História True (Em revisão) - Impossível te odiar.

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Cansou de ficar existindo sobre aquela cama e foi em direção a sala, com um só pensamento.

“Sangue”

Parou na entrada da sala.

Ou melhor, travou na entrada da sala.

— Idiota! – Hansol travou de corpo e alma, mais seu coração continuava a bater descontroladamente dentro do peito.

Aquela sensação, inexplicável lhe atingia em cheio naquele momento novamente, onde seus olhos eram turbos e o peito ardia.

Era igual, e iguais as primeiras vezes que ele havia sentido aquilo por Kim Byung Joo. O idiota, que lhe mostrou que amar não é só sentir felicidades, alegrias e partilhar momentos bons.

Amar sem nada em troca.

Existia esse tipo de amor, do qual ele desconhecia até se apaixonar por Byung.

Querer o bem, mesmo que para isso fosse preciso sacrificar sorrisos por lagrimas.

Amar é complicado, ou talvez mais que isso, mais de nada sabemos.

Imaginar algo maior que complicado para definir a palavra “AMOR” ainda não é possível. Mais acreditasse que os cientistas estão trabalhando arduamente nisso.

Hansol tentou não fazer barulho, entrou no quarto novamente, tentando a todo custo segurar o ar preso nos pulmões e o choro que vinha a denunciar.

Entrou no banheiro, trancando a porta do mesmo e após se certificar que havia passado a chave na mesma se pôs a chorar.

Não era tristeza e tampouco felicidade, era uma mistura dos dois. Torturante para alguém sentimental, como de fato Hansol era.

Era confuso e ele só desejava cada vez mais voltar a sentir só amor de amigo por Byung Joo.

Era difícil e ele não sabia como lidar com essa bomba relógio que havia se transformado seu coração. Ele só queria poder olhar para Byung Joo e não sentir necessidade de abraça-lo ou estar perto, de beija-lo ou andar de mãos dadas e principalmente de poder curtir a sensação boa daquele sentimento do qual ele só havia experimentado as partes ruis e difíceis.

Gostar de Byung Joo, de fato, seria a coisa mais difícil de sua vida.

Se Byung Joo, não o deixasse com uma ponta ridícula de esperança toda vida que bancava uma de B-joo, apelido dado por Hansol a seu amor platônico – Por assim dizer – talvez fosse fácil. Mas Byung, talvez também por não conhecer seus sentimentos não facilitava.

Era por aquele B-joo que ele era completamente apaixonado. O idiota que era um grande galinha, romântico com uma jaqueta de grosso, asas de anjo e personalidade totalmente contraria a de um, de asas brancas e cabelo dourado.

O Byung que fazia seu coração disparar por se aproximar e o acariciar como se aquele toque não causasse turbilhões de sensações, das mais boas as mais estranhas.

O Kim, que havia lhe parado no meio do corredor super movimentado, por volta da segunda semana de aula do primeiro ano do ensino médio, para pedir descaradamente que o aceitasse como amigo, como ele mesmo auto definiu – Amigo não só para cumprimentar, amigo de verdade – E aí se deu o começo de tudo. O começo da amizade mais perdida e louca que alguém poderia ter com alguém. Com o amigo – Vulgo Byung – Lhe gravando a torto e a direita pelos corredores, salas de aula, biblioteca, e por fim, os vídeos dos primeiros dias no apartamento, que dividiam a dois anos.

Hansol não imaginava que estava realmente sendo gravado por aquele estranho que era seu mais novo amigo, apenas deixava passar pois achava que era brincadeira ou que o outro excluiria os vídeos que estavam ocupando desnecessariamente a memória de seu celular ou câmera.

Mas não, ele havia se enganado.

De fato, os vídeos ainda continuavam desnecessariamente ocupando a memória do celular do amigo.

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Já com os olhos vermelhos e inchados Hansol encarava sua imagem no espelho.

Hansol não tinha culpa de manter aquele sentimento enlaçado no peito. E agora mais que nunca ele sabia que aquele sentimento era mais que forte, normal, natural?

As palavras “Desnecessário”, “Bobo”, ou as frases “Eu poderia evitar” ou “Eu poderia parar de sentir” nunca poderia ser pronunciada por Hansol.

— Porque você ainda guardava isso? – Perguntou, como se Byung Joo fosse capaz de ouvir os milhares de questionamentos que já tinha sido lhe enviados.

Byung Joo era um idiota que despertava os mais fortes sentimentos, em qualquer ser humano que não se observasse. Por que ele tinha que ser tão intenso?

Joo estava mostrando os vídeos que gravava de Hansol a Jenissi, que se mantinha atento a cada palavra dita por Hansol e Byung Joo, nos tais videos, de anos atrás aos mais recentes dias, era uma mistura de videos, das qualiades mais ruins as mais boas, dos lugares mais inesperados como "Um hospital" ou "metro" a um simples quarto, onde tinha os dois, sempre brincando ou sorrindo.

Jenissi era um ótimo analisador, crítico dos sentimentos mais obscuros em cada pessoa. Ele era um amante, dos amantes?

Byung Joo achava que aquilo era visto por qualquer pessoa que convivesse com eles, mesmo que por pouco tempo. Seu fascínio pelo menor era palpável, audível. Essa era uma das coisas que ele não se preocupava em esconder e talvez por essa mesma razão, Hansol estivesse sofrendo com as consequências de seus atos, abstratos, sem intenção.

Eles estavam entretidos demais para notar a presença de Hansol na sala, que ainda ficou parado, quase petrificado na mesma posição por mais de um minuto.

Seu coração batia mais doloroso que o normal. Batidas fortes, porem lentas. Talvez elas também estivessem desprecavidas daquela nova bomba de sentimentos e confusões que invadia com força maior o corpo do garoto que já não suportava guardar aquilo.

— Me ensina a não te amar tanto ou me deixa te ensinar a me amar, mesmo que pouco! – Sussurrou para si mesmo, limpando os olhinhos que já ardiam por conta do choro e mal conseguiam se manter abertos, por estarem inchados, mais uma vez.

Às vezes, relembrar do passado que dividiu com alguém que se ama é difícil, e principalmente, relembra-lo no presente, quando o mesmo amor de antes não cabe mais no peito, é doloroso, e Hansol sabia disso agora, afinal, o Byung Joo que ele amou e ama continua o mesmo.

Ainda o grava quando está concentrado em algo, ainda invade seu quarto e pede cafuné, ainda o trata da mesma forma possessiva de antes.

“E ainda, o faz ama-lo a cada dia mais”.

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— Byung Joo! – Jenissi chamou, vendo que o outro ainda se mantinha concentrado no Hansol que passava na tela da TV.

— Sim? – Continuou olhando as cenas que passavam aleatoriamente no tubo de imagens.

— Porque não fala com ele? – O olhar do mais novo foi direcionado a Jenissi mais rápido do que ele imaginou.

Um olhar assustado, sem tanta confiança.

— Do que está falando? – Tentou desconversar, mais um sorriso nervoso que escapou por entre seus lábios fez Jenissi sacar na hora, que era muito mais que lembranças boas, vida, amizade.

— Você me entendeu! – Depositou a mão no joelho do rapaz, que esfregava as mãos uma na outra, em nervosismo.

— Eu não posso perde-lo – Disse, encarando o chão.

Amar, envolve muito mais que sentimentos recíprocos ou vivencia. Envolver sacrifícios, perdas futuras e muitos não estão dispostos a ganhar e perder a mesma pessoa, pelo mesmo motivo.

“Amor”.

"Não posso amar quem eu amo e muito menos perde-lo". - Pensou, olhando o sorriso de Hansol no video, que ainda era reproduzido na TV.

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