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História Trouble Town - Cuidado com o que deseja


Escrita por: Downpie_

Notas do Autor


gente ta dificil escrever sos
cade inspiraçao
nao sei o que to fazendo nem na fanfic nem na vida
rs

Capítulo 19 - Cuidado com o que deseja


Fanfic / Fanfiction Trouble Town - Cuidado com o que deseja

— O que é isso? — Viktor encarou os três pilties à porta dele e desligou o alarme.

O homem de lata não parecia furioso, apenas um tanto intrigado com a gente estranha que apareceu do nada, ele costumava ficar o dia inteiro sozinho, então deveria ser surpreendente ver tantas pessoas de uma só vez.

— Vocês dois não passam de criminosos sanguinários — Jayce resmungou. — Pensa que eu não sei que você roubou meu projeto? E você, garotinha, depredou o meu monumento!

— O jogo acabou, Jinx — Caitlyn rosnou, séria.

Pilties acham que podem vir aqui me intimidar — Jinx deu uma risada. Eles provavelmente não sabiam que ela tinha fãs malucos na cidade. Ou que eles não poderiam prendê-la em Zaun, já que as leis de Piltover não se aplicavam lá. Era uma missão suicida se enfiar numa cidade escura e perigosa onde a lei deles não valia e ela tinha grandes vantagens. Eles eram idiotas ou o quê?

— Hm, será que o Ekko sabe que você tem um caso com o Viktor? — foi a vez de Vi intimidá-la. Jinx franziu o cenho, confusa. — Isso mesmo, você acha que iria conseguir guardar segredo para sempre?

— Você entendeu tudo errado, mãozuda — ela acenou negativamente com a cabeça. A garota tentava entender de onde aquela acusação estava vindo, talvez eles tivessem visto os dois se abraçando, mas aquilo não era nada demais, certo?

— Espere, vocês acham que nós dois temos algum tipo de relacionamento amoroso? — Viktor finalmente demostrou uma emoção enquanto apontava para Jinx com o terceiro braço: confusão.

— Péssimo, Viktor, péssimo — Jayce acenou negativamente com a cabeça com desgosto na voz.

— Se não é mentira, o que você está fazendo aqui? — Vi indagou, desafiando-a justificar algo tão constrangedor.

— Exames, dã — Jinx pegou os eletrodos da máquina ao lado e fez uma careta, não realmente esperando que aquilo aliviasse as suspeitas deles.

— Hm, uma máquina de eletrodos, será que é a que você copiou de mim, já que você roubou meu protótipo? Você não aprende a lição, eh? — o galã esbravejou, batendo o cabo do martelo em sua própria mão como se fosse uma ameaça.

Com um giro ele fez menção de destruir tudo o que havia nas paredes com o martelo hextec que estava brilhando, mas Caitlyn o fez parar, colocando a mão em seu peito e fuzilando-o com o olhar. Viktor pareceu incomodado com a cena, já havia avançado para impedir Jayce de ser mais babaca.

— Eu tolero vocês invadirem meu laboratório, me acusarem de furto e até mesmo de pedofilia... mas se vocês tocarem nas minhas coisas, teremos um problema — o homem disse, sério.

— Eu sou maior de idade — Jinx o corrigiu num resmungo.

— Não faz diferença — ele não gostou muito da interrupção, pois diferente dela, sabia que tal frase só causaria mais suspeitas. — Segundo as leis, vocês não podem prendê-la a não ser que ela chegue na superfície, então não realmente compreendo o que fazem aqui.

— Você me roubou de novo! — Jayce queixou-se, batendo o pé.

— Prove, por favor — Viktor assentiu.

— Bem, eu não vou deixar a Camille levar o crédito por ferrar com você, então eu estou aqui para isso, foda-se as leis, eu vou acabar com a sua raça — Vi resmungou, avançando na direção de Jinx, que saltou por cima dela e caiu em cima da bancada, pegando Pow-Pow e atirando sem piedade em Vi.

Viktor lançou um pequeno dispositivo fino e longo para separar as duas, criando uma parede holográfica, as duas caíram ao chão com o baque.

— Repetindo: se vocês tocarem nos meus pertences, teremos um problema — ele resmungou, olhando em volta para ver se nada havia sido danificado pelas balas. — Enfim, o que vocês querem aqui?

— Quero a minha invenção de volta! — Jayce exigiu, impaciente.

— Primeiramente, o que você acha que eu roubei? — Viktor parecia absolutamente entediado com a presença do antigo amigo, ainda mais com uma acusação tão idiota.

— Um capacete que futuramente iria se tornar a cura para a amnésia, que iria ajudar várias vítimas do distúrbio de stress pós-traumático, entende? O que você faria com isso? — o galã resmungou, batendo o punho num balcão de metal.

— Eu não sei, justamente por não ter roubado — o homem robótico assentiu, calmo.

— Máquina que cura a amnésia, huh? — Caitlyn matinha os olhos atentos sobre Vi, que ainda parecia pronta para avançar na antiga amiga. — Vi, qual foi a sua intuição para priorizar essa missão?

— É, tipo, como você lembrou de algo idiota que eu te disse anos atrás? — Jinx fez uma careta, irritadiça. Um pouco mais lentamente que a xerife, ela ligou os pontos ao ver a garota de cabelos róseos olhar de uma para a outra, impassível, mesmo que os ombros ergueram-se. — Você recuperou a memória, eh?

Jinx sentiu como se suas entranhas explodissem. Vi se lembrava de tudo, mas mesmo assim continuava sendo uma policial idiota. O seu maior sonho se realizou, mas não exatamente do jeito que ela imaginava. Mas por que Vi não contou para os amigos pilties? Talvez ela ainda fosse a antiga...

— Você continua uma sapata de mãos leves, não? — com todos os sentimentos mistos que tinha, Jinx escolheu ficar feliz por um tempo. — Como se sente agora que sabe todas as merdas que você fez?

— Nada mudou. Você mesma disse — a garota assentiu, o seu olhar mais intenso do que antes.

Ainda bem que Jinx era uma especialista em fingir que não estava magoada e engolir o choro. Não seria mais fácil agora que a outra sabia palavras específicas para fazer Jinx chorar pelo resto da vida.

— Você roubou a minha máquina e sabia que eu iria culpar o Viktor porque eu sou paranoico e fingiu que se importava só para que eu te levasse aqui onde Jinx provavelmente estaria? Quem diria, você realmente é um gênio do crime — Jayce levantou as sobrancelhas, furioso. — Aquilo não foi testado em humanos, então você pode ter sérios problemas na cabeça agora, mais do que você já tem.

— Ah, não! Será que eu vou virar hétero para você finalmente achar que tem uma chance com a Caitlyn? Caramba, Jayce, você pode ter inventado a cura gay! Muitos clãs vão ficar felizes com isso, parabéns! — Vi exclamou sarcasticamente.

Caitlyn e Jayce a olharam feio, como se finalmente tivessem percebido a grande deslocada entre eles. Viktor encarou Jinx como se pedisse uma explicação, ela tinha certeza que ele adoraria poder zombar de Jayce pela vida amorosa dele.

— Jayce quer pegar a Caitlyn mas ela está dormindo com a Vi. Patético, não? — a garota sussurrou, dando uma risadinha. Viktor levantou as sobrancelhas de leve, parecendo tentado a rir da cara do inimigo.

— Nós discutiremos isso depois, como pessoas civilizadas — Caitlyn se recompôs. — Então, Jinx, você quer vir conosco direto ou ainda vai querer sentir um pouco de dor?

— Impressionante. Bem, se eu sair pela janela vocês iriam demorar meses para me achar, então vocês podem tentar e passar vergonha, como sempre — Jinx olhou para as próprias unhas de forma arrogante.

— Você acha que eu não conheço seu esconderijo? A memória voltou, vadia, eu conheço essa cidade na palma da mão. Conheço os lugares que você frequenta. Conheço você — Vi falou, com um olhar cheio de ameaças, como se quisesse intimidá-la. Até que funcionou.

— A questão é, você não foi a única que mudou. Foi um longo ano — a garota pálida levantou a cabeça audaciosamente.

— É, ficar meses falando sozinha deve ter realmente te deixado mais patética. Ainda bem que o Ekko foi idiota o suficiente para voltar pra você, não? Você conseguiu o convencer de que essa sua cabeça fodida tem salvação, mas não convenceu à si mesma. — Vi aceno negativamente com a cabeça e a olhou nos olhos, desafiando-a a responder alguma coisa.

Se a policial tivesse simplesmente enfiado um soco na fuça dela, doeria menos. Não era mais a piltie doutrinada, era sua melhor amiga cutucando suas feridas mais profundas. Toda a raiva que sentia, vacilou por um mísero segundo em que ela quis se debulhar em lágrimas.

“Como você deixa ela falar com você desse jeito? Mate-a, agora. Esse sempre foi o plano” Pow-Pow resmungou, confirmando que Vi dizia a verdade. Ela quis gritar com a arma, mas pareceria mais doida ainda. As duas sabiam que ela não tinha coragem para executar tal ato.

— Você quer saber de uma coisa, sapatão? Foda-se o que você diz. Você acha que é só se livrar da amnésia e vir falar um monte de merda para mim que vai resolver a sua vida? Você me pegou, e agora o quê? Sua namoradinha vai fingir que gosta de você por mais um tempo até o seu problema com bebida deixa-la exausta de novo, as pessoas vão te aplaudir e falar mal de você pelas costas. E daí, você vai ser a pateta sozinha, vai perceber o erro que cometeu — Jinx esbravejou, com um leve tique nervoso no olho.

— É, quando eu recuperei a memória eu fiquei com medo de sei lá, sentir compaixão por você. Eu só sinto pena, sabe? É bom que eu tenha perdido a memória, se não eu continuaria tendo a minha vida sugada por você, como um parasita, que nem com o pobre Ekko. Você não tem salvação e isso te mata por dentro. Quer dizer, as tatuagens e luvas são para cobrir as cicatrizes dos cortes que você fazia, não? — a garota suspirou, a crueldade brilhando em seus olhos.

Jinx segurou os braços, não lembrando da última vez que se sentiu tão invadida. A vergonha que aquelas cicatrizes lhe traziam invadiu sua mente de novo, da época em que ela lutava tanto contra a loucura que acabou enlouquecendo. 

Sua garganta latejava, como se implorasse por gritos. Ela olhou em volta, Caitlyn e Jayce a encaravam, parecendo um tanto surpresos com a cena que viam. Viktor estava observando atentamente sem expressão alguma no rosto. Ninguém iria defendê-la.

— Eu não faço mais isso, então... vai se foder — ela gaguejou, respirando fundo. Vi apenas riu, vendo que já havia ganhado aquela briga.

— Pare de desperdiçar o tempo de todos, você sempre soube que iria ser pega. Você deveria até desejar isso, para que pudesse ter uma segunda chance ou sei lá o que se passa nessa sua cabeça fodida. É, eu também me odiaria se fosse ferrada como você, sabe? Todos esses crimes são só você fazendo o que as vozes mandam, que nem um fantoche. Você espera que isso faça com que elas parem, mesmo que no fundo saiba que não tem saída. É até triste, sabe? Você meio que já morreu, só sobrou a doença, só falta...

— CALA A BOCA! — Jinx berrou o mais alto que conseguiu, assustando os observadores por um segundo. — Você venceu, tá? Você venceu de novo! Eu tenho câncer! Logo eu vou morrer e você pode dar uma festa para comemorar! Parabéns, você conseguiu!

Jinx jogou a primeira coisa que viu na direção de Vi, sem realmente ver o que era e saiu correndo para fugir pela janela dos fundos. Ela já estava chorando, mas felizmente só desmoronou quando já estava longe. Vi teve a decência de não perseguí-la, o que foi oportuno, devido à fraqueza que ela sentia nas pernas quando ouvia aquelas coisas ecoarem na sua mente.

Logo ela se amaldiçoou por ter pedido para a estrela cadente que Vi recuperasse a memória. Ela não queria daquele jeito, quando ela usava sua própria vivência contra a outra. Aquilo era bem pior do que socos de mãos metálicas gigantes.

Não demorou muito para que sua cabeça começasse a girar e ela forçou-se a parar de correr, mesmo que soubesse que tudo o que precisava agora era o conforto dos braços de Ekko e um chocolate quente.

Seus olhos logo se direcionaram às cicatrizes brancas disfarçadas pela tatuagem e a luva e ela quis ter um casaco para esconder, para parar de pensar naquilo e de ter as memórias estúpidas de quando aquilo aconteceu.

Segurando os próprios braços, ela sentou-se ao chão, apoiada numa parede, fechando os olhos e contando até dez, esperando a tontura passar. Talvez Viktor estivesse certo sobre ela precisar comer coisas com mais sustância. Ela conseguia ver o caminho ao esconderijo ao longe, demoraria ao máximo vinte minutos para chegar lá.

Respirando fundo, ela apoiou-se para levantar, não desistindo das imagens de Ekko lhe abraçando que vinham à cabeça. Ele era o único com quem ela poderia contar, e ela iria rastejar até ele com toda a sua angústia e fraqueza. Apoiando-se nas paredes, ela tomou seu rumo.

Não demorou muito para ela ser surpreendida por Ekko correndo feito doido. Ele havia passado direto por ela, mas quando percebeu, voltou vagarosamente. Tinha sua invenção e Fishbones nas costas.

— Não era para você estar de cama? — ela resmungou, esfregando a cabeça que girava.

— É, mas um lobo enorme pra caralho farejou meu sangue e destruiu o telhado. Ele está doidão atrás de mim, então é melhor nós corrermos — ele explicou, ofegante. Era surpreendente ver animais em Zaun, mas quando haviam, eles eram altamente letais.

— Os pilties estão por aqui, atrás de nós. Eu estou morrendo e não consigo correr — Jinx respirou fundo.

— Não se pode nem ser miserável em paz — Ekko resmungou, surpreendendo-a ao simplesmente a agarrar pelas pernas e coloca-la em seu colo para continuar a correr, sem nenhuma dificuldade. Ela estava tão magra assim? — Segure firme, ok?

— Eu odeio quando você faz isso — ela resmungou, entrelaçando seus braços no ombro dele, que apenas deu uma risadinha. 


Notas Finais


jayce tentando closar e falhando miseravelmente
caitlyn ta se achando muito
gente alguém para a vi
alo pra referencia de skins
alo pro warwick doidao


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