1. Spirit Fanfics >
  2. Troublemaker >
  3. I Choose You.

História Troublemaker - I Choose You.


Escrita por: _rachm

Capítulo 20 - I Choose You.


Justin Bieber Point Of View

A fotografia em minhas mãos apresenta opacidade e sinais de envelhecimento, em contraste ao estado de espírito representado no momento registrado. O metal reluzente em meu dedo anelar é a prova mais vivida do compromisso firmado há poucos anos, embora o sentimento fatigado faz com que eu me sinta vivendo a mesma rotina há decadas. Assim como a imagem congelada em minhas mãos, estou desgastado. 

— O que está fazendo?

A presença repentina da loura desperta a minha atenção, ela adentra ao quarto em passos cautelosos, enquanto seu olhar está focado no objeto que sustento entre os meus dedos. 

— Eu não esperava encontrá-la aqui... — murmuro, com a sensação agoniante de que mais questionamentos indesejados estarão por vir.

A razão em ter ignorado-a e calculado um horário específico para voltar em casa sem riscos de encontrá-la é o meu total cansaço de palavras acusatórias e repetitivas. A decisão sobre o rumo do meu casamento vem sendo um empecilho que tento fugir enquanto uma corda ainda não fora posta em meu pescoço.

— Recordando o passado? — ela abre um sorriso pequeno ao enxergar a imagem de nossa festa de casamento, contudo, sua face adere a seriedade novamente ao que seu olhar é desviado até a cama.
 — E fazendo as malas...

—Eu preciso de mais roupas... 

— Justin, pare com isso. — ela suspira e, novamente, a sensação incômoda percorre as minhas veias. — Volte para casa, nós precisamos conversar como dois adultos.

Sob um tom brando, seu corpo se movimenta em minha direção, porém, não dou-lhe oportunidade de alcançar-me. Com um sorriso banhado por sarcasmo, rebato: 

— Era isso o que eu queria, você me ouviu?

Natalie revira os olhos para cima, aborrecida com a minha atitude contrária às suas expectativas. Recuo mais um pouco, firmando uma boa distância entre nós. Até mesmo que assegure o meu bem estar físico, visto que os últimos ataques da minha esposa vem sendo imprevisíveis.

— Eu estava fora de mim! - ela argumenta. — Não leve em consideração, eu tive um surto.

Mantenho-me em silêncio durante algum tempo, observando a oscilação de expressões em sua face. Ela aparenta estar à beira de um colapso por ver-me agir com tamanha frieza diante de um drama absurdo criado por sua mente paranóica, embora tenha sido essencial para que eu pudesse refletir. 

— O seu surto me fez pensar. — falo, a loura me encara de modo atento, esbanjando aflição no olhar. — Digo, tudo isso vale realmente a pena?

— Mas é claro que vale! — Natalie responde prontamente. — É o nosso casamento!

— Você está feliz, Natalie? Eu fui capaz de te fazer feliz em algum momento?

— Por que está me perguntando essas coisas? — a dureza em suas íris cintilantes vacila, transmitindo a fraqueza qual a loura insiste em reprimir. — Vamos esquecer tudo o que aconteceu, está bem? — Natalie avança em minha direção, contudo, recuo automaticamente. Seu toque me causa desconforto. — Aquela mulher não vai destruir tudo o que construímos.

A risada sarcástica que é expelida em minhas narinas aguça a atenção da mulher. Encaro-a de modo incrédulo, buscando em meio à uma feição amargurada a mulher que me fizera desejar passar o resto dos meus dias ao seu lado. 

— Está vendo? Você diz que eu não tiro a Selena da nossa vida, mas é você que a menciona sempre que pode. — acuso, sem qualquer remorso. 

Tal fato havia se consolidado em minha mente no instante em que Selena precisou ressurgir para que sua insatisfação com o nosso casamento viese à tona. Talvez, de algum modo, ela nunca tenha se sentido amada o bastante.

— O que eu poderia fazer? Isso tudo é culpa dela! — ela retruca em um tom esganiçado, transparecendo um desespero desproporcional à calma qual eu tento manter o diálogo. 

Natalie havia perdido totalmente sua compostura nos últimos dias, fazendo-md temer a sua reação caso eu faça alguma escolha contrária à suas expectativas.

— Não é não, Natalie. 

Seu olhar faísca e, por algum instsnte, imagino que ela possa tentar agredir-me com alguns dos objetos decorativos de porcelana espalhados por todo o quarto. 

— Agora você vai defendê-la? — furiosamente, ela aponta o indicador em minha direção. — Aqui? Dentro da nossa casa? Do nosso quarto?

Pondero, inspirando todo o ar possível para dentro dos meus pulmões. Neste momento, sua mente trabalha como a de uma criança birrenta. Seria perda de tempo contestar. 

— Eu não vou conversar com você nesse estado... — digo, posteriormente, girando os calcanhares rumo à porta, no entanto, um tom sarcástico e venenoso alcança os meus tímpanos e, consequentemente, cessa os meus passos. 

— Onde você está indo? Vai atrás dela, não é? — ela solta uma risada amarga e, ao entortar o pescoço para olhá-la, noto o tremor em suas mãos finas. — Vai se consolar nos braços da sua linda latina?

— Natalie...

— Você está desistindo do nosso casamento, do nosso amor, por uma mulher estúpida e egoísta que NUNCA se importou com os seus sentimentos. — diz, permitindo que a ira e o descontrole se esvaia em suas palavras rudes. — Ela te deixou, Justin! Te deu as costas. E quem é que estava com você? Quem é que te ajudou a se recuperar? 

De todo modo, tal verdade não me afeta, ainda que tenha sido uma fase difícil, aceitar que o tempo havia passado é um sinal de evolução que eu precisava para seguir a minha vida. No entanto, encaro-a com decepção, incrédulo com a mulher que irradiava integridade sendo corrompida por um ódio sem fundamentos. 

Onde havia ido parar a mulher pela qual me apaixonei, afinal?

— Você não precisa se rebaixar à esse ponto. — retruco, levemente desnorteado com sua tentativa suja de chantagem emocional. — Volto quando cair em si.

Ao fechar o zíper da mala com rapidez, arrasto-a até a porta, contudo, o tom vocal trêmulo e falhado da loura faz com que eu cesse os meus passos de maneira brusca. 

— Você irá se arrepender se fizer isso.

Franzo o cenho, deslocando o rosto até repousar o meu olhar sobre ela novamente. Sua face obtém um tom avermelhado, enquanto o desespero está estampado em cada ponto de sua pele. 

— Está me ameaçando?

— Não, estou lhe dando a chance de não destruir a sua vida. 

Em qualquer outra circunstância, eu acabaria achando graça, no entanto, o tom intimidador da loura me aborrece, esta que parece completamente perturbada, mantém a postura superior, sustentando o nosso contato visual firmemente. 

Ao virar-me outra vez, na intenção de abandonar o quarto, seu sua torna a ecoar por todo o quarto, desta vez, em um tom ainda mais hostil.

— Se você passar por essa porta, pode se considerar um homem divorciado. 

[...]        

Duas Semanas Depois...        


Selena Gomez Point Of View

A temperatura baixa acompanha a noite movimentada, no entanto, a sensação térmica não parece incomodar o aglomerado de pessoas que interagem de modo entusiasmado, exibindo expressões ansiosas. O tráfego intenso de carros na direção oposta acaba distraindo-me do cansaço em estar algum tempo de pé, parada em uma fila. Embora a minha felicidade em, finalmente, estar prestes à assistir um show da Britney não possa ser menor, sinto-me relativamente velh e indisposta para este tipo de evento, portanto, mantenho-me quieta, reservando energias para o restante da noite. 

O aparelho vibra no compartimento do interior do sobretudo e, ao deslizar o meu dedo sobre a tela, encontro uma mensagem de Ashley, juntamente à uma foto ao lado de Ryan, no apartamento do louro. Recuso o convite de um jantar regado à muita comida chinesa e desejo boa noite ao casal, posteriormente, devolvendo o celular ao meu bolso. 

O arredores da arena vão sendo preenchidos por cada vez mais grupos de fãs e, à medida em que minutos se passam, o momento da abertura das entradas se aproxima. Um burburinho se inicia mais à frente, dando à entender que os seguranças irão liberar os portões, o que acaba atraindo toda a minha atenção, a qual é desviada somente quando um aroma conhecido invade as minhas narinas. 

As batidas do meu coração seguem de modo desenfreado, fazendo com que todo o sangue em minhas veias aqueça. Por alguns segundos, tonteei até estar apoiada na grade de ferro que delimita a fila.

— Eu não acredito que pretendia fazer isso sem mim.

Sorrindo de modo tranquilo, Justin profere como se não tivesse acabado de quase causar-me uma parada cardíaca por tamanho susto. Com o auxílio da estrutura gélida, aperto as minhas mãos ao redor da barra, mantendo-me de pé. 

—O que está fazendo aqui? — minha voz soa esganiçada, surpreendendo à mim mesma por ter produzido algum som. A minha expressão certamente é semelhante a de alguém completamente aterrorizado. 

— Eu estava passando de carro por aqui e te vi na fila. Quando olhei os outdoors eu entendi o motivo do trânsito, então, fui na bilheteria e comprei um ingresso. — ele diz, simples como quem avisa que sairá para tomar café. Parece calmo, apesar de uma inquietação com suas mãos. — Nós tínhamos uma promessa e você queria quebrá-la. — acusa-me, de maneira humorada. Apesar de um sorriso convidativo, sou incapaz de repetir o gesto, ainda sinto as minhas pernas instáveis sobre o solo cimentado.

Justin fita-me com um semblante ansioso, como se cada uma das minhas respostas possa gerar uma reação inusitada em si mesmo. Encolho os ombros, tornando a por-me de frente às três garotas que ocupam o lugar anterior ao meu na linha organizada. 

— Eu acho que as nossas promessas não valem de mais nada agora, de todo modo. — murmuro contragosto, não me importo em parecer rude, no fundo, tenho consciência de que esta é a minha real intenção. — Além disso, você está furando fila. — falo, ao passar o olhar ao redor, encontrando o fim da fila bem distante de onde me encontro, ideal para o louro. 

— Não quer a minha companhia? —apesar de toda a minha falta de sutileza, ele não parece ofendido, mas confuso. 

Suspiro, contendo toda a impaciência que percorre em minhas veias. Por fim, dou de ombros, sussurrando em um tom desdenhoso: 

— O local é livre.

Ele reage imediatamente, bufando. 

— Para com isso, Selena. — diz com seriedade, como um pai que precisa ensinar a filha como agir educadamente. 

Ah, agora ele quer ser civilizado.

— Eu não pedi pra você vim aqui e ficar do meu lado. — rebato em um impulso, deixando fluir em minha voz todo o meu nervosismo. Somente a presença do louro já começa a causar-me embrulhos no estômago. — Se não estiver agradando, pode ir para outro lugar.

Para a minha infelicidade, ele parece irredutível. Acompanhado de um tom debochado, ele exibe um sorriso que é capaz de causar uma pane em meu cérebro.

— Você está sendo muito grosseira. 

Inspiro o ar fortemente, mais uma vez, fugindo de suas íris flamejantes. No entanto, arrependo-me de imediato, já que o perfume dele torna a se propagar no ambiente. 

— O que você quer que eu faça? — enrijeço ao senti-lo se aproximar, provavelmente, por conta do excesso de barulho que o impede de ouvir-me com clareza. — Quer que eu encare numa boa essa situação na qual eu sou a única que acaba criando expectativa demais? Eu estou fugindo de você, pode respeitar isso?

Vejo seus lábios formarem um pequeno círculo e, por alguns segundos, ele parece perder a fala.

— Eu não me lamentava disso no colegial. — argumenta, ignorando novamente a minha súplica silenciosa para que ele vá embora. 

— O que? — balbucio, completamente atordoada com tamanha tranquilidade. 

Justin não parece em nada com o homem que surtava sempre em que era obrigado a dividir o mesmo teto que eu.

— Eu te amei sem precisar receber algo em troca.

— Você quer isso? Que eu te ame? — questiono e, à esta altura, deixo de policiar-me para não aparentar estar exaltada quando, na verdade, estou próxima de um surto. — Diga-me, Justin!

— Olha...

— Não somos a mesma pessoa, você sabe bem disso. — interrompo-o, antes que consiga concluir. As palavras se embolam em um nó na minha garganta, porém, sinto a necessidade angustiante de aliviar a dor em meu peito. — Qualquer sentimento que eu venha a ter por você será destrutivo para nós dois! Eu não pouparei esforços para tê-lo comigo, como estive fazendo. É isso o que você quer? Me ver tentando acabar com o seu casamento?

Justin analisa-me com um semblante qie reflete todo o seu pesar. Por fim, não consigo identificar se o medo dele está ligado à me machucar ou a si mesmo. 

— Eu quero que seja sincera comigo. - ele pede e eu assinto, movimentando a cabeça.

Encará-lo quase me faz perder toda a coragem, porém, o contato de sua mão gélida sobre a minha aquecida pelo tecido do sobretudo acarreta em arrepios que se espalha por todo o meu corpo. Recuo com o toque, embora mantenha-me próxima o bastante para contemplar cada mínima mudança no dourado do interior de seus globos oculares. 

— Eu sei que fui uma vadia egoísta e que no ínicio, era mesmo puro capricho. Eu gostava da importância que você sempre dava à mim, me colocando em primeiro lugar. Mas, acima disso, eu me apaguei ao jeito que você me amou. Ignorou todos os meus defeitos, a minha frieza, foi o único que soube me amar do modo mais puro, sem nem mesmo pedir reciprocidade.

Tomo fôlego, prosseguindo com dificuldade, já que a fraqueza ameaça se apossar do meu corpo novamente, fazendo-me chorar como uma garotinha indefesa.

— É por isso que foi tão difícil aceitar que eu havia te perdido. Quero dizer, onde eu encontraria outra pessoa assim? E se você fosse a única pessoa capaz disso? 

Acabo soltando uma risada amarga devido à ironia da situação. Justin possuía uma imagem de mim repleta de frieza e independência mas, a vida nos prega peças surpreendentes.

— Você deveria estar orgulhoso de mim, eu esmaguei os meus sentimentos para preservar os seus, finalmente te deixei em paz e resolvi seguir com a minha vida. — finalizo, conseguindo controlar com eficácia as lágrimas que sustento em meus olhos. 

Sinto vergonha e irritação por ter que encará-lo, visto que estava indo muito bem com meus planos de evitar a presença dele até que a situação se tornasse suportável.

— Talvez a sua decisão não tenha sido tão inteligente quanto imagina. — ele comenta, aparentemente inabalável com o meu desabafo. Permanece com a mesma expressão ansiosa, como se necessitasse de algo grandioso para alcançar as suas expectativas. Além de um tom irônico irritante. 

— Como não? Eu sei que lhe faço mal, você mesmo me jogou isso na cara incontáveis vezes. — retruco. — Eu não te julgo, de qualquer forma. A Natalie é uma mulher linda, inteligente, compreensiva, amorosa... Vocês combinam, se completam.

Ele nota o meu desconforto e a dificuldade que profiro tais palavras, porém, apesar disto, sorri com sarcasmo.

— Quando é que você fez essa análise?
— indaga, em uma evidente falsa curiosidade. — Você repugnava qualquer comentário sobre a minha relação com ela.

— Eu sempre soube, só não quis admitir. 
— respondo, contragosto. 

— Eu achei que você havia voltado para a sua antiga vida. E que eu fizesse parte dela.

— Você sabe que estarmos perto um do outro nos fere. Não acha que a sua vida estava bem melhor sem a minha presença? — observo o semblante tranquilo oscilar em sua face e me sinto minimamente satisfeita. — Você deveria voltar para a sua casa e para a sua esposa. 

— Isso sou eu quem decide. — Justin diz com rapidez, soando impaciente. 

— Você já a escolheu, não há muito o que pensar. 

— Selena, eu estou aqui, no meio da noite, ouvindo você me expulsar do seu lado mesmo que eu não tenha qualquer pretensão de fazer isso. — em um movimento brusco, Justin obriga-me a encará-lo e, de um modo automático, me encontro totalmente inofensiva ao seu toque. — Eu estou ignorando toda a mágoa que estive cultivando ao longo desses seis anos para estar perto de você. Eu estou aqui, não acha que isso significa que eu já tomei uma decisão?

 

Flashback

O eco que provém do choque entre a estrutura fina que sustenta os meus pés e o solo revestido por granito se estende ao redor, abafando o volume relativamente alto da música no ambiente anterior. Os formandos demonstram agitação em seus últimos momentos de colegial, embora o horário sinalize que logo chegará a hora de um adeus definitivo. 

De modo tranquilo, sigo em minha busca ao atravessar os corredores mal iluminados do prédio, certificando-me de que todos estão realmente no ginásio, aproveitando o último baile. Exceto uma única pessoa. 

Percorro um caminho sem rota até encontrá-lo sentado no chão, tendo as costas apoiadas na porta do laboratório de química. Com os joelhos flexionados, Justin repousa o peso de sua cabeça sobre os mesmos e, ao alcançá-lo, noto que há um papel em suas mãos. 

A minha presença não demora a ser identificada, um olhar atordoado, coberto por sentimentos indecifráveis contata o meu. Em minha expressão deixo explícita a minha dúvida e, em um gesto automático, o louro ergue a folha em sua mão direita em meio à um sorriso minguado.

— Eu realmente não sei se seria pior escutar isso saindo da sua boca ou achar esse papel no seu quarto... — seu tom vocal soa de um modo embargado, possibilitando-me compreender a situação antes mesmo de conferir o conteúdo do papel. 

Sinto-me desnorteada por alguns segundos, constrangida diante de sua feição abatida.

— Eu pretendia te contar...

— Quando? — Justin ri de modo sarcástico e põe-se de pé, deixando-nos em alturas semelhantes. — No aeroporto?

Engulo o seco e, covardemente, desloco o olhar para os meus pés. Acuada, encontro-me incapaz de enfrentar a situação que tanto venho fugindo, a qual me parece infinitamente pior do que eu poderia ter imaginado. 

— Justin...

— Por favor, me diz que você não decidiu ainda. — a súplica contida em sua voz faz com que o meu peito se contraia, causando-me uma dor incômoda. Ele avança em minha direção e o meu corpo reage instantaneamente com arrepios.

O silêncio soa como um consentimento e, no farfalhar de sua respiração, noto o desespero dando indícios de vividez.

— Eu não acredito, Selena! - Justin esbraveja. — Você não pode... Eu...

Desnorteado, ele caminha circularmente à minha volta, percorrendo os dedos entre seus cabelos curtos de modo agressivo. Encolho os ombros, espremendo os lábios um contra o outro.

— Eu sinto muito. — sussurro com pesar, sentindo-me fraca. A dor crescente vista através de suas íris carameladas faz-me sentir como a pessoa mais obtusa que já havia existido. — É o meu sonho e... — tento argumentar, porém, sou interrompida. 

— E nós? Você nem pensou na possibilidade? — ele questiona, posseso por indignação. O som desaparece em minhas cordas vocais. — O que eu sinto por você não pesou, não é?

— Não faz isso, por favor. — imploro em um choramingo. Sinto o impulso de abraçá-lo, entretanto, o louro se afaste antes que o choque entre os nossos corpos aconteça. — Não piore as coisas. Eu quero ter os meus últimos bons momentos com você.

Novamente, os seus lábios se esticam por um sorriso e, como havia sido anteriormente, não contém felicidade nele. 

— É. Os SEUS últimos bons momentos, porque é sempre sobre você e o que VOCÊ sente.

Cambaleio para trás, atingida de modo certeiro por palavras cuspidas e um olhar raivoso. O nó que se forma em minha garganta surge juntamente à um tremor leve em minhas mãos.

— Pare de falar como se eu não me importasse com você, Justin! — protesto, ainda que não aja muitos argumentos à meu favor, isto parece irritá-lo ainda mais. 

— Você está indo embora e nem ia me contar! — rebate, mais uma vez, elevando seu tom vocal. 

— Eu estava querendo evitar uma situação como essa! — defendo-me à altura, contudo, sussurro posteriormente: — Eu tive medo.

Seu punho se fecha, em seguida, atinge fortemente a madeira da porta, ocasionando em um estrondo à nossa volta. Sobressalto, assustada com o gesto e os sinais de descontrole do louro que se tornam mais evidentes. Ele torna a posicionar o seu corpo à minha frente, dando-me a percepção de seus olhos avernelhados por lágrimas.

— Medo do quê? De eu me ajoelhar, dizer que te amo e implorar para que você fique? Adiantaria de alguma coisa? Quero dizer, eu já fiz tudo o que pude, não é? E mesmo assim você está indo embora. — ele diz, em um tom cansado, como se relevar tais palavras fosse um grande esforço. Talvez seja, tamanha a dor que ele apresenta em sua expressão. Sinto-me diminuída como uma formiga, incapaz de reagir. Diferente de todas as outras vezes, não encontro qualquer solução para fazê-lo melhorar. — Apesar de não parecer, eu ainda tenho um pouco de amor próprio e sei quando os meus sentimentos não são recíprocos.

Justin faz menção em dar as costas à mim, contudo, em um ato desesperado, agarro as minhas mãos em seu antebraço, parando-o. Ele não poderia me deixar ir estando brigado comigo.

— Não, ei, espere!

— Eu espero que você tenha uma boa vida, Selena.

Ele não me encara, contudo, tenho a visão direta de uma de suas bochechas umedecidas por lágrimas. Justin se desvencilha do meu toque e, sem proferir qualquer coisa, afasta o meu corpo até que o seu caminho esteja livre para deixar-me só. 

"Eu tinha jurado a mim mesma que eu estava contente com a solidão, porque nada disso algum dia valeu o risco, mas você é a única exceção." - Paramore.


Notas Finais


That's all folks!

OI GENTE! Aproveitando que hoje é o dia do nosso Justino lindo, uma att! Mais uma nota final que eu apareço me desculpando, mas ocorreram uma sequência de fatores que eu vou explicar na próxima até porque eu tive que postar pelo celular e é terrível, eu não suporto. Mas enfim, me perdoem, obrigada à todos os comentários, eu vou responder todo mundo, ok? Calminha. E prometo não demorar assim de novo. (viu, Suellen? Pode sair da fila do SUS)
Ah, ignorem erros também. O capítulo foi praticamente todo escrito no celular e o corretor é daquele jeito, né...
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo. Pegaram as referencias do que o Justin falou pra Selena no passado e ela repetiu no presente? E a cena da sinopse acontecendo...

Comentem, quero saber o que acharam.

Minhas outras fanfics:

https://spiritfanfics.com/historia/irresistible-deal-7130789

https://spiritfanfics.com/historia/misconduct-7821008

Grupo no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/6bw7XQ6K7TQBC84tFx7i5L

Até a próxima, um beijo e um queijo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...