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História Troublemaker - Company.


Escrita por: _rachm

Capítulo 21 - Company.


Justin Bieber Point Of View

A adrenalina que ainda percorre efusivamente em minhas veias aquece-me internamente, impedindo que qualquer pedaço de pele exposta do meu corpo sofra com a temperatura mínima da madrugada. 

Apesar do horário, a movimentação ao longo da avenida é razoável, no entanto, o tráfego não parece um empecilho a morena que corre de maneira despreocupada, enquanto cantarola versos aleatórios de hits da princesa do pop. 

Algumas doses de cerveja ao longo do show a deixaram mais elétrica do que o recomendável e, após alguns minutos, sinto os meus pulmões doerem, buscando desesperadamente um pouco de ar. 

— Para um pouco! — peço, aumentando a voz para que a mulher à poucos metros de distância possa ouvir. — Eu estou sem fôlego!

Ao girar o rosto em minha direção, ela sorri de forma debochada, cessando seus passos ao apoiar as mãos na cintura.

— Você está parecendo um velho, Bieber! — ela zomba, movimentando a cabeça negativamente. 

Reviro os olhos e, enfim, consigo alcançá-la ao dar alguns passos à frente. Logo, voltamos a caminhar lado a lado.

— Velho? Estou no meio da noite correndo na rua. — defendo-me, com a indignação transbordando em meu tom. — Me sinto um adolescente que fugiu de casa!

Selena solta uma risada nasal, uma pequena brisa carrega uma mecha de cabelo ao seu rosto e a ponta desta ternina exatamente na altura de seus lábios. Contenho-me em desviar o olhar, evitando perder algum tempo analisando aquela região. 

— Ah, a minha experiência não parece nada com isso... — ela comenta, ainda com intuito de me zoar. 

— Fugir para a casa da Ashley, dois quarteirões depois da sua, não é exatamente fugir de casa. — retruco.

— Bom, é a coisa mais radical que você pode fazer quando se tem catorze anos. — ela dá de ombros ao dizer, sorrindo posteriormente. 

O silêncio retoma a soberania e apenas os nossos sapatos chocando-se contra o asfalto produzem algum som nesta área. O meu olhar sobrecai ao rosto da morena e, ao encontrar o tom escuro de suas íris fitando-me reciprocamente, sorrimos juntos. 

— Eu não acredito que fizemos mesmo isso... — comento, verdadeiramente desacreditado. Tanto por minha atitude, quanto por realmente termos cumprido alguma das nossas promessas. 

— É e você adorou! — Selena fala, em um misto de entusiasmo e surpresa. — Como sabia o repertório inteiro?

Não encontro uma resposta, afinal. Desvio o olhar de modo envergonhado, permitindo que o silêncio dê razão à morena. 

— HÁ! — ela ergue o indicador contra mim, exibindo um sorriso vitorioso. — Você adora Britney! 

— Eu acho que mereço um obrigado por ter passado por isso! — protesto, em falsa irritação, embora toda a idéia tenha partido dela, ao contrário do que havia imaginado seis anos atrás, não fora um sacrifício. 

Selena gargalha até perder as forças para continuar caminhando. Obviamente ela está se sentindo ótima por ter conseguido isso de mim, além do álcool que aguça o seu senso de humor à ponto de fazê-la achar muita graça em qualquer coisa. Apesar disso, a minha cara de tacho, provavelmente, está bem divertida. 

— Foi divertido. Obrigada. — ela diz, ao cessar o riso. 

Noto uma expressão estranha adquirida em sua face e entendo o significado de seu tom ameno, logo, me apresso em me retratar: 

— Ei! Não fale como se essa tenha sido a última coisa que faremos juntos!

— Eu acho que o nosso banco de promessas esvaziou...

— Nós faremos novas, então. —garanto, impedindo-a de completar com alguma possível despedida. 

Eu havia perdido muito tempo para simplesmente deixá-la se afastar agora. 

— Como é que a minha presença passou de desprezível à desejável em semanas? — ela brinca, sorrindo com presunção. 

Acabo repetindo o gesto, rendendo-me ao questionamento. 

— Você é bem persistente. — assumo ao sorrir minimamente. Selena franze o cenho.

— Isso é uma rendição?

— Parece que sim. — dou de ombros e, ao vê-la morder levemente os lábios, um sorriso largo ilumina todo o seu rosto. 

— É bom estar de volta no jogo, Capitão. 

Quando chegamos ao carro, Selena ainda murmura algumas músicas, porém, durante o percurso até a sua casa, a morena se aquieta, permanecendo todo o trajeto com o olhar preso às imagens que passam distorcidas através da janela. 

Na portaria, ofereço-me para levá-la até o seu aoartamento e, no instante em que as portas de aços se unem, o silêncio se junta à nós outra vez, trazendo consigo o desconforto. 

— Você costuma ser cavalheiro com mulheres que você odeia? — ela indaga em um tom humorado, na intenção de descontrair enquanto o nosso foco permanece centrado nos botões iluminados que indicam cada andar alcançado. 

— Eu não te odeio, embora você consiga ser insuportável em noventa porcento do tempo. — digo, ouvindo-a soltar uma risada alta em seguida. Acabo acompanhando-a. 

O elevador nos deixa em seu andar e, quando a morena indica a porta de sua residência, paramos frente à frente. Apesar do clima ameno entre nós durante toda a noite, estarmos tão próximos me deixa desconcertado e apreensivo, suas grandiosas íris pardas desequilibram o funcionamento do meu autocontrole. 

— Obrigada pela carona e... — Selena suspira longamente, deslocando o olhar aos seus pés, como se precisasse ganhar tempo para encontrar palavras. — Pela noite. Eu me diverti muito. 

— Legal. Eu também. — sorrimos juntamente. — Boa noite, Sel.

Em um ato impulsivo, rodeio seus ombros com meus braços, encaixando seu corpo miúdo contra o meu peito. Ela retribui o abraço, apertando-me contra si. O cheiro doce que provém de seus cabelos é inebriante e, em segundos, encontro-me inalando o aroma agradável.

Enquanto nos afastamos devagar, Selena mantém-se próxima o bastante para atrair a minha atenção diretamente aos seus olhos e, seguidamente, aos seus lábios entreabertos. Deslizo minhas mãos de suas costas até o pescoço, erguendo seu rosto até a altura do meu. De modo irracional, inclino-me para beijá-la, contudo, a morena desvia o rosto, encostando os seus lábios em minha bochecha direita com leveza. 

— Hm, ah... — ela balbucia, visivelmente constrangida. Me afasto lentamente, pigarreando. — Eu acho melhor nós... 

— Sim, tudo bem. — abro-lhe um sorriso pequeno, tranquilizando-a sobre o momento anterior.

— Eu vou entrar. — anuncia e eu assinto, cedendo espaço para que ela se vire e encaixe a chave da fechadura de sua porta. — Boa noite.

Ao acenar, observo-a sumir atrás da madeira, causando-me um suspiro baixo. 

Merda, eu estou fodido. De novo. 

* * *        

O caos que vem se formando em minha vista nos últimos dia tem me gerado noites em claro e dores de cabeça insuportáveis, porém, o sentimento que se abriga em mim é reconfortante ao ponto de fazer-me sorrir ao pensar em todos os prós por estar, finalmente, retirando um peso gigantesco das minhas costas.

Resolver qualquer assunto com Natalie parece impossível no momento, apesar da falta de gritos, consegui captar em seu tom de voz por uma breve conversa no telefone o quão incrédula com a minha decisão ela está. Surpreendentemente, ao contrário da loura, Selena tem mantido a sua idéia de afastar-se, embora este seja um dos meus últimos desejos. Esta, juntamente à ultima atitude da latina, impedindo que um beijo entre nós acontecesse, me fez ter a concretização de que a sua mudança não fora um mero drama. 

Isto me tranquiliza, de toda forma. 

Portanto, observo o olhar arregalado e incrédulo do meu melhor amigo, enquanto desfrutamos de um almoço barulhento e gorduroso em um restaurante chinês qualquer no centro da cidade. 

— Você o quê?! — Ryan repete, quase permitindo que algumas gotas de saliva escapem do interior de sua boca, devido ao tempo que ele havia deixado-a aberta. 

Reviro os olhos pela quinta vez, tendo a minha cota de paciência no limite por sua insistência em não levar-me à sério. 

— Bieber, você tem certeza de que não está surtando? — ele questiona, mais uma vez. — Não é uma daquelas crises de meia idade?

— Não e, vai se foder, eu não cheguei na meia idade. — resmungo, carrancudo. O louro ri, tornando a saborear um rolinho primavera. — Eu estou com a minha perfeita sanidade. — garanto e, quando obtenho novamente a atenção dele, encontro um olhar desconfiado. 

— Você tem idéia de que, meses atrás, você queria me esquartejar por ter te chamado para um jantar que a Selena faria uma surpresa para todo mundo? — a lembrança surge vagamente em meus pensamentos e, neste momento, a situação parece-me deveras engraçada. — Por acaso se lembra disso?

— Eu lembro. 

— Ah, e agora você está até terminando o seu casamento por ela?
— Ryan questiona, de modo sarcástico. 

— Eu não terminei o meu casamento por ela. — esclareço com firmeza e, posteriormente, explico: — Na verdade, foi meio que um impulso... A Natalie me desafiou, eu me irritei, nunca havia visto uma atitude tão infantil da parte dela, foi ridículo. — reviro os olhos, sentindo uma faísca de irritação se acender ao recodar-me de nossa última discussão. — Mas, de todo modo, eu me senti bem quando fiquei sozinho. Foi um vazio bom, um vazio com alívio. 

Eu não precisaria dar qualquer satisfação ao Ryan por saber que ele me apoiaria em qualquer circunstância, entretanto, é reconfortante ser compreendido e poder expor o que sinto. Porém, apesar da minha total consciência da não-questão que o louro faz do meu casamento, ainda consigo enxergar dúvida em sua expressão facial. 

— Você não acha que pode estar se precipitando? — supõe, desta vez, adquirindo um olhar preocupado. — Quero dizer, vocês tinham uma relação tão sólida...

— Eu estava sendo injusto, Ryan. - confesso, suspirando longamente. — A Natalie merece alguém que a ame por inteiro e que não tenha um passado todo fodido como o meu. O desespero no olhar dela, a mágoa... Ninguém merece passar por isso. — digo, apesar de sentir um certo remorso, sou incapaz de ficar infeliz com a minha decisão. Afinal, estou fazendo um favor à nós dois e, a culpa não poderia ser jogada totalmente em minha conta. O surto dela havia me feito acordar de, aparentemente, um transe. — Talvez eu esteja cometendo a maior loucura da minha vida mas, isso estava me torturando, eu preciso pagar pra ver. 

Ryan fica pensativo mas, aparentemente, não discorda do meu ponto de vista.

— E a Sel? — pergunta de repente, após alguns minutos imersos ao silêncio. 

— Eu a encontrei há dois dias.

— Sério?

— Sim. — não consigo controlar o sorriso leve que toma conta dos meus lábios. Ryan franze o cenho, dando total atenção ao meu relato. — Nós fomos ao show da Britney Spears. 

O louro explode em gargalhadas e, por longos minutos, permito que o meu amigo zombe de mim até sentir-se satisfeito. O acompanho em algumas risadas, incrédulo até o momento com o que havia feito. Ceder à Selena e escutar os sucessos de uma diva pop por quase duas horas rodeado por garotas histéricas. 

— E como foi isso? — ele indaga, levemente ofegante ao fim de sua sessão de risadas. 

— Foi divertido. — admito corajosamente, imaginando todas as zoações futuras que estariam por vir. 
— Eu me senti muito bem, era como se eu estivesse exatamente onde deveria estar. 

— Hm, e depois? — um olhar curioso é direcionado à mim, dou de ombros. 

— Eu a deixei em casa e... — Ryan sorri maliciosamente em meio ao suspense, portanto, trato de acabar com qualquer idéia que esteja por seus pensamentos sujos. — Não rolou nada. 

Ele parece decepcionado, no entanto, ainda dá risada. 

— Você é um bunda mole.

— Na verdade, eu pensei mas, ela não quis. — como esperava, sua expressão é tomada por surpresa. — A Selena não sabe que estou me divorciando, essa atitude dela me fez ter mais certeza de que os sentimentos dela são reais. Ela não quer estar entre a Natalie e eu, acha que está me prejudicando. — explico. 

— E o que você pretende fazer? 

— Primeiro? Achar uma casa para morar. O seu sofá é duro e a Ashley é escandalosa nas brincadeiras de vocês. 

Ele gargalha enquanto suas bochechas ruborizam. Sorrio vitoriosamente. 

— Vai se foder! — diz, erguendo o dedo médio em minha direção. — Eu acho que deveríamos sair para beber, só os caras, vai ser bom pra você fugir dessa confusão toda. 

* * *        

— Você tem certeza de que vai ficar bem?

Novamente, fito o olhar tristonho da loura, enquanto termino de recolher os meus pertences espalhados pelo cômodo. Ela se aproxima, ajeitando os meus cabelos de um modo materno, fazdndo-me rir.

— Eu vou sim. — garanto, em uma falha tentativa de tranquilizá-la. No entanto, a cada movimento que faço, uma nova ruga de preocupação se forma em sua testa. 

— Vai se alimentar direito?

— Perfeitamente. 

— Vai passar a gola da camisa decentemente?

— Ashley! — ralho, impaciente. Ela une os lábios em um bico e, com um gesto infantil, bate os pés no chão. 

— Ah, me desculpa! - ela resmunga, levemente emburrada. — É que eu fico preocupada com você, homens são tão preguiçosos e dependentes, faz muito tempo que você não vive sozinho...

Dou risada, apesar de dispensar todo o cuidado exagerado, admiro-me com sua preocupação. 

— Eu sei me cuidar. — digo e envolvo-a em um abraço apertado. A loura suspira. 

— Certo. Não encha o flat de putas, eu procurei aquele lugar com muito carinho. — pede, assim que nos separamos. Aceno positivamente, batendo continência em seguida. 

— Pode deixar, mamãe.

Ryan surge do interior da cozinha, trazendo-me uma embalagem de algo comestível que Ashley havia preparado para aue eu não morresse de fome no fim da minha mudança. Ele sorri e nos cumprimentamos com um toque de mãos. 

— Valeu por tudo, cara. — falo, ele apenas dá de ombros. 

— Qualquer coisa, estamos ai. 

* * *        

Habituar-me com o novo ambiente seria difícil, após três dias, continuo errando o caminho de casa e levando alguns segundos para lembrar-me o número do meu andar. E, além disso, é estranho ter unicamente a companhia do silêncio. Porém, nada que me prive da tranquilidade de sentir-me livre da maioria dos problemas.

Enquanto um programa qualquer é exibido na TV, um pedaço de pizza requentada sobre um prato apoiado no braço do sofá me aguarda. Hábito que, inclusive, havia me livrado há algum tempo, desde que uma mancha de gordura surgira magicamente no sofá e Natalie havia me passado um longo sermão sobre modos ao comer. 

O toque do meu celular desperta a minha atenção e ao olhar o nome no visor, não demoro a atender. 

— Oi, Fredo. 

— Se arruma, Chaz e eu vamos passar ai para te buscar.

Ao fundo da ligação, percebo o som abafado de buzinas e imagino que ele esteja no trânsito. 

— O que?

— Vamos sair, cara! — ele diz, em um tom animado. — Você tá na fossa?

— Não. — rindo, volto a zapear os canais da TV. — Mas vai começar um episódio inédito de The Walking Dead.

Ouço-o bufar, evidentemente, incrédulo com a minha resposta. 

— O que? Bieber, você acabou de voltar para a sua vida de solteiro. — recorda, transbordando indignação no tom vocal. — Você deveria estar enchendo os armários de cerveja, salgadinhos e reativando a sua lista de contatos feminina. Pelo amor de Deus!

Apenas a menção de tais atividades me atiçam a uma imensa vontade de bocejar. 

— Essa fase eu já passei lá na fraternidade. — rebato, expondo o tédio que sinto por tal possibilidade. 

— Você fala como um quarentão! —ele reclama, fazendo-me rir. 

Em alguns minutos de insistência, Alfredo acaba aceitando a minha indisposição para sair e beber até perder os sentidos. 

— Eu acho que tenho planos melhores para a noite, fica para a próxima! — ao dizer, encerro a ligação antes que alguma chantagem surja. 

O episódio da série prende a minha atenção por algum tempo, no entanto, em um dos comerciais, passo o olhar distraidamente por aplicativos aleatórios, até encontrar o nome de Selena em um de chat, posteriormente, o status de que ela está online.

Penso, por alguns segundos, se é uma boa opção iniciar uma conversa mas, antes que alguma paranóia tome conta dos meus pensamentos e acabe banindo a minha coragem, envio a primeira mensagem. 

"Cinquenta dólares pelo o que está pensando agora."           

Aguardo ansiosamente até que a tela indique que ela está digitando. Logo a mensagem surge na aba de conversas. 

"Estava pensando quando receberia esta mensagem."        

Dou risada, imaginando-a com um sorriso de canto adorável enquanto encara o celular e aguarda para dar alguma resposta esperta. 

"Então a sua noite não está tão animada quanto pensei."         

Brinco e, antes que eu possa pensar em algo, outra mensagem aparece. 

"E a sua, está?"        "

"Poderia, mas eu gosto da calmaria que a solidão me traz."        

"Hm, me deixe adivinhar. Você está de cueca no sofá, comendo batatas fritas e assistindo algum programa de humor duvidoso?"        

Gargalho, embora não me surpreenda que a morena tenha feito esta conclusão, visto que as lembranças que a mesma possui são de um adolescente relaxado. 

"Quase. Estou comendo uma pizza de dois dias."        

Escrevo e, logo em seguida, completo:

"Deixe-me adivinhar sobre você... Picles e esboços de novos modelos?"        

Não contenho o sorriso que surge em meus lábios ao que a visualizo mentalmente, por detrás de óculos de grau, apoiada sobre uma escrivaninha lotada de papéis desorganizados. 

"Ideal para uma quinta feira."        

Neste momento, silenciosamente, desejo ter a companhia da latina. Ainda que fosse apenas para escutá-la rindo de algo, a leveza e a irreverência qual ela costuma levar a maioria das coisas na vida conseguem me relaxar quando não está me importunando. 

"E os meus cinquenta dólares?"        

Os minutos que se seguem enquanto penso na frase ideal para respondê-la criam em minha mente suposições para o que eu poderia estar fazendo hoje se tudo fosse diferente. Talvez, eu tivesse ido ao teatro com Natalie. Ou estaria em um bar, rindo e bebendo com os meus amigos solteiros.

Mas, nenhuma destas me agrada tanto quanto pensar em assistir um filme de terror com Selena apenas para ouvir suas críticas sobre o roteiro bobo e mal produzido. Ela gosta de banalizar as coisas quando sente medo, assim como fizera com os seus sentimentos ao longo dos anos. 

"Você o terá amanhã, assim que eu te buscar."        

A resposta vem rápida e eu posso imaginá-la aderindo uma expressão chocada. 

"Me buscar?"        

Contudo, sou breve. Antes de retornar à minha atenção à cena de ação, envio: 

"Passo no ateliê às sete, esteja linda."        

 

Flashback

Os holofotes cegam-me brevemente ao serem direcionados à mim, ouço aplausos, contudo, o zumbido produzido por uma interferência no som fere os meus tímpanos. A coordernadora se aproxima, exibindo um largo sorriso em seus lábios ao parar ao meu lado, posicionando o objeto de plástico, porém, aparentemente de alto valor para muitos alunos em minha cabeça. 

Sinto o meu estômago revirar, de todo modo. Desde o instante em que havia comprado os convites, não imaginava que passaria por tamanho constrangimento. Certamente, estar sobre um palco, à frente de centenas de pessoas, era uma das últimas coisas que eu esperava para a minha noite. No entanto, a voz do diretor soa misteriosa e, quando ouço mais uma salma de palmas, sinto-me ligeiramente mais relaxado. 

A elegância qual ela sobe os poucos degraus até estar sobre a grandiosa estrutura de madeira atrai toda a minha atenção, dispersando o meu foco na vontade absurda que senti de vomitar todo o ponche batizado. 

Selena sorri graciosamente para todos até estar ao meu lado e lançar-me um olhar carinhoso. Com cautela, a coroa é posta sobre o seu penteado bem elaborado e a morena sorri em agradecimento. Entrelaço nossas mãos, apenas com o intuito de que ela me transmita calma, porém, em um movimento rápido, Selena sela os nossos lábios e, posteriormente, os aplausos e gritos são tudo o que passa por minha mente. 

Ela nunca havia me beijado na frente de outras pessoas mas, de fato, esta vem sendo uma noite especial. 

— Perfeita. Como uma verdadeira rainha. — sussurro contra os seus lábios, contemplando o sorriso que surge entre eles em seguida.

"Venha aqui e comece uma conversa só comigo. E confie em mim, eu vou dar uma chance agora. Garota, você sabe que quero seu amor, seu amor foi feito na medida para alguém como eu." - Ed Sheeran. 


Notas Finais


That's all folks!

OI GENTE! Voltei rápido, nem deu tempo de sentir saudade e eu acho que algumas pessoas nem leram o capítulo anterior ainda, hahahaha. Bom, agora que estou postando com calma, quero me desculpar decentemente por todos esses atrasos. Eu tive um bloqueio criativo e, posteriormente, fiquei sem Internet para poder postar. Enfim, eu queria avisá-las que, nem sempre, toda quarta terá att. Afinal, eu tenho mais outras duas fics para escrever, imprevistos acontecem, né? Então não pensem que eu vou parar de postar ou algo do tipo.

E, eu quero agradecer imensamente à cada um de vocês, pela paciência e o carinho com a fic. Muito obrigada por não desistirem, obrigada por cada comentário e favorito. Cada um de vocês é muito importante para mim, até os que eu não interajo.

Grupo das minhas fanfics: https://chat.whatsapp.com/6bw7XQ6K7TQBC84tFx7i5L

Minhas outras fanfics:

https://spiritfanfics.com/historia/irresistible-deal-7130789

https://spiritfanfics.com/historia/misconduct-7821008

Espero que vocês tenham gostado do capítulo. Comentem bastante e até o próximo! Um beijo e um queijo! ❤


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