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— Porque você está me seguindo de novo? – Perguntou irritado, com aquele que insistia em segui-lo mesmo depois de uma semana inteira ter se passado desde que o de cabelos pretos começara a fazer aquilo.
“Um estranho, que tinha cara de pervertido, lhe seguindo no primeiro ano do ensino médio não anunciava boa coisa, não é?”
Hansol pensava assim. Ele não tinha uma sensação muito boa, mesmo quando chegava em casa e estava enfim, seguro.
— Porque você é muito bonito e – Comentou o outro, lhe cutucou a bochecha – Você é mesmo de verdade? – Fez cara de dor ao ter sua mão jogada para longe por aquele baixinho que ele considerava indefeso.
— Você é idiota? – Suspirou, tentando recuperar a paciência – Por acaso boneco ou qualquer outro tipo de objeto inanimado anda ou fala?? – Questionou já irritado por aquele que não parecia ter nada além de vento na cabeça - E de antemão já te aviso que eu não vou, nunca, aceitar o que você quer.
— E o que eu quero? – Parou, puxando o braço do mais velho, obtendo um olhar fuzilador.
— Você quer mais um para sua lista – Ergueu uma sobrancelha, pasmo com ação do colega – Todo mundo sabe e fala da grande fama de galinha que você tem!
— É... – Fez cara de bobo – Vamos dizer que quase tudo é verdade!
— Então... – Começou a dar passos lentos, e mais uma vez lá estava ele estava o seguindo – O que você quer, porra? - Perguntou, sem um pingo de paciência.
— Ser seu amigo! – O olhou sério – Não amigo só para cumprimentar e tal - Disse ele, rindo - Tipo, amigo de verdade.
— HÃ? – Ficou confuso com as palavras daquele que aparentava ser mais novo que qualquer calouro ali – Você quer o quê?
— Quero ser seu amigo! – Um sorriso inocente “Diga-se de passagem” se formou nos lábios do moreno encrenqueiro.
E era verdade que Byung queria pegar Hansol, era uma verdade obvia. Mas era verdade, que ele naquele momento, estava sendo sincero quando falou que queria ser amigo do outro. Era a mais pura verdade.
E Isso foi há quase três anos atrás. E e desde então, aqueles dois, nunca mais se separaram!
Era quase impossível separar os dois.
Se eles brigavam, um sempre voltava atrás por ter dito certas palavras – Às vezes exageradas - e lá estavam eles juntos de novo, como se nada tivesse acontecido!
Nenhum motivo parecia ser razão o bastante para separar aqueles dois, que depois de um sim quase forçado e meio mudo - Quase sem som, ou foi totalmente sem som? - se tornaram grandes amigos e confidentes.
Eles agora eram os que muitos denominavam BFF – Parecia até piada ao ser pronunciada em voz alta – Mas era a mais pura verdade.
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