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História Troublemaker - Home.


Escrita por: _rachm

Capítulo 2 - Home.


Selena Gomez Point Of View

Repouso a caixa retangular sobre a pilha de sete outras em um movimento delicado, prevenindo algum dano à estrutura de papel ou ao material contido dentro da mesma. Por toda a extensão do cômodo, objetos espalhados se misturam, me fazendo imaginar quanto tempo levaria até que toda a mudança estivesse em seu devido lugar.

Observo pelo canto dos olhos a porta ser aberta e, logo o homem de meia idade adentra ao apartamento com mais uma das diversas caixas que preenchem a sala de estar.

- Muito obrigada pela ajuda, senhor Martinez.

Ergo levemente os cantos dos lábios, em um fraco sorriso. Ele retribui em um movimento com a cabeça ao depositar o material de papelão ao lado da porta.

- Não há de quê, senhorita Gomez. - responde, tornando à posição ereta de seu tronco. - Se precisar de qualquer coisa, não hesite em me chamar.

Despeço-me com um aceno e, ao ver seu corpo sendo ocultado pelas portas de aço do elevador, ao fim do corredor, retorno ao apartamento tomado pela desordem.

O plástico que encobre alguns móveis acumula poeira no ambiente, logo, é o primeiro a ser levado à pilha que seria descartada no lixo. A mobília conquistada com certo esforço e carinho tivera que ser vendida em Milão, visto que seria trabalhoso trazê-la para a Califórnia. Contudo, não obtive dificuldades em encontrar um apartamento mobiliado e, para a minha sorte, nenhum móvel parecia possuir mais que meia década.

A pequena área do apartamento não me concederia grandes oportunidades para decorações, visto que, a sala de estar se divide com a cozinha por uma bancada de mármore e, no canto direito, a escada de ferro leva diretamente ao meu quarto.

Embora não esbanje espaço, o local contém um charme que me conquistou no primeiro olhar.

O piso laminado em tons claros reflete as luzes embutidas no teto de gesso. A diferença no branco gelo das paredes e o neve do sofá passaria despercebido, exceto por mim, portanto, camuflo-os entre grandes almofadas coloridas, um carpete de manta listrado e quadros, devidamente alinhados nas paredes, entre dois murais de fotos.

Momentos registrados na Itália e nos Estados Unidos se misturam, embaralhando meus pensamentos em lembranças de toda a minha vida.

[...]

A brisa gélida corre contra o meu rosto, fazendo me abraçar o meu próprio corpo, protegendo-o contra a baixa temperatura. Observo a noite estrelada, embora fria, que se inicia.

A sacada do décimo terceiro andar me proporciona a vista de certa parte de Venice, as luzes que se misturam por toda a cidade, contrastando com o negro do céu e, o som de buzinas incessantes abafam o chocar das ondas no mar.

O ferro que contorna a sacada causa-me um arrepio ao entrar em contato com minha pele morna, apoio meus antebraços no mesmo, afastando meu tronco do estofado da poltrona solitária que ocupa a pequena área. Algumas plantas colorem o ambiente em conjunto com a mesa de canto laqueada em um amarelo vibrante.

Giro o tronco para o lado direito, observando a porta blindex arrastada até o limite, de modo que faça as cortinas de um tom pérola esvoaçarem pela sacada. Com os movimentos do tecido, avisto o relógio preso à parede no interior da sala de estar e o que enxergo no objeto arranca-me um suspiro.

Não há nada que me cause insegurança, no entanto, uma estranha ansiedade corre por minhas veias, deixando-me apreensiva sobre minhas últimas decisões.

De fato, nem eu mesma conseguiria colocar em palavras as razões para ter deixado Milão, após a faculdade e um ótimo início de carreira. Todavia, segundo o meu pai, o meu maior prazer na vida sempre fora viver intensamente com a minha impulsividade, a incerteza parecia me atrair de todas as formas imagináveis.

Imersa em meus próprios devaneios, tendo a imagem de Venice à minha frente novamente, concluo que ele sempre estivera com razão.

Retorno ao cômodo com a temperatura amena e arrasto o blindex, fechando o completamente e, assim, cessando a corrente de vento que percorre a sala. Ultrapasso degrau por degrau em toda a escada, sem pressa na chegada ao quarto.

O vestido está esticado sobre a cama, porém, não evito uma analisada extra em minhas peças, ainda espalhadas por todo o cômodo, perdendo alguns bons minutos de reflexão até que não me reste mais dúvidas sobre os meus trajes.

Expiro o ar fortemente, ciente de que não há mais tempo extra para enrolar, portanto, caminho lentamente até o tecido delicado e fino demais para a noite fria. Ao observar meu reflexo no espelho, sinto-me satisfeita com o resultado. Pareço confiante, ainda que a ponta dos meus saltos denunciem o tremor de minhas pernas.

Por fim, deixo a minha mais nova residência, esperançosa que as palavras proferidas por Ryan há dois dias se concretizem.

[...]

Após ser deixada pelo táxi em frente ao prédio, o porteiro parece ciente de que não precisa avisar sobre a minha chegada. Sorrio educadamente e sigo até o elevador, enquanto busco em minha bolsa o pequeno pedaço de papel onde o Butler havia anotado o número de seu andar.

Meu olhar se perde no painel onde os números digitais aumentam e sinto meu estômago embrulhar. Durante anos, idealizei todos os sentimentos possíveis que se misturariam no instante que eu pisasse na Califórnia novamente, entretanto, nenhum deles se parecia com o rebuliço que acontece dentro de mim no segundo em que as portas prateadas se abrem.

O barulho dos meus saltos chocando-se contra o chão de algo que deduzo ser mármore me incomoda, parecem ensurdecedores diante do silêncio que se encontra todo o corredor de apartamentos. Cesso meus passos em frente ao quarenta e seis e aperto a fina alça da bolsa entre meus dedos.

Alguns segundos se passam e permaneço ali, refletindo sobre algo que tenho a certeza de que nunca chegarei à uma conclusão. Imagino as expressões assustadas dos meus amigos ao me ver, inesperadamente, naquele apartamento após seis anos. Parece tanto tempo ao que imagino o quanto eles possam ter mudado, embora tenha visto diversas fotos em suas redes sociais. Sorrio ao me recordar de nossos abraços em grupo e promessas de amizade eterna durante o colegial.

É o que me encoraja a afundar o indicador no botão da campainha. A certeza de que, não importa quanto tempo tenha passado, nada mudaria, eu estou em casa.

Quando a madeira escura é puxada, não há surpresa no rosto de Ryan ao me ver, apenas um sorriso cúmplice. Deposito um leve beijo em sua bochecha áspera por conta de uma barba por fazer e ele me concede passagem para entrar em sua residência. Durante o percurso que percorremos até, deduzo eu, a sala de jantar, poupo-me de me prender a detalhes da decoração, espero ter algum tempo com Ashley nos próximos dias para que possamos fazer isso.

Ryan sinaliza com as mãos para que eu espere e adentra em um cômodo. Um frio percorre minha espinha ao reconhecer a voz de Ashley, esta conversa sobre algum assunto aleatório, contudo, o interrompe para ralhar com Chaz. Prendo a risada ao notar que, apesar do amadurecimento de ambos, certas coisas nunca mudariam.

- Gente, me desculpem, esqueci de avisar sobre uma coisa...

Ryan diz, em tom de lamentação. Reviro meus olhos por seu teatro exagerado, assim como fizera em todas as ocasiões que foi solicitado para fazer alguma espécie de discurso.

- Esta noite, esqueci-me de avisar que teremos um convidado especial...

- Ele está um pouco atrasado. - o murmúrio de Ashley é o primeiro que minha audição capta.

- Se ele pretendia vir para o jantar, avise que a nossa draga particular já fez o seu trabalho.

Risadas ecoam, seguidas de um estalo. Imagino que tenha sido provindo de alguma agressão de Chaz à Alfredo.

- Vocês não conseguem calar a boca por um minuto? - em um tom impaciente, o Butler reclama. - É alguém muito importante e eu quis fazer surpresa porque sei que surpreenderia à todos. Venho planejando à algum tempo este momento e... Ual! Estou até nervoso!

- Se eu soubesse que a Sasha Grey viria, eu teria depilado a virilha.

Cubro a boca com minhas mãos, evitando que uma gargalhada escape. Deus! Chaz Somers, definitivamente, nunca mudaria.

- Cristo! Alguém enfia uma rolha na boca do Chaz, por favor. - pela primeira vez, a voz de Vanessa sobressai e eu sinto meu peito apertar em saudade.

- Acha mesmo que se fosse a Sasha Grey, um jantar com vocês seria o meu lugar ideal para convidá-la? - com deboche, o loiro questiona.

- Que nojo! Ela deve estar parecendo uma uva passa! - Alfredo exclama.

- O seu enterro, talvez, seria um lugar melhor para levá-la. Não é, Benson?

- Acho que se ela fosse a protagonista de todas as minhas fantasias na adolescência, eu também iria querê-la. Seria compreensível.

Mal consigo acreditar que eles estão, de fato, tendo aquela conversa. Poderia facilmente imaginá-los em uma das mesas do Sammy's, desfrutando de sundaes enquanto falam banalidades.

- Então você toparia um menage?

- Chaz, isso...

- EI! Esse não é o assunto em questão!

Ryan cessa a discussão e agradeço mentalmente por isso.

- É uma mulher, mas não é nada disso. Tão importante quanto, mas não é. Então, que venha a maravilhosa, ilustre, lendária, incrí...

- Chega desse teatro todo, Ryan.

Digo em um tom entediado, no instante em que meus pés tocam o solo da sala de jantar. Observo meticulosamente cada feição presente ali. Ashley repousa sua taça de vinho sobre a mesa, provavelmente ao sentí-la tremer entre seus dedos, sua boca se abre, demonstrando seu total choque ao me ver parada ali. Comicamente, ao seu lado, Chaz paralisa com um pedaço de batata frita na boca, enquanto ao seu lado, Alfredo fita-me, sem nem mesmo piscar. Em pé, apoiando o corpo em uma das cadeiras, está Vanessa, com os olhos saltados e a mão esquerda cobrindo seus lábios.

O silêncio causa-me certa agonia, embora não conseguisse imaginar alguma reação diferente no instante em que me vissem.

- Vocês vão ficar ai, me olhando, como se eu fosse um fantasma? - pergunto, levemente aborrecida e impaciente com o choque duradouro.

- Puta que pariu, meu Deus, Selena! - a Hudgens é a primeira a sair de seu transe e, no momento em que seu corpo colide contra o meu, sinto que acabo de me desprender de um também. - Eu não acredito que você está realmente aqui!

Aperto-a entre meus braços e sorrio, sentindo o alívio percorrer minhas veias.

- Eu senti tanto, tanto, tanto a sua falta! - minha voz soa emocionada e a risada abafada de Vanessa ecoa diretamente em meus ouvidos.

- Sua vadia! Como chega assim, sem nos avisar?

- Achei que essa fosse a graça de uma surpresa.

- Gomez! - a loira interrompe o momento de afeto, me desfaço do abraço com Vanessa e a encaro, estranhando seu semblante aborrecido. - Não acredito que tenha sido capaz disso!

- Disso o que?

Ashley bufa e, posteriormente, sua expressão suaviza.

- De ter contado tudo ao Ryan e ter escondido de mim! A sua melhor amiga sou eu, sua cadela!

Gargalho e caminho rapidamente até a mulher, puxando seus braços com certa força por cima dos meus ombros. Em poucos segundos, nossos corpos são aquecidos por braços maiores e identifico a voz esganiçada de Chaz, entre nossos rostos.

- A nossa abelha rainha voltou! É um momento histórico! Meu Deus!

- Você ainda é o meu maior fã! - afasto-me de Ashley e rio, ajeitando o meu vestido que fora levemente amassado.

Aproveito a altura que meus saltos me concede e rodeio meus braços no pescoço de Chaz, abraçando-o enquanto nos balançamos de um lado para o outro, como duas crianças. Aspiro o cheiro que emana da gola de sua camisa social listrada e o sorriso enlarguece em meu rosto.

- Hm, você continua usando o mesmo perfume de menininha...

- Você é ridícula! - ele gargalha e, pela primeira vez em muitos anos, sorrio quando ele bagunça meus cabelos com sua mão direita. - Não é perfume de menina, é apenas doce.

- É perfume feminino. Você cheira à morangos!

- As mulheres gostam! - retruca, defendendo-se com uma expressão falsamente ofendida.

Reviro os olhos e sorrio com deboche.

- Os gays também.

Sem dar continuidade à pequena discussão, notando que o Somers está pronto para revidar com alguma desculpa esfarrapada, vagueio o meu olhar pelos arredores do cômodo, à procura do moreno que ainda não havia proferido algum gesto. Alfredo está parado exatamente da mesma maneira em que o vi em nosso último contato visual, poucos minutos atrás.

Ergo meus olhos e este se move, levanta de sua cadeira e vem em minha direção. Meu rosto se esconde em seu peito, em um gesto comum entre nós que costumava me trazer conforto. Suas mãos apertam meus ombros pequenos, enquanto o timbre grave atinge a minha audição.

- Vejam só, se não é a minha musa que está de volta! - ele diz, sua mão esquerda envolve o meu pulso, conduzindo o meu corpo à um giro.

- Você continua sendo um cavalheiro incurável, Fredo.

Nos distanciamos com nossas risadas, passando a observar os novos detalhes um do outro. Toda a tensão que percorria meu corpo se dissipa ao que me sinto confortável em estar ali, com os meus melhores amigos, voltando aos nossos antigos hábitos de discutir infantilmente sobre qualquer coisa.

Preparo-me para pegar um lugar na mesa, quando a voz feminina soa abafada, tornando-se gradativamente alta e mais próxima, nos desperta.

- Ryan, por Deus, não consigo encontrar este maldito vinho na sua adega e... O que está acontecendo?

Ela adentra à sala de jantar e sua expressão facial muda rapidamente ao notar a minha presença. Busco em minha memória algum momento em que possa tê-la visto, talvez fosse uma nova namorada de Chaz, visto que, por sua expressão, ela também não me reconhece. À minha frente, observo o rosto de Ryan empalidecer e estranho sua reação.

- Ahn, oi... Me desculpe chegar assim, não sabia que esperávamos mais alguém... - a mulher diz em tom envergonhado.

Encaro-a desde seus pés sobre sandálias altas até seus cabelos dourados presos em um penteado elegante. Ela retribui o olhar, com suas íris em um esverdeado claro faiscando curiosidade. Contudo, assinto, aceitando seu pedido de desculpas, embora não entenda o constrangimento visível nas feições dos meus amigos.

- Nattie! Achei o vinho!

Meus músculos paralisam e sinto o meu sangue esfriar-se tanto em minhas veias, que parece ter evaporado. O acelerar desenfreado dos meus batimentos cardíacos me guiam à lembranças guardadas em algum lugar no fundo das minhas memórias. A voz dele. Ouço-a após seis anos.

Minhas pupilas dilatam e se as minhas pernas possuíssem força para tal, certamente estaria caminhando na direção daquele som. Ofego, deixando escapar dos meus pulmões a lufada de ar que havia prendido durante muitos segundos. A loira gira seu rosto para trás e eu dou um passo à frente, vendo-a sorrir para algum ponto que a minha visão não alcança. Em seguida, Justin aparece.

Pisco lentamente, como se cada pêlo dos meus cílios pesassem uma tonelada. Meu olhar capta metilucosamente cada detalhe de seu rosto. Está mais fino, mais sério, mais maduro, no entanto, a docura em suas íris claras é a mesma e o sorriso, que pude ver por míseros segundos, possui o mesmo ar infantil. Lindo. Absurdamente lindo. Uma franja não cobre mais parcialmente sua testa, seus fios louros foram contidos em um topete e, minhas lembranças de um rosto juvenil se desmancham lentamente.

Desmanchando. É como se tudo à minha volta desmanchasse, derretesse, e a imagem de Justin sorrindo se tornasse a única e mais vibrante, a única que meus olhos conseguiriam focar. Porém, assim como a distânica entre nós, o sorriso de Justin também se desfaz no instante em que seu olhar encontra o meu.

 

Flashback

Novembro, 2009.

- Não! - minha voz ecoa em um grito esganiçado e, embora parecesse de susto, havia humor nele.

Sinto os braços de Justin envolverem a minha cintura, apertando-me contra si e, posteriormente, fazendo com que a bola laranja escape das minhas mãos. Ao que o barulho da mesma quicando no chão soa, não leva mais que dois segundos para que ela esteja das mãos do garoto, que a arremessa na cesta.

- Não! Não valeu! - protesto, aborrecida. Ele me encara, caçoando com o olhar e joga a bola em minha direção. Agarro-a firmemente e giro para o lado oposto, começando a correr por toda a quadra. - Você não é tão invencível assim, capitão.

Meu riso cessa quando, novamente, sinto a bola ser tomada de minhas mãos e a assisto ir em direção à cesta, exatamente como da última vez, jogada de forma ágil por Justin. Bufo ao ouvir o som de sua risada infantil e debochada.

- Olha, não valeu! Você me segurou! - digo e cruzo meus braços sobre os seios, em um gesto pirraçento.

Seus lábios se separam e o volume de sua gargalhada escapando por suas cordas vocais é alto. Observo as pequenas e quase imperceptíveis rugas ao redor de seus olhos surgirem, ao que estes diminuem, quase se fechando. É a sua expressão facial que mais me encanta. Ele caminha até mim, seu riso foi cessado, entretando, seus lábios estão esticados por um sorriso.

- Eu te dei cinco chances, amor.

- Mas me segurou em todas elas! - justifico, confiante de que se não fosse por suas trapaças, eu teria concluído alguma cesta. - Isso não valeu, você é um trapaceiro!

- Você que é uma má perdedora! - Justin retruca, contornando o meu rosto com as palmas quentes de suas mãos.

Encaro o caramelado de seus olhos e sorrio ao que noto o quão bonito o meu reflexo está neles. Gosto de observar o brilho que transparece quando focam em meu rosto. A leveza paira sobre o meu corpo quando o vejo me olhar daquela maneira, como se não houvesse ninguém, além de mim, que ele pudesse amar.

- Já te disseram o quanto você fica fofa quando está brava?

Tento estapear seus ombros, entretanto, Justin é mais rápido e prende meus braços envolta de sua cintura, sinto o tecido de seu uniforme azul úmido pelo suor recente ali.

- Acontece sempre quando me roubam! - digo, sorrindo com sarcasmo.

Justin nega com a cabeça, desaprovando minha resposta, embora o sorriso ainda se faça presente em seus lábios.

- Você me rouba todos os dias e não me vê reclamar! - franzo o cenho, aderindo uma expressão confusa. Ele dá uma risada e prossegue. - Você rouba o meu coração todas as vezes que sorri para mim.

Ficamos em silêncio por poucos segundos, até que a minha gargalhada seja o som mais alto que preenche o ginásio vazio. Fecho os olhos, sentindo os músculos da minha barriga começarem a contrair, tamanha a força que faço por conta de minhas risadas. Meus cílios umidecem ao que poucas lágrimas se acumulam nos cantos dos meus olhos e então, eu os abro, a tempo de ver que Justin faz o mesmo.

- Você tem idéia do quão cafona isso soou, Bieber? - indago, com a voz falhada pela falta do fôlego roubado por minhas risadas.

Ele assente com a cabeça e, posteriormente, com as costas da mão, limpa o suor presente em sua testa, fazendo com que seus cabelos em um tom quase dourado grudem no local.

- Sei, mas não me importo. - ele diz tranquilamente, balançando seus ombros. - Eu posso ser cafona com você, não posso? É a minha garota.

Ergo meus braços, chamando-o silenciosamente, visto que, por conta das minhas risadas, nossos corpos acabaram se afastando. Justin me abraça e suas mãos agarram o tecido da minha camisa, fazendo-me ficar na ponta dos pés para que meus lábios alcancem os seus em um selinho demorado.

- Você é o meu garoto? - pergunto, ignorando uma possível confirmação à sua fala possessiva. Ele assente de imediato e, novamente, seus lábios se unem aos meus. - Mesmo? Para sempre meu?

- Para sempre seu, não tenha dúvidas disso.

Me dou por satisfeita, então, contorno minha língua em seus lábios macios e nos envolvemos em um beijo lento, onde podemos escutar somente o barulho de nossos selinhos e respirações tornando-se descompassadas.

Justin se afasta e, ao encarar seus olhos, percebo a intensidade de sentimentos que há neles.

- Nunca haverá outra além de você, Selena. Não se esqueça disso.

 

Eu estou chegando, diga-me quem é que vai me tirar. - Beyoncé


Notas Finais


That's all folks!

Yes, I did. Finalizei o capítulo naquele momento de tensão, mas o que seria a vida sem emoções, não é mesmo? Não me odeiem!
Bom, claramente eu não sou boa com descrições, principalmente de imóveis. Eu realmente sou péssima nisso e, não encontrei algum exemplo que pudesse me ajudar a descrever o apartamento da Selena como imaginei. Porém, ao longo da fic tentarei dar mais alguns detalhes desse cantinho que, pelo menos na minha cabeça, é uma graça e reflete bem a personalidade da Selena.
Não se preocupem se a história do Justin com a Selena não estiver bem esclarecida, tudo será explicado nos primeiros capítulos e vocês também poderão ter uma idéia nos flashbacks.
Acho que eu não tenho mais nada para dizer, então, comentem e me digam o que estão achando, isso é importante para mim. E desculpem qualquer erro.

Vejo vocês em breve, um beijo e um queijo! ❤


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