1. Spirit Fanfics >
  2. Trouble Town >
  3. Não era como você imaginava

História Trouble Town - Não era como você imaginava


Escrita por: Downpie_

Notas do Autor


No meu pc o nome do capitulo é "ai que merda hein"
Bem, agora que as coisas realmente começam
Eu preciso dormir
Tchau

Capítulo 2 - Não era como você imaginava


Fanfic / Fanfiction Trouble Town - Não era como você imaginava

O tiquetaquear do relógio estressava Ekko mais do que os barulhos de telefone e as pessoas resmungando em volta. Afinal, nunca quis estar onde estava no momento. Como explicaria aos seus pais que estava na Delegacia de Polícia de Piltover?

Bem, ao menos ele não havia feito nenhum crime contra sua cidade, Zaun. Talvez seus pais apreciassem seu nacionalismo, mas ele provavelmente estava ferrado. Principalmente, ele teria de explicar o motivo de estar ali. E era algo que seus pais lhe orientaram a não fazer.

— Você, vem comigo — a mulher louca de cabelos azul-escuro que o arrastou para lá indicou uma sala fechada com a cabeça.

Ekko não queria criar problemas, então seguiu a mulher em silêncio. Era estúpido o alvoroço que estavam fazendo por ele ter testemunhado um crime numa das lojinhas do centro de Piltover. Ele estava pacificamente observando uma pichação cor-de-rosa em um dos muros da imaculada cidade e então viu um homem correndo com uma bolsa e uma mulher que gritou. Ligando os pontos, ele correu atrás do homem para recuperar a bolsa, mas então perdeu-o de vista. O que tinha de mais nisso?

O garoto tinha o pressentimento de que sua blusa com os dizeres ‘VIVA ZAUN’ colaboraram com todo o transtorno. Ele imaginava que vir com tal camiseta à cidade-estado inimiga iria causar certo desagrado, mas não pensou que iria acabar preso.

— Eu peço que conte a história novamente, senhor..? —  ela parou e sentou-se atrás de sua escrivaninha, sem tirar os olhos azuis cheios de julgamento de cima do garoto. Por cima da mesa dela haviam vários papéis, pequenos cupcakes decorativos e uma placa dizendo ‘Xerife Caitlyn’.

— Ekko — ele apresentou-se, sabendo que ela não iria apresentar-se de volta. Contou a mesma história, pela terceira vez. Ele sabia que ela iria fazer as mesmas perguntas de antes, e ele daria as mesmas respostas. — Me desculpe, mas isso é ridículo. O cara fugiu. O que eu posso fazer? Só por que eu sou de Zaun isso já me faz cúmplice de um crime que eu tentei evitar?

— Eu entendo sua raiva, garoto. Assim como você, só queremos ajudar os cidadãos. Não sei se ficou sabendo, mas a cidade está caótica, então qualquer informação conta — ela respondeu educadamente, mesmo parecendo desagradada com a irritação dele. — E quanto ao fato de você ser zaunita, ao menos nesta delegacia, nenhum de nós tem problema com isso. Aliás, uma de nossas melhores oficiais é de lá. Enfim, se não tiver mais nada a acrescentar ao seu depoimento, pode ir embora. Mantenha-se seguro.

Ekko acenou com a cabeça e virou-se para sair, mas então a porta foi escancarada por uma mulher mais alta do que ele, de cabelos cor de rosa e manoplas gigantes. Parecia-se com alguém que ele conhecia.

— Cait, ela vai fazer de novo — a mulher resmungou, ignorando Ekko totalmente para chegar ao outro lado da sala e encarar a janela, de costas à ele. — Ela deixou outro lindo trabalho artístico para nós.

— Nós vamos cuidar disso, não se preocupe — a xerife respirou fundo e colocou a mão na testa, parecendo ficar quase tão enraivecida quanto a outra mulher.

Ekko não realmente sabia do que elas estavam falando, mas ficou apenas pela confusão que a mulher de cabelos cor-de-rosa lhe causou, parecia-se muito com uma antiga amiga. E assim que ela virou-se de frente para responder, seu queixo caiu, mas não de um bom jeito. A tatuagem em seu rosto era inconfundível.

— Eu... ah... caramba, o quê? — o garoto a encarou, incrédulo.

— Ah, garoto, esta é a oficial zaunita que eu estava te falando... mas, bem, você já pode ir embora agora — a xerife disse, não entendendo o porquê da reação dele. Com a fala de Caitlyn, Vi olhou diretamente para o garoto e pareceu confusa.

— Isso é impossível... depois de tudo, você virou uma policial piltie, é sério? Só pode ser brincadeira. Uma vendida... é isso que você é... — Ekko falava devagar e nervosamente, tentando entender como que aquilo havia acontecido. Simplesmente não parecia se encaixar na Vi de quem ele lembrava-se.

— Desculpe, moleque, eu te conheço? — ela resmungou, não parecendo gostar de ser ofendida por um desconhecido.

— Você vai realmente fingir que não se lembra de mim? Você era minha amiga! — Ekko não conseguiu evitar-se de levantar a voz, indignado com tal situação. 

— Se você gritar de novo eu vou te socar — a mulher rosnou. — Olhe, eu acho que você está me confundindo com alguém.

— Quantas Vis de cabelo rosa e tatuagem existem nesse país? Segundo minhas contas, apenas uma. Não adianta tentar mentir, você sempre será de Zaun. Não pode apagar isso — o garoto levantou-se, enjoado com a atitude de Vi.

— Tanto faz. Eu tenho criminosos para socar, não vou perder meu tempo com um garoto delirante — ela falou. Caitlyn permaneceu-se silenciosa, observando a cena.

— Ei, espera... você não quer tomar um café depois? — Ekko quis saber, pensando que se a pegasse sozinha ela não fingiria que o desconhecia. As duas mulheres lhe lançaram um olhar mortífero e confuso, o que o fez já ter vontade de voltar no tempo para que não tivesse perguntado aquilo. Ele esperaria a resposta.

— ... você está dando em cima de mim? — Vi quis saber, o olhando de cima a baixo com desprezo.

— Não, não! Credo... eu só quero conversar — ele fez uma careta. — Talvez você se lembre...

Vi não mudou sua expressão facial, então ele começou a gaguejar e girou o contador em seu braço, ativando o Z-Drive e voltando no tempo para que aquele momento constrangedor nunca houvesse acontecido.

— Tanto faz. Eu tenho criminosos para socarr, não vou perder meu tempo com um garoto delirante —  Vi deu de ombros, como na última vez.

— A gente se vê por aí. Me procure se por acaso lembrar quem eu sou — Ekko assentiu com a cabeça e foi até a porta.

— Espere... você não disse que é de Zaun? — Vi quis saber, agitada.

Ekko apenas apontou para a própria camiseta ‘VIVA ZAUN’ como se fosse óbvio. Vi sussurrou algo para Caitlyn, que logo abriu as gavetas de sua escrivaninha e folheou rapidamente uma pasta grossa cor de rosa e pegou uma série de fotos, deixando-as a frente da mesa, para que ele visse.

—  Você reconhece essa garota? — a mulher bateu sua unha em uma das fotos.

Um calafrio percorreu sua espinha ao olhar para as fotos de uma garota pálida com enormes olhos magenta e cabelos azuis presos em tranças. Ele não estava preparado para ver o que realmente aconteceu com X nesse tempo em que esteve sozinha em total delírio.

— É claro que eu a conheço — ele balbuciou, encarando as tatuagens nas fotos. — X era minha amiga. Que nem você, Vi.

Vi lhe lançou um olhar estranho, uma mistura de raiva, preocupação e estranhamento. Talvez os pilties tivessem feito lavagem cerebral nela e feito com que ela esquecesse de tudo. Ele não iria forçar a barra, não precisava de outra mulher doida em sua vida.

— Essa é Jinx. Ela está explodindo nossa cidade. Ela quer apenas causar o caos, sem nenhum motivo aparente — Caitlyn contou. — Você por acaso tem alguma teoria?

— Não — ele respondeu, encarando Vi por alguns segundos. Ele não exporia X daquele jeito e não provocaria Vi, também. Além de não estar afim de ajudar policiais piltovenses. — Do que eu me lembro, ela era apenas uma garotinha engraçada. Já faz muito tempo. Na verdade, nem consigo acreditar...

— Pode ver por si próprio — Vi interrompeu-o, severa. Ninguém queria vê-lo lamentar-se pelo o que aconteceu com X, nem ele mesmo. — Ela planeja atacar a Torre do Relógio hoje, às oito horas.

— Então... eu estarei lá — ele respondeu, incerto.

***

Assim que o relógio marcou oito horas da noite, Ekko viu uma explosão ao longe. Ele não esperou tamanha pontualidade. Sentia-se um idiota indo para a zona de perigo novamente, sabendo que os delírios de X estavam piores do que nunca e poderia não ser apenas um tiro na perna desta vez.

Ele sabia que a xerife já havia mandado evacuar o quarteirão assim que soube da notícia, então ao menos era bom saber que não havia nenhum inocente em perigo. Anteriormente, ele havia avistado alguns cartazes de procurado com a face de X, que agora era chamada de Jinx. Aparentemente, ela era acusada de assassinato, agressão gratuita, perturbação da paz, indecência pública, assassinato de novo, recoloração não autorizada de propriedade, imitação ofensiva de uma oficial de polícia, detonação imprudente de explosivos, destruir a paz, roubo realmente insignificante, portar armas de tamanho exorbitante, mais alguns assassinatos, incitação de histeria em massa, tirar sarro da paz, atravessar a rua fora da faixa e falsificar cartazes de procurado.

Ele não conseguiu evitar um riso ao ler as últimas acusações. Ao menos ela continuava divertida. Talvez não estivesse completamente maluca, apenas muito maluca.

— Ah, você veio — a xerife Caitlyn disse, desinteressada, ao avistar Ekko. Durante o caminho já haviam chegado mais algumas bombas, então era normal que a mulher já tivesse um pouco de fuligem no rosto.

Ekko poderia reclamar o fato de que todos estavam parados, mas realmente, não havia muito o que fazer quando mísseis cor de rosa caíam do céu. Todos pareciam procurar tranças azuis esvoaçando em algum lugar, mas não havia nada ainda.

— Onde está a Vi? — ele quis saber, achando incomum ela não estar à vista no meio da fumaça.

— Ela está esmurrando paredes para ver se Jinx está lá dentro — a xerife contou, deixando aparente que achava aquilo uma péssima ideia.

— Vocês fizeram lavagem cerebral nela ou algo assim? É impossível que ela perdesse a memória desse jeito — Ekko quis saber, lembrando-se da época que X e Vi eram melhores amigas.

— Em Piltover é extremamente proibida a prática de lavagem cerebral, isso é desumano. Talvez tenha sido em outro lugar — ela disse, obviamente referindo-se às lavagens cerebrais praticadas pelos doutores de Zaun. — Ou talvez ela só esteja brincando com você. E, afinal, qual é emergência que precisa contá-la? Se fosse importante, creio que ela se lembraria.

Ekko a olhou feio, sabendo que a mulher o subestimava. Talvez ele pudesse reatar sua amizade com Vi numa conversa. Apenas precisava encontrá-la sozinha, sem que ela precisasse usar sua cara de policial marrenta.

Assim que ele ia responder, levou um susto, sendo atingido por algo molhado. Antes de achar que iria morrer, percebeu que era apenas tinta rosa. Logo Caitlyn foi atingida várias vezes e risadas foram ouvidas ao fundo.

— Pfft, essa cor comina com você, chapeleira! —  Do lado oposto à Torre do Relógio, numa distância segura, era possível ver Jinx segurando uma arma de paintball, com as mãos manchadas de tinta rosa. Ela dava uma gargalhada estridente.

— VI, JAYCE, PARA CÁ! — Caitlyn gritou, raivosamente tirando a tinta de seu rosto.

— Ooh... uma perseguição! — Jinx guinchou, animada.

Dentre a fumaça e fogo dos explosivos, Vi surgiu, com o rosto vermelho de cólera, junto de um homem com um martelo que deveria ser Jayce. Quando os três começaram a correr, Jinx guinchou, alegre e tacou uma granada na direção deles, o que os fez recuar com a explosão, mas em seguida continuaram a correr.

Ekko foi atrás, ainda atordoado com a situação. Sua intuição dizia para não segui-los, mas ele deixaria a curiosidade o matar.

— Argh, ela estragou meu chapéu! — Caitlyn queixou-se, não parecendo tão durona agora que tentava tirar a tinta de sua chapeleta.

— Não se preocupe, pomzinha, eu irei te vingar! — Vi respondeu enquanto corria. Ekko deu uma risadinha, sabendo que não estaria nem um pouco surpreso se Vi e Caitlyn fossem amantes secretas.

Enquanto chegavam dentro do prédio, tiveram a visão de Jinx rodando uma de suas tranças, calmamente cantarolando enquanto o elevador se fechava. Ela até mesmo acenou alegremente para eles.

—... nós não vamos esperar o elevador, certo? — Ekko quis saber.

Vi revirou os olhos e foi em direção às escadas, o barulho de suas manoplas roçando no corrimão irritantemente ecoaram o lugar todo. Foi possível ouvir o barulho de uma explosão não muito longe, provavelmente era a Torre do Relógio sendo desmoronada.

Bem, sendo aquele um prédio de quinze andares, eles até chegaram rápido ao telhado. Por algum motivo todos decidiram que ela estava no telhado. É, estava quase certo.

Assim que chegaram, viram um X rosa gigante marcado no chão do telhado. Puderam assistir a queda da Torre, para então olhar em volta á procura de Jinx. Ela estava no prédio vizinho, sentada à beirada, balançando as pernas enquanto olhava as explosões.

— Era uma torre tão bonita... — ela fingiu-se lamentosa. Caitlyn, sem pensar duas vezes,  começou a disparar sua arma na direção dela, que rolou para o lado e protegeu-se com uma tampa de lixo. — Vocês estão me entediando... — ela pegou algo em seu bolso e apertou, logo o prédio em que estavam desabou.

Ekko sentiu um frio na barriga ao ver o chão cair, mas ainda deu tempo de girar seu relógio. Jinx ainda estava pegando a tampa.

— Se nós não sairmos daqui agora ela vai explodir o prédio. Precisamos pular — Ekko contou.

Antes que Vi começasse a se queixar de como ele sabia disso, Ekko tomou um impulso e pulou, orgulhoso de si mesmo por ter conseguido de primeira. Ele e Jinx se encararam por alguns segundos, sem expressão facial alguma, e então ele ouviu o som da metralhadora sendo destravada e começou a correr.

— Vamos brincar de pique-atira! — ela exclamou, sua voz fina ecoando pelas escadas. Ekko entrou em pânico, pois ele não queria revidar, mas se ela chegasse perto dele, ele estaria morto. Ela descia correndo, mas ele pulava de um andar para outro, afinal era uma escadaria em espiral.

Enfim, ele ouviu Vi gritar e então era uma enorme perseguição na escadaria. Ele havia sido a isca, de certo modo. Quando chegou ao  térreo, viu uma série de explosivos com sorrisos cor de rosa desenhados. Ele saiu correndo até a porta e a arma de Caitlyn estava em seu pescoço.

Assim que viu que era ele, a mulher revirou os olhos e abaixou a arma. Ele levou um choque de algo atrás dele e caiu no chão, e agora era claro que Jinx não sairia pela porta da frente.

O prédio ao lado explodiu, como Ekko previa que iria acontecer. Ele levantou-se e seguiu Caitlyn que já estava à procura de Jinx novamente. Ao sair pelos fundos, era possível apenas vê-la ao fundo, correndo. Ao virar a esquina, não foi mais vista. Mas, claro, assim que chegaram lá, havia uma lojinha, a única que tinha a porta aberta à tiros na maçaneta. Um homem gorducho com a cabeça explodida estava atrás do caixa vazio.

Vi ignorou a cena e foi sozinha até a porta dos fundos, Jinx era vista escalando a escada de incêndio do edifício ao lado. Ekko a seguiu, impressionado com a rapidez.Vi segurou no primeiro degrau da escada e o puxou, arrancando metade da escada com sua manopla. Se tivesse derrubado mais um degrau, teria pego Jinx, que ficou pendurada pelas mãos.

— Vocês estão meio lerdinhos hoje, hein? — Jinx deu um salto e apoiou seus joelhos na parede para continuar subindo. Caitlyn chegou e começou a atirar, mirando na base da escada. Jinx pendurou-se e começou a atirar, rindo. Caitlyn conseguiu destruir uma das bases da escada, fazendo-a balançar.

Jinx atirou-lhes um míssil que feriu o ombro de Vi. Ela saltou para agarrar-se ao muro,mas não conseguiu. Caitlyn finalmente derrubou a escada. Ekko entrou em pânico e girou seu relógio.

— MAIS RÁPIDO! — Ele gritou, antes que ela atirasse o míssil.

— Cala a boca, moleque! — Caitlyn esbravejou, atirando na base da escada. Jinx saltou para o teto enquanto a mulher rosnava, e só então atirou o míssil. Ekko empurrou Vi, que não foi acertada desta vez.

— Até mais, perdedoras! — Jinx soltou uma risada de escárnio e colocou seu lança mísseis no chão, puxando-o e revelando canos que o deixavam mais extenso, para então pular em cima dele e sair voando.

Aquilo foi incrível, mas Ekko ficou chateado por saber que iria ter de esperar o próximo ataque para vê-la. Ele teria de bolar um jeito de encontrá-la. Mas se nem as oficiais que conheciam Piltover com a palma da mão conseguiriam, quem dirá ele!


Notas Finais


(Sim o Ekko tem pais)
(Também fiquei chocada quando soube)
Vi sapata marrenta adoro
Ai amo tanto a Jinx ela não faz sentido nenhum


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...