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História Troublesome Love Stories - Trovões


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Essa fanfics é uma coleção de one-shots, drabbles e songfics voltadas para o casal ShikaTema.
Os capitulos são independentes entre si, não seguem ordem cronologica ou tem relação um como outro, a não ser que eu avise nas notas iniciais. Também podem não seguir fielmente os acontecimentos do anime/mangá.
Edit.: Subi a classificação indicativa por causa de alguns capitulos. Todos os capitulos tem a classificação individual na nota de inicio.

Titulo: Trovões
Tipo: Oneshot
Gênero: Familia
Classificação: Livre
Sinopse: Temari tinha problemas com trovões e, na noite de Halloween, ela e Shikamaru descobrem que talvez ela não seja a unica.

Nota: Resposta do Desafio de Halloween do grupo ShikaTema do face.
O desafio consistia em escolher um prompts de treze pré selecionados para escrever a fanfics. O que eu escolhi foi o de numero 3:
"Comente sobre uma experiência de vida ou algum item relativamente comum que, por alguma razão, assusta ou até aterroriza seu personagem. O que é? Porque ele sente isso? Como ele lida com esse medo durante sua vida?"

Capítulo 1 - Trovões


Temari acordou com um estrondoso barulho que ecoou por todo o quarto. Ela se encolheu involuntariamente enquanto o som do trovão ainda ressonava, se encostando mais ao corpo do lado do seu na cama.

Desde pequena, Temari nunca gostou daquele som. Mesmo que raras no deserto, sempre que aconteciam tempestades com raios, ela se encolhia debaixo das cobertas e tremia a cada novo trovejar. Com o tempo, ela aprendeu a controlar melhor suas reações. Mas aquele medo, que ela associava intimamente a solidão de não ter ninguém para consolá-la, nunca a deixou. Ela sabia que era um medo infundado e ridículo para uma kunoichi que já tinha participado de tantas lutas e até mesmo de uma guerra, e pouquíssimas pessoas sabiam disso, mas ela ainda se sentia acuada quando as luzes dos raios tomavam os céus e antecipavam o som estrondoso. Ter se mudado para Konoha após seu casamento, onde tempestades aconteciam com muito mais frequência que no deserto de Suna, não ajudou em nada.

Ela escutou a chuva começar a bater ruidosamente do lado de fora e o quarto clareou levemente com um clarão, a luz entrando pelas frestas da janela da qual ela não tinha fechado a cortina. Se preparou mentalmente para o barulho, mas mesmo assim estremeceu quando o trovão soou, alto e imponente. Ao mesmo tempo que se encolhia, um braço circulou protetoramente sua cintura e ela sentiu uma respiração leve perto de seu pescoço.

-Hey. –a voz sonolenta e arrastada de seu marido exclamou –Tudo bem aí?

Ela deu um pequeno sorriso. Shikamaru descobriu seu medo em uma noite, a muitos anos atrás, quando eles precisaram ficar até tarde trabalhando nos preparativos do Exame Chuunin e uma tempestade se formou de repente. Ela tentou se manter indiferente, mas ele em algum momento percebeu que ela estremecia a cada novo trovejar. Ele obviamente riu, sem acreditar que logo ela, considerada uma das melhores kunoichis de sua geração e até mesmo uma das mais cruéis, tinha medo de... Trovões. Ainda hoje, ele tirava barato, sempre quando estavam apenas os dois, de seu medo idiota, como ela própria definia. Mesmo assim, Shikamaru a confortou em cada uma das tempestades que enfrentaram juntos. Fosse a distraindo com besteiras ou, depois que a intimidade permitiu, com os braços ao seu redor como fazia agora.

-Sim –ela respondeu se virando no abraço, sentindo o rosto dele perto, a respiração tranquila batia em seu rosto.

Ele se aproximou devagar. Os lábios estavam quase se tocando quando um novo estrondo ecoou no quarto, desta vez dentro dele, assustando os dois. Sentaram-se abruptamente na cama. Temari acendeu a luz do abajur no criado mudo a tempo de ver a criança se enfiando rapidamente para debaixo do cobertor aos seus pés, a porta do quarto voltava com o impulso que pegou ao bater na parede.

-Shikadai? –ela chamou depois de poucos segundos, encarando com o cenho franzido, assim como Shikamaru, a bolinha encolhida e trêmula debaixo do cobertor, seu coração ainda disparado pelo susto.

O menino não respondeu e ela olhou para seu marido, que devolveu um olhar confuso. Ela se arrastou um pouco para baixo na cama e levantou o cobertor, encontrando o filho de quatro anos todo encolhidinho e com os olhos fechados fortemente. Seu coração se apertou diante daquela cena, e ela puxou seu braço com delicadeza, trazendo-o para seu colo.

-O que foi? –perguntou enquanto ele agarrava a frente de seu pijama.

-Tem um monstro no meu quarto. –o menino murmurou amedrontado, escondendo o rosto em seu peito.

Ela trocou um novo olhar com Shikamaru, que se aproximou.

-Já falamos sobre isso com você, Shikadai. –o Nara mais velho disse com sua voz arrastada e calma –Já te mostrei que não tem nenhum monstro no seu quarto.

-Tem sim! –o menino teimou –Ele é grande e peludo!

Shikamaru suspirou.

-Minha mãe disse que ele ficaria impressionado com a fantasia dos mais velhos e pela decoração. –Shikamaru começou, olhando da criança para Temari -Mas eu não achei que seria ao ponto de ele voltar a falar de monstros no quarto... Talvez não devêssemos ter levado ele para pedir doces ainda.

Temari passou a mão na cabeça do filho, escutando o que o Shikamaru dizia. Era comum em Konoha no dia de Halloween as crianças saírem pedindo “doces ou travessuras” fantasiados pelas ruas, tradição que não existia em Suna e que ela achava particularmente divertida. Na véspera, depois de Chouji e Karui dizerem que levariam Chouchou para seu primeiro ano pedindo doces, ela achou que seria uma boa ideia levar Shikadai também. Yoshino, apesar de ajudá-la com a fantasia e Temari saber que de modo algum ela estava se metendo na maneira que ela e Shikamaru criavam o filho, avisou que Shikadai era muito novo e se assustaria. Ela começava a achar que a sogra tinha razão.

Shikamaru abriu a boca para dizer mais alguma coisa, mas um novo estrondo soou do lado de fora e os olhos dele se desviaram para a janela que rangeu, o cenho se franziu. Temari estremeceu novamente com o novo barulho, fechando os olhos. Sempre que não via o raio antes, era um pouco pior. Só quando o barulho sumiu totalmente, ela notou que Shikadai choramingou em seu colo. Ela sorriu, entendendo o que estava acontecendo.

-Hey, Shikadai –ela chamou suavemente, o menino levantou os olhos lacrimejados.

Temari riu, limpando uma manchinha roxa no nariz do pequeno, sobra da maquiagem que ela ajudou ele a tirar apenas algumas horas atrás, depois de voltar feliz com um pote de doces para casa. Temari tinha tirado uma foto da caracterização do filho que, quando perguntou o que ele gostaria de vestir, disse que “Quero ser assustador igual o tio Kankuro”. Ela, na hora, não tinha levado a sério, mas Shikadai realmente quis se vestir igual ao tio, não dispensando nem a maquiagem. Ela com certeza zoaria o irmão quando ele viesse visitá-los, mesmo achando que Kankuro se sentiria mais lisonjeado do que ofendido.

-Eu vou te contar um segredo, promete que não conta para ninguém? –ela perguntou depois de se certificar que não havia mais manchas roxas no rosto do menino.

Shikadai a encarou por um momento, o medo momentaneamente esquecido, os olhos curiosos, tão iguais aos seus, encarando-a.

-Sim! –ele exclamou.

Temari se abaixou até o ouvido do filho e colocou as mãos em concha, sussurrando. Shikamaru fitou-a curioso enquanto ela fazia isso, mas ela o ignorou.

-Verdade, mamãe? –ele perguntou quando ela se levantou, os olhinhos brilhando.

-É sim. –ela afirmou sorrindo.

Os dois olharam ao mesmo tempo para Shikamaru, que fitou aquele olhar duplicado com uma sobrancelha erguida. Um novo trovão estrondou e Shikadai e Temari se encolheram ao mesmo tempo, entendimento iluminou os olhos castanhos do Nara mais velho. Shikadai se jogou no seu colo, agarrando seu pijama dessa vez. Ele encarou o filho por um momento, antes de o abraçar como Temari fazia anteriormente, e olhou confuso para a esposa.

-Vem, vamos dormir. –ela disse simplesmente, voltando a se acomodar ao seu lado na cama.

Shikamaru ainda lhe fitou confuso por um tempo antes de se ajeitar com Shikadai, mas Temari não disse nada. Os minutos passaram, mais um trovão ressonou, depois outro, mas, apesar de Temari ainda estremecer, Shikadai adormeceu.

-O que você disse pra ele? –Shikamaru perguntou quando o barulho da chuva diminuiu do lado de fora e os dois observavam com olhares ternos a criança dormindo no peito do pai.

-Que eu também tenho medo dos trovões. –ela respondeu –Mas que nos braços do papai passa.

Shikamaru subiu os olhos rapidamente para o rosto dela, que sorria um tanto presunçosa. Se encararam por um tempo, e Shikamaru sorriu de canto. Ele ajeitou melhor Shikadai em seu peito, de forma que sobrasse espaço, e estendeu o braço, convidando-a a partilhar o peito dele com o filho.

O sorriso dela se tornou doce e ela se virou, desligando o abajur e deitando no espaço que ele destinara a si. Antes que a chuva parasse totalmente, um novo trovão soou, mas nem Shikadai nem Temari pareciam ter escutado.

 


Notas Finais


Fanfics amorzinho pra inaugurar a coleção <3

Espero que o vocês gostem e continuem a ler as outras fics que eu vou postar por aqui.

Sugestões para ones, songs ou drabbles também são bem vindas!

Deixem uma autora feliz ao comentar :D


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