1. Spirit Fanfics >
  2. Trouble Town >
  3. Os bons e velhos amigos

História Trouble Town - Os bons e velhos amigos


Escrita por: Downpie_

Notas do Autor


sos parece que nao posto faz anos
ai gente eu nao sei se a fanfic ta acabando mas ta no clima????
kkkkkkkkkkkkkkkkkk socorro eu nao sei de nada
ai cansei de jogar lol só feedo

Capítulo 18 - Os bons e velhos amigos


Fanfic / Fanfiction Trouble Town - Os bons e velhos amigos

Aquilo realmente pareceu uma tentativa de suicídio. Vi sentiu toda a sua vida passar diante de seus olhos num flash, ela ficou zonza e caiu ao chão. A máquina fez barulhos esquisitos e soltou uma leve explosão que a fez pular num susto. Assim como a geringonça, Vi foi sobrecarregada.

Tudo vinha à tona: o dia em que conheceu Jinx, todas as vezes em que ela cuidou da pequena Vi e quando elas cresceram e a situação se tornou contrária. Todas as vezes que alguma das paixonites idiotas de Jinx lhe trouxeram problemas e foi ela que teve que resolver. Todas as vezes que ela saia com Ekko para invadir lixões para construir coisas legais, o dia em que ele quase chorou de alegria ao achar fragmentos de cristal hextec que um dia formariam o Z-Drive. Eles continuavam os mesmos e ela também.

Vi sempre pensou que era uma pessoa totalmente diferente após o acidente, mas a única diferença era estar do lado certo, ela sempre foi forte e decidida, não havia sido algo após a memória. E aquela era a confirmação de que ser uma maloqueira pervertida está no sangue, heh.

Como Jinx disse na viagem à Zaun, nada mudou.

Além de lembrar-se o motivo que a fez amar Jinx como sua própria irmã, ela lembrava do motivo de ter deixado-a. Jinx falando com aquela maldita arma sobre assassinar pessoas. Ela tentou parar isso, mas a cada dia ela ficava mais insana e destrutiva. Foi triste ter de admitir que não havia mais salvação para alguém que ela amava tanto. Isso só fazia todos os crimes dela piores.

Na verdade, ela não sabia como Ekko conseguia ignorar tudo aquilo. Havia a época em que ela achava bonitinho o jeito que ele corava toda vez que Jinx sorria para ele, mas hoje em dia era burrice. Ela ainda admirava ele ter tentado consertar as coisas com as duas, mas ele nunca sairia do apego emocional de Jinx, ele sempre estaria acorrentado pela salvação que ela precisava, mas nunca teria. Se Vi não tivesse perdido a memória, talvez também estivesse.

Vi ficou encarando o teto, percebendo o quanto era mais feliz antes de ter a memória. Ela não se lembraria que Jinx era uma boneca vodoo: ela que se machucava, mas quem sentia a dor eram Ekko e Vi. Ela não iria melhor nunca, já era tarde demais para isso, foi bom ter esquecido dessa parte. Ela já tivera um futuro brilhante pela frente, mas agora virou apenas mais uma alma desperdiçada no Cinza. Vi sabia que era a única que podia acabar com isso, ela agora tinha a sabedoria para tal feito.

Ela quase enfartou quando alguém tocou a campainha. Escondendo a máquina explodida e os papéis dentro do armário de casacos e colocando a mesinha em cima da mancha da explosão, ela foi abrir a porta. Era Caitlyn.

Vi sentiu-se como se fosse a primeira vez que a visse, com a mesma luz de esperança de antes. A xerife havia salvado-a de se tornar um desperdício, ela usava seu potencial para o bem, agora. Tudo bem, as reclamações de que ela era bruta demais com os suspeitos ainda era real, mas ela ainda era boazinha.

— Oi? — a xerife acenou a mão à frente do rosto de Vi, que deveria estar babando. — Você não foi trabalhar hoje e eu fiquei preocupada. Está tudo bem?

— Eu dormi demais, foi mal — Vi gaguejou. Ela não conseguia se concentrar em nada.

— Está um cheiro de queimado, você tentou cozinhar? — ela riu maldosamente, entrando e dando uma olhada no local desorganizado.

— É, estou morrendo de fome — a garota não sabia se deveria contar ou não sobre estar curada. Ela ainda estava lenta e confusa do choque, mas as informações que tinha poderiam leva-las a algum lugar.

— Ezreal me chamou para um brunch com o Jayce e a Lux. Foi legal, eles me apoiaram e tal. É bom sabem que nada mudou na minha relação com eles — Cait sorriu de leve.

Agora que Vi lembrava de toda a cultura e tradições zaunitas, a palavra “brunch” parecia dez vezes pior. “Malditos pilties!” ela queria gritar, para rir em seguida. Ela costumava zoar pessoas como Caitlyn, mas agora ela era quase com um deles, uma semi-piltie.

— O Jayce levou numa boa, sério? Ele deve estar arrasado por saber que eu peguei você e ele não, fica dez vezes mais engraçado porque ele me odeia — ela riu maldosamente.

— Nós somos só amigos, eu já falei isso várias vezes! — a xerife revirou os olhos, detestava quando acusavam Jayce de ter sentimentos por ela.

— Bem, Ekko e Jinx eram só amigos e olha no que deu — ela deu de ombros, não acreditando que usou seus antigos amigos de exemplo. Com poucas palavras seria desmascarada, então ela deveria calar a boca.

— Eles são adolescentes, qual é — ela acenou negativamente com a cabeça. — Mas bem, eu não tive chance de falar só com ele, o laboratório dele foi roubado. Ele diz que foi o Viktor, mas tenho certeza de que foram só moleques de rua. Eu tenho casos mais urgentes para cuidar, então...

Oh, sim, Viktor. Vi rangeu os dentes enquanto mais informações vinham à sua cabeça. Antes de tudo começar a ficar estranho, Jinx disse que tinha um namorado mais velho. E bem, naquele dia que a garota a levou para Zaun, ela disse que Viktor a capturou de novo. Bem, a linha do tempo batia, não?

— Ele está indo atrás do Viktor? — Vi quis saber, engolindo em seco ao perceber aquela verdade horrível. Era uma coincidência que Jinx estava tendo um caso com o maior inimigo do melhor amigo da namorada de Vi? Será que Ekko sabia daquilo? É claro que não, ele odiava Viktor com todos os nervos, odiaria Jinx se soubesse daquilo. Talvez, se Vi contasse, ele viria para o lado delas.

— Sim. Nós deveríamos ir pará-lo?

— Esse é o nosso caso urgente agora, docinho.

***

Jinx ainda se odiava por estar indo no Beco Âmbar de novo. Ekko decidiu dormir mais um pouco depois dela trocar seus curativos e ela cansou de esperá-lo acordar. Ele era muito adorável quando estava dormindo, mas ela estaria mentindo se dissesse que poderia vê-lo dormir por horas, ela odiava ficar parada.

Ela resolveu levar Pow-Pow para passear mas começou a pensar na sua própria morte, então foi procurar o homem que lhe deu câncer para que ele dissesse quando que o sofrimento iria acabar.

— Eu sei que você está aí, qual é — ela resmungou, batendo na porta novamente. Ela sabia que Viktor espiava pelo iridoscópio a qualquer barulho na rua. Ela revirou os olhos. — Argh, se eu quisesse te matar não estaria entrando pela porta da frente.

Talvez Pow-Pow trouxesse uma má impressão, mas Jinx não sairia indefesa na situação que estava. Jinx encostou a cabeça na porta, um tanto sonolenta. “Eu estou exausta ultimamente, será que vou morrer?” era a pergunta que ela tinha para fazer.

Jinx soltou um urro impaciente quando a porta de ferro levantou-se e logos seus sapatos de plataforma começaram a ecoar no chão de metal. Ele estava sem máscara, do jeito que ela gostava. Mostrava o rosto anguloso de um homem elegante e deprimido.  

— Você não deveria estar explodindo Piltover ou algo absurdo do tipo? — Viktor resmungou, desinteressado. Ele estava mexendo em alguns parafusos da própria mão.

— Não sei se você sabia, mas ter câncer no cérebro pode te deixar meio indisposto de vez em quando, sabe? — ela respondeu acidamente, jogando-se na cadeira giratória enquanto ele apertava o botão que fechava a porta.

— O humor é um jeito de lidar com isso — foi o que ele respondeu. Nenhum “sinto muito por ter te dado câncer” ou algo do tipo. — Ainda extasiada com a adrenalina ou suas pegadinhas já se tornaram um fardo?

— Uma assassina de elite está me perseguindo então vou dar uma folga. Estou tão entediada que vim visitar o cara que me deu câncer — Jinx pegou um alicate de prego e começou a rodá-lo em seus dedos.

— Já eu estou ocupado, não tenho tempo para uma antiga cliente que parece não se lembrar que assinou um contrato antes do procedimento que dizia que ela estava ciente dos riscos — ele retrucou, ainda mexendo nos parafusos.

— É, é, eu sei. Mas não deixa de ser triste, não? Eu sou tão jovem e moderadamente bonita...

Ela suspirou sarcasticamente, cutucando a própria bochecha com a ponta redonda do alicate. Ela se viu no reflexo da bancada de metal, seu corpo magro e pálido balançando no reflexo. Será que as pessoas conseguiam ver que ela estava adoecendo?

— É tolice da sua parte angustiar-se por conta da própria morte, algo que não pode controlar — ele comentou, parecendo um tanto curioso, como se fosse bizarro ela ficar triste por causa daquilo.

— A parte triste é não poder controlar isso, dã — ela retaliou.

— Se não pode vencê-la, junte-se a ela, aceite-a — foi o conselho dele.

— Como psiquiatra você é um ótimo inventor — Jinx sorriu sarcasticamente, sem paciência para as merdas niilistas dele. — E então, tem algum exame para dizer quanto tempo de vida eu tenho? Tipo, são semanas ou meses? Sabe, tem uns dias que eu acordo com uma dor de cabeça desgraçada e vejo pontos pretos na visão, sempre acho que vou morrer.

— Talvez isso seja falta de comida, você parece subnutrida — ele resmungou.

— Eu sou tipo a criminosa mais famosa das cidades gêmeas. É claro que meu dinheirinho roubado é o suficiente para me dar uma refeição — a garota revirou os olhos.

— Meu conhecimento sugere que seus hábitos infantis também incluem não comer nada que seja verde, então você deve saber do que eu estou falando — ele resmungou.

— Eu não sou tão infantil assim, qual é. Eu só não gosto de cozinhar e tudo mais — Jinx deu de ombros, não querendo admitir que ele estava certo. — Então, tipo, minha morte não está chegando, se eu comer salada fica tudo bem de novo?

— O estrago já foi feito, você ainda tem um tumor. Eu até estou surpreso que você ainda está resistindo tanto, está muito bem para um caso perdido — ele a olhou de cima a baixo, não parecendo tão impressionado quanto dizia.

— Eu vou encarar isso como um elogio — ela sorriu sarcasticamente.

— Sua preocupação me intriga. Na última vez que veio, eu tinha uma estimativa de vida e você não quis ouvir. Claro que ela não é válida hoje, mas... — Viktor deu de ombros, encarando-a, pronto para receber sua resposta.

— O garoto que eu gostava me achou, o Ekko — ela sorriu de leve, pensando no rapaz que dormia tranquilamente no esconderijo dela. — Antes eu não ligava porque eu não tinha nada a perder, mas agora tem alguém que vai sentir a minha falta. Eu só queria saber se já deveria ir me despedindo ou sei lá.

— Ekko, o rapaz que estilhaçou o tempo? — o homem franziu o cenho, parecendo irritado. Jinx apenas concordou com a cabeça, havia um pedacinho dela que torcia para que aquilo fosse ciúmes, mas provavelmente não era. — Hm, isso explica o porque ele não quis trabalhar comigo. A invenção dele é certamente impressionante, todos nós tentamos o feito há eras e fomos derrotados por um pivete. Você arruinou meus negócios, então estamos quites.

— Eu nunca falei de você para ele, sai dessa! Você ainda me deve uma por ter me dado câncer, não pense que vai se livrar de mim tão fácil — Jinx lhe fuzilou com o olhar. — Ekko preza a própria independência, não quer fazer parte dos planos de ninguém, quer fazer os próprios. Eu tenho certeza de que vai chegar longe, ele é brilhante.

— Duvido um pouco, mas eh, espero que ele chegue onde quer. Bem, me diga, você sabe como a máquina funciona?

— Ah, sei lá, ela tem o cristal hextec que ele achou no ferro velho e é uma ampulheta e tal... você puxa a cordinha e volta no tempo, é assustador. Ele já me salvou da morte algumas vezes, nem lembro — Jinx deu de ombros. Ele já deveria ter contado, mas ela não sabia dos detalhes técnicos, era terrivelmente chato. — Então, você não ia fazer um exame para ver quanto tempo de vida eu tenho?

— Não toque em nada — Viktor resmungou, saindo do cômodo. Jinx só ouviu barulhos metálicos então não ficou curiosa. Não demorou muito para que ele chegasse com uma geringonça que parecia um eletrocardiograma conectado à alguns fios. Ela conhecia o processo, ele tentava enfiar os fios na cabeça dela, mesmo que ela se recusasse a deixa-lo cortar o cabelo dela para isso.

— Você não fez nenhum tipo de tratamento? — o homem quis saber, mexendo nos fios da máquina.

— É, eu ia fazer quimioterapia, mas prefiro morrer à perder meu cabelo. E ainda que eu teria de ver os médicos de Zaun e são todos uns charlatões, eu provavelmente só pioraria — ela disse, girando uma de suas tranças azuis no ar. — Olha, não deve ser tão ruim assim, eu ainda não morri, certo? Já faz mais de um ano.

— Certamente, mas não posso negar que tenho a impressão de que você fica mais insana à cada dia — ele resmungou, mexendo no cabelo dela para tentar encontrar os pontos desejados na confusão de mechas azuis.

— Então você me acompanha? — ela não pôde esconder seu sorriso.

— Não posso negar a responsabilidade que tenho nesse caos — ele suspirou, não parecendo compreender a alegria dela. Próximos como estavam, Jinx sentia o cheiro de caramelo exalando dele, a sua única fraqueza, ele dizia.

— É bom saber que eu sou tão icônica que até você pensa em mim — a garota zombou, balançando as pernas no ar. Viktor não respondeu nada, apenas acenou negativamente com a cabeça. — Ah, qual é, eu devo ter sido a única pessoa que conversou direito com você no ano passado, cara de lata. Você deve gostar um pouquinho de mim. Só um pouquinho...

— Nunca te dei motivos para acreditar nisso — era um saco, ele nunca deixava o ar indiferente.

— Você tipo quase sorriu pra mim uma vez — ela riu. — E eu sou tipo uma das únicas pessoas que não acha que você é um assassino desumano. Você é sinistro e rabugento, mas quer mudar o mundo, é bonitinho.

Por alguns segundos ele a encarou como se fosse perguntar onde ela queria chegar, mas então voltou a conectar os eletrodos à cabeça dela. Seria legal se ele demonstrasse sentimentos de vez em quando.

Viktor ligou o aparelho e Jinx sentiu alguns leves choques percorrendo sua espinha, mas logo eles cessaram. Ele desligou a máquina e delicadamente tirou os fios dela, sabendo que ela iria reclamar muito se ele arrancasse seu cabelo.

— E então? — ela o encarou, curiosa.

— Ainda não dá para saber. Eu acho que o meu problema com você é que seu problema não era algo necessariamente orgânico, mas sim mental. É, foi uma má ideia ter alterado o cérebro de alguém subnutrido em fase de crescimento, não haviam funções cerebrais para alterar, então ele mexeu com algo que não deveria ter sido manipulado de tal forma — ele murmurou, falando mais para si do que para ela. — Mas é, não parece tão ruim. Você disse que as coisas ruins começaram depois de sofrer seus dramas juvenis, então as coisas podem apenas ficar piores se houver um gatilho emocional. Não é certo, mas uma teoria... tente não enlouquecer, entende?

— Vai se foder — ela não acreditava que ele realmente havia dito aquilo. — “Tente não enlouquecer”, sério? É por esse tipo de coisa que as pessoas te odeiam. Eu estou num estado emocional totalmente desequilibrado e ainda por cima vou morrer por um erro seu. Ao menos finja que se importa.

— Ainda há chances para você. Aprimoramentos robóticos poderiam te salvar — ele engoliu em seco, parecendo um tanto sem-graça. Ela continuou em seu silêncio furioso e ele suspirou, relaxando os ombros. Olhando para o chão, ele parecia embaraçado. — Eu falhei com você, sinto muito.

— Obrigada — ela respondeu suavemente, levantando-se para dar um abraço desajeitado nele.

 Jinx iria dizer algo sobre ele ser um babaca, mas então a porta foi arrombada num estrondo e o alarme começou a tocar. Num salto, a garota pegou sua arma e apontou para o intruso. Viktor já ativou o laser do terceiro braço. Um sorriso maníaco veio ao rosto de Jinx quando Jayce, Vi e Caitlyn revelaram-se à porta. 


Notas Finais


vi achou que ia resolver os problema mas só piorou, parece eu rs
olha so a teoria da conspiraçao dela
viktor nao leva jeito com as cremosa
surprise modafoca
hm vai ter treta rs


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...