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História Trovoada - Capítulo Dois


Escrita por: Mistheriosa

Notas do Autor


Olá minhas amadas! Primeiramente, gostaria de estar agradecendo profundamente pelos favoritos e pelos comentários. Caraca gente, 15 favoritos!! Isso me deixa muito, mas muito feliz. Vocês são demais *.* Em segundo lugar, gostaria de estar avisando que a postagem dos capítulos será mensal. Sim, todo dia 14 eu estarei postando porque percebi que esse é o tempo que eu levo para escrever, e espero que vocês não fiquem zangadas com isso. Quanto ao capítulo de hoje, acho que vocês irão gostar muito, já que ele será de um ponto de vista de um personagem muito especial. Isso é tudo, a todos mais uma vez muito obrigada, e tenham uma ótima leitura ^~

Capítulo 2 - Capítulo Dois


Preso em uma teia tecido de suas próprias ações, ele se vê sem saída...

Ter, ou não ter, eis a sua grande questão...

E parece que esta noite sua trama tomará um novo rumo.

 

 

O sentimento deixava um gosto amargo em sua boca, sempre deixou. Se lhe pedissem uma descrição, ele não saberia explicar.

E pediria perdão enquanto se curvava levemente, como sempre fez.

Mas, se caso lhe pedissem uma comparação... Ah! Um sorriso digno de seu nome surgiria em seus finos lábios, um sorriso maldoso.

E ele diria a verdade.

Independente de quem fosse o questionador.

Humano, Demônio, Shinigami.

Ou, no mais extremo dos casos, seu jovem senhor.

Ora! Ele não fora ordenado a sempre dizer a verdade a este?

— Alma podre. Vulgar e medíocre. Daquelas que você mastiga lentamente e desce na mesma velocidade pelo seu esôfago, lhe oferecendo o pior da degustação. Sim, o pior do pior. Estas seriam as suas palavras. Sem escrúpulos.

Infelizmente, com esta resposta, ele estaria deixando claro que já havia tido a horrível experiência.

Sim, com certeza sim.

Já lhe dera com este ramo da alimentação dos Demônios. O pior lugar do banquete. A das sobras.

Mas, apesar da 'comida' servida em sua mesa, nunca deixou de desejar o melhor.

Afinal de contas, todos querem sempre o melhor para si não é verdade? E ele não deixava de ser uma exceção, muito pelo contrário, era mais um na multidão.

Levaria um bom tempo até que decidisse que somente provaria o melhor.

Decidiu esperar. Apenas esperar, e analisar.

Os anos se arrastaram, assim como os séculos, e após estes, os milênios.

Neste grande espaço de tempo, houve poucos casos, ocasionais. Casos em que conseguira uma alma 'aceitável' para sua refeição.

Começou a achar que nunca conseguiria uma 'completamente a seu gosto'.

Entretanto, 'o grande dia' chegara. Ou melhor, 'a grande noite'.

— Tudo começou com um assassinato, ou melhor, dois. Depois um incêndio. Um sequestro, e um ritual satânico. Esta seria uma breve introdução dada por ele em relação à 'grande noite'.

O ritual... o sacrifício... e é aí que ele entra na jogada como a grande, e aguardada, estrela principal.

Mas aqueles que o invocaram estavam lamentavelmente enganados se achassem que ele estava ali por eles.

Não, estava ali por ele.

Somente ele.

Vira o sinal ao longe, enquanto vagava pela longa noite. Mas aquilo nunca fora tratado como algo incomum, na verdade andava acontecendo com menos frequência, porém, não deixara de existir.

Se seu curioso questionador lhe perguntasse uma certeza da qual ele tivera em toda a sua existência, ele lhe diria uma principal, e mais duas para seu próprio orgulho e plena satisfação do seu inquiridor.

Por que?

Porque ele era assim.

Gostava de dar as pessoas o seu melhor. De superar expectativas. De impressionar. Afinal era esta a sua função. Mas também se aproveitava disso, tinha que assumir.

Sua resposta.

— A cobiça humana, interminável e insaciável.

Mais duas.

— A morte, que nunca falha em seu caminho até as pessoas, sempre usando a forma de um ser humano estranho.

— O desejo de vingança de um coração humano partido.

Esta última resposta ele vira muitas vezes nas almas das pessoas. Estava sempre lá... manchando suas almas antes impecáveis.

Na 'grande noite', ele se depararia com ela novamente.

Porém, desta vez haveria uma grande exceção, ou no caso, pequena.

Pequena na forma de um jovem conde.

E se caso lhe perguntassem “Mas se sinais de rituais satânicos são comuns para você por que foi lá?”, sua resposta seria simples, como sempre.

— Falta do que fazer. E curiosidade.

Ele, definitivamente, era assim. Nunca deixara nada despercebido passar, ou, como diria seu ‘irmão’, sempre iria meter o nariz onde não era chamado.

Mas ora, ele não fora chamado?

Sim... e agradecia ao destino, até hoje, pela sua sorte.

Naquela ‘grande noite’, ele finalmente achara a alma que tanto cobiçara. E ao descobrir que na verdade ela se encontrava alojada no corpo de um pequeno garoto, ele se lembrava perfeitamente de ter sorrido, e, em seu interior, achado que consegui-la seria a tarefa mais fácil do mundo. Afinal de contas, não havia nada que ele não conseguisse fazer não é mesmo?

Errado.

Havia algo com o qual ele não contara em seu plano meticulosamente articulado.

Um pequeno imprevisto que, mais tarde, ele descobriria se tratar de um poço de profundidade incerta encoberto por uma escuridão de mistério. Um poço que ele desconfiava mal saber o nome verdadeiro. Um poço chamado...

— CIEEEELL!!!!! — a voz de Soma Asman Kadar ecoou pela rua iluminada do bairro nobre de Londres, tirando qualquer um de seus mais profundos devaneios, e anunciando que ambos haviam chegado.

— Sebastian — a voz calma e baixa de Ciel atraiu a atenção do mordomo, fazendo-o virar a cabeça e avistar o jovem de dezenove anos o que fitava cautelosamente.

— Sim, meu senhor — foi tudo o que se resignou a dizer, pois já sabia sobre o que aquele olhar se tratava. Levantou-se, abriu a estreita porta da carruagem, e deu passagem para que seu amo passasse.

— Ciel! Que saudades! — Soma falou em seu tom sempre animado, enquanto envolvia o jovem Phantomhive em seu costumeiro e inesperado ‘abraço de urso’.

— Soma! Solte-me! — apesar de já conhecer o indiano a mais de seis anos, Ciel nunca conseguira se acostumar com suas atitudes sempre amigáveis demais. Ele viu o outro afastá-lo de si com um sorriso sem graça pairando em sua face.

— Recebemos a sua carta hoje de tarde, mas houve tempo para preparar tudo para a chegada de vocês — uma voz grossa surgiu às costas do conde, fazendo-o o se virar a tempo de ver Agni curvar-se em reverência com sua mão direita pousada sobre seu peito — Sejam bem-vindos, Ciel-sama, Sebastian-dono.

— Nós não tivemos tempo. Recebemos a carta de Chamber hoje pela manhã — Ciel disse enquanto subia os degraus da escada da entrada da propriedade, sendo acompanhado de perto por Sebastian. Ao passar por Agni, lançou um olhar de agradecimento para o mordomo, que o retribuiu. Após isso, dirigiu-se para dentro da mansão.

Sebastian, como sempre, foi eficiente. Assim que o conde adentrou seus aposentos, logo tratou de lhe tirar os sapatos para que ele ficasse mais a vontade, e seguiu rumo ao banheiro para preparar o banho do rapaz. Com o banho já tomado, Ciel jantou na companhia de Soma, que contou animado, sobre a sua última viagem a Índia e os planos de regressar definitivamente para o país. Ao ouvir tal notícia, o leve suspiro de alívio que saiu dos lábios levemente alaranjados do jovem Phantomhive não passou despercebido por Sebastian, que concluiu que por mais que os seis anos de amizade pudessem ter aproximado os dois, o jovem conde não poderia deixar de se sentir aliviado por finalmente poder ver-se livre das importunações do outro, porém, diferente de seu mestre, ele não estava satisfeito com essa notícia. Seu olhar saiu da face de seu jovem amo e pousou em Agni, que observava o falatório de Soma acerca de suas aventuras no Ganges com um sorriso complacente em seu rosto, e ele lamentou a perda futura do único humano que mais chegara perto de ser seu amigo. ”De fato, uma grande perda.”, lamentou mais uma vez, internamente. Agni havia lhe ensinado muitas coisas, coisas que ele jamais aprenderia com suas experiências como mordomo. Ele lhe ensinara sobre os sentimentos de cuidado e zelo que um servo deveria nutrir pelo seu senhor, e enquanto o observava, Sebastian chegou a se questionar não seria ele o culpado por ‘tudo aquilo’ estar acontecendo. Afinal de contas, fora com ele que aprendera a desenvolver um cuidado mais ‘especial’ com relação à Ciel.

Mas, não havia tempo para questionamentos mais incisivos, pois Ciel havia acabado sua refeição e se levantava da mesa, pronto para seguir de volta para o quarto. Sebastian, como sempre o seguiu, e assim que adentraram o cômodo, o demônio começou a preparar Ciel para dormir.

— A monotonia de Londres me enoja — o comentário áspero, proferido pela voz jovem, ecoou pelo aposento assim que Sebastian abotoou o último botão de sua camisa de dormir.

— Ah... — e pela primeira vez depois de mais de três horas, ele iria se pronunciar — A falta de casos interessantes em uma cidade que parece ter surgido para arder em um inferno de violência pode ser enjoativo a olhos sempre acostumados à ativa, Bocchan — comentou, ao seu modo sempre educado, enquanto se dirigia a uma arca encostada a uma das paredes do quarto para pegar o edredom. Quando abaixou-se para pegar o objeto, seus olhos escaparam pela janela aberta e avistaram algo se mexer nas sombras de um beco escuro.

— Ironia sua dizer isso — foi tudo o que Ciel se resignou a dizer, quando Sebastian virou-se para si, ignorando o que acabara de ocorrer do lado de fora.

— Sim — Sebastian confirmou a constatação do outro, enquanto o cobria. Ele viu os olhos azuis anis observarem-no, de forma atenta — Boa noite, Bocchan — desejou, enquanto seguia em direção à porta.

— Sebastian — a voz de Ciel, o chamou, antes que seus pés atravessassem a soleira da porta. Ele virou-se e viu o jovem já deitado, de costas para si, e soube o que o que viria a seguir — Fique aí até eu dormir.

— Yes my lord — e essa foi a sua resposta, enquanto ele se colocava parado perto da porta. As luzes das velas do candelabro que ele segurava se apagaram, e o quarto mergulhou na penumbra da noite.

 

_*_

 

Quatro horas haviam se passado, e Ciel já dormia profundamente. Ainda encostado à porta de entrada do quarto, Sebastian o observava atentamente. Seus olhos escarlates pareciam queimar como as próprias chamas infernais sobre o corpo do rapaz e, ali, ele via a encarnação de todos os seus maiores problemas. Passara todo aquele tempo analisando o corpo jovial se virar, de um lado para outro; os braços, como sempre escorregarem para debaixo dos travesseiros alvos e os cabelos acizentados se esparramarem na imensidão branca. Tudo aquilo poderia parecer belo aos olhos humanos, mas, para Sebastian, não era o motivo pelo qual ele ainda permanecia ali. Na verdade, durante todos aqueles 160 minutos ele olhava para o jovem tentando entender, do fundo de todo o seu ser, qual fora a parte do seu plano que dera errado. Porque, mesmo depois dele ter descoberto, junto com Alois, o seu plano e de Claude para enganá-los, ele não conseguia simplesmente reivindicar o que era ‘seu’ por direito? Porque, mesmo o pirralho descobrindo que a sua vingança estava completa, que não havia mais nada para se fazer ali, o mordomo simplesmente não conseguia consumir a sua alma? Algo o parava, algo o impedia, e ele passara seis anos tentando descobrir o que. O que havia naquele corpo esbelto e de traços delicados para impedi-lo de roubar a sua alma? Beleza? Não, não era o suficiente. Sebastian não era de se deixar levar por algo tão fútil. A personalidade, sempre tão intensa e arisca? Não, de jeito nenhum. O mordomo era conhecedor por demais da personalidade humana para se deixar encantar por algo tão comum em pessoas traumatizadas. Mas então? O que era? Ele estava longe de entender. Aquela era uma questão ímpar, que, assim como os números, não fornecia uma resposta exata para a sua plena compreensão. Com isso o homem se permitiu soltar um suspiro que demonstrava a sua derrota. Seu olhar ainda permanecia preso à imagem calma de Ciel que dormia, agora de bruços, porém, em determinado momento, os orbes se viraram para a outra extremidade do quarto, a ponto de, como um flash, ele se visse refletido no amplo espelho que ficava na parede oposta a que ele estava.

Ele parou seu movimento de cabeça, quando percebeu tal fato. O escarlate ardente deslizou novamente pelo cômodo, agora, indo em direção ao espelho. Ele se observou diante do objeto que nunca mentia, e por mais incrível que possa parecer, percebeu que mudanças podiam ser percebidas em sua aparência. O cabelo estava maior, já batia na altura do seu ombro, o deixando com ar mais maduro; já o rosto, continuava tão belo como sempre fora, porém, em seus olhos... em seus olhos ‘algo’ estava errado. Quanto tempo fazia que não se olhava no espelho? Ah sim, muito tempo. Mais do que a ocupada mente de um mordomo dos Phantomhive poderia se lembrar. Ele deixou que seu olhar pesasse durante mais algum tempo sobre o plano de vidro, enquanto, pouco a pouco a sua mente identificava o ‘estranho’ em seus olhos. Algo estava ali, perdido naquele mar vermelho, e depois de raciocinar mais um pouco, a questão ímpar, já não parecia tão sem respostas assim. A clareza veio em uma intensidade tão grande que a sua cabeça pareceu estalar. No mesmo instante seus olhos arregalaram-se, surpresos. E se... ‘o grande problema’ não estivesse em Ciel, e sim nele? E se o fato de ele ainda não ter consumido a alma do garoto estivesse relacionado com esse problema localizado nele? E se? E se? Por Deus! Agora ele entendia! Agora tudo estava claro como água límpida. Seus olhos imediatamente caçaram a figura do nobre no quarto e quando a acharam, claro, em sua cama, eles se arregalaram. Ciel continuava a dormir, e permaneceria depois do que ocorreria a seguir. Os orbes vermelhos brilharam, brilharam, até que as pupilas negras se dilataram e se transformaram em fendas. O escuro predominava no ambiente, mas mesmo assim era possível enxergar as sombras de extensas e delgadas penas negras flutuarem e dançarem pelas paredes do cômodo se você enxergasse mais precisamente. Era a áurea demoníaca se manifestando. A mente do demônio estava um caos. “Este garoto...“, ele começara a pensar, enquanto o fitava. A ira enchendo os seus olhos e transbordando, como um copo cheio de água. “Este maldito moleque...” Era impossível evitar.

A temperatura do quarto começou a subir.

Ciel, que antes dormia um sono tão tranquilo, começou a se agitar na cama. O sonho tão belo e calmo agora estava se transformando em pesadelo. Sua cabeça virava para um lado, virava para o outro, e o suor já começava a escorrer por sua testa. Aquilo estava quente demais, sufocante demais. Ele não aguentava mais. E Sebastian jamais estaria preparado para o que viria a seguir.

— Sebastiaaaannnn — o chamado saiu alto, sofrido, e em um tom vergonhoso demais para ouvidos alheios. Ele vira, estático, o rapaz afastar o grosso edredom de seu corpo e o olhar escarlate, sempre preciso, acompanhou o caminho de cada gotícula de suor, que descia pela mandíbula do jovem em direção ao colarinho de seu blusão. O calor era, literalmente, infernal, e Sebastian tinha plena noção disso. Mas quem disse que ele queria sair? Era impossível.

E, por fim, Ciel continuava a dormir. Sua respiração era descompassada; suas pernas, flexionadas; seus braços, esticados; suas mãos apertavam com força o travesseiro que apoiava a sua cabeça; por fim, ele já estava virado de barriga para cima e enquanto o observava com cólera, Sebastian não pode deixar de comparar aquela cena às virgens em suas secretas noites de sonhos fervorosos. Ciel parecia uma menina desesperada, envolta em algo desconhecido para si próprio, e o gemido que soltara, antes tão vergonhoso, agora parecia ao homem algo extremamente erótico. Depois de tal constatação, não houve tempo para mais nenhuma consideração. Antes que o simples pensamento de dar um passo em direção a cama do garoto se alastrasse por sua cabeça, o som da porta do quarto abrindo-se e fechando com força ecoou pelos corredores da casa.

 

_ *_

 

A madrugava seguia, alta.

Sentado em uma cadeira disposta na porta doas fundos da cozinha, Sebastian ainda repassava em sua cabeça os acontecimentos das últimas cinco horas. O amanhecer não estava distante, mas, mesmo assim a lua ainda reinava no céu estrelado. A fumaça, presente ao seu redor, rodopiou até dispersar-se no ar acima da sua cabeça. Seus olhos observaram esse ato enquanto sua face cansada mantinha a mesma expressão de desgosto. Para sua mente, o trabalho de processar e aceitar toda aquela situação ainda era algo muito difícil. Ele elevou a sua mão e a apoiou em seu rosto, sentindo a cabeça pesar com este movimento.

— Sebastian-dono? — a voz grossa e confusa surgiu da entrada do cômodo, atraindo no mesmo instante a atenção do mordomo. Ele levantou-se, rapidamente, a tempo de ver Agni repousar uma vela acesa em cima da mesa — O que faz aqui? — o indiano perguntou, observando a figura encharcada do amigo, porém, o que mais lhe assustou foi vê-lo com um charuto na boca. Ele viu o homem retirar o objeto dentre os lábios e soltar a fumaça, que saiu de forma intensa e preencheu o ar.

— Agni-san... me perdoe por assustá-lo estando aqui a esta hora da madrugada — Sebastian respondeu, enquanto o famoso sorriso falso tingia o seu rosto.

— Não há problemas meu amigo. Todos nós temos noites complicadas onde se é difícil dormir — o servo de Soma supôs, devolvendo o sorriso do amigo com outro amigável.

— Que bom que pode me compreender — ignorando a pergunta do outro Michaelis mentiu, enquanto sustentava seu olhar. O seu corpo se encontrava molhado, devido ao banho frio que tomara momentos atrás para acalmar os ânimos, o que fazia sua camisa social grudar em sua pele úmida. A mão, estranhamente despida de luvas, deixou o charuto que havia fumado pela metade encima do banco onde estivera sentado por uma hora. Em seus pensamentos, a pergunta sobre o que fazer a partir daquele instante perpetuava, porém, bastou uma olhada mais atenta para o seu colega de profissão para que a resposta viesse em um rompante até a sua mente. Sua cabeça virou-se para a porta aberta, que mostrava, além dos muros feitos de barras de ferro, a rua deserta, e mais uma vez seus olhos captaram a sombra alta se mexer por dentre as casas.

Aquilo não poderia mais ser ignorado.

— Sebastian-san? Algum problema? — Agni perguntou, vendo o colega fitar com olhos semicerrados o lado de fora da casa.

— Agni-san.. — o mordomo se virou em sua direção, com uma expressão séria se fazendo notória em seu rosto — Preciso de um favor seu.

 

 



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