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História Troublemaker - Admit It.


Escrita por: _rachm

Capítulo 6 - Admit It.


Justin Bieber Point Of View

O sofá é castigado com a ira de Natalie no segundo em que ela atira a sua pequena bolsa de mão contra o mesmo, contudo, agradeço que o estofado tenha sido o alvo, pois sei que seu desejo é arremessar o objeto revestido por couro em minha face.

Desde que Selena, junto à sua maldita língua incontrolável, abandonaram o carro, minha esposa não havia proferido uma palavra se quer. E, para o meu azar, eu não teria muitos argumentos à meu favor. caso ela quisesse iniciar uma discussão.

Porém, apesar disso, não carregarei total culpa pelo final desastroso da noite. O que ela pretendia, afinal? Enxerguei, após a segunda pergunta, que Natalie não havia acreditado em minhas palavras e estava tentando, a todo custo, descobrir algo no passado de Selena que ligasse à mim. E, para a minha infelicidade, a latina nunca perderia a oportunidade de plantar a discórdia entre nós. Maldita. Eu havia dito ao Ryan que não a deixaria controlar a minha vida novamente, mas, eu não poderia esperar que ela pedisse autorização para isso. A origem do poder que ela sobrepôs em mim permanece desconhecido, contudo, faria o que fosse preciso caso descobrisse como retirá-lo. Sentia-me envergonhado de admitir, até para mim mesmo, que apesar de todos os anos que passaram, cada centímetro do corpo de Selena causa algum efeito em mim. Só poderia ser algum tipo de castigo divino.

— Nattie... — murmuro, ao ouvi-la bufar pela quarta vez. Ela ergue seu olhar até o meu, permitindo-me enxergar a fúria que há neles — Eu não...

— Nós nunca nos demos bem, tivemos uma relação complicada, nunca fomos próximos — ela repete as minhas palavras, usando um tom afinado em sua voz transbordando deboche — Nunca foram próximos, não é? Imagina se fossem!

— Eu não queria que você pensasse que...

— Pensasse o quê, Bieber? — interrompe-me, dando passos duros em minha direção. Seu olhar intimidador faz com que meus ombros encolham, vendo que não tenho uma resposta — O que você acha que eu sou? Uma ciumenta paranoica?

— Não — respondo-a, sem hesitar. Olhando a situação atual, não encontro a razão pela qual me levou a mentir para a minha esposa — Mas eu não queria que houvesse algum clima ruim, ou...

— É ela, não é? — o sussurro apreensivo de Natalie ecoa por toda a sala, que se afunda em um silêncio sombrio — É ela. A latina.

Seu olhar atordoado encontra o meu, contudo, não sustento o contato visual. Encaro os meus sapatos escuros, sentindo o sangue esfriar-se em minhas veias. Eu mal consigo acreditar que ela se lembre do que eu havia dito-a, quase seis anos atrás, em uma conversa aleatória. Natalie me questionou a razão pela qual eu me considerava fechado para relacionamentos e a minha resposta teve apenas três palavras: uma linda latina. Desde então, não voltamos à este assunto, logo, eu nunca poderia imaginar que aquilo ainda vagava por sua mente. 

A irritação substitui a culpa que senti no segundo em que optei por ocultar a verdade da loira. Ela fingiu e preferiu despejar uma sequência de perguntas na pior pessoa possível para se tratar aquele assunto, do que me arrancar uma resposta sincera.

— Foi por isso, então?! Por isso você ficou interrogando-a?

— Não tente jogar a culpa em mim! — Natalie profere, defendendo-se do meu tom enraivecido — Você mentiu!

— E você fingiu que acreditava em mim! Por que não disse logo? Eu estava tentando evitar o pior! — a elevação em meu tom vocal é suficiente para que as veias do meu pescoço avolumem-se, contudo, isto não faz com que ela recue.

— O que poderia ser pior do que você ter mentido para mim sobre uma mulher?!

— Ela é louca, Natalie! Ela inventa coisas e... — balbucio, perdendo-me em minhas palavras enquanto todas as coisas insanas que Selena já havia feito invadem os meus pensamentos — O que tivemos nem foi um namoro de verdade, digo, nunca foi oficial ou algo assim.

— MAS VOCÊ A AMOU! — sua face está rubra e, enquanto gesticula, noto o tremor em suas mãos.

— ISSO É PASSADO!

— ENTÃO POR QUE ME ESCONDEU ISSO?! — despeja, em um sopro. Ela engole o seco e inala o ar fortemente, mantendo o controle de sua respiração — Por que, Justin? Ela não significa nada para você, não é mesmo? — embora parecesse unicamente irritada, o medo transparece em sua feição enquanto aguarda minha resposta. 

Nego rapidamente, movimentando a minha cabeça de um lado para o outro.

— Não, claro que não! Isso foi há tanto tempo, eu... Não existe mais nada! — asseguro e, internamente, tento convencer à mim mesmo disso.

— Eu sou a sua única companheira, não sou? — ao perceber que movo o meu corpo em sua direção, Natalie encara a direção oposta, dando-me as costas.

— É. É sim. Você é a única.

Seus ombros relaxam, no entanto, não posso confirmar se acontece o mesmo com sua expressão irritadiça. Caminho até ela e envolvo meus braços em sua cintura, Natalie cruza os seus abaixo de seus seios, como se quisesse se proteger do meu toque.

— Eu só esperava sinceridade da sua parte, Justin. Foi o que prometemos no altar.

Ainda que a loira possua a sua parcela de responsabilidade, torno a me sentir culpado ao ver suas íris opacas por uma chateação evidente. Suspiro, rendendo-me da guerra.

— Desculpa, ok? Eu não quis te enganar, nem nada do tipo. Eu só quis nos prevenir, bem, disto aqui — meu tom rouco bem próximo ao lóbulo de sua orelha surte efeito nos pelos de sua nuca, que se erguem. No entanto, Natalie põe suas mãos sobre os meus braços e os afasta de sua pele.

— Ótimo.

Vejo-a subir as escadas lentamente, deixando-me só, com a frieza de suas palavras. Permito que um grunhido escape por meus lábios quando meus dedos agridem o meu couro cabeludo ao puxarem os fios com força. Embora a exaustão tome conta do meu corpo, não consigo dormir. Me sinto elétrico e irritado.

É frustrante perceber que seis anos se foram e o mesmo assunto causa-me tanta dor de cabeça. Até o maldito jantar na casa de Ryan, pensei estar curado, revigorado e, finalmente, livre.  

Uma noite. Ela só precisou de uma noite e uma frase para causar uma briga em meu casamento. Vejo que subestimei a capacidade de Selena de ser uma praga em minha vida. Eu poderia socá-la no rosto. E, posteriormente, socar o meu rosto por me sentir ridiculamente afetado a cada um de seus movimentos.

Em meus pensamentos mais covardes, peço para que ela se mantenha distante, pois sei que não há forças em meu corpo para afastá-la. Peço, por fim, para que ela não torne a testar a minha sanidade, como fizera hoje, pois não faço ideia de quando o meu auto-controle irá me abandonar.

[...]

Dias depois...

Selena Gomez Point Of View

Meu celular apita no segundo em que assisto Samantha entregar a sacola quadrada de papel à mulher de meia idade. Ela agradece brevemente e acena, deixando o ateliê com seu mais novo vestido.

— Mais uma que se vai... — a loira comenta, apoiando o queixo em suas mãos firmemente sustentadas pelo balcão da recepção — Tia Mônica, posso descer para o almoço?

— Claro, Sam. Traga um Yakisoba de frango para mim quando voltar — com sua atenção centrada em alguns papéis, a mulher profere sem desviar seu olhar.

— Não vai sair para almoçar?

— Ela nunca sai. É uma viciada em trabalho — Sam é mais rápida, respondendo à minha pergunta no lugar de sua tia enquanto revira os olhos — E você, Sel?

— Eu vou almoçar com uma amiga — retiro a minha bolsa de baixo da minha mesa e ergo-a em meu ombro. A garota assente e ao repetir o meu gesto, segue até a porta central, esperando que eu a acompanhe — O que tem lá embaixo?

— O bistrô do Sr Evans, é super aconchegante e a comida é maravilhosa! — ela diz, enquanto seguimos pela escadaria que nos leva até o térreo — Eu sempre almoço com o Charlie.

— E o Charlie é...?

Samantha da risada ao notar o meu súbito interesse ao falar do moreno.

— O pai dele é o proprietário de todo o prédio, mas o Charlie tem um estúdio de música no segundo andar — ao passarmos pelo mesmo, ela indica as portas no final do extenso corredor que encaminha às salas que ocupam o andar, contudo, prosseguimos nas escadas — Ele é um amor, você deveria almoçar conosco, qualquer dia desses.

— Ah sim, eu irei adorar.

— Eu vi a forma como ele te olhou... — um sorriso malicioso se alarga em sua face, dou risada, negando com a cabeça — Eu vi! Não negue! Sabe, o Charlie é um cara bem legal e super divertido, você deveria investir.

— Hm... Acho que não — torço o nariz em uma careta ao me lembrar do loiro de olhos caramelados. Cubro os meus olhos com óculos escuros quando, ao chegarmos no saguão, me deparo com a forte luz solar provinda da rua — O meu objetivo ainda é outro.

A Mercedes SLR vermelha chama atenção no outro lado da calçada, em frente ao prédio. Dou risada, perguntando-me se Ashley não poderia ser discreta ao menos com seu carro.

Ao entrar no veículo, a loira me saúda com um sorriso e um beijo estalado no rosto.

— Adorei a sua amiga — brinco, esfregando as minhas mãos pelo estofado do banco.

— Um mimo dos meus pais quando me formei na faculdade — ela dá de ombros e eu sinto o meu corpo ser impulsionado para trás quando o carro acelera. 

— Os seus pais não tem pena do dinheiro deles, não é mesmo? Mal sabem a filha que tem — debocho e, posteriormente, ouço sua risada alta.

— Cale a boca! Eu sou uma ótima motorista!

— Tá, que seja, acelera logo esta bodega, eu estou faminta!

— Ah, eu vou ter que entregar um documento importante ao Ryan antes, ok? Vai ser rápido.

Imediatamente, o entusiasmo percorre minhas veias por conhecer a Construtora onde Ryan e Justin trabalham. A alegria infla em meu peito ao me dar conta que, em alguns minutos, poderei encontrar o loiro de olhos caramelados novamente.

[...]

Estacionamos em frente ao luxuoso edifício, Ashley dispensa o estacionamento, alegando que ficaríamos pouco tempo. Os funcionários parecem reconhecê-la, já que não lhe oferecem o crachá de visitante. No instante em que as portas metálicas do elevador se unem, a loira indica o número do último andar no painel.

A grande recepção decorada por cores neutras está parcialmente cheia, funcionários dão passadas apressadas em todas as direções, deixando-me levemente atordoada. Ashley diz algo que não faço questão de prestar atenção e segue em rumo desconhecido, deduzo que seja a sala de seu namorado. Sozinha e sem conhecimento do local, caminho entre os corredores bem iluminados e de baixa temperatura pela corrente de ar frio provinda do ar condicionado.

Entre os diversos corredores, um setor me chama atenção. Um pequeno hall com luzes fracas, onde a decoração destaca-se em cores frias, com um pequeno sofá bege e, ao lado, atrás da mesa escura, a mulher que digita agilmente em seu notebook. A lacuna entre duas portas, ao fundo do hall, demonstram que há salas separadas. E, em uma delas, as palavras Engenheiro e Justin Bieber brilham na plaqueta prateada. 

 Antes que a impulsividade me domine, a indecisão toma o lugar e me faz bufar, permaneço no mesmo lugar, refletindo sobre o que devo fazer. Tenho a plena consciência de que se Justin for avisado que estou aqui, não me atenderá.

Talvez ele esteja em outro lugar do prédio ou, talvez, ele nem esteja no prédio.

A mulher traja um terninho escuro e seus cabelos vermelhos estão firmemente presos em um coque. O batom escuro chama atenção para os seus lábios. Arqueio minha sobrancelha, intrigada com sua produção exagerada para um ambiente de trabalho.

Ótimo. Nem mesmo para supervisionar a secretária do próprio marido a Natalie serve.

A mulher levanta, carregando uma pasta consigo, ela segue até a porta da direita e adentra no cômodo, só então, noto o sobrenome Waters na mesma. Ao ver que o caminho está livre, corre até a porta que indica a sala de Justin e abro-a sem hesitar.

Ele sobressalta em sua poltrona, assustado com a entrada repentina. Vejo seus olhos quase saltarem de seu rosto ao me ver ali.

Tenho pouco tempo até que o loiro comece sua sessão de questionamentos ou chame a segurança para me arrancar dali, contudo, não deixo de observar o ambiente que possui tons em cinza e preto, em uma arquitetura moderna e sofisticada.

— O que faz aqui, Selena? — sua voz grave, carregada por uma irritação, me desperta — Como entrou?

Detrás da grande mesa de madeira escura, Justin me fita com um olhar impaciente, no entanto, esta é a última parte de seu corpo que me interessa. Mordo meus lábios em um movimento involuntário ao vê-lo dentro de seu terno de linho preto, com seus cabelos perfeitamente penteados, bem diferente da última noite em que nos vimos. Deus! Ele é tão gostoso!

— A sua secretária estava distraída. Aliás, ela é um pouco indecente, você não acha? — digo com tranquilidade, ao que me recupero de meu breve transe, ignorando sua expressão impaciente. Me aproximo da grande mesa que esconde parte de seu corpo, podendo sentir o seu perfume amadeirado impregnar-me — Vim te fazer uma visita, querido.

 

Justin Bieber Point Of View

Ela está ali, parada bem à minha frente, inclinando seu corpo sobre a minha mesa e desfrutando da minha irritação. No movimento que seu torso faz em minha direção, seus fios longos passam a cobrir o generoso decote que há em sua blusa. Agradeço mentalmente por isso, pois em alguns momentos naquele pub, não pude deixar de notar que o seu desprezo pelo uso de sutiãs persiste. Com aquela área em especial de seu corpo estando coberta, tenho facilidade em deixar que apenas a raiva corra por minhas veias.

— Você não tem noção, não é? — meu tom exasperado a diverte, sua gargalhada ecoa por toda a sala — O que você vê de engraçado em perturbar a minha vida?

— Mas eu não quero perturbar a sua vida, Justin — Selena une seus lábios em um bico, usufruindo de sua melhor, e falsa, expressão de inocência — Por que você insiste tanto em ficar longe de mim?

— Ah, não? — sorrio com sarcasmo, vendo-a franzir a testa — E o que foi aquilo no carro, então? Nós nunca namoramos!

— Eu só dei à sua esposa o que ela tanto queria, oras! — diz, com tamanha curiosidade que me causa indignação — Ela ficou me interrogando o tempo inteiro, eu não tive culpa!

— Isso não justifica o fato de ver ter dito algo que nunca aconteceu!

— Como "nunca aconteceu"? — ela profere, usando seus indicadores para gesticular as aspas. Solto uma risada nasal, incrédulo com sua cara de pau — Nós tivemos um...

— Não se faça de sonsa, isso não combina com você — peço, enquanto reviro os meus olhos — Eu não preciso te lembrar dos tantos não's que recebi, não é? Ótimo. Você pode ir embora agora.

Selena torna a ficar ereta e caminha vagarosamente, contornando a minha mesa, seu corpo fica há poucos centímetros de distância do meu. Ela joga seus cabelos para trás e apoia suas nádegas em minha mesa. Pendo a cabeça para trás, evitando que o meu olhar se perca no vão entre os seus seios.

— Será que nós podemos, ao menos, conversar? — seu tom é brando, pacífico, contudo, empurro a poltrona para trás e ponho-me de pé. Dou a volta na mesa pelo lado oposto, escutando a risada baixa da morena enquanto observa meus movimentos — Eu não mordo, Justin.

Nos encaramos, um em cada extremidade da mesa. O sorriso malicioso volta a estender-se em seus lábios.

— A não ser que você peça.

— Por Deus, Selena! Pare com isso! — peço, olhando-a de maneira suplicante. Para a minha infelicidade, isso parece encorajá-la.

— Eu só quero que sejamos o que éramos antes, nós...

— Não existe nós! Você me deixou! — acuso-a, exausto de seu jogo. A expressão debochada que reside em sua face vacila, mas não a abandona.

— Eu não te deixei, eu só não poderia abandonar o meu sonho! — sorrio com sarcasmo ao ouvir, no mínimo, pela centésima vez, aquela desculpa — Você percebe que está sendo egoísta?

— E você? Percebe que está sendo hipócrita?! Fala em egoísmo enquanto tenta, insistentemente, me tirar do sério por um capricho seu!

O silêncio toma o ambiente, minha audição capta apenas o som da minha respiração acelerada e, se os meus batimentos cardíacos intensificarem mais, poderia ouvi-los também. A ponta dos saltos finos da latina chocam-se contra o assoalho, com isso, mesmo estando de costas para a mesma, sei que ela se aproxima.

— Não é um capricho. Eu... Sinto a sua falta.

Aguardo a repugnância que deveria sentir por sua palavras, contudo, esta não vem. O meu peito se aperta pelo arrepio que percorre a minha espinha

— Eu estou casado, Selena — digo, determinado a não deixá-la continuar com aquele assunto.

— Casado... — sua risada sarcástica chama a minha atenção. Giro o meu corpo na direção oposta, encarando-a de frente, tão próxima à mim que, em um movimento, conseguiria tocá-la — É sério que você está... Apaixonado? Apaixonado por ela?

O desgosto em sua entonação me causa irritação. A escolha de ir embora foi dela, afinal. Do que eu poderia ser cobrado? Segui com a minha vida e não encontro erro algum nisso.

— Eu a amo, Selena.

— Então...

Seus dedos deslizam pela extensão da minha mesa, até que ela os ergue e toca meus ombros. Selena dá um passo à frente e eu consigo enxergar a profundidade de suas íris castanhas, o ar quente escapa entre os seus lábios, em contraste com a atmosfera fria da sala.

— Quer dizer que ela te faz sentir como eu fazia, huh?

A rouquidão em sua voz a torna duplamente mais provocante, seus dedos percorrem todo o corte do meu paletó, esbarrando insistentemente em minha pele coberta pela camisa social azul. Meu corpo enrijece, reagindo automaticamente ao maldito efeito que essa mulher e seu olhar costuma me causar.

— Fique longe de mim, porque eu não vou te dar o que você quer — em um fio de voz, digo o que penso ser o suficiente para que a morena se afaste, entretanto, isso faz com que a mesma encoste sua bochecha na minha.

— Por que eu deveria fazer isso? — sussurra, agarrando firmemente o tecido do meu paletó entre seus dedos finos. Tento afastá-la, mas pareço estar paralisado.

— Porque eu não quero te ver, Selena. Não te quero por perto.

— Não quer... Ou tem medo de acabar não resistindo à mim?

Arfo ao sentir suas mãos adentrarem em meu paletó e circularem livremente por minhas costas. O arrepio percorre livremente todo o meu corpo, como se estivesse passando por uma descarga elétrica. Procuro seu olhar e, então, ela me encara. O desejo contido nas íris amendoadas me desespera, pois me dou conta de que ela levará isto à sério. Reprimo todo e qualquer pensamento que envolva o toque de nossos corpos enquanto observo-a sorrir de forma desafiadora.

Selena arrasta seu rosto contra o meu, de cima para baixo, de olhos fechados, sinto seu lábios abrirem e seu dentes entrarem em contato com a pele do meu queixo, depositando ali uma leve mordida.

Filha da puta. Ela sabe, como ninguém, que aquele é o meu grande ponto fraco.

— Até logo, Justin.

Quando reúno coragem para abrir os olhos, vejo-a rebolar seus quadris em direção à porta, desaparecendo atrás da mesma em seguida.

 

Flashback

Outubro, 2009.

Reviro os olhos, impaciente com as risadas que ecoam em meu encalço. Chaz chiava, incitando perguntas insistentes do restante dos garotos. dentro ao vestiário e, posteriormente, me livro com pressa do uniforme encharcado de suor.

— Eu não duvido nada que ele saia daqui e vá direto para o altar.

— Toma conta da sua vida, Somers — mando, embora não soe rude — Se você fosse capazde ter uma Selena Gomez em suas mãos, não faria diferente.

— O que rola entre vocês, afinal? — Noah questiona com curiosidade, atirando a toalha de um tecido macio e branco em minhas mãos.

— Nós somos amigos.

— Posso ser amigo dela também?

— Cala a boca —  resmungo, sinto a superfície fria da parede de azulejos em uma das cabines do chuveiro — Ela é diferente, não me faz ter vontade de me afastar, como a maioria.

— O nosso pequeno Bieber está apaixonado! — Ryan profere com humor, no entanto, sei que não há intenção de caçoar, visto que o mesmo está de quatro pela Benson.

Despejo o xampu por meu cabelo e fecho os olhos enquanto a espuma cobre o meu rosto junto à água fria.

— Selena ainda é uma incógnita que estou tentando desvendar e, parece que quanto mais ela me confunde, mais eu tenho vontade de entendê-la.

Ao abrir os olhos, me deparo com os olhares atentos de Chaz, Noah e Sebastian.

— Que encrenca, cara — o último sentencia.

Dou risada, negando em um aceno com a cabeça.

Selena não me parece em nada como uma causadora de problemas. Talvez, um anjo, um anjo com um propósito ainda não descoberto por mim.

 

"Vem fácil, vai fácil, é assim que você vive. Oh leva, leva, leva tudo, mas você nunca dá." - Bruno Mars.


Notas Finais


That's all folks!

OLÁ PESSOAS! Tudo bem com vocês?
O que eu estou fazendo aqui? Bom, vim comunicar que eu sou louca, hahahahha. De fato, esse capítulo era para ter sido postado na quarta-feira, já que eu não poderei no domingo. Maaaaas... Aconteceu algo que eu, sinceramente, não estava esperando muito, então eu pensei: por que não?
CHEGAMOS A CEM FAVORITOS, ALELUIA! Então, nada mais justo do que eu pegar este capítulo que estava semi pronto, editar e postar em comemoração!
Gente, muito obrigada, de verdade, à cada um de vocês, a cada comentário fofo, sério, isso é muito importante para mim. Obrigada a todo mundo que favoritou, que lê, que elogia, enfim, OBRIGADA! Vocês me incentivam demais!
E falando em comentários... Migas, notei um caimento nos comentários, viu? Está tudo ok?
Olha, eu fico muito feliz com cada comentário, sério mesmo, mas às vezes é um pouco frustrante olhar as visualizações do capítulo e não ver os comentários, sabe? Porque dai eu realmente não sei o que vocês estão achando, se está chato, se está legal. Enfim, não estou exigindo nada, só estou dizendo o que me faz feliz mesmo, hahaha. Só queria que vocês me dissessem se algo não estiver agradando, certo? Certo.
Bom, isso é tudo o que eu tenho a dizer por hoje. MUITO OBRIGADA pelos cem favoritos e eu espero que tenham gostado do capítulo.

Até o próximo! Um beijo e um queijo! ❤


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