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História Trovejante União - Entre luz e trevas. - "- A tradutora -"


Escrita por: Knifa

Capítulo 8 - "- A tradutora -"


"O Erick Willians que eles querem entrevistar é o mesmo cara rebelde que eu esbarrei no elevador??" –Pensei em pânico. 

Erick me olhou com um olhar mortal, eu já não entendia mais nada.

–Desde quando você é jornalista? Erick me perguntou.

–Desde quando você é celebridade? Eu respondi com outra pergunta.

Então antes que Erick pudesse falar qualquer coisa, Francis me cutucou, e eu me virei em sua direção, então ele falou para que eu apresentasse ele e Eleanor para o Erick. 

Eu me virei de volta para Erick. 

–Bom dia senhor Willians, me chamo Stella Collins sou a tradutora, e esses dois são Francis e Eleanor, que serão responsáveis pelas perguntas. Eu disse dando um falso sorriso para Erick.

Ele pareceu meio confuso mas parece que entendeu que devia se manter profissional.

–É uma honra recebe-los. Por favor entrem. Ele disse dando espaço para que entrasssemos.

Meu quarto do hotel comparado ao dele, não era nada, o dele era extremamente espaçoso e deveria ser 10 vezes mais caro que o meu quarto,  com direito a cama de casal, até mesmo tinha uma pequena "sala de estar", se duvidar o banheiro dele tinha até aquelas banheiras enormes. 

–Sentem-se aqui por favor. –Erick apontou para um sofá. 

Eu fiz um sinal para que Francis e Eleanor se sentassem, então nós três nos sentamos. Erick sentou em uma poltrona separada de nós. 

–Podem começar a entrevista. –Disse Erick. 

–Ele deu permissão para começarmos a entrevista – Falei em francês para Francis e Eleanor.

–Aqui está um caderninho com as perguntas que você deve fazer para ele. – Disse Eleanor me dando um caderninho.

Eu peguei o caderninho, as perguntas estavam em francês, mas posso traduzir para inglês facilmente. Então logo parti para a primeira pergunta.

–Senhor Willians, para começar, como o senhor se sente em ser um dos melhores lutadores locais, e modelo? –Eu perguntei para Erick. 

–Bom, me sinto honrado, não foi fácil chegar até aqui. Foram muitos anos de luta e treino, logo também fui chamado para ser modelo, mas eu nasci para lutar, nasci para a arte da guerra. Eu agradeço as minhas fãs por sempre me apoiarem, elas são incríveis. –Ele disse sorrindo

Eu ia traduzindo tudinho para Francis e Eleanor, enquanto eles anotavam as respostas de Erick.

–Segunda pergunta, como o senhor se sente sabendo que muitas fãs sonham com você diariamente? – Eu disse e o olhei.

Agora que reparei mais de perto eu vi melhor sua aparência, além dos cabelos loiros e cacheados ele tinha os olhos castanhos claros, que dava para ver melhor graças a luz do sol que entrava pelas vidraças do quarto. Ele era bem branquinho, e agora ele estava com roupas normais, sem aquela jaqueta de rebelde do dia anterior, estava apenas com uma camiseta, e era possível ver músculos bem definidos em seu braço, não me impressiona ele ser modelo, pois é um dos caras mais bonitos que já vi. 

–Elas são muito fofas. – Erick respondeu e sorriu.

–E o senhor está solteiro? –Eu perguntei olhando para ele.

Ele deu um sorriso de lado e sua bochecha apresentou uma covinha.

–Sim, eu estou solteiro senhorita. – Ele respondeu. 

Depois de uma série de outras perguntas, nessa brincadeira acabei descobrindo muitas coisas sobre esse Erick, o cara começou a treinar desde os 7 anos graças a seus pais, nunca tomou bombas para os músculos ficarem maiores, pretende fazer faculdade algum dia, ele se considera muito forte (claro), pelas respostas dele ele parece alguém bem convencido e confiante, até parece educado quem vê ele assim...

–Bom então acabamos por aqui. –Eu disse. – Muito obrigada senhor Willians, por reservar esse tempinho para nos dar a entrevista. 

–O prazer foi todo meu senhorita. –Erick disse.

Francis deu um aperto de mão em Erick, como despedida, e Eleanor um abraço, enquanto eu apenas olhava aquilo.

Então Francis olhou para mim como se dissesse "Se despede do cara, precisamos causar uma boa impressão".

Eu dei uma leve revirada nos olhos e dei um aperto de mão em Erick. 

Tive uma leve impressão que ele continuou me seguindocom os olhos enquanto eu saia do quarto.

Nós três saimos do quarto e ficamos conversando por algum tempo, ali no corredor, logo Francis me deu o dinheiro prometido e os dois se despediram de mim, depois agradeceram mais uma vez e foram embora.

Em seguida peguei o elevador e fui até meu quarto para guardar esse dinheiro, foi uma boa quantia, assim que cheguei ao meu quarto derrepente meu celular começa a tocar, ele estava em cima do criado mudo, como da última vez. Eu corri para atender, era o Nathan, então eu atendi.


–Alô. –Eu falei

–Oi Ster, onde você está? 

–Estou no meu quarto.

–Mas Você tinha enviado mensagem falando que estava na praia... eu e Mirella estamos aqui. 

–Longa história Nathan, depois encontro vocês aí, estou resolvendo algumas coisas, mas logo vou descer, não se preocupem.

–Ta bom Ster, vamos ficar circulando na praia, quando você vier ligue para nós.  Mas não demore, se não vamos aí te buscar.

–Ta bom, Nathan, até daqui a pouco.

–Até.


Eu desliguei o telefone larguei ele em cima da minha cama e em seguida sai do quarto. Fui em direção ao elevador e fiquei apertando o botão para descer, preciso resolver essa história com o tal do Erick.  

Falando no diabo, quando a porta do elevador se abriu ali estava ele... bem diante de meus olhos.

–Aí está você, preciso falar contigo. –Disse Erick saindo do elevador e logo após isso o elevador se fechou. 

–Olha se você quer saber, eu não tenho nada a ver com isso, quando aceitei fazer esse trabalho não sabia que iria ser para você... – Falei rapidamente. 

–Aqui não é lugar para discutirmos esse assunto, vamos até meu quarto.Ele disse apertando o botão do elevador

–Eu não vou no seu quarto... Respondi de imediato.

–Alguma ideia melhor? Ele perguntou cruzando os braços. 

–... Fiquei em silêncio. 

–Ta bom senhorita Collins, vamos até a lanchonete do hotel.

–Como sabe meu sobrenome??Respondi surpresa.

–Você mesma se apresentou senhorita. Não se lembra? Ele me disse.

–É realmente... Pensei um pouco e respondi. 

O elevador se abriu depois de alguns instantes, e nós dois entramos para descermos até o andar da lanchonete.

Mais uma vez ele começou a me encarar no elevador, qual o problema dele? Eu odeio ser encarada por tanto tempo. Eu desviei o olhar tentando me acalmar e minhas mãos ficaram inquietas.

Logo chegamos no andar da lanchonete e sentamos em uma mesa para dois, logo o garçom se aproximou. 

-Bom dia, gostariam de pedir alguma coisa sr e srta? O garçom perguntou olhando para nós. 

–Um milk shake de morango para mim, por favor. Eu pedi.

–E o senhor? O garçom perguntou.

O Erick parece pensar um pouquinho e logo responde:

–O mesmo que ela, um milk shake de morango. 

Logo o garçom anota nossos pedidos e sai nos deixando a sós. De alguma forma eu me senti um pouco nervosa, não sei se tem relação com a metade da lanchonete estar nos encarando, ou se é o próprio Erick que me deixa assim. Acho que um pouco dos dois.

–Então, é tradutora de revista a quanto tempo? –Ele pergunta e apoia seu queixo em suas mãos me olhando.

–Não sou tradutora de revista. Eu encontrei o Francis por acaso na praia, e então ele fez essa proposta de ajuda-lo com a entrevista. Mas eu nunca imaginaria que seria você o entrevistado.

–Ele não te falou? – Questionou Erick. 

–Até falou, mas eu não sabia quem era Erick Willians, e você era a última pessoa que eu pensaria que seria a tal pessoa famosa. 

Ele fez uma cara que muitos já fizeram para mim, do tipo: "Caraca todo mundo conheceria, você é a única que não. Você é uma pessoa muito desligada, e blá blá blá".

–Deve ser interessante falar dois idiomas, tem algum motivo em particular por você ter aprendido falar francês? – Ele fala sem tirar os olhos de mim.

–Na verdade é de família, não é como se eu fosse obrigada a aprender o outro idioma. Mas eu gosto de ler, então quanto mais idiomas eu aprender, mais livros tenho a minha disposição. Eu também falo italiano.

Ele parece impressionado, então da um sorriso.

 –Você não parece ser daqui. –Ele diz

–Tão óbvio assim? – Eu questiono.

–Muito, mas é interessante. –Ele responde. – Mora aqui por perto?

Esse cara ta fazendo muitas perguntas, não sei se isso me agrada ou não. Conheço ele não faz nem 2 dias, e conversa de pessoas civilizadas, só estamos tendo agora.

–Não, mas aqui seria um bom lugar para morar. Estou apenas passando alguns dias de férias com meus amigos da faculdade.

Nesse momento o garçom chega trazendo nossos milk shakes, o copão era enorme. Então o garçom coloca os milk shakes na mesa e se retira.

–Quer apostar quem toma primeiro esse copão de milk shake? – Ele disse me desafiando. 

–É óbvio que eu ganho, sempre ganho nesses jogos que envolvem comida. –Eu disse convencida. 

–Então vamos tirar a prova, se você ganhar, pode me castigar, desafiar, fazer o que quiser. Mas se o caso contrário acontecer, eu que terei que castiga-la de alguma forma. Fechado? –Ele falou provocante.

Que tipo de "Mini-game" é esse? Isso parece bem tentador, mas vou jogar na cara dele que sou melhor do que ele imagina, só para ver ele quebrar a cara.

–Fechado! –Eu disse dando um sorriso de canto desafiador.

Nós contamos até 3, então começamos a beber aquele enorme milk shake, iamos tão rápido que mal sobrava tempo para respirar, aquele milk shake estava muito gelado. Eu depois de um tempo bebendo sem pausa, comecei a tossir fazendo com que eu me atrasasse. Mas esse cara... continua intacto, parece que a temperatura do milk shake não o afeta, parece que ele está bebendo água, não acontece nenhuma reação nele. 

–Ganhei! –Disse ele após de terminar seu milk shake, e me olhou.

Droga, esse cara é bom. Eu sempre ganhava do Allan nisso, mas o que há com esse cara??  Eu dei um longo suspiro.

–Fala logo a droga do desafio, eu perdi mesmo. –Eu disse inconformada por ter perdido.

–Agora não da, eu preciso resolver algumas coisas, me da seu contato que depois te falo certinho –Ele diz me dando o seu celular para que eu colocasse o número.

–Hunf... –Eu peguei o celular e coloquei meu número. 

Não sou de vacilar quando perco em desafios, e esse cara também não é louco de mandar eu fazer algo impossível. Então tanto faz.

Nesse momento o garçom veio trazendo nossa conta. Eu já ia pegando meu dinheiro para pagar o milk shake quando Erick me chama a atenção e diz:

–Pode deixar que eu pago, senhorita. –Ele diz e da uma nota para o garçom pagando nosso milk shake. – Pode ficar com o troco – Ele diz para o garçom. 

–Ei, eu não pedi para que pagasse minha parte. –Eu disse para ele.

–Mas eu sou cavelheiro.

–Não me pareceu isso na primeira vez que te vi. –Falei arqueando minhas sombrancelhas e cruzando os braços.

–Então como posso te provar o contrário? – Ele disse sorrindo provocante.

–Ah, não sei. –Eu respondi dando de ombros.

Ele se levantou de seu lugar e me encarou por mais alguns momentos, o que me fez ficar um pouco vermelha.

–Preciso ir senhorita Collins. Foi um prazer jogar com você. –Ele disse dando um sorriso de canto fazendo aparecer covinhas em sua bochecha. 

Essas covinhas junto com esse sorriso são a própria tentação do diabo.

Esse cara só está me provocando, parece que faz de propósito só pra jogar na minha cara a minha derrota.

Erick então se vira e vai embora do local.


♣♣♣


Continua...








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