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História Troublesome Love Stories - Carocinho


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Titulo: Carocinho
Tipo: Oneshot
Gênero: Familia
Classificação: Livre
Sinopse: Shikamaru sabia que ser pai e mãe não era algo que vinha pronto, e ele se encantava com a forma como ele e Temari aprendiam.

Capítulo 10 - Carocinho


Shikamaru acordou com um súbito movimento ao seu lado na cama. Abriu os olhos a tempo de ver Temari sumir pela porta do quarto. A porta do banheiro bateu na parede e escutou o barulho já conhecido de sua esposa passando mal pela manhã.

Ele suspirou, levantando e caminhando até o banheiro rapidamente. Temari estava ajoelhada em frente ao vaso sanitário, prendendo o cabelo com uma das mãos enquanto a outra se apoiava na borda do vaso. Ele se aproximou e tomou o lugar da mão dela em seu cabelo e com a outra mão acariciou as costas da mulher enquanto ela era acometida por leves espasmos. Passaram alguns minutos dessa forma, até que o único som era a respiração irregular da loira.

-Melhor? –ele perguntou gentilmente.

Ela assentiu com a cabeça, os olhos marejados, e ele a ajudou a levantar. Shikamaru deu descarga enquanto Temari parava em frente a pia e pegava o creme dental na mão, encarando-o por alguns segundos, parecendo decidir se aquilo faria seu estomago se rebelar novamente ou se era seguro. Ela deu de ombro, pegou a escova de dentes, colocou a pasta e começou a escovar os dentes.

Shikamaru observou todo o processo em silencio e se aproximou apenas quando ela terminava de enxaguar a boca, a abraçando por trás, seus braços circulando sua cintura.

-Malditos enjoos matinais. –ela resmungou o olhando pelo reflexo do espelho.

-Yare, yare... Shizune disse que provavelmente eles sumirão até a próxima semana. –ele suspirou –Quer um chá?

Ela se virou em seu abraço e deitou a cabeça em seu ombro. Shikamaru levou uma de suas mãos nos cabelos cor de areia, os acariciando.

-Uhum. –ela respondeu.

Ele continuou com o carinho por mais algum tempo. A soltou devagar, segurando sua mão e a levou até a cozinha, onde puxou uma cadeira para ela sentar. Colocou a água para ferver e voltou a se aproximar dela. Temari o abraçou pela cintura, encostando a cabeça em sua barriga. Ele voltou a afagar os cabelos da esposa, sorrindo. Desde que ficou grávida, Temari estava muito mais carinhosa e até mesmo manhosa.

-Você vai comigo no ultrassom hoje? –ela perguntou, apoiando o queixo em sua barriga e olhando para cima, para o seu rosto.

-Sim... –ele respondeu, fazendo um leve carinho em sua bochecha -E Kakashi me deu o resto do dia de folga...

-Que bom... –ela murmurou, voltando a deitar a cabeça.

Ele continuou acariciando o cabelo dela até que a chaleira apitou. Se soltou dela delicadamente e preparou o chá, servindo duas xicaras e entregando uma a ela, enquanto sentava na cadeira ao lado e pousava a outra xicara a sua frente. Temari começou a tomar o liquido quente devagar, em pequenos goles. Shikamaru encarou sua xicara por um momento. Suspirou.

-Desculpe. –ele pediu de repente.

-Porque? –ela perguntou com uma sobrancelha arqueada.

Ele suspirou novamente.

-Se eu tivesse tomado mais cuidado, você não estaria passando por isso agora.

Ela o encarou por um momento, o olhar duro.

-Não é verdade. –ela começou, pousando a xicara no pires –Primeiro que você não tem responsabilidade sobre isso sozinho. Engravidei por um descuido nosso, não seu, Shikamaru. Segundo que, mais cedo ou mais tarde, isso iria acontecer. Você sempre quis ser pai e eu não nego que, apesar de você saber como isso me assusta, quero ser mãe de um filho seu. –ela deu uma pausa enquanto tomava um gole de chá -Agora, gostaria muito que você não ficasse mortificado dessa forma a cada dificuldade, pois elas serão muitas daqui pra frente e eu preciso do seu apoio, não dessa sua cara de quem vai começar a chorar a qualquer momento!

Ele riu pelo nariz. Temari podia ter ficado mais sensível com a gravidez, mas ainda era Temari.

-Desculpe. –ele repetiu.

-Porque você está se desculpando agora? –ela perguntou já sem paciência.

-Por me desculpar. –ele explicou.

Ela revirou os olhos e disse:

-Ainda tem coragem de afirmar que eu que sou problemática!

Ele riu novamente, se aproximando dela. Temari deixou a expressão dura de lado e sorriu, aceitando o beijo que Shikamaru dava em seus lábios. Shikamaru aproximou sua cadeira da dela e olhou para a barriga de Temari, onde ele sabia já estar começando a se projetar um pequeno volume. Ele levou a mão até lá, sentindo aquela ondulação na barriga de sua mulher, acariciou.

-Não peça nunca mais desculpas por isso. –a voz dela era mandona, como sempre, mas levemente embargada. –Jamais quero que nosso filho ache que ele foi um erro, Shika.

Ele viu uma lágrima solitária cair dos olhos dela e ela limpou rapidamente. Ele sorriu com ternura, sem deixar de acariciar seu ventre.

-Ele não vai. –Shikamaru respondeu. –Ele vai saber que é amado a cada momento da vida dele.

Temari sorriu e Shikamaru sabia que ela se sentia tola nessas horas. Ele não achava. Ele sabia o quanto a vida dela tinha sido difícil, o quão sua infância tinha sido dura. E ele sabia que ela, mas do que qualquer coisa, faria de tudo para a criança deles ter tudo que ela não teve. E ele achava que isso era parte de ser mãe, junto com todas as outras coisas que aconteciam e continuariam a acontecer. Shikamaru sabia que ser mãe –ou pai, no caso dele – não era algo que vinha pronto. Podia até envolve algo de instinto, mas era um aprendizado desde o momento que se descobria que vida foi gerada até o momento que se deixava esse mundo. Ele se encantava com a esposa e com a si próprio aprendendo a serem pais, mesmo que os filho deles ainda fosse apenas aquele volume no ventre dela e um “carocinho”, como ela o chamou carinhosamente da primeira vez que o viu, na tela do ultrassom. Para ele era tudo novo e assustador e ele imaginava que para ela fosse muito pior, visto que era dentro dela que o bebê crescia. Sabia que em muitos momentos, como hoje, se sentiria inútil por não poder aplacar o sofrimento dela. Mas ela tinha razão. Ela precisava dele, mesmo que apenas da presença, mesmo que só a mão uma entrelaçada na outra.

Ele fizera parte da concepção daquela criança, estavam juntos quando descobriram que iam ser pais e ele estaria com ela a cada momento daquela gravidez e, depois, faria parte de cada segundo da vida da criança deles, junto de Temari.

-Vamos. –ela falou depois de terminar o chá, parecendo subitamente animada –Não podemos nos atrasar pra consulta e eu quero ver o Carocinho.

Shikamaru riu e levantou junto dela.

-Eu acho que ele não vai gostar muito desse nome, Tema. –ele brincou, seguindo-a de volta para o banheiro.

-Claro, ele vai gostar mais do Shika-alguma coisa. –ela respondeu com ironia enquanto despia o pijama.

Ele revirou os olhos, seus olhos se demoraram um pouco no ventre dela. Ela entrou no box e ligou o chuveiro. Ele sorriu enquanto a água a molhava e ele tirava a blusa de seu pijama. Pra ele, ela tinha ficado ainda mais linda grávida.

-Você sabia dessa tradição do meu clã quando resolveu casar comigo. –ele brincou de volta, terminando de se despir e entrando no box com ela. –Mas você pode escolher o nome do nosso segundo filho.

Ela levantou uma sobrancelha pra ele.

-Você vai gerar? –ela perguntou.

-Você sabe que se eu pudesse, eu faria. –ele respondeu, pegando a bucha e o sabonete, virou-a de costas para ele e começou a ensaboa-la.

-Isso é muito bonitinho. –ela disse, o olhando por cima do ombro –Mas a resposta é não. Você vai ter que se contentar com um só.

-Tenho alguns anos pra te fazer mudar de ideia. –resmunguei trazendo-a para debaixo d’agua.

-Não vou mudar de ideia, bebê chorão. –ela respondeu.

Ele sorriu de canto.

-Sei que não vai. –respondeu.

Ela virou de frente pra ele, com as duas sobrancelhas erguidas.

-Sabe?

-Sim, eu sei. –ele respondeu –Mas isso não quer dizer que eu não possa tentar, certo?

Ela revirou os olhos.

-Idiota.


Notas Finais


Oláááá pessoas!
Aqui está uma nova one amorzinho dessa familia linda e maravilhosa, aproveitando essa onda ShikaTema do anime e os surtos hauhauha'
Espero que tenham gostado, e comentarios pfv <3


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