ligar. Não quero mais saber de ti, Andrew, ponha isso na sua cabeça.

— Porque você mudou, Amelie? O que te fez querer esse termino tão repentino?

Só então eu constatei seu foco acima da minha cabeça, somente ali deve ter notado a presença de Shawn as minhas costas. Vi seu peito subir e descer, as narinas inflarem. Tomei consciência da situação naquele momento.

— Então é isso, não é?  — sua voz trovejou.

Ele apontou para Shawn, arregalei os olhos; não de medo nem constrangimento, mas sim de irritação por Andrew estar ali e exigir satisfações por algo que nem era da sua conta.

Explodi.

— Olha, já chega, vai embora. Agora.  — gritei. Senti Shawn se prostrar ao meu lado, o braço encostado no meu.

— Você me deixou para ficar com ele? Sério, Amelie? Não podia escolher melhor?  — desdenhou incrédulo, em seguida encarou o outro.  — E você, Shawn, porque tinha que roubar a mulher do próprio amigo?

— Eu não sou a sua mulher.  — Shawn abriu a boca para responder, mas eu cortei.  — E quem eu escolho ou não para a minha vida, não é mesmo problema seu. Porque está insistindo nisso, Andrew? Você tem que aceitar que o que houve entre nós, está no passado agora.  — busquei me acalmar.  — Eu tenho certeza de que sua vida será melhor sim mim e de que vai encontrar alguém para te amar como eu não fui capaz.

— Escute ela, vai embora, cara.  — Shawn falou com firmeza.  — Se preocupe com a sua vida a partir de agora. Deixe-a em paz.

— É mesmo? E o que vai fazer se eu não quiser ir embora?  — Andrew jogou com um tom desafiador, Shawn deu um passo para frente automaticamente e eu me senti no meio de uma bomba prestes a explodir.

— Ei, esperem ai vocês dois.  — coloquei-me entre eles, de costas para Shawn e com a mão erguida para Andrew.  — Nem pensem que vão brigar aqui, parem.  — os dois relaxaram os ombros abaixei o braço. — Muito bem. Primeiro: Andrew, se voltar a me perturbar outra vez, eu juro que corto no meio. Ainda mais se tentar se intrometer na minha vida. Não devo satisfações a ninguém, muito menos a você, eu sei o que faço e não preciso que ninguém me diga.

Respirei fundo, o coração palpitando nas costelas; O olhar felino de Andrew em mim.

— Segundo: não temos mais nenhum vinculo, se não aceitar isso e começar a viver a sua vida, você só vai sofrer e me fazer sofrer. Não merecemos isso, concorda?

Provavelmente a contragosto, ele balançou a cabeça positivamente, quase de um jeito mecânico. Piscou algumas vezes e desviou o olhar.

— Certo.  — ele riu com raiva.  — Não irei mais te perturbar, como queira.  — passou a mão pelo cabelo.  — Viva com a sua decisão.  — não pareceu um desejo verdadeiro.  — Vocês dois.

E passou por mim e Shawn, esbarrando propositalmente no ombro alheio. Mendes comprimiu os lábios, lutando para não revidar a provocação. E então Andrew se foi, batendo com força a porta do carro e saindo loucamente. Observamos até o carro desaparecer na esquina.

— Você está bem?  — a voz de Shawn me trouxe de volta.

— Estou sim, ele é que não está.  — ligeira, eu fui catar a mochila em seu carro e voltei para perto do homem.

— Mas vai ficar, aposto.  — tentou garantir.

— Sinto muito por te fazer passar por isso, você não tem nada a ver com meus problemas.  — lamentei, jogando o cabelo para trás.

— Não quero que pense assim, pode contar comigo para qualquer coisa.  — ele segurou meu rosto entre suas mãos.

— Obrigada, é bom saber disso.  — sorri e segurei a sua destra.  — E também pelo dia de ontem, foi maravilhoso.

— Espero que tenhamos mais momentos assim.

— Eu também. — estiquei-me para lhe dar um beijo e separar devagar.  — Até logo. Shawn.

— Até logo, Amelie.  — escondeu as mãos nos bolsos após eu me distanciar.

Subi os degraus, onde Andrew estava minutos anteriores. Acenei pela ultima vez e entrei em casa.

[...]

Na segunda-feira a tarde, em meus horário de almoço, encontrei com Greta para ajudá-la na compra de uma jaqueta nova — combinamos isso na noite passada. Ela me esperava em frente à loja, distraída observando a vitrine e com um milk-shake enorme na mão.

— Amelie!  — acenou ao ver, fiz o mesmo.  — Que bom ver você, já estava ficando com saudade.

— Você só me liga quando quer algo, ingrata.  — falei e arrumei a alça da bolsa no ombro.

— Olha só quem está falando.  — ergueu o indicador que segurava o copo.  — Além do mais, você não iria fazer nada mesmo.

— Eu ia comer.  — reclamei.

— Ah, cala a boca. Vem, vamos entrar.  — me puxou pelo pulso.

A loja estava praticamente vazia, com exceção de mais duas senhoras que olhavam manequins com vestidos de estampas florais.

— As coisas entre vocês estão serias mesmo, hein?  — comentou do nada. Supus que se referia a Shawn, tinha contado a ela sobre o dia com ele.

— Não diria isso, nós apenas apreciamos a companhia um do outro.  — respondi tateando as araras.

— Vocês vão namorar?  — ela estava mais a frente, se virou para mim, mexendo o canudo para misturar o resto da bebida.  — Quer dizer, é que acontece com as pessoas quando ficam próximas demais.

— Sinceramente? Eu não sei, nem estou pensando nisso. Nós não tivemos essa conversa ainda. — franzi o cenho.

— Tem medo de que seja só sexo?  — a questão me pegou desprevenida.

Fiquei refletindo se Greta poderia estar correta; e se fosse apenas sexo? Se tudo não passava de um desejo alucinante e depois que fosse saciado nós não quiséssemos mais sequer nos vermos. Se também for uma enganação, coisa do momento? Senti um aperto na garganta e uma leve falta de ar.

— Não.  — a firmeza e o desespero na voz me surpreenderam.  — Deve ser mais, gosto dele, é a única certeza no momento.

— E ele sabe disso? Porque vai que ele queira um relacionamento e você não?  — ela segurou uma blusa de mangas longas verde em frente ao corpo.

— Não temos pressa, estamos bem como estamos.  — garanti e pigarreei.  — E Shawn não é o tipo de cara de encana se uma garota só quiser transar.

— Bem, já sabe que torço por vocês. Ainda continuo achando ele um puta de um gostoso.  — mordiscou o lábio inferior.

— Há-há, chega de perguntas. Escolhe logo essa jaqueta, tenho que voltar para o trabalho.  — estalei os dedos.

— Tudo bem, tudo bem.  — colocou a blusa de volta no lugar e foi terminar a compra.

 

Mamãe estava animada — exageradamente — para o Feriado de Ação de Graças. Como seria no quinta, ela passaria toda a semana falando sobre o evento. Impressionante como os dias passavam rápido, mais algumas semanas e os preparativos seriam para o Natal.

Por sorte, meus pais não tocaram no assunto de Andrew nem vieram com o papo de se eu estava bem ou superando, jantamos em paz. Não falei com Shawn durante o dia, por isso resolvi mandar mensagem durante a noite. Ele demorou apenas alguns minutos para responder.

Tive um dia cheio, minha cabeça parece que vai explodir.
Como foi o seu dia?

Fui com Greta às compras, é sempre um saco.
Ei, o que vai fazer no feriado de Ação de Graças?

Provavelmente comer e ouvir musica sozinho, minha família
está longe, então...

Gostaria de vir almoçar aqui em casa?
Seria bom te ter ao lado enquanto meus parentes conversam
sobre coisas chatas.

Depois que enviei, apercebi o quão estranho soava o convite; parecia alguém que apresentaria o namorado aos pais. Congelei e tratei de corrigir assim que ele passou um tempo para se manifestar.

Não é isso o que está pensando, Shawn.
Só quero ficar esse tempo contigo.
Mas não precisa vir se não quiser, podemos fazer outra coisa.

Quase gritei quando a resposta chegou:

Eu adoraria, Amelie.
E eu não estava pensando nada, é só um feriado juntos.

Imaginei que ele estivesse sorrindo e aquilo me confortou. Só espero que não estranhem eu chegar com outro cara diferente — embora minha família não tenha visto Andrew mais do que uma ou duas vezes.

Senti que quando visse Shawn da próxima vez, eu conversaria com ele; não havia mais por que adiar. Seria sincera e abriria meus sentimentos para ele, e eu torço para que Shawn faça e sinta o mesmo.

Eu poderia estar enganada, talvez vivendo uma bela ilusão, só que eu queria ir mais fundo. Uma parte de mim aconselhava para me arriscar e eu estava disposta a ouvi-la.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, qualquer coisa falem comigo pelo twitter: http://twitter.com/tokyoghouxl Beijos e até o próximo ♥


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