História Trouble Maker (yoonseok) - Vocês aceitam?

O Sr. Kim é alguém muito ocupado, diferente de seu filho, o homem administra sozinho toda a sua parte da empresa, ou suas empresas para ser mais claro.

Depois da festa incrível que Nam preparou para mim, voltamos a rotina e com isso voltou também o assunto de termos que nos encontrar com Sr. Kim. Eu não gostaria de adiar, e não entendia por que Yoongi se sentia com medo do tal encontro. O Sr. Kim é alguém muito poderoso economicamente? Sim, mas ele é alguém muito bom, independente de seu trabalho, aquele homem sempre ajudou quando precisamos e eu até mesmo sentia saudades dele, se me recordo bem nossa última conversa fora a anos.

O único problema era a sua agenda, não conseguíamos marcar um encontro pois ele estava fora do país e sempre que voltava passava poucos dias e nunca havia algum tempo livre.

Namjoon chegou em casa com alguns contratos dos quais eu deveria revisar e assinar, e felizmente com o meu salário.

Devem estar se perguntando por que de eu não abrir uma conta e receber por ela, bom, tente explicar para a agência e o governo tanto dinheiro em uma conta em que o dono não tem registro de trabalho.

Estamos sentados no escritório a pelo menos uma hora, Namjoonie engajou em um assunto sobre Jimin e ele e eu nem mesmo conseguia me concentrar nas folhas que deveria assinar. Yoongi estava por aqui também já que ainda era final de semana e este passaria algum tempo comigo, mas o garoto permanecia no sofá emburrado já que Nam estava me alugando, eu entendia o menor mas este era o meu trabalho afinal, e ter de ouvir Namjoon e suas longas histórias vinha como um brinde.

—Estou pensando em noivar com Jimin, o que você acha?—.

Desviei a atenção da folha para o moreno em minha frente, junteis os papéis e tampei a caneta preta que usava.

—Noivar?—. Perguntei curioso.

—Sim, noivar sabe? Aquilo que pessoas apaixonadas fazem quando estão juntas a algum tempo—.

Engoli em seco. Namjoon nunca foi alguém muito apaixonado, seus relacionamentos não duravam muito e ele parecia indiferente sobre isso. Mas o fato de ainda estar com Jimin era impressionante sim, Jimin e Namjoon?

Quando me envolvi com Yoongi pensei até na hipótese do moreno tentar algo com Yoongi também e fico feliz por ele ter Jimin, não que eu ache que Yoonnie ficaria com ele também. Mas noivar?

—Namjoon, Jimin tem dezesseis anos. Não acha que ele tem uma vida toda pela frente?—.

O sorriso murchou na face do mais velho. Não era minha intenção fazer com que ele se sentisse mal ou incapaz de construir algo com o ruivo, mas eu sou seu melhor amigo e preciso dar-lhe um chacoalhão de realidade. Talvez não seja isso que Jimin quer, digo, ele é muito novo para querer se apegar a alguém assim.

—Você tem razão Hobe, talvez ele nem queira estar comigo tanto assim—.

—Converse com ele antes de fazer um pedido tão sério quanto esse, será melhor—.

Dei-lhe um sorriso fechado e ele se encostou na cadeira de couro, relaxando, enquanto eu voltava para os papéis.

Repentinamente o celular do moreno tocou alto sobre a mesa, o mesmo buscou com os dedos o aparelho e atendeu rapidamente depois de olhar a tela brilhando.

—Oi pai, como o senhor está?

Eu estou bem, vim até o apartamento de Hoseok para terminar aquele assunto do contrato.

Não, está tudo certo.

Hoje a noite?—.

Nam tirou o aparelho do ouvido e olhou para mim.

—O pai quer saber se tem compromisso hoje a noite, parece que abriu um espaço na agenda—.

“O pai” era como nos dirigíamos ao Sr. Kim algumas vezes, ele era um pai para mim também.

—Diga que hoje estamos livres, não é Yoongi?—.

Virei-me na cadeira e observei o azulado pequeno estirado no estofado da sala. Ele assentiu um pouco indiferente e voltou a atenção para a tv.

—Então hoje a noite nos vemos, pai

Até mais tarde—.

E então finalizou a chamada.

Terminei de ler o último contrato e assinei alguns outros papéis. Namjoon juntou as folhas e as guardou na pasta onde os mesmos vieram. Sem demorar muito mais, se despediu de mim e de Yoongi e se dirigiu ao elevador.

Após fechar a porta, juntei-me a Yoongi no sofá mas o menor parecia me ignorar.

Joguei-me sobre o seu corpo e espalhei beijos por sua tez macia e pálida, do maxilar as bochechas e das bochechas ao seu queixo, mas antes que tentasse selar seus lábios fui empurrado para o lado.

—Qual é amor, vai ficar me ignorando no nosso único tempinho juntos?—.

O azulado soltou um riso soprado e se sentou no sofá, fazendo com que eu me sentasse também.

—Que eu saiba foi você quem desperdiçou horas ficando com Namjoon naquele escritório—. Cruzou os braços e acompanhou com os olhos enquanto eu estendia minha mão até a sua.

—Yoongi, é o meu trabalho, eu sinto muito por não ter te dado atenção mas precisava faze-lo, sou pago para isso afinal—.

O bico fofo que se formou nos lábios do menor me encantava, eu queria rir daquela expressão mas consegui segurar, ou levaria um bom soco no pé do estômago.

—Vai continuar me ignorando ou vai me desculpar?—.

Me aproximei, juntando nossas mãos e arrisquei um beijinho em sua testa. Logo as bochechas pálidas ficaram avermelhadas e eu voltei a arriscar um beijo sobre cada uma delas.

Um sorrisinho sem graça invadiu o menor que logo sorria abertamente enquanto eu o enchia de beijos pelo rosto. Mesmo com os pedidos para que eu parasse, apenas continuei até que conseguisse invadir seu pescoço que estava marcado pela noite anterior.

Um gemido de dor saiu dos lábios rosados e eu sussurrei um pedidos de desculpas contra a pele roxeada, mas não deixei se beija-lo em outros lugares.

O mais novo se aninhou em meu colo e aproveitou das carícias que recebia, seus dedos brincavam com os fios curtos de minha nuca e eu não demorei muito para tomar seus lábios tão convidativos.

Assim que nos separamos, sua cabeça relaxou contra meu peito e eu me ajeitei no sofá com o corpo pequeno sobre o meu.

—Você é tão mimadinho—.

Apertei-o contra meus braços e ele resmungou algo que não pude compreender.

                       °•°•°

Apesar de Namjoonie deixar claro que não iríamos em um lugar grande e extravagante, eu tinha certeza de que seria o melhor restaurante da cidade, ou até algum lugar reservado apenas e exclusivamente para o Sr. Kim. Levando em consideração todas as vezes que Nam me faz passar vergonha por aparecer simples de mais em lugares VIPs e extravagante de mais em lugares comuns, decidi que usaria algo mais formal mas sem sair do esporte, como um terninho, uma blusa clara e lisa por baixo e calças sociais mais justas acompanhadas de um sapatenis escuro. Precisei levar Yoongi até sua casa já que haviam poucas peças de roupa suas aqui, a menos que ele concordasse em usar um moletom rosé e calças rasgadas nos joelhos e coxas. Algo que eu nem cogitei em negar assim que o menor protestou e pediu para ir se trocar em casa, já que de uma última vez, o mesmo quase destruiu meus planos de um pedido de namoro por causa de suas roupas.

Parei alguns metros distante de sua casa, como me fora pedido para fazer, e logo um pequeno ser vestido em uma camisa social branca e um jeans escuro atravessou a rua e abriu a porta.

Assim que Yoongi se pôs a sentar ao meu lado, bufou e jogou os braços para trás a procura do cinto de segurança. Não antes de bufar mais vezes.

—O que foi? Não quer ir? Qualquer coisa eu ligo para Nam e desmarcamos—. Disse tentando ajudar o menor que por causa do nervosismo não conseguia encaixar o sinto no lugar.

—Não é isso—. Passou as mãos pelos fios que voltaram a ser negros, provavelmente havia pintado essa tarde. —Minha mãe não para de pegar no meu pé Hoseok, quer saber sempre onde estou indo e como estou saindo sem lhe pedir dinheiro ou mais precisamente se eu estou saindo com você. Você não sabe o quanto eu quero parar de mentir e dizer a meio mundo que te amo—.

As palavras foram cuspidas em um momento intenso de irritação mas eu não pude deixar de lado o sentimento de meu corpo estremecendo ao ouvi-lo proferir tais palavras.

—Você o que?—.

—Droga Jung Hoseok, eu te amo!—. Disse antes de bater com as palmas das mãos em suas coxas.

Claro que era um sentimento recíproco, mas pensar que Yoongi havia dito primeiro me deixava surpreso.

As palavras pareceram fazer sentido para o menor depois que a raiva se foi, instantaneamente suas bochechas coraram e suas mãos foram usadas para esconder a vergonha. Ele é tão adorável.

Retirei as mãos de seu rosto e segurei-as antes de sela-las carinhosamente.

—Vamos resolver isso, o Sr. Kim não irá se importar se nos atrasarmos alguns minutos—.

Retirei o seu e o meu cinto e abri a porta saindo do veículo. Yoongi saiu do carro e correu até meus braços, se encaixando enquanto andávamos até sua casa.

—A propósito, eu amo você—. Eu disse vendo o riso envergonhado do menor.

Sra. Min era um amor de pessoa, mas poderia ser assustadora quando queria. Seu olhar que oscilava entre mim e minhas mãos entrelaçadas com as de Yoongi sobre a mesa, me arrepiavam. Eu poderia jurar que logo ela pegaria uma das facas da cozinha e mataria a nós dois, sem se importar em Yoongi ser seu único filho.

—Sra. Min, eu reconheço que erramos, eu errei, te desrespeitei e me sinto horrível por isso, mas compreenda e leve em conta o que seu filho sente por mim e o que sinto por ele—.

—Você está pedindo desculpas?—. Disse ríspida.

—Com toda certeza sim, eu amo Min Yoongi e quero sua benção para que fiquemos juntos—.

Eu estava quase me ajoelhando já, era a terceira fez que pedia desculpas. Yoongi estava impaciente pela insistência da mãe me fazendo quase implorar por perdão mais de uma vez, como se me humilhar uma vez não fosse o bastante.

—Você não acha que deveria estar se interessando por homens e mulheres da sua idade? O que meu filho tem de bom a oferecer?—.

—Mãe! —. Protestou o moreno pequeno, ofendido.

—Ah a senhora se surpreenderia se soubesse—.

—Hoseok!—. Exclamou Yoongi.

Logo recebi um tapinha na nuca pelo menor e um peteleco na testa por sua mãe irritada.

—Me desculpem, mas eu só estou dizendo verdades. E não acho que a diferença de idade seja o problema aqui. Eu me dou bem com Yoongi—.

A mulher colocou os cotovelos sobre a mesa e apoiou o queixo sob as mãos. Parecia pensativa.

—Não é como se eu pudesse impedir, sei que não deixaram de se encontrar nesse meio tempo, e aliás Min Yoongi nós conversaremos sobre isso mais tarde, criança insolente—.

—Então a senhora deixa, mãe?—.

Os orbes escuros do menor brilharam e sua empolgação acabou contagiando a mãe que sorriu minimamente mas fez força para manter a pose de mãe-irritada-e-contra-namoro.

A mulher assentiu mas continuou encarando-o me cerrando os olhos, como um aviso de que estava de olho em mim.

Antes de sairmos e voltarmos para o carro, a Sra. Min beijou a testa de seu filho querido e deu-me um abraço rápido enquanto sussurrava que estava de olho e que ainda não confiava em mim inteiramente. Em seguida desejou que nos divertíssemos sorridente. Sinistro.

                      °•°•°•°

Como esperado para um encontro com Sr. Kim, o empresário reservou um lugar VIP para jantarmos então estávamos afastados da pouca população de classe média alta que estava ali, e cercados pelos seguranças que tentavam se manter camuflados em nossa volta, como se não fossem seguranças e não tivessem ordem para atirar em qualquer um que fosse mais ousado em relação aos Kim.

—Olá pai, como o senhor está?—.

Cumprimentei-o estendendo a mão mas fui puxado para um abraço de lado e um beijo na bochecha esquerda.

O homem não parecia tão diferente de anos atrás, logicamente a idade lhe pesava mas ainda era o mesmo homem trajado com vários anéis pelos dedos e feição inocente.

—Hope, vejo que continua bonito e sorridente. E este contigo deve ser Min Yoongi, estou errado?—.

Levei a mão de Yoongi que estava entrelaçada a minha até o pai e soltei-a assim que o mais velho segurou-a e beijou rapidamente, deixando Yoongi constrangido.

—Boa noite Sr. Kim—. Sorriu simpático o mais novo, ainda envergonhado.

—Quanto bom gosto meus filhos adquiriram, arrumaram pessoas ótimas—. Soltou a mão do moreno pequeno e se pôs a sentar em seu lugar. —Sentem-se, já fizemos nossos pedidos porque Park estava faminto—.

—Ah, nos desculpem por isso—. Disse enquanto cumprimentava Namjoon com um abraço e Yoongi e Jimin se entreolhavam com indiferença. —Tivemos que resolver alguns problemas antes de virmos—.

O Sr. Kim assentiu sorrindo minimamente.

Assim que o garçom chegou com os pedidos, Yoongi e eu fizemos os nossos e começamos a conversar enquanto todos na mesa já degustavam de seus devidos pratos.

—Como andam as coisas por aqui? Sinto saudades da época em que ainda tinha algum tempo para andar na grande Seoul ou visitar algumas das praias de Busan—.

—O senhor não perdeu nada importante, pai. Seoul continua Seoul e Busan continua Busan—. Disse Namjoon rindo e sendo acompanhando por seu pai.

—Está certo, não é como se elas fossem mudar muito em apenas quatro anos—.

Todos terminaram seus pratos e bebiam em suas taças um vinho importado, no entanto Yoongi e eu estávamos ainda na metade de nossos pedidos. Não que eu estivesse com pressa, gostava de sentar e ouvir as historias dos Kim sobre os clientes e ouvir o som da rizada de Yoongi quando achava alguma parte da história engraçada. Mas era desconfortável comer enquanto os outros olhavam.

Até que, finalmente entraram no assunto do por que estarmos todos aqui nesta noite.

Terminei minha refeição e deixei o prato de lado, limpando a boca com um guardanapo e me voltando ao assunto.

—Bom, eu soube do acidente com o carro, vocês sabem. E também sei que Jimin anda faturando muito em suas corridas, aliás, meus parabéns—.

O Kim mais velho cruzou as pernas enquanto olhava para Jimin com um sorriso orgulhoso. Para ele, qualquer um que fizesse dinheiro bem, ganhava seu orgulho e admiração.

—E eu achei interessante a ideia dos dois mais novos serem tão competitivos e centrados. Quero dizer, eu passei um tempo analisando-os e pensando sobre o caso e por isso decidi chama-los aqui hoje—.

Yoongi parecia temer o que viria a seguir, ao repousar minha mão sobre seu joelho e acariciar sua perna, pude sentir seu corpo tremendo.

E então o Sr. Kim continuou.

—Eu quero que trabalhem para mim—. Disse por fim.

Yoongi e Jimin arregalaram os olhos e suas bocas abriram em um “ O “ perfeito.

—Que trabalhem para mim como uma dupla—.

Eu não tinha certeza se Namjoon estava por de trás dessa ideia mas seu sorriso de orelha a orelha começava a não deixar duvidas de que havia sim dedo seu ali.

—Como uma dupla!?—. Exclamaram em uníssono em um tom mais alto. Mas logo pediram desculpas pelo tom.

—Sim, vocês aceitam?—.